



































Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
Um estudo que analisou o conhecimento nutricional de indivíduos que praticam corrida de rua regularmente, comparando-os a indivíduos que não praticam essa atividade física regular. O estudo utilizou a escala de conhecimento nutricional e envolveu participantes de ambos os sexos. Os resultados mostraram que tanto os praticantes quanto os não praticantes obtiveram conhecimento nutricional moderado, com uma pequena minoria apresentando baixo conhecimento nutricional. Nenhuma diferença estatística significativa foi encontrada entre os dois grupos. O documento também discute a importância do conhecimento nutricional para a saúde e o desempenho físico.
O que você vai aprender
Tipologia: Provas
1 / 43
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado à disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso 2 , do Curso de Bacharelado em Educação Física – DAEFI - da Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Educação Física. Orientador: Prof. Ms. João Egdoberto Siqueira. CURITIBA 2014
SANTO, Jefferson do Espírito. Aplicação da escala de conhecimento nutricional em praticantes e não praticantes de exercício físico regular. 2014. 46 fls. Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Curitiba, 2014. Com o aumento de doenças causadas pelo sedentarismo, a má alimentação e os maus hábitos de saúde, tornam-se cada vez mais necessário o incentivo e o aumento de medidas que contraponham e combatam os males à saúde. Entre estas medidas estão a prática de exercícios físicos regulares e o controle da alimentação. Como exercício físico destaca-se, neste trabalho, a corrida de rua na cidade de Curitiba, esporte em crescente expansão quanto ao número de adeptos, assessorias esportivas e competições. O objetivo deste trabalho foi analisar o conhecimento nutricional de indivíduos praticantes de atletismo como exercício físico regular, mais precisamente a modalidade corrida de rua, na cidade de Curitiba, comparando-os com indivíduos que não praticam a corrida como atividade física regular. Buscou-se demonstrar, além do nível de conhecimento dos indivíduos, a importância de uma alimentação correta. De característica de estudo transversal, mensurou o conhecimento dos indivíduos através da aplicação da Escala de Conhecimento Nutricional, questionário traduzido e adaptado por Scagliusi e cols. (2006), originalmente formulado por Harnack e cols. (1997). Foram entrevistadas 137 pessoas, sendo 60 indivíduos praticantes de corrida como exercício físico regular, e 77 não praticantes. Os grupos contaram com indivíduos de ambos os gêneros, com faixa etária variando de 20 a 65 anos, e foi levado em consideração o grau de escolaridade e a formação ou orientação especializada em nutrição. Os avaliados praticantes de corrida de rua convidados a participar do estudo faziam parte de assessorias esportivas filiadas à ATCC, Associação dos Técnicos de Corrida de Curitiba. Os participantes que não praticavam a corrida de rua faziam parte do grupo de servidores da UTFPR, Universidade Tecnológica Federal do Paraná. O resultado do estudo mostrou não haver diferença estatística significativa, entre o conhecimento nutricional dos praticantes de corrida de rua, como exercício físico regular, e os indivíduos não praticantes de corrida de rua ( t = 0,628 para p = 0,05 ) uma vez que os mesmos atingiram médias muito próximas de pontuações no QCN (10,4 ± 2,1 e 10,2 ± 2,3 respectivamente). Palavras-Chave: Conhecimento nutricional; Corrida de rua; Praticantes de exercício físico regular; Não praticantes de exercício físico regular.
