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ANEMIAS- HEMATOLOGIA, Esquemas de Hematologia

DOCUMENTO SOBRE OS TIPOS DE ANEMIAS, FISIOPATOLOGIA, SINAIS CLINICOS, ETC.

Tipologia: Esquemas

2024

Compartilhado em 12/04/2025

nathalia-saraiva-2
nathalia-saraiva-2 🇧🇷

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bg1
BY RANDERSON GUEDES /MED T2 UEMASUL PERÍODO-1°MÓDULO: ANEMIAS, FADIGA E PERDA DE PESO
ANEMIAS HEMOLÍTICA HEREDITÁRIA
DEFEITOS DO CITOESQUELETO
ANEMIA
FISIOPATOLOGIA/ETIOLOGIA
QUADRO CLÍNICO
HEMOGRAMA/EXAMES
TRATAMENTO
Esferocitose
hereditária (ExtraV)
ANK1- gene
Defeito da membrana do eritrócito
(deficiência de anquirina ou
espectrina, deficiência de banda 3
ou proteína 4.2)
citoesqueleto incopetente-
deformidade da hemácia e
diminuição da elasticidade hemática
gera uma hemólise acelerada e
esferócitos.
- Os defeitos na anquirina são muito
frequentes, ocorrendo em 30 a 60%
dos casos.
- Paralelamente à diminuição da
anquirina, ocorre diminuição da
espectrina em grau proporcional,
devido à ligação estrutural que
existe entre estas duas proteínas.
- Defeitos na banda 3 também são
comuns, afetando 15 a 40% dos
casos.
-os defeitos da estrutura protéica da
membrana levam a ligações
instáveis entre as proteínas e a
dupla camada lipídica.
- A desestruturação da membrana
leva a perda de lipídios com a
formação de esferócitos.
- Isso ocorre durante toda a vida do
eritrócito, sendo mais acentuada no
baço.
- Decorre do condicionamento
esplênico, em que, sob condições
de hemoconcentração, estase e
- Mais comum no Norte da
Europa. Nos Estados Unidos, a
incidência é estimada em
1:5.000, e no Brasil, embora não
haja estudos epidemiológicos, ela
é bastante frequente.
- A forma de herança é
autossômica dominante em 75%
e não dominante em 25% dos
casos.
- Icterícia(pode ser acentuada em
em RN); anemia e
esplenomegalia;
Complicações da hemólise =
icterícia neonatal vários dias após
o nascimento, esplenomegalia,
cálculos biliares pigmentados.
- A anemia é, em geral, leve e
moderada, mas ocasionalmente
pode ser muito acentuada.
-A esplenomegalia é em 70% dos
casos.
- Podem surgir úlceras de perna.
- No agravamento pode ocorrer
crises aplástica e
megaloblástica.
- Aparecimento de massas
decorrentes de hematopoese
extramedular, simulando tumores,
principalmente paravertebrais e
mediastinais, é outra complicação
da doença.
-Aumento da absorção de ferro;
aumento de ferritina sérica,
aumento da demanda de ácido
fólico
-Anemia microcítica, hipercrômica;
hemácia sem palidez central e com
forma de esfera, aumento de
reticulócitos.
-Exames: Teste de fragilidade
osmótica; ectacitometria,
eletroforese de proteínas.
uma das poucas doenças que
cursa com aumento do CHCM =
>/= 36 g/dg é consistente com
esferócitos. Reflexo de células
desidratadas e que perderam
membrana sem perder conteúdo de
hemoglobina).
-Estudo das proteínas da
membrana pode evidenciar
diminuição da anquirina,
espec-trina, banda 3 ou proteína
4.2, e orientar a pesquisa do
defeito genético, embora estes
exames não sejam necessários
para o diagnóstico.
Teste EMA
-Esplenectomia a partir de 5 anos
(antes disso tem-se o risco de sepse
fulminante por germes encapsulados
- ex: pneumococo e hemófilo).
-Vacina, ácido fólico
- Vacinação anti-Haemophilus
influenzae e antimeningocócica,
assim como antibioticoterapia
profilática, após a esplenectomia,
estão indicadas em crianças.
Não tratamento específico
-Uso de ácido fólico = preconizado
toda vez que ocorre hemólise, e
evitar crise megaloblástica. A crise
aplásica deve ser prontamente
tratada com hemotransfusão.
-Esplenectomia: reduz a
quantidade de sangue hemolisado
(sítio de realização de hemólise +
hemácias não conseguem passar
pelos vasos do baço uma vez que
os mesmos são finos e a hemácia
está com uma conformação
desfavorável)
-(Não é recomendável para
pacientes com anemia leve ou
hemólise compensada)
considerada curativa em e está
indicada nos casos mais graves
(hemoglobina < 8 g/dL e reticulócitos
> 10%), na presença de
comprometimento físico e intelectual
devido à anemia, de eritropoese
extramedular e de cálculos biliares,
que sugerem grande atividade
hemolítica.
- Pode ser feita em técnica cirúrgica
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ANEMIAS HEMOLÍTICA HEREDITÁRIA

