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Anotações de estudo baseadas em artigo científico sobre os animais aquáticos de importância médica presentes no Brasil, destacando a taxonomia, quadro clínico dos acidentes e medidas de tratamento.
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública – Maria Eduarda Gonçalves Suzart 1
Esponjas marinhas Poríferos; Os animais mais comumente associados a acidentes
Provocam quadro irritativo nos pontos de contato com os animais, de padrão eczematoso; Ação de um limo tóxico de superfície e de espículas de carbonato de cálcio; Tratamento: anti-histamínicos e corticosteroides tópicos. Águas-vivas e caravelas Cnidários; Animais de estrutura radial, a maioria com tentáculos, podendo ter forma fixa (hidras ou pólipos) ou móveis (medusas);
Algumas pequenas hidromedusas podem causar
Cubomedusas: classe Cubozoa – associadas a acidentes fatais em vários países;
Quadro clínico Depende da ação dermonecrótica e neurotoxina do veneno; Manifesta-se por placas lineares ou arredondadas eritematosas e dor intensa local; Pode haver náuseas, vômitos dispneia, arritmias cardíacas, edema agudo pulmonar e óbito; Primeiros socorros Compressas de água do mar gelada para controle da dor; Banhos de vinagre (desnatura o veneno) no local; O uso de água doce dispara nematocistos íntegros por osmose e aumenta o envenenamento; Sintomas mais graves necessitam de atendimento hospitalar. Vermes marinhos Poliquetas; A maioria das espécies possuem mecanismo de defesa venenosos – mandíbulas de quitina e cerdas urticantes; Acidentes são raros (mais comum com pescadores de mexilhões); Quadro clínico e tratamento semelhantes aos relatados em acidentes por esponjas. Moluscos Não são observados acidentes por moluscos venenosos no Brasil. Ouriços, estrelas e pepinos-do-mar Equinodermos; Ouriços-do-mar
responsáveis por cerca de 50% dos acidentes
Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública – Maria Eduarda Gonçalves Suzart 2 atendidos em Pronto-Socorros nas cidades litorâneas;
mais raro, mas também pode provocar acidentes; Ambas as espécies apresentam veneno em suas pedicelárias (ficam ao lado das espículas); Os maiores problemas ocorrem pela dificuldade de extração das espículas;
causar envenenamentos graves; Só existe em águas profundas. Pepinos-do-mar Acidentes raros, pois depende de ingestão. Estrelas-do-mar Não existem estrelas-do-mar venenosas no Brasil. Siris, caranguejos, tamburutacas Crustáceos; Não existem crustáceos venenosos no Brasil; Podem ocorrer quadros de intoxicação ou reações alérgicas por ingestão da carne; A maioria dos acidentes é traumática. Peixes venenosos brasileiros Todo acidente por peixe venenoso causa dor de intensidade variável e necrose ocasional; Venenos com propriedades necróticas e neurotóxicas; Os acidentes por bagres (família Ariidae) são os mais comuns no Brasil, mas ocorrem acidentes por arraias, peixes-escorpião (Scorpaena), peixes-sapo (Thalassophryne), moreias (Gimnothorax), cações (Squalus) e outros; Na rede fluvial os bagres também são os maiores responsáveis por acidentes envolvendo veneno,
peixes de couro podem apresentar ferrões, mas não há comprovação que possuam substâncias tóxicas. Nos acidentes causados por arraias fluviais (rio Paraná, Paraguai, Araguaia e Amazonas), a dor e a necrose local são mais importantes do que as provocadas por arraias marinhas – são incapacitantes; Piranhas causam lesões laceradas – acidente traumático; Peixes elétricos podem aplicar correntes de até 300 volts; Candiru (pequeno bagre hematófago e parasita natural de guelras de peixes grandes) pode penetrar na uretra e no ânus de seres humanos; Répteis aquáticos podem causar acidentes traumáticos importantes; Os acidentes possuem gravidade e quadro clínico variável.
Não existem dados sobre esse tipo de acidentes no Brasil. Existem alguns relatos de envenenamento e óbito por baiacus, através da tetrodotoxina; A saxitoxina é outra potente neurotoxina que pode provocar óbito e é encontrada em moluscos e crustáceos.
Haddad Junior V. Acidentes por animais aquáticos no Brasil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. 2003;36(5):591-597.