SANTO, Jefferson do Espírito. Nutrition knowledge scale Application in practitioners and non-practitioners of regular exercise. 2014. 46 fls. Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 2014. With the increase of diseases caused by the sedentary life style, poor nutrition and bad health habit , it's even more necessary the incentive and increase of measures to counteract and fight the evils of health. Among these measures are the practice of regular physical exercise and feed control. As an exercise, it stands out in this work the street race in the city of Curitiba, a growing sport related to the number of supporters, sport advisors and competitions. The goal of this work is to analyze the nutritional knowledge of individuals practicing athletics as regular exercise, accurately the long distance running mode, in the city of Curitiba, comparing them with individuals who do not practice the race as regular physical activity. This work intends to demonstrate, besides the knowledge level of individuals, the importance of a proper nutrition. This is a cross-sectional study which will measure the knowledge of individuals by applying the scale of Nutritional Knowledge translated and adapted by Scagliusi et al. (2006), originally formulated by Harnack et al. (1997). It were interviewed 137 people, 60 of these regular running practitioners, and 77 non- practitioners. Both groups included female and male, age range 20-65 years, being considered the level of education and background or expert guidance on nutrition. The street runners invited to participate in the study were part of sports advisors affiliated to ATCC, Running Technical Association of Curitiba. Participants who did not practice street race were part of the group of servers of UTFPR, Federal Technological University of Paraná. The study results showed no statistically significant difference between nutritional knowledge of practitioners of street racing, as regular exercise, and individuals not engaged in street race (t = 0.628 to p = 0.05) since they reached very close to average scores on QCN (10.4 ± 2.1 and 10.2 ± 2. respectively). Keywords: Nutritional knowledge; Street Race; Practitioners of regular exercise, non-practitioners of regular exercise.
“Saúde: estado completo de bem estar físico, mental e social” – conceito estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) (NIEMANN, 1999). Assim como as diversas mudanças e adaptações sofridas nos últimos séculos pela sociedade urbana e contemporânea, o significado do termo “saúde” foi modificado, tornando-se mais subjetivo, abrangente e complexo, assim como a estrutura corporal e mental dos seres humanos. Um dos pontos a serem observados no atual cenário da saúde é que, diferentemente do século passado, as doenças e os males que mais afetam a população são causadas pelo próprio homem, através do consumo de bebidas alcoólicas, fumo, má alimentação e falta de exercício físico (ALLSEN; HARRISON; VANCE, 2001). Antigamente observava-se que as doenças que mais ocasionavam o adoecimento populacional relacionavam-se à falta de higiene, ou então a viroses ou bacterioses como a poliomielite, a tuberculose. Atualmente com os avanços da medicina estas doenças cedem lugar àquelas doenças ocasionadas pelos “maus hábitos de vida” como alguns tipos de obesidade, estresse, osteoporose e doenças coronarianas (NAHAS, 2003). Contrapondo este “estilo de vida moderno”, diversos estudos em diferentes países apontam que a atividade física, o exercício físico regular, bem como o condicionamento físico e a alimentação saudável, contribuem para a saúde e a longevidade do indivíduo (SHARKEY; BRIAN, 1998; NAHAS, 2003). Histórias de superação como a de Edson Sower, que iniciou na corrida aos 60 anos de idade caminhando apenas 400 metros por dia, aumentando gradualmente esta distância, para aos 80 anos já ter completado a marca de 40 maratonas^1 , além de um Ironman^2 , tornam-se cada vez mais aparentes em nosso meio. Observa-se então a busca por uma saúde ideal (ALLSEN; HARRISON; VANCE, 2001). 1 Maratonas: provas com a distância de 42,195km (FERNANDES, 2003). 2 Ironman: prova de triathlon que envolve além da corrida a natação e o ciclismo (TOM, HOLLAND, 2005).
