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ANESTESIA EM ANIMAIS COM DILATAÇÃOTORÇÃO GÁSTRICA, Manuais, Projetos, Pesquisas de Anestesiologia

anestesiologia introdução identificação anamnese exame fisico exames complementares Estabelecimento do Risco Anestésico. Protocolo Anestésico monitoração

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2020

Compartilhado em 20/08/2020

aline-aragao
aline-aragao 🇧🇷

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ANESTESIA EM
ANIMAIS COM
DILATAÇÃO/TORÇ
ÃO GÁSTRICA
Aline Aragão, Beatriz Aparecida e Mariana Batista
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Baixe ANESTESIA EM ANIMAIS COM DILATAÇÃOTORÇÃO GÁSTRICA e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Anestesiologia, somente na Docsity!

ANESTESIA EM

ANIMAIS COM

DILATAÇÃO/TORÇ

ÃO GÁSTRICA

Aline Aragão, Beatriz Aparecida e Mariana Batista

Anestesiologia

A área de anestesiologia veterinária tem se desenvolvido ao longo

dos anos. Novos fármacos e novas técnicas têm sido discutidas e

aprimoradas para que os procedimentos anestésicos se tornem

cada vez mais seguros e adequados. O presente estudo revisa a

fisiologia animal dos principais sistemas relacionados à anestesia

em cães e ressalta as diferenciações relacionadas aos pacientes,

os fármacos mais indicados para a realização da medicação pré

anestésica (MPA), indução e a manutenção anestésica, visando

portanto, estabelecer um protocolo que promova menores efeitos

indesejáveis nos animais.

Identificação

  • (^) Nome: Wright
  • Sexo: Macho
  • Espécie: Canídeo
  • Idade: 4 anos
  • Raça: Serra da Estrela
  • (^) Peso: 60 Kg

Anamnese

Após a refeição diária o animal esteve a brincar. Passado algum tempo, ficou prostrado e os proprietários observaram uma dilatação do abdómen, acompanhada de tentativas de vómito e sialorreia. Dirigiram-se às urgências do Hospital Veterinário do Porto (HVP) por suspeita de envenenamento.

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Exame Físico

  • Temperatura: 38.1 oC
  • Desidratação: 5%
  • (^) Mucosas: Anémicas
  • Abdómen: Dilatação do quadrante cranial esquerdo
  • TRC: > 2 segundos
  • Frequência respiratória: Dispneia e taquipneia
  • Pulso: Rápido e fraco
  • Frequência cardíaca: 180 bmp (taquicardia)

08/21/

Estabelecimento do

Risco Anestésico.

Animal com dilatação/torção gástrica, em choque

hipovolémico, com desequilíbrios electrolíticos e

taquicardia sinusal. Urgência médico-cirúrgica

(estabilização do animal, lavagem/descompressão gástrica

e gastropexia). (ASA 4E)

08/21/

Protocolo Anestésico

Estabilização pré-anestésica com fluidoterapia

Foi realizada uma anestesia balanceada com a combinação ketamina/diazepam e isoflurano. Antes da anestesia procedeu-se à estabilização do animal com a administração IV de Ringer Lactato suplementado com KCl (30 mEq/L) a uma taxa de administração de 90 ml/Kg/hora. Surgiram VPCs durante a descompressão gástrica e uma vez que lhe fora administrada ketamina, optou-se por medicar com lidocaína, em infusão contínua (50 g/Kg/min IV) em soro fisiológico.

Foi realizada uma anestesia balanceada com a combinação ketamina/diazepam e isoflurano. Antes da anestesia procedeu-se à estabilização do animal com a administração IV de Ringer Lactato suplementado com KCl (30 mEq/L) a uma taxa de administração de 90 ml/Kg/hora. Surgiram VPCs durante a descompressão gástrica e uma vez que lhe fora administrada ketamina, optou-se por medicar com lidocaína, em infusão contínua (50 g/Kg/min IV)

Descompressão^ em soro fisiológico. gástrica.

Electrocardiograma: VPC.

Protocolo Anestésico

Os animais com dilatação/torção gástrica, normalmente apresentam-se deprimidos e não necessitam de sedação. Quando esta é requerida pode-se administrar meperidina (2-4 mg/Kg SC) ou oximorfona (0.02-0. mg/Kg SC). A administração de anticolinérgicos deve ser evitada uma vez que estes alteram o equilíbrio autónomo e predispõem ao aparecimento de taquiarritmias, especialmente se a frequência cardíaca é superior a 140 bpm. A sua utilização só não está contra- indicada se a anestesia for induzida com opiáceos potentes (fentanil, oximorfona) ou

A oxigenação com máscara é essencial cinco minutos antes da indução ou depois de administrar 25% da dose do agente indutor. Devem-se evitar os tiobarbitúricos e agentes halogenados isolados, pois causam depressão do miocárdio, vasodilatação e hipotensão. Os últimos podem ser utilizados quando associados a um opióide. Aos animais que não apresentem taquiarritmias, pode-se administrar ketamina (10 mg/Kg IV)/diazepam (0.2-0.5 mg/Kg IV). Existe menor compromisso da função cardiovascular quando é utilizada a associação oximorfona (0.025-0.05 mg/Kg IV) /diazepam (0.125-0.25 mg/Kg IV), podendo a oximorfona ser substituída por

08/21/

  • Pré-medicação • Indução

Protocolo Anestésico

A administração inalatória de^ Manutenção

isoflurano é a mais indicada, sendo
este pouco arritmogénico, de rápida
indução e recuperação e com poucos
efeitos cardiovasculares. O
isoflurano pode ainda associar-se a
fentanil (0.05 mg/Kg IV) ou
oximorfona (0.05-0.2 mg/Kg IV) com
o objectivo de diminuir a
concentração do anestésico
inalatório administrado. A utilização
de N2O está contra-indicada pois
pode levar a uma maior distensão

gástrica.

A monitorização da anestesia deve^ Monitorização

incluir a avaliação do funcionamento
cardiovascular e respiratório (ECG,
pressão arterial, gasometria e débito
urinário).
Deve-se dar atenção à analgesia pós-
operatória (buprenorfina 0.01-0.03 10
mg/Kg IM) e à fluidoterapia durante o
jejum pós-cirúrgico de 48 horas (10 ml/
Kg/hora).

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