DEFEITOS DO CITOESQUELETO

ANEMIA FISIOPATOLOGIA/ETIOLOGIA QUADRO CLÍNICO HEMOGRAMA/EXAMES TRATAMENTO

Esferocitose hereditária (ExtraV) ANK1- gene Defeito da membrana do eritrócito (deficiência de anquirina ou espectrina, deficiência de banda 3 ou proteína 4.2) citoesqueleto incopetente- deformidade da hemácia e diminuição da elasticidade hemática gera uma hemólise acelerada e esferócitos.

  • Os defeitos na anquirina são muito frequentes, ocorrendo em 30 a 60% dos casos.
  • Paralelamente à diminuição da anquirina, ocorre diminuição da espectrina em grau proporcional, devido à ligação estrutural que existe entre estas duas proteínas.
  • Defeitos na banda 3 também são comuns, afetando 15 a 40% dos casos.
  • os defeitos da estrutura protéica da membrana levam a ligações instáveis entre as proteínas e a dupla camada lipídica.
  • A desestruturação da membrana leva a perda de lipídios com a formação de esferócitos.
  • Isso ocorre durante toda a vida do eritrócito, sendo mais acentuada no baço.
  • Decorre do condicionamento esplênico, em que, sob condições de hemoconcentração, estase e
    • Mais comum no Norte da Europa. Nos Estados Unidos, a incidência é estimada em 1:5.000, e no Brasil, embora não haja estudos epidemiológicos, ela é bastante frequente.
    • A forma de herança é autossômica dominante em 75% e não dominante em 25% dos casos.
    • Icterícia(pode ser acentuada em em RN); anemia e esplenomegalia; Complicações da hemólise = icterícia neonatal vários dias após o nascimento, esplenomegalia, cálculos biliares pigmentados.
    • A anemia é, em geral, leve e moderada, mas ocasionalmente pode ser muito acentuada. -A esplenomegalia é em 70% dos casos.
    • Podem surgir úlceras de perna.
    • No agravamento pode ocorrer crises aplástica e megaloblástica.
    • Aparecimento de massas decorrentes de hematopoese extramedular, simulando tumores, principalmente paravertebrais e mediastinais, é outra complicação da doença. -Aumento da absorção de ferro; aumento de ferritina sérica, aumento da demanda de ácido fólico -Anemia microcítica, hipercrômica; hemácia sem palidez central e com forma de esfera, aumento de reticulócitos.
      • Exames: Teste de fragilidade osmótica; ectacitometria, eletroforese de proteínas. -É uma das poucas doenças que cursa com aumento do CHCM =

      /= 36 g/dg é consistente com esferócitos. Reflexo de células desidratadas e que perderam membrana sem perder conteúdo de hemoglobina). -Estudo das proteínas da membrana pode evidenciar diminuição da anquirina, espec-trina, banda 3 ou proteína 4.2, e orientar a pesquisa do defeito genético, embora estes exames não sejam necessários para o diagnóstico. Teste EMA -Esplenectomia a partir de 5 anos (antes disso tem-se o risco de sepse fulminante por germes encapsulados - ex: pneumococo e hemófilo). -Vacina, ácido fólico - Vacinação anti-Haemophilus influenzae e antimeningocócica, assim como antibioticoterapia profilática, após a esplenectomia, estão indicadas em crianças. ● Não há tratamento específico

  • Uso de ácido fólico = preconizado toda vez que ocorre hemólise, e evitar crise megaloblástica. A crise aplásica deve ser prontamente tratada com hemotransfusão.
  • Esplenectomia : reduz a quantidade de sangue hemolisado (sítio de realização de hemólise + hemácias não conseguem passar pelos vasos do baço uma vez que os mesmos são finos e a hemácia está com uma conformação desfavorável) -(Não é recomendável para pacientes com anemia leve ou hemólise compensada) -É considerada curativa em e está indicada nos casos mais graves (hemoglobina < 8 g/dL e reticulócitos

10%), na presença de comprometimento físico e intelectual devido à anemia, de eritropoese extramedular e de cálculos biliares, que sugerem grande atividade hemolítica.