Segundo Nieman (1999), a prática regular do exercício físico prolonga a extensão e a qualidade de vida dos indivíduos diminuindo em até 50% o risco de se adquirir doenças como diabetes tipo 2, osteoporose, hipertensão arterial sistêmica, obesidade, doenças coronarianas, além de reduzir sintomas de depressão e ansiedade. Dentro deste contexto pode-se entender também que condicionamento físico, segundo a American Alliance for Health , Physical Education, Recreation and Dance (AAHPERD) e o President’s Council on Physical Fitness and Sports , é um estado de bem estar físico com atributos que contribuem para o desempenho de atividades físicas diariamente com vigor, correr um risco mínimo de contrair problemas de saúde relacionados à falta de exercício e possuir uma base de condicionamento para a participação de várias atividades físicas. O condicionamento físico engloba diversos aspectos como a nutrição, relaxamento e descanso adequados, boas práticas de saúde e um bom nível de cuidados médicos, mas principalmente a prática de atividades físicas. Sendo ela um fator contribuinte de fundamental importância para se atingir o condicionamento físico. Assim identificam- se seis fatores principais – resistência cardiovascular, força, flexibilidade, nutrição, peso e composição corporal apropriados, além de relaxamento, atingindo-se assim o condicionamento físico e então, a partir daí, adquirir um estilo de vida que produza saúde e felicidade (ALLSEN; HARRISON; VANCE, 2001). Com este conceito de condicionamento físico é possível destacar o outro fator importantíssimo à saúde: nossa alimentação. Segundo Mahan, Escott-Stump e Raymond (2012) além do exercício físico regular, a alimentação é justamente o outro fator que beneficia uma boa saúde. Unir estes dois aspectos, o nutricional e o exercício físico regular, beneficia então a saúde dos indivíduos de maneira redobrada à medida que são usados em conjunto. A nutrição, principalmente na fase adulta, enfatiza a importância de uma dieta na manutenção do bem-estar. O nosso processo de nutrição é caracterizado pela conversão de substâncias em nutrientes que são utilizados para manter a função orgânica. Cada nutriente ingerido pode ser utilizado com determinada finalidade e importância específica, por exemplo, uma alimentação bem equilibrada pode reduzir a fadiga muscular melhorando ainda mais o desempenho físico de um indivíduo, assim como a falta destes nutrientes podem acarretar uma redução da
Qual grupo possui maior conhecimento nutricional: praticantes regulares da corrida de rua, ou indivíduos que não praticam a corrida de rua como exercício físico regular. 1.3. OBJETIVO GERAL Identificar o nível de conhecimento nutricional de sujeitos adultos com diferentes níveis de pratica de atividade física. 1.4. OBJETIVO ESPECÍFICO Levantar o conhecimento nutricional de praticantes e não praticantes de corrida de rua; Comparar o nível de conhecimento entre praticantes e não praticantes da corrida de rua Analisar a relação entre conhecimento nutricional e nível de escolaridade.
A palavra alimentação relaciona-se às práticas alimentares, as quais estão envolvidas a uma série de opções e decisões, dependentes apenas da vontade do indivíduo. As decisões que cercam o indivíduo estão ligadas ao tipo de alimento ingerido, à quantidade selecionada, aos quais considera-se aceitável ou comestível para o padrão cultural de consumo, de que modo adquire-se este alimento, bem como de que maneira ele é preparado e conservado, além dos locais, do horário e com que companhia realiza-se a refeição (RODRIGUES, 2009). A alimentação é um ato consciente e voluntário e não se resume à ingestão de nutrientes substanciais à nossa existência. A ação “comer” sofre influência de diversos fatores, como os culturais, sociais, afetivos e principalmente sensoriais. Dessa maneira os seres humanos, diferentemente dos animais, ao se alimentarem não buscam exclusivamente preencher suas necessidades de nutrientes e energia, mas também buscam alimentos que ativem os órgãos sensoriais responsáveis pelo olfato, tato, paladar e visão. Aliado a isso, o conhecimento científico, a condição econômica e a religião, podem também influenciar os hábitos alimentares (RODRIGUES, 2009). 2.2. NUTRIENTES – CONCEITOS GERAIS Todos os organismos organotróficos 3 obtêm o máximo de energia do sol. Através da fotossíntese as plantas verdes utilizam a luz solar ou a energia da luz para transformar em energia química. Por meio de um processo de transformações e conversões bioquímicas as plantas produzem o seu principal veículo de transporte de combustível, a sacarose. Esta é transportada das partes fotossintetizantes para os tecidos não fotossintetizantes como raízes, tubérculo e sementes. Nestes tecidos a sacarose pode ser usada tanto como energia para produção da parte estrutural da 3 Organotróficos: usam moléculas orgânicas como fonte de energia, alimentam-se de outros organismos vivos ou de compostos orgânicos que eles produzem.
