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Aplicação da Criolipólise e Radiofrequência na Fisioterapia Dermatofuncional - Prof. Fring, Esquemas de Direito Digital

Informações detalhadas sobre as técnicas de criolipólise e radiofrequência utilizadas na fisioterapia dermatofuncional. Ele aborda os procedimentos, critérios e cuidados necessários para a aplicação desses tratamentos, bem como seus benefícios e efeitos no tratamento de gordura localizada, celulite e outras condições estéticas. O documento também discute a importância da formação e experiência dos profissionais de fisioterapia nessa área especializada, destacando as diferenças entre profissionais mais experientes e recém-formados. Essa riqueza de informações pode ser útil para estudantes, profissionais da área e pacientes interessados em compreender melhor os recursos disponíveis na fisioterapia dermatofuncional.

Tipologia: Esquemas

2024

Compartilhado em 14/06/2024

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eduardo-gomes-f92 🇧🇷

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS
CARLOS EDUARDO GOMES MARCELINO RA: 3200334 - PRESENCIAL
FERNANDA KEIKO TANIGAWA ASAKURA RA: 2976715 - PRESENCIAL
LUANA LIMA GOMES DA SILVA RA: 3225166 - PRESENCIAL
RAFAELA EULALIA VICENTE ESPINOZA RA: 3237422 - PRESENCIAL
SOFIA DOS SANTOS AMBRÓSIO RA: 3151900 - PRESENCIAL
1º Semestre Manhã, Campus Liberdade
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA (APS)
Práticas em Fisioterapia I
São Paulo
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Baixe Aplicação da Criolipólise e Radiofrequência na Fisioterapia Dermatofuncional - Prof. Fring e outras Esquemas em PDF para Direito Digital, somente na Docsity!

CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS

CARLOS EDUARDO GOMES MARCELINO RA: 3200334 - PRESENCIAL

FERNANDA KEIKO TANIGAWA ASAKURA RA: 2976715 - PRESENCIAL

LUANA LIMA GOMES DA SILVA RA: 3225166 - PRESENCIAL

RAFAELA EULALIA VICENTE ESPINOZA RA: 3237422 - PRESENCIAL

SOFIA DOS SANTOS AMBRÓSIO RA: 3151900 - PRESENCIAL

1º Semestre Manhã, Campus Liberdade ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA (APS) Práticas em Fisioterapia I São Paulo

ATIVIDADE 1: RELATÓRIO TÉCNICO DA CLÍNICA DE FISIOTERAPIA

A clínica escolhida foi a Corpo & Fisio, localizada na Zona Norte de São Paulo, na Av. General Ataliba Leonel, 3299, Bairro Parada Inglesa. A Corpo & Fisio foi fundada pela fisioterapeuta Juliana Nunes da Silva e as especialidades da fisioterapia nesta clínica são: Acupuntura, Dermatofuncional, Esportiva, Gerontologia, Neurofuncional, Pilates e Traumato-Ortopédica. A especialidade escolhida para este trabalho foi Dermatofuncional, pois a proprietária que nos concedeu a entrevista é especialista nessa área. No dia 20 de maio de 2009, o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) reconheceu a especialidade de Fisioterapia Dermatofuncional como própria e exclusiva da profissão. Os profissionais especialistas nessa área possuem amplo conhecimento em estudos sobre os tecidos humanos para tratar disfunções dermatológicas, tais como disfunções da pele que afetem direta, ou indiretamente, a capacidade funcional do indivíduo, a exemplo de doenças, cirurgias e até acidentes. A atuação do fisioterapeuta dermatofuncional visa melhorar, além das condições estéticas, as condições funcionais, proporcionando ao paciente melhoria da aparência, da autoestima, da saúde, da funcionalidade e, consequentemente, da qualidade de vida. (MATIELLO; SANTANA; CAMARGO; PEZOLATO, 2021, p.11) A fisioterapia Dermatofuncional utiliza a cosmetologia (RDC/ANVISA 79/00) e acupuntura (Resolução COFFITO 219/00) como recursos terapêuticos, podendo também lançar mão das Práticas Integrativas e Complementares de Saúde (Resolução COFFITO 380/10), tecnologias assistivas, entre outros. Este parecer trata dos seguintes procedimentos utilizados pela Fisioterapia Dermatofuncional: LASER, Luz Intensa Pulsada, Radiofrequência, Carboxiterapia e Peelings , tomando por base documento produzido pelo GT de Fisioterapia Dermatofuncional do COFFITO (2011). De acordo com o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO), a Fisioterapia Dermatofuncional contempla 07 sub-áreas, são elas: Pré e Pós-operatório de Cirurgia Plástica, Pré e Pós-operatório de Cirurgia Bariátrica, Angiologia e Linfologia, Angiologia e Linfologia, Estética e Cosmetologia, Endocrinologia e Queimados.