  • Pode ser feita em técnica cirúrgica

baixo pH, as hemácias podem ativar o mecanismo de co transporte Na-K, tornando-se desidratadas, esferocíticas e menos deformáveis, ficando retidas no baço.

  • As células que escapam da destruição do baço e retornam à circulação são as células microcíticas e hiperdensas (esferócitos) características, observadas na esferocitose hereditária.
  • A importância do condicionamento esplênico fica evidente pela melhora clínica observada após a esplenectomia. tradicional ou laparoscópica.
    • Colecistectomia : Caso o paciente apresente cálculos (pacientes produzem muito cálculo biliar pela Bb).
    • No período neonatal, casos com hemólise grave e hiperbilirrubinemia acentuada, com risco de kernicterus, podem necessitar de exsanguineotransfusão. Eliptocitose hereditária (ExtraV) A piropoiquilocitose hereditária (HPP) é uma forma rara de eliptocitose hereditária, que se caracteriza por acentuada fragmentação celular e sensibilidade térmica anormal, com fragmentação eritrocitária a 45 a 46°C (normal a partir de 49°C). No período neonatal, apresenta-se como grave anemia hemolítica, muitas vezes com risco de morte. A eliptocitose hereditária é uma desordem autossômica dominante , caracterizada por um distúrbio na síntese da espectrina ou da proteína 4.1, afetando as "forças horizontais" do citoesqueleto da membrana eritrocítica.
  • Defeitos das forças horizontais (espectrina, actina, proteína 4.1) levam à eliptocitose hereditária.
  • Defeitos na espectrina são os principais responsáveis, com mutações afetando o sítio de auto associação entre as moléculas, em 50 a 80% dos casos. Esses defeitos levam à instabilidade do citoesqueleto com formação dos eliptócitos e, nos casos mais graves, severa fragmentação celular e hemólise.
  • A eliptocitose hereditária pode ser encontrada em todos os grupos étnicos, com prevalência de 1:2.500 em caucasianos e 1:150 em algumas partes da África.
  • A maioria dos indivíduos é assintomática, apresentando hemólise leve, não acompanhada de anemia ou esplenomegalia. O sangue periférico revela ovalócitos e eliptócitos os quais não possuem correlação com o grau de hemólise.
  • A ectacitometria demonstra a existência de um defeito na deformabilidade das hemácias em função de variações na osmolaridade do meio. ectacitometria : empregado no lugar do teste de fragilidade osmótica permite uma análise quantitativa e precisa da deformabilidade das hemácias em função da variação na osmolaridade do meio de suspensão. Hemácias de portadores de de esferocitose e eliptocitose hereditária fornecem curvas de ectacitometria. -Eliptócitos são a marca registrada da doença.
  • A fragmentação celular é extrema, dificultando o achado de eliptócitos no esfregaço de sangue.
  • Para a identificação do defeito de base, é necessário o estudo das proteínas da membrana. Nos eventuais casos que evoluem com episódios hemolíticos frequentes e graves, devemos indicar a esplenectomia, que corrige a hemólise, mas não a anormalidade apresentada pela hemácia.