Os dissacarídeos e oligossacarídeos são originados a partir de reações químicas que unem as unidades monossacarídicas, sendo que este polímero de baixo peso molecular pode conter de 2 a 20 moléculas de açúcar, e geralmente se mostra doce e hidrossolúvel (ROBERFROID et al., 199 5 ). Os dissacarídeos e oligossacarídeos mais comuns são: Sacarose, açúcar encontrado em frutas e muito utilizado comercialmente em itens processados (MAHAN; ESCOTT-STUMP; RAYMOND, 2012); Lactose, conhecida também como açúcar do leite tem um sexto da doçura da glicose e é produzida pelas glândulas mamárias dos animais lactantes, compõe 4,5% e 7,5% do leite de vaca e do leite materno, respectivamente (MAHAN; ESCOTT-STUMP; RAYMOND, 2012); Maltose, derivada do polímero de amido é raramente encontrada em sua forma de dissacarídeo, porém é muito utilizada e consumida em produtos comerciais (MAHAN; ESCOTT-STUMP; RAYMOND, 2012). 2.2.2. Proteínas Para que se alcance a estrutura química de uma proteína qualquer, é necessário que a mesma passe por um ciclo de transformações denominado de Ciclo de Nitrogênio. Este ciclo inicia-se com a incorporação do nitrogênio inorgânico das bactérias fixadoras de nitrogênio pelas plantas para produzir aminoácidos e proteínas. As plantas são consumidas pelos animais que, por sua vez, convertem em seu organismo os aminoácidos em proteínas, de acordo com suas necessidades. O ser humano alimenta-se de animais e plantas e mais uma vez o nitrogênio para formar o padrão de aminoácidos conforme sua necessidade. Completando o ciclo, animais e plantas morrem e o nitrogênio volta para o solo para ser utilizado pelas bactérias fixadoras, iniciando o processo cíclico novamente (FETT, 2002). A importância da proteína pode ser ressaltada ao observar que plantas utilizam o carboidrato como forma primária para constituir sua forma estrutural, enquanto os seres humanos e outros animais, em sua estrutura corporal, são compostos primariamente por proteínas.
A proteína muscular e do tecido corporal está em um constante ciclo, pois, a mesma é degradada diariamente e necessariamente precisa ser reposta com nova proteína para manter a estabilidade corporal. Este importante nutriente também funciona como fonte de energia. Quando o nitrogênio é removido dos aminoácidos em um processo bioquímico do organismo, e excretado na urina, o que sobra pode ser utilizado como carboidrato fornecendo 4kcal/g de energia (MAHAN; ESCOTT- STUMP; RAYMOND, 2012). 2.2.3. Lipídios Aproximadamente 34% de energia presente na dieta humana é composta de gordura. Os seres humanos são capazes de obter energia adequada em um consumo diário de alimentos que contenham gordura, por sua vez esta é armazenada nas células adiposas localizadas nos depósitos na estrutura corporal humana. A capacidade do organismo de acessar e armazenar quantidades relativamente grandes de gordura faz com que os seres humanos tenham a capacidade de sobreviver sem alimentos por semanas e, em alguns casos, até meses (CLARK, 2006; MAHAN; ESCOTT-STUMP; RAYMOND, 2012). Existem certas gorduras que não podem ser mobilizadas, chamadas de gorduras estruturais, possuem como função proteger os órgãos corporais e nervos contra choques e lesões traumáticas, além de mantê-los em uma posição correta. O corpo possui também uma camada de gordura subcutânea, com função de isolamento térmico e manutenção da temperatura corporal (FETT, 2006). Outras funções essenciais da gordura corporal são as que se relacionam à digestão. A gordura facilita o processo digestivo ao diminuir as secreções gástricas tornando-o mais lento e com isso estimulando o fluxo biliar e pancreático. No processo de digestão a gordura também auxilia na absorção e transporte de vitaminas lipossolúveis e fitoquímicos^5. Provavelmente porque os lipídios são essenciais para a vida humana, o organismo humano, e de outros animais, parecem possuir um gosto acentuado pela gordura (MAHAN; ESCOTT-STUMP; RAYMOND, 2012 ). 5 Fitoquímicos: componentes químicos dos vegetais, compostos de natureza química, produzidos por vegetais.