Este tratamento tem como fundamento as observações clínicas de que a exposição ao frio, sob circunstâncias corretas pode resultar em paniculite localizada (inflamação tecidual do local tratado), que resulta na redução e eliminação de tecido adiposo (morte das células adipócitas mediante um mecanismo de apoptose). A apoptose causada não gera prejuízos para a pele ou estruturas adjacentes internas. Ao controlar e modular a exposição ao frio, seria possível danificar seletivamente os adipócitos, evitando danos na epiderme e derme sobrepostas. Isso resultaria em um tratamento eficaz, localizado, e não invasivo para o excesso de tecido adiposo. (KEDE; SABATOVICH, 2015, p. 981) PROCEDIMENTO DA CRIOLIPÓLISE A técnica da criolipólise não exige nenhum tratamento para dor ou anestesia. Além disso, não há tempo de inatividade associado a esse procedimento, e os pacientes podem retomar as suas atividades normais logo após o procedimento. (KEDE; SABATOVICH, 2015, p. 984) O aparelho é constituído por duas ponteiras que se encaixam em diversas áreas do corpo, mas essas áreas necessitam ter uma quantidade expressiva de gordura. A ponteira, quando acoplada ao corpo, gera um vácuo que propiciará uma sucção da pele e, em seguida, um resfriamento intenso. Nos primeiros minutos, o paciente pode sentir um pouco de desconforto. O procedimento pode durar até 60 minutos. Ao término da sessão, pode ser observado hematoma tecidual, conferindo à pele uma cor arroxeada, que tende a desaparecer nos primeiros dias. Há relatos de que apenas uma ou duas sessões podem ser suficientes. Caso seja necessária outra aplicação, recomenda-se esperar um intervalo de dois meses. (MATIELLO; SANTANA; CAMARGO; PEZOLATO, 2021, p.189) As máquinas de criolipólise têm temperaturas ajustáveis entre 8°C a -11°C dependendo da marca e modelo. Recomenda-se a massagem manual de, pelo menos, dois minutos após a retirada do aplicador. Estudos demonstram que a massagem manual parece aumentar a redução de gordura no local tratado. (KEDE; SABATOVICH, 2015, p.

A aplicação da criolipólise requer os seguintes critérios, conforme o manual elaborado pelo Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (CREFITO, 2015):

● utilizar equipamentos registrado na Anvisa; ● atender um cliente por vez e nunca o deixar sozinho; ● garantir a manutenção do aparelho; ● informar sobre a técnica e seus riscos; ● coletar assinatura no termo de consentimento livre e esclarecido; ● higienizar o local; ● usar os equipamentos de segurança (manta térmica protetora); ● realizar registro nos prontuários. A aplicação da criolipólise deverá ser feita sempre com o paciente em decúbito semi-sentado, isso faz com que a área pinçada seja bem maior, e os resultados, mais expressivos. (KEDE; SABATOVICH, 2015, p. 562) Etapas da Criolipólise. Fonte: José Eduardo Pinto, Aula 17 Criolipólise, 2022.

