


Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
Arquivo pdf
Tipologia: Notas de estudo
1 / 4
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
Fernando Guterres do Carmo Luiz Carlos Oliveira da Silva
SUMÁRIO: 1. Resumo; 2. Introdução; 3. Do Encontro da Antropologia e da Justiça como Ciências nasce a Antropologia Jurídica; 4. A Importância da Antropologia Jurídica na Atualidade; 5. Conclusão; 6. Referências.
O presente artigo tem o objetivo de não somente apresentar as definições mais usuais dos termos Antropologia e Justiça, mas de mostrar a importância da associação de tais conceitos para explicar e relatar a influência de uma na outra, bem como demonstrar a importância que a Antropologia Jurídica adquiriu nos últimos tempos.
A importância da Antropologia torna-se latente no momento que entendemos a mesma como “Estudo do Homem” (antropo = homem + logos = estudo), já a importância do termo Justiça esta relacionado ao contexto em que a palavra é usada, se é posta como objetivo (espero justiça), como resultado (foi feito justiça), ou ainda, Justiça como aquilo que é justo, aquilo que tenho direito.
Embora reconhecido as devidas diferenças das varias acepções de emprego de tal vocábulo, utilizaremos apenas o último, pois entendemos que através dele é possível perceber a importância da Justiça, daquilo que é direito na vida das pessoas.
Assim, analisando superficialmente estes dois conceitos já se percebe que ambos estão entrelaçados, pois é praticamente impossível a alguém que se propõe
http://www.foxitsoftware.com For evaluation only.
estudar o homem, não levar em consideração aquilo que lhe é justo, sem ter em consideração aquilo que para ele lhe é de direito para viver dignamente e desenvolver plenamente todas as suas potencialidades.
Tal encontro e associação de conceitos para estudo acontecem corriqueiramente entre Antropologia e demais ciências, sempre embasados no princípio de estudar o homem como um todo, social e culturalmente, como forma de compreendê-lo e auxilia-lo em seus diversos modos de vida e suas variadas formas de organização social.
O nascimento da Antropologia Jurídica nasce exatamente num destes “encontros” entre ciências, entre a Ciência Antropologia e o Direito enquanto Ciência.
A Antropologia como Ciência se divide em Antropologia Física, quando estuda o Homem na sua essência biológica humana e as influências do ambiente natural sobre o Homem, e Antropologia Cultural, quando se dedica ao estudo dos procedimentos idealizados pelo homem para viver em seu ambiente natural e social, como aprende, conserva e transmite seus costumes.
O Direito como Ciência das Normas esta destinado a servir ao Homem para auxiliá-lo a alcançar sua felicidade, no sentido de que sua realização pessoal plena como individuo só ocorre quando este puder dispor, sem entraves, de todos os seus direitos e deveres.
Assim, mister se faz, que estudemos o Homem com o fito de conhecer seu ambiente, de descobrir seus valores culturais, aquilo que lhe é justo, aquilo que lhe é de direito para que possa viver bem e ter garantido seus direitos.
Num mundo cada vez mais globalizado, onde é comum ouvirmos para definir a sociedade mundial a expressão “Aldeia Global”, é de suma importância que as leis
http://www.foxitsoftware.com For evaluation only.
processuais mais humanas, mais céleres, que dignificam vencedores e vencidos, que embasem decisões mais aproximadas da realidade social.
Antropologia e Justiça devem ser fundidas de forma que as partes nos processos não sejam vistas como acessórios, para que o povo não se sinta excluído e a Justiça não sofra ainda maior elitização do que já se apresenta, mas que todos tenham acesso fácil a mesma e que esta ofereça solução a todos os conflitos e litígios que tenham surgido ou possam vir a surgir numa sociedade em franca expansão tecnológico e crescimento populacional como a nossa.
A Violência, a Impunidade, a Corrupção, a Aplicação das Penas, o Acesso a Justiça, a Efetividade das Leis e tantos outros temas corriqueiros aos operadores da Justiça, podem buscar subsídios na Antropologia Jurídica e na medida que isto for ocorrendo, haverá um trato mais objetivo e tais assuntos receberão atenção personalizada, pois poderão ser tomadas decisões sempre norteadas e embasadas em critérios únicos, recolhidos do âmago da sociedade.
SCHRITZMEYER, Ana Lúcia Pastore, Antropologia Jurídica, in Jornal Carta Forense, ano III, nº 21, fevereiro de 2005, pg. 24 e 25
BORGES, Maria Soares Vital, Justiça Comunitária, administração de conflitos e Antropologia Jurídica: uma contribuição para uma relação processual mais humana. Disponível em: <http://www.investidura.com.br/biblioteca- juridica/resumos/antropologia-juridica/197.Acesso em 10/10/
http://www.foxitsoftware.com For evaluation only.