pela doença são: (1) GdA–(variação patológica da enzima GdA+), encontrado em 8-10% dos negros; (2) GdMed ou mediterrâneo (variação patológica da enzima GdB), encontrado na população de ascendência italiana, bem como em gregos, árabes e judeus sefarditas. O primeiro tipo (GdA) está associado a um quadro mais brando de deficiência de G6PD, enquanto que o segundo tipo (GdMed) confere uma evolução clínica bem mais grave... Os eritrócitos com deficiência de G6PD, enzima responsável pela via das pentoses, geram menor quantidade de NADPH, crucial na produção de glutationa reduzida no citoplasma de eritrocitos para proteger a hemoglobina contra danos oxidativos. No caso da deficiência de G6PD, a presença de agentes oxidantes leva à oxidação dos grupos sulfidrila com precipitação das moléculas de hemoglobina, diminuindo assim sua solubilidade, o que causa hemólise. A hemoglobina oxidada dentro do glóbulo vermelho origina os corpúsculos de Heinz, que são retirados da circulação pelos macrófagos causando hemólise extravascular com consequente diminuição da sobrevida eritrocitária. O paciente se apresenta com "crises hemolíticas", sempre precipitadas por algum estresse oxidativo. O mais comum é a INFECÇÃO, por ativar neutrófilos que produzem radicais livres de oxigênio. Diversas DROGAS ou substâncias com potencial oxidante também costumam desencadear as crises.

  • Urina escura autoanticorpos IgG na superfície das hemácias. Ao passar pelos cordões esplênicos, os macrófagos retiram os corpúsculos de Heinz, deixando uma série de hemácias "com um pedaço arrancado", as famosas "células mordidas" e "células bolhosas". Além da hemólise esplênica (extravascular), destaca-se também a hemólise INTRAVASCULAR, decorrente da ruptura da membrana, resultado da peroxidação de seus lipídios. Deficiência de piruvato quinase (ExtraV) Um defeito nesta via do metabolismo ocasionará uma queda Os indivíduos gravemente afetados apresentam a A análise do sangue periférico pode demonstrar eritrócitos A maioria dos pacientes não necessita de tratamento, a não

na produção de energia das hemácias (ATP), o que resultará em disfunção da membrana, pois seus lipídios não serão renovados. Esse evento se traduz pela rigidez da célula e destruição precoce no baço. Cerca de 95% dos defeitos observados se devem à deficiência (de caráter autossômico recessivo) de piruvato quinase. desordem desde a infância, acompanhada de icterícia e esplenomegalia. Gravidez e infecções intercorrentes podem precipitar uma crise hemolítica. bizarros e múltiplos equinócitos (hemácias crenadas), porém não se observa esferocitose. Cuidado: hemácias crenadas ou equinócitos são frequentemente encontrados em esfregaços tecnicamente mal preparados! O teste da fragilidade osmótica das hemácias é negativo. ser a prescrição de ácido fólico para os casos moderados a graves. A esplenectomia é recomendada e necessita de exsanguineotransfusão para evitar kernicterus em casos graves. HEMOGLOBINOPATIA ANEMIA FISIOPATOLOGIA/ETIOLOGIA QUADRO CLÍNICO HEMOGRAMA/EXAMES TRATAMENTO Anemia falciforme e variantes (ExtraV) Genética: deficiência no cromossomo 11 (substituição do ácido glutâmico por valina, o que gera a formação de uma Hb mutante- a HbS, formando hemácias em forma de foice). REFE: Hematologia básica de Regina A hemoglobina S (α2 /βS ) mutada apresenta propriedades físico-químicas alteradas. A perda do aminoácido ácido glutâmico resulta em perda de cargas elétricas. Deste fato decorre que, em baixas tensões de oxigênio, a valina, agora no lugar do ácido glutâmico, interage com a fenilalanina e leucina em outra molécula de HbS, alterando a conformação molecular das moléculas de hemoglobina no eritrócito. Ocorre a formação de polímeros que se alinham e alongam-se num processo denominado de nucleação, acarretando o afoiçamento da célula. A velocidade e a extensão da formação de polímeros no interior das hemácias dependem do grau de desoxigenação, da concentração intracelular de hemoglobina S e da presença ou ausência de hemoglobina F. O processo de falcização leva algum tempo para ocorrer, por isso eritrócitos em forma de foice não são encontrados facilmente no sangue circulante, uma vez retornando ao pulmão, reoxigenando-se e retornando à sua forma normal. Uma das consequências da polimerização da HbS é a desidratação celular. Ocorre acidificação do meio, perdas de íons potássio (K+) e de água; há aumento da concentração de HbS com maior rigidez celular, resultando no aumento da viscosidade, favorecendo a formação de trombos na micro e na macrocirculação. Alterações Crise vaso oclusivas (Sd. mão-pé) com crise álgica; priapismo; Sd. torácica aguda; dor óssea; crise hepática; disfunção esplênica; manifestações cardíacas e neurológicas. REFE: Hematologia básica de Regina Duas manifestações importantes são decorrentes da fisiopatologia da anemia falciforme: a hemólise crônica e as crises falcêmicas. 1.Crise vasoclusiva: ocasionada pela obstrução dos vasos sanguíneos em razão do acúmulo de eritrócitos falcizados causando lesão tecidual. Dor abdominal, ósseas e articulares, febre e icterícia. 2.Crise hemolítica (ou de sequestração): A sequestração súbita de sangue pelo baço ocorre, principalmente, em crianças com desidratação ou acidose metabólica; caracteriza-se por choque hipovolêmico e esplenomegalia. Anemia normocrômica e normocítica; aumento de reticulócitos; drepanócitos (hemácias em foice); plaquetose; corpúsculo de Howell-Jolly; aumento de Bb indireta. Exames: teste do afoiçamento e eletroforese de hemoglobina teste de solubilidade (diotonito de sódio) ou de falcização (metabissulfito de sódio). •Anemia hemolítica crônica com Hb entre 7 e 8 g/dL. •Anemia normocítica e normocrômica. •Presença de anisocitose, poliquilocitose e RDW aumentado nas crises. •Presença de hemácias em foice. •Reticulocitose (>15%), eritroblastos, policromasia. •Grau de icterícia visível. •Moderada taquicardia após esforços habituais. Manifestações osteoarticulares:

  • Microinfartos ósseos e articulares Medidas gerais: Evitar infecções, uso de ácido fólico, tratamento da crise álgica (hidratação+opiáceos); -Hemotransfusão; exsanguineotransfusão aguda (caso de AVC e priapismo) -Hipertransfusão (AVC, DRC) -transplantes Drogas como a hidroxiuréia (HU) têm sido utilizadas com a finalidade de aumentar a produção de HbF em pacientes com anemia falciforme, apresentando resultados promissores.

célula formando os corpúsculos de Heinz (constituem alterações estruturais dos glóbulos vermelhos que se ligam ao citoesqueleto da membrana provocando hemólise extravascular pela ligação de antígenos específicos e remoção pelo sistema mononuclear fagocitário (SMF)).

  • A hemólise acarreta uma anemia de grau intenso em razão da menor disponibilidade de hemoglobina disponível e dessa forma ocorrerá hiperplasia medular ( presença de células jovens - reticulócitos e eritroblastos- circulantes e expansão do tecido eritróide associada a deformações ósseas). OUTRAS ANEMIA FISIOPATOLOGIA/ETIOLOGIA QUADRO CLÍNICO HEMOGRAMA/EXAMES TRATAMENTO Abetalipoproteinemia (acantócitos) (ExtraV) Estomatocitose hereditária (ExtraV)
  • Caracterizadas por anormalidades nos mecanismos de regulação do volume celular, levando a defeitos na permeabilidade da membrana aos cátions monovalentes Na+ e K+. Trata-se de uma doença de caráter autossômico dominante. O defeito de membrana permite que haja grande influxo de sódio e água para o interior da hemácia. Esta torna-se edemaciada com uma redução de sua hemoglobina corpuscular média. A hemácia super-hidratada é vista no sangue periférico com uma área de palidez central semelhante a uma boca, sendo denominada de estomatócito.
  • A maioria dos pacientes possui esplenomegalia e anemia hemolítica. Devemos memorizar que o estomatócito pode estar presente em infecções adquiridas e não relacionadas à hemólise, como o alcoolismo e a doença hepática.
  • níveis de hemoglobina ao redor de 10 g/dL, reticulocitose (5 a 10%) e macrocitose (VCM entre 100 e 115 fls). A CHCM está elevada na xerocitose e diminuída na endocitose. Estomatócitos são frequentemente visualizados na endocitose, mas estão presentes, em grau variável, também nas formas desidratadas.
  • O diagnóstico é baseado na determinação da quantidade intraeritrocitária de Na+ e K+,
  • A ectacitometria em gradiente osmótico parece ser o teste diagnóstico mais importante na identificação das células estomatocíticas, pela demonstração de padrões de deformabilidade eritrocitária específicos, embora não seja um exame disponível na rotina. A esplenectomia deve ser evitada, pois se associa à ocorrência de eventos tromboembólicos graves (possivelmente devido à trombocitose secundária, que se desenvolve após a retirada do baço).
  • os pacientes com estomatocitose cursam com sobrecarga de ferro, apresentando aumento da saturação da transferrina e hiperferritinemia, independentemente da necessidade de transfusão de sangue. Esplenomegalia e cálculos biliares são achados comuns Xerocitose hereditária (ExtraV) PRINCIPAIS DISTÚRBIOS HEMOLÍTICOS HEREDITÁRIOS ANEMIA PATOGENIA CAUSA DA HEMÓLISE

ALTERAÇÕES NO

HEMOGRAMA

ALTERAÇÕES

CLÍNICAS

EXAMES LAB.