fisiológicas humana, podendo ser divididos em macrominerais (elementos de volume) e microminerais (elementos traço) (MAHAN; ESCOTT-STUMP; RAYMOND, 2012 ). Os elementos de Volume classificam-se como: cálcio, fósforo, sódio, cloro, potássio e magnésio. Estes seis elementos são fundamentais para a vida da maioria dos seres vivos. Eles fazem parte de quase todas as substâncias químicas que garantam a vida dos seres vivos (WEINECK, 2005). Já os elementos Traço: ferro, manganês, cobre, iodo, zinco, cobalto, crômio, selênio, flúor, molibdênio, arsênio, níquel, silício, estanho e vanádio, entre outros, tem funções variadas e importantes. O ferro, por exemplo, é necessário para transporte e utilização do oxigênio no corpo. O iodo é requerido para a adequada função da glândula tireoide. E o flúor ajuda a construir ossos e dentes fortes. Os outros microminerais parecem ser necessários para a atividade de enzimas através do corpo para ter uma alimentação saudável (WEINECK, 2005). Os elementos minerais têm muitas funções essenciais, como por exemplo, íons dissolvidos em fluidos corporais ou constituintes de moléculas essenciais. Nos fluidos corporais os íons regulam muitas atividades enzimáticas, mantêm a irritabilidade nervosa e muscular, regulam o equilíbrio ácido-base, bem como a pressão osmótica, facilitam o transporte de nutrientes e outras moléculas ao passarem pela membrana e em alguns casos os íons são compostos estruturais do tecido corporal extracelular, como por exemplo, ossos e dentes (MAHAN; ESCOTT- STUMP; RAYMOND, 2012). Há ainda alguns minerais que atuam de diferentes formas no processo de crescimento (zinco e ferro) e outros que possuem papéis importantes na função imunológica (zinco e selênio) (BURK et al., 2001). Indivíduos jovens, adultos e idosos diminuem a resposta imune quando os mesmo possuem um déficit de nutrientes, especialmente aquele causado pela baixa ingestão de minerais (LESOURD, 1997). A composição mineral do corpo humano é de 50% de cálcio e 25% de fósforo, em grande parte encontrados nos ossos e dentes, os 25% restantes dividem-se entre os outros 5 macromirerais essenciais (potássio, sódio, magnésio, cloro e enxofre) e 11 microminerais apurados (zinco, iodo, ferro, flúor, manganês, selênio, cobre, mobdênio, cromo, boro e cobalto). Os minerais representam cerca de 4 a 5%
da massa corporal total, ou 2,8kg e 3,5kg em homens e mulheres em idade adulta, respectivamente (MAHAN; ESCOTT-STUMP; RAYMOND, 2012). 2.2.5. Fibras Um dos principais fatores da alimentação para prevenção de doenças está relacionado às fibras alimentares (MATTOS; MARTINS, 2000). Pesquisas demonstram, por exemplo, os efeitos favoráveis das fibras alimentares para o tratamento e prevenção de doença diverticular do cólon, melhorar o controle do diabetes mellitus e reduzir o risco de câncer (KELSAY, 1978). As fibras alimentares que podem ser classificadas em insolúveis e solúveis, de acordo com a solubilidade de seus componentes em água, formam um conjunto de substâncias as quais são derivadas de vegetais resistentes à digestão humana. Grande parte das pectinas e certas hemiceluloses são solúveis, enquanto a celulose apresenta poucas pectinas, e a maior parte das hemiceluloses e lignina são Insolúveis.( ASP et al., 1 992; CAVALCANTI, 1989) As fibras alimentares produzem vários efeitos fisiológicos diferentes no organismo de acordo com as propriedades físico-químicas de suas frações. As fibras solúveis, por exemplo, são responsáveis pela redução do colesterol plasmático e aumento da viscosidade do conteúdo intestinal. As Fibras insolúveis além de aumentarem o volume do bolo fecal, tornam a eliminação mais rápida pela redução do tempo de trânsito da mesma no intestino grosso. De maneira geral as fibras alimentares regularizam o funcionamento do intestino, isso as torna muito relevantes para o tratamento dietético de várias patologias e para o bem-estar das pessoas saudáveis (KELSAY, 1978; CAVALCANTI, 1989). 2.2.6. Aporte Hídrico A água é sozinha o maior componente do corpo humano. Em um homem adulto de 70 kg, mais de 60% de seu peso corporal é constituído por este elemento (MAHAN; ESCOTT-STUMP; RAYMOND, 2012 ). As vísceras e células metabolicamente ativas do corpo possuem a maior concentração de água, enquanto as células teciduais calcificadas possuem uma concentração menor. A água varia