Outro padrão de convergência é a massagem manual após a retirada do aplicador. Juliana segue todos os padrões da CREFITO como: utilizar equipamentos registrado na Anvisa; atender um cliente por vez e nunca o deixar sozinho; garantir a manutenção do aparelho; informar sobre a técnica e seus riscos; coletar assinatura no termo de consentimento livre e esclarecido; higienizar o local; usar os equipamentos de segurança (manta térmica protetora) e realizar registro nos prontuários. Sobre a posição correta para a aplicação da criolipólise na região abdominal inferior, a fisioterapeuta segue as mesmas recomendações do livro. E para a região dos flancos, a posição é decúbito lateral. Não foram encontrados pontos de divergência neste procedimento. Para tratar celulites, a fisioterapeuta Juliana costuma utilizar carboxiterapia e radiofrequência. CARBOXITERAPIA Carboxiterapia é uma terapia estética que consiste na aplicação de gás carbônico (CO 2 ) medicinal sob a pele para tratar estrias, gordura localizada e celulites (ou lipodistrofia ginoide). O gás é aplicado através de um equipamento com uma agulha de insulina no tecido subcutâneo. O equipamento regula a entrada de gás (ml/min) e o volume (ml) em gás injetado. A agulha e o gás causam inflamação e vasodilatação local, que favorecem a restauração do tecido. A reconstrução do tecido lesado favorece a angiogênese (formação de novos vasos) e a fibrinogênese (fibroblastos) e promove a ruptura das células de gordura (lipólise oxidativa). As ações da carboxiterapia no tratamento da celulite são: aumento da oxigenação dos tecidos tratados, aumento do fluxo sanguíneo, aumento do fluxo de nutrientes para a área tratada, diminui a retenção de líquidos interstício, produção e remodelação de colágeno.

Aparelho de carboxiterapia utilizado na clínica Corpo & Fisio. Fonte: Google TÉCNICA DE APLICAÇÃO DA CARBOXITERAPIA Antes de iniciar a técnica de aplicação da Carboxiterapia, deve-se realizar uma consulta de avaliação de peso e medidas da circunferência das áreas abordadas. Nessa mesma consulta, as pacientes devem ser fotografadas em diferentes posições e no modo relaxado e contraído dos glúteos, sempre com a iluminação adequada, ou seja, com uma luz de LED que possa ser direcionada para cima ou para baixo da região. (KEDE; SABATOVICH, 2015, p. 555) Os materiais necessários para a realização de uma sessão de carboxiterapia são: ● Equipamento de infusão de CO 2 medicinal, com registro na ANVISA; ● Equipo estéril e descartável, específico para o equipamento disponível; ● Agulhas 30G ½ estéreis, pois dependendo do número de puncturas na sessão, é importante a substituição da agulha sempre que perceber que houve perda do corte da mesma; ● luvas descartáveis; ● gaze e álcool 70% para assepsia; ● lápis ou caneta para marcação das áreas a serem tratadas.

Agulha 30G ½ posicionada a 90° na pele para que a infusão do gás carbônico ocorra em um dos pontos da celulite. Fonte: KEDE; SABATOVICH, 2015, p. 556 Agulha 30G ½ posicionada a 45° para o tratamento da região afetada pela flacidez e gordura localizada, demonstrando o aspecto de “casca de laranja” que ocorre durante a infusão do gás no tecido subcutâneo. Fonte: KEDE; SABATOVICH, 2015, p. 556

Paciente com celulite antes de iniciar o tratamento. Fonte: Fonte: KEDE; SABATOVICH, 2015, p. 556 Paciente apresentando melhora após 12 sessões de carboxiterapia. Fonte: KEDE; SABATOVICH, 2015, p. 556 PONTOS DE CONVERGÊNCIA NA CARBOXITERAPIA A fisioterapeuta Juliana faz uma consulta de avaliação antes do procedimento, anota peso, medidas e fotografa as áreas a serem tratadas. Juliana utiliza todos os materiais necessários para o procedimento como: Equipamento de infusão de CO 2 medicinal, com registro na ANVISA; equipo estéril e