ESPECÍFICOS

TRANSMISSÃO E

OCORRÊNCIA

ANEMIA

FALCIFORME

Troca aa da cadeia beta da Hb (glu → val) ↓O ou ↓pH → HbS Célula falciforme (hemólise extravascular ou intravascular por obstrução de capilares)

  • Células em foice
  • Policromasia
  • VCM e HCM normais
  • Reticulocitose
    • Crises vaso oclusivas
    • Edema nas extremidades
    • Cianose
    • Dores osteoarticulares
      • Metabissulfito de sódio (falcização)
      • Ditionito de sódio (precipitação)
      • Eletroforese Hb 70-90% HbS 2-4% HbA2 restante HbF
        • Autossômica recessiva
        • Negros, principalmente ALFA-TALASSEMIA ↓Síntese da cadeia alfa Delta-4 = Hb Bart Beta-4 = HbH Corp. Heinz Policromasia Microcitose
  • hipocromia
  • VCM e - HCM↓ Pontilhado basófilo
  • Células-alvo Alterações ósseas visíveis (hiperplasia medular em ossos do crânio) Eletroforese de Hb Alta HbF- pesquisa HbF - Pesquisa de C. Heiz Autossômica semidominante Mediterrâneo (Italianos) BETA TALASSEMIA ↓Síntese da cadeia beta Alfa-4 → C. Heinz Policromasia Microcitose
  • hipocromia
  • VCM e - HCM↓ ƒ Pontilhado basófilo
  • Células-alvo Alterações ósseas visíveis (hiperplasia medular em ossos do crânio) Eletroforese de Hb Alta HbF- pesquisa HbF
  • Pesquisa de C. Heiz Autossômica semidominante Mediterrâneo (Italianos) ESFEROCITOSE HEREDITÁRIA
  • Deficiência na bomba Na e K Esferócitos Hemólise: Mecânica (baço) -Microcitose
  • Hipercromia -Esplenomegalia -Cálculos biliares
  • Curva de resistência osmótica Autossômica dominante

à autoimunidade.

-Gênero (sexo) que predispõe à

maior influência hormonal (no

caso de mu-lheres).

-Infecções virais e/ou bacterianas.

-Alterações anatômicas nos

tecidos e consequente exposição

de antígenos próprios que

estavam ocultos, promovendo a

formação de autoanticorpos.

Possuem 2 denominações de

anticorpos:

- Anticorpos quentes: do tipo

IgG - 70% dos casos

- Anticorpos frios: do tipo

IgM ou mais raramente

IgA’s

Há também AHAI mistas

causadas por associações de

diferentes classes de anticorpos.

As idiopáticas (sem qualquer

associação com uma doença

demonstrável), configura apenas

30-40% dos casos.

- A hemólise cursa com a

participação do sistema

complemento;

- Culmina com a destruição

celular intravascular, só os

eritrócitos revestidos por

anticorpos são reconhecidos

como estranhos e fagocitados

pelo sistema mononuclear

fagocitário (SMF) - baço e fígado -

levando à hemólise extravascular.

conjugada.

- Fígado e baço podem

ser palpáveis e dolorosos.

- Em 50% dos casos existe

esplenomegalia e, em um

terço, hepatomegalia.

- Anemia macrocítica

ocasionada por

reticulocitose, esferocitose

e anisocitose

- Leucócitos costuma ser

normal, assim como a de

plaquetas

- Raramente há elevação

de bilirrubina séricas acima

de 5mg/dL, maior parte

não conjugada

- Desidrogenase lática

(LDH) aumentada.

Problemas na rotina

imuno-hematológica

- Se o TESTE DA

ANTIGLOBULINA DIRETO

( TAD ) for positivo com o soro de antiglobulina poliespecífico, recomenda-se repeti-lo pelo

menos com o soro.

