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Guias e Dicas
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Anatomia e Fisiologia da Laringe: Um Guia Completo para Estudantes de Medicina, Resumos de Cirurgia Geral

A anatomia e fisiologia da laringe, incluindo suas funções na respiração, deglutição e fonação. Descreve as cartilagens, músculos e pregas vocais da laringe, além de discutir as principais patologias inflamatórias e por abuso vocal, como nódulo vocal, pólipo vocal, edema de reinke, granuloma e papilomatose respiratória recorrente. O documento também inclui informações sobre alterações estruturais mínimas, como sulco vocal, cisto vocal, ponte mucosa, microwebe vasculodisgenesia. Por fim, aborda o câncer de faringe e tumores nasossinuais, incluindo osteoma de frontal, pólipo de killian, nafj (nasoangiofibroma juvenil) e papiloma invertido.

Tipologia: Resumos

2024

Compartilhado em 11/11/2024

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ruanna-gomes 🇧🇷

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LARINGE
FUNÇÃO: respiração, deglutição e fonação
CARTILAGENS: epiglote, cartilagem tireoide, cart. aritenoide, cart. cricoide, cart. corniculadas
MÚSCULO: cricoaritenoide posterior é o único musc. intrinseco da laringe que vai fazer a função
de abdução(afastar), auxiliando mais na respiração do que na fonação. Enquanto todos os outros
vão fazer adução, tensionando as cordas vocais.
PREGAS VOCAIS: região anterior > função fonatória e região posterior > função respiratória
HISTOLOGICAMENTE: a corda vocal tem um epitélio de revestimento que é o escamoso
estratificado, contendo a lâmina própria e o musc. vocal.
A lâmina própria vai se dividr em: 1) camada superficial, tbm chamada de espaço de reinke, que
garante a vibração da corda vocal. 2) camada intermediária e 3) camada profunda que juntas 2
e 3 vão formar ligamento vocal.
PATOLOGIAS INFLAMATÓRIAS E POR ABUSO VOCAL
NÓDULO VOCAL
Epidemiologia: aldultos: mais comum em mulheres e crianças: mais comum em meninos
Formação do nódulo vocal: esforço vocal, dilatação e congestão do espaço de reinke,
transudação, edema, hialinização, organização e fibrose.
Histologia: hiperplasia do epitélio; aumento da espessura da membrana local; redução do ácido
hialurônico.
QC: Disfonia: voz rouca, soprosa; Cansaço vocal; Piora com abuso vocal; Piora com IVAS e alergia.
TTO: Fonoterapia é o tto de excelência; Redução vocal p/ evitar recidivas; Nódulos antigos,
grandes e fibrosados podem requerer cirurgia.
OBS!!!!: Geralmente o nódulo acontece na transição do terço anterior para o terço médio, na
região fonatória. E sempre nódulo vocal é bilateral!!!
PÓLIPO VOCAL
Lesões exofíticas predominantemente no terço anterior, na parte fonatória.
Geralmente unilaterais!!!
Epidemiologia: mais comum em homens, em crianças é raro.
Formação do pólipo: trauma vocal; ruptura vascular; extravasamento; edema e hematoma;
hialinização, organização e fibrose
QC: Pode haver bitonalidade (efeito báscula