haver morte celular e desnaturação de proteínas ocasionando a formação de cicatrizes e bolhas. (KEDE; SABATOVICH, 2015, p. 947) Atualmente estão disponíveis inúmeros aparelhos de radiofrequência aprovados para uso no Brasil. Cada aparelho dispõe de características técnicas próprias, entretanto, os protocolos têm características em comum. A faixa de temperatura deve ser entre aproximadamente 38 °C a 41 °C, levando em conta o limiar de dor de cada paciente. É necessário a utilização de um termômetro infravermelho na superfície da pele e verificar constantemente a temperatura corporal do paciente. A radiofrequência causa uma hiperemia na pele, ou seja, uma inflamação que faz com os adipócitos diminuam e com isso melhora a circulação sanguínea local diminuindo a aparência da fibro edema gelóide ou celulite. Aparelho de Radiofrequência utilizado na clínica Corpo & Fisio. Fonte: Google TÉCNICA DE APLICAÇÃO DA RADIOFREQUÊNCIA As sessões de radiofrequência duram cerca de 20 minutos. Em cada sessão, após ter a pele higienizada e receber aplicação de vaselina ou gel condutor na região tratada, o paciente recebe disparos de alta frequência, a ponteira do aparelho desliza sobre a pele em movimentos circulares até atingir a temperatura desejada.

Durante o procedimento, o paciente tem a temperatura da pele medida constantemente, para garantir que atinja a temperatura entre 38 ºC a 41 ºC, mas não ultrapasse isso. Em algumas ocasiões, os equipamentos de radiofrequência interferem nos termômetros, portanto é aconselhável interromper a emissão durante a medição. (BORGES, 2010, p. 620) A velocidade com a qual se move o eletrodo também conta. Quanto menor a velocidade, maior e mais rápido será o aumento de temperatura. Outro parâmetro que pode ser empregado para realizar a dosagem é a escala subjetiva de calor, constituída por cinco graus:

  • Grau 1 (G1) = imperceptível;
  • Grau 2 (G2) = suave, ligeiramente perceptível;
  • Grau 3 (G3) = moderado a forte, mas não desagradável, com aproximadamente 36 ºC a 38 ºC;
  • Grau 4 (G4) = intenso, próximo ao limiar de dor, coincidindo com 39 ºC a 40 ºC;
  • Grau 5 (G5) = insuportável, excedendo o limiar da dor. Na maioria dos pacientes, é alcançado aos 41ºC ou acima desse valor. (BORGES, 2010, p. 620) Terminada a sessão, o paciente tem a pele limpa e pode retomar suas atividades normalmente. PONTOS DE CONVERGÊNCIA NA RADIOFREQUÊNCIA Após encerrar o procedimento da carboxiterapia, a fisioterapeuta Juliana faz a radiofrequência. Cada aparelho possui uma indicação de tempo que vem pré estabelecido na máquina. O tamanho da área a ser tratada também é levado em consideração. Para o aparelho Spectra na região dos glúteos, o tempo do aparelho é de 10 minutos. Para o tratamento de celulites, Juliana utiliza a temperatura de 39º C. Não foram encontrados pontos de divergência neste procedimento.

SALAS DE PROCEDIMENTOS FACIAIS E CORPORAIS:

DERMATOFUNCIONAL:

ATIVIDADE 2: ENTREVISTA COM O PROFISSIONAL DE FISIOTERAPIA

(Obs.: Não foi feita foto com a fisioterapeuta, pois sua próxima paciente a estava aguardando)

  1. Nome, idade, área de atuação e tempo de experiência Juliana Nunes da Silva, 42 anos. Tempo de experiência: 22 anos.
  2. Em que ano concluiu a graduação? Fez pós graduação? Qual? Em 2004 concluiu a graduação na Universidade Bandeirante de São Paulo. Pós graduada em Fisioterapia Dermatofuncional e Fisioterapia e Reabilitação Musculoesquelética e Desportiva, ambas pela Universidade Gama Filho. Aprimoramento em R.P.G./ E.P.I. pela FENAFITO. Especialização em ozonioterapia.
  3. Quais as dificuldades iniciais após ter se formado? Conseguiu logo entrar no mercado de trabalho? Ter confiança dos clientes logo após concluir a graduação, fazer a cartela de clientes foi demorado, mas o que deu certo foi fazer estágio não remunerado no centro comunitário da prefeitura, quando estava no terceiro