- Identificar os anticorpos

livres no soro, se houver,

utilizando-se painel de

hemácias.

- Autoanticorpos podem

estar misturados a

aloanticorpos no soro,

oriundos de imunização

prévia por gestação ou

transfusões.

- É de suma importância a

identificação de

aloanticorpos para a

seleção de hemácias

antígeno-negativas para

posteriores transfusões.

favorável em 80 a 90% dos casos.

  • Os tratamentos de segunda linha, como esplenectomia e drogas imunossupressoras, como azatioprina e a ciclofosfamida.
  • Se não responder, o tratamento de primeira e segunda linha representa um problema crítico. (As opções para estes casos incluem imunoglobulinas em altas doses, ciclofosfamida endovenosa, micofenolatomofetil (MMF) e rituximabe (anticorpo monoclonal anti-CD20).
  • As transfusões de sangue devem ser evitadas.
  • Frio : terapia imunossupressora; não expor ao frio

Hemólise autoimune (AHAI) fria

Características e Fisiopatologia

- menos frequente que a quente

- 15-20% das AHAI

- Característica principal é a

reatividade dos anticorpos ao frio

(4-20°C)

- Os autoanticorpos frios

patogênicos diferem-se dos

benignos pela capacidade em

fixar complemento, ativando a

cascata e provocando hemólise in

vivo intra ou extravascular,

resultando nas manifestações

clínicas típicas das anemias

hemolíticas a frio.

-Estas manifestações incluem a

destruição das hemácias que

levam à hemoglobinúria e/ou

oclusão vascular, especialmente

em partes do corpo expostas ao

frio.

Mecanismo

- autoanticorpos IgM, que se ligam

avidamente a eritrócitos a baixas

temperaturas (circulação

sanguínea periférica), e depois se

“desligam” ao retornar à

circulação visceral;

- Por isso são chamados de

crioaglutininas. Representam 16%

do total de casos de AHAI, e

geralmente são benignas.

● podem ser agudos ou

crônicas:

- Aguda : decorrem de doenças

infecciosas, como pneumonia por

- Os autoanticorpos frios

patogênicos diferem-se

dos benignos pela

capacidade em fixar

complemento, ativando a

cascata e provocando

hemólise in vivo intra ou

extravascular, resultando

nas manifestações clínicas

típicas das anemias

hemolíticas a frio.

-Estas manifestações

incluem a destruição das

hemácias que levam à

hemoglobinúria e/ou

oclusão vascular,

especialmente em partes

do corpo expostas ao frio.

- O quadro clínico depende

do título e da amplitude

térmica do anticorpo. As

aglutininas frias são, com

raras exceções, IgM com

especificidade contra

antígenos de membrana

de alta frequência, por

exemplo, anti-I e anti-i.

Clínica médica USP

  • Os valores de hemoglobina raramente caem abaixo de 7 g/dL.
  • O esfregaço de sangue mostra grande aglutinação de hemácias, causando elevações espúrias do VCM.
  • Tanto na doença primária quanto na secundária às neoplasias geralmente há pico monoclonal IgM kappa.

- Os indivíduos acometidos

geralmente não

necessitam receber

transfusão. Recomenda-se

que evitem a exposição ao

frio.

- Em casos mais severos,

pacientes com altos títulos

de auto-crioaglutininas

poderão ser submetidos a

plasmaféreses e

geralmente a corticoterapia

e a esplenectomia se

mostram ineficazes.

  • Os corticosteróides geralmente não são eficazes.
  • Não há benefício com a esplenectomia, pois as hemácias são destruídas no fígado. -Entre as drogas citotóxicas, o clorambucil pode ser eficaz, assim como a ciclofosfamida.
  • O rituximabe tem sido usado em alguns casos, com resultados promissores.
  • transfusões de sangue devem ser evitadas tanto quanto possível,