Muitos fatores podem contribuir para esta fraca associação. Em primeiro lugar entende-se que o hábito alimentar sofre várias influências. Estudos apontam como determinantes da opção alimentar o custo e a disponibilidade dos alimentos, além da qualidade e as características sensoriais dos mesmos, bem como as preferências e os costumes familiares (KEARNEY et al., 2000). Sendo assim, a preocupação com a alimentação saudável não seria o único fator, e nem o principal. Wardle et al. (2000) apontam algumas falhas metodológicas, como o uso de estatísticas pouco sofisticadas e tamanho reduzido da amostra, nos estudos que buscam associar o conhecimento nutricional e hábitos alimentares, explicando o que pode ter contribuído para pequenas associações eventualmente encontradas. Axelson e Brinberg (1992) e Wardle et al. (2000) referem-se a não avaliação psicométrica nas escalas de conhecimento nutricional como a maior falha, pois, sem essa avaliação se torna difícil atestar sua confiabilidade e validade. 2.3.1. Escala de conhecimento Nutricional Existem vários questionários para se medir o conhecimento nutricional, contudo poucos tiveram sua validade atestada para serem usados com segurança. Dessa maneira, a maioria das deduções sobre a correlação entre conhecimento nutricional e escolha alimentar é baseada em instrumentos onde sua validade não é comprovada, o que acaba tornando inconsistentes os resultados encontrados (SCAGLIUSI et al., 2006) O instrumento de avaliação nutricional desenvolvido e validado por Harnack et al.(1997) e posteriormente traduzido para o português do Brasil por Scagliusi et al. (2006), além de ter sido validado foi também adaptado já que alguns alimentos utilizados para o consumo na escala original não eram do hábito alimentar da população brasileira. Desde então alguns autores vem utilizando esta escala devidamente validada para construir suas pesquisas, abrindo assim uma nova perspectiva no campo da avaliação nutricional da população brasileira em geral, com questionário validado.
O que se observa no atual cenário da saúde é que, diferentemente do século passado, as doenças e os males que mais afetam a população são causadas pelo próprio homem, através do consumo de bebidas alcoólicas, fumo, má alimentação e falta de exercício físico (ALLSEN; HARRISON; VANCE, 2001). Antigamente observava-se que as doenças que mais ocasionavam o adoecimento populacional relacionavam-se à falta de higiene, ou então a viroses ou bacterioses como a poliomielite, a tuberculose. Atualmente com os avanços da medicina estas doenças cedem lugar àquelas doenças ocasionadas pelos maus hábitos de vida como alguns tipos de obesidade, osteoporose e doenças coronarianas (ALLSEN; HARRISON; VANCE, 2001). Segundo Nieman (1999), a prática regular do exercício físico prolonga a extensão e a qualidade de vida dos indivíduos diminuindo em até 50% o risco de se adquirir doenças como diabetes tipo 2, osteoporose, hipertensão arterial sistêmica, obesidade e doenças coronarianas, além de reduzir sintomas de depressão e ansiedade. Segundo Mahan, Escott-Stump e Raymond ( 2012 ) além do exercício físico regular, outro fator que beneficia uma boa saúde é a alimentação. 2.5. ALIMENTAÇÃO E O EXERCÍCIO Diversos estudo em diferentes países apontam que a atividade física, o exercício físico regular, bem como o condicionamento físico e uma alimentação saudável, contribuem para a saúde e a longevidade do indivíduo. O condicionamento físico engloba diversos aspectos como a nutrição, relaxamento e descanso adequados, boas práticas de saúde e um bom nível de cuidados médicos, mas principalmente a prática de atividades físicas (SHARKEY, BRIAN, 1998; ALLSEN; HARRISON; VANCE, 2001). A nutrição, principalmente na fase adulta, enfatiza a importância de uma dieta na manutenção do bem-estar. O nosso processo de nutrição é caracterizado pela conversão de substâncias em nutrientes que são utilizados para manter a função orgânica. Cada nutriente ingerido pode ser utilizado com determinada finalidade e importância específica, por exemplo, uma alimentação bem equilibrada pode reduzir a fadiga muscular melhorando ainda mais o desempenho físico de um indivíduo,