(Pergunta extra: Acha que a área de dermatofuncional é a área mais rentável da fisioterapia?) Sim, e pilates também. Aqui na clínica, a área da fisioterapia mais procurada é o pilates. (Pergunta extra: Por que escolheu a especialização em ozonioterapia? Está obtendo resultados, mesmo sabendo que não há comprovação científica?) Juliana conta que fez a especialização há um ano, pois percebeu que alguns pacientes estavam apresentando dificuldade de cicatrização em algumas feridas e cirurgias plásticas, alguns pacientes da acupuntura continuavam sentindo dores e alguns pacientes da fisioterapia estavam estagnados, então com a ozonioterapia conseguiu bons resultados com esses pacientes, além de poder tratar pacientes com Alzheimer e diabetes. Juliana acompanhou a cirurgia de uma paciente que iria perder a auréola, o médico disse que a auréola iria necrosar e não sabia o que fazer. Juliana quis tentar a ozonioterapia, mesmo o médico dizendo que não acreditava no procedimento. Com 3 sessões de ozonioterapia, a auréola foi recuperada em 90%.

  1. Quais conteúdos em aula foram fundamentais para sua profissão? Biomecânica, fisiologia, fisioterapia esportiva, ortopedia e neurologia
  2. Quais os desafios que o profissional de fisioterapia encara em sua carreira e como superá-las? Acho que o profissional de fisioterapia não é valorizado. No Brasil, a prestação de serviço num todo é desvalorizado. Para superá-la é necessário perseverança. O reconhecimento profissional não vem do dia para a noite. É necessário muito estudo, dedicação, amor à profissão, resiliência e perseverança.
  3. Quais os pontos positivos na carreira? Além do reconhecimento financeiro, o reconhecimento das pessoas é impagável. Já vivenciei coisas com pacientes que não sei se outra carreira me proporcionaria isso. Hoje tenho a clínica, mas no começo da carreira já

ajudei idosos que não tinham dinheiro para pagar uma sessão de fisioterapia, então cobrava R$20 para ir até a casa do paciente para atendê-lo e ele me recebia com um pedaço de bolo e um cafézinho, pois era o que ele podia me oferecer no momento. Isso para mim é impagável! As pessoas que entram na área pensando no dinheiro, acabam desistindo, pois não é o dinheiro que te faz querer continuar na fisioterapia, é o reconhecimento do paciente em saber que você fez a diferença na vida dela.

  1. Tem novos projetos para a vida profissional? Gostaria de expandir a clínica, aumentar o estúdio de pilates e uma qualidade melhor para a fisioterapia (cinesioterapia). Gostaria também de entrar na área de injetáveis, mas devido ao alto custo do curso de especialização (R$22.000) este ano não será possível.
  2. Cite um importante fato que marcou sua carreira profissional Além do fato da pandemia, onde a clínica ficou fechada por 45 dias (o aluguel da clínica é R$11.000), tive que vender meu carro, dois equipamentos de estética e pegar um empréstimo no banco. Outro fato que me marcou, foi um acidente na clínica, onde fui processada e perdi. Era uma idosa que estava fazendo um alongamento durante a aula de pilates, ela se desequilibrou sozinha, tentou colocar a mão na parede para se apoiar, não conseguiu alcançar a parede e caiu. Ela quebrou o punho. O marido dela resolveu processar a clínica, ele veio pessoalmente na clínica, gritava comigo, me xingava e chamou minha clínica de espelunca. No dia do julgamento, a juíza não quis me escutar e não escutou nenhuma testemunha. Disse que por se tratar de uma idosa, ela sempre terá razão. Minha advogada tentou recorrer, e no final das contas tive que pagar R$7. de indenização. Ainda mentiram dizendo que não a socorremos nem prestamos primeiros socorros e a juíza acreditou em tudo.
  3. Há diferenças entre os profissionais há mais tempo no mercado e com aqueles que estão se formando?