uma esplenomegalia congestiva. (^) Um baço congesto é capaz de "sequestrar" um percentual bem maior, causando plaquetopenia. A neutropenia por "sequestro esplênico" pode acompanhar a plaquetopenia em alguns casos. Geralmente é uma neutropenia leve a moderada. Insuficiência hepática grave ANEMIA FISIOPATOLOGIA/ETIOLOGIA QUADRO CLÍNICO HEMOGRAMA/EXAMES TRATAMENTO Anemia com acantócitos (ExtraV) A hepatopatia avançada aumenta o teor de colesterol e lecitina na membrana eritrocítica, gerando as "famosas" hemácias em alvo (leptócitos). Quando o teor de colesterol supera o de lecitina, surge um tipo morfológico de hemácia chamado acantócito (spur cell), Estas células parecem ter "espinhos". A hemólise se dá no tecido esplênico, uma vez que os acantócitos têm a membrana rígida, reduzindo a deformabilidade eritrocítica, o que dificulta a passagem pelas fendas sinusoidais (permitindo a fagocitose pelos macrófagos). Há outras causas (raras) de anemia hemolítica com acantocitose: uma doença hereditária autossômica recessiva chamada abetalipoproteinemia, também conhecida por síndrome de Bassen- Kornzweig, além de outra desordem genética, chamada "coreia com acantocitose". Os pacientes manifestam um quadro de anemia com hematócrito entre 15-25%, com reticulocitose e esplenomegalia. A meia-vida das hemácias é tão pequena quanto seis dias. O tratamento seria a esplenectomia, mas o procedimento só está indicado nos poucos casos em que o paciente apresenta um risco cirúrgico aceitável.

Hemoglobinúria paroxística noturna (IntraV) ANEMIA FISIOPATOLOGIA/ETIOLOGIA QUADRO CLÍNICO HEMOGRAMA/EXAMES TRATAMENTO Hemoglobinúria paroxística noturna (HPN)

- É uma doença clonal, adquirida, da célula-tronco hematopoética, caracterizada por hemólise intravascular, fenômenos trombóticos e graus variáveis de insuficiência medular. -. É decorrente da ausência de uma âncora de glicosilfosfati-dilglicana (GPI), causada por uma mutação no gene PIG-A, localizado no braço curto do cromossomo X.

  • Esta âncora GPI liga várias moléculas à superfície celular, entre elas o decay accelerating factor (CD55) e o membrane inhibitor of reactive lysis (CD59), proteínas que protegem as células da lise induzida pelo complemento.
  • Sua ausência, particularmente a do inibidor da formação do complexo de ataque à membrana (CD59), leva à sensibilidade aumentada das células HPN à lise mediada pelo complemento. Essa é a ocorrência responsável pela hemólise intravascular. O clone de células anormais é de proporções variáveis,
    • Depende do tamanho do clone anormal e da insuficiência medular.
    • Quadro de urina escura pela manhã só acontece em 25% dos pacientes.
    • Trombose venosa
    • Em casos de aplasia medular os clones de células HPN são pequenos, predominando os sintomas de insuficiência medular A HPN provavelmente é subdiagnosticada e deve ser considerada em determinadas situações, como:
      • Todas as pancitopenias ou citopenias a esclarecer; -Anemias hemolíticas intravasculares não imunológicas, nas quais já foram excluídas microangiopatias.
      • Tromboses venosas envolvendo grandes vasos abdominais.
      • Anemias ferropênicas em causa aparente Quadro laboratorial:
      • Presença de grandes clones de células HPN
      • Reticulocitose, aumento de DHL e de bilirrubina indireta, associados ou não a graus variáveis de leucopenia e plaquetopenia.
      • Diagnóstico confirmado com a pesquisa de CD55 e CD59,
        • A recomendação de administrar hemocomponentes lavados para evitar crises hemolíticas tem sido objeto de controvérsias, mas ainda é comum.
        • Em casos de trombose recomenda-se anticoagulação profilática com dicumarínicos em pacientes com clones maiores que 50%. Com plaquetas acima de 100000/mm e sem contra indicações para anticoagulação.
        • O grande avanço foi o desenvolvimento de um anticorpo monoclonal inibidor da ativação do complemento a nível de C5 (eculizumabe), com excelente efeito sobre o controle da hemólise e dos fenômenos trombóticos.

CIVID

Outras anemias hemolíticas intravasculares ANEMIA FISIOPATOLOGIA/ETIOLOGIA QUADRO CLÍNICO HEMOGRAMA/EXAMES TRATAMENTO Prótese valvar cardíaca Lesão térmica (queimaduras etc.) Lesão osmótica (água destilada IV etc) Hemólise de corredor Malária, babesiose, bartonelose Sepse por Clostridium sp Drogas (ex.: dapsona Envenenamentos (cobras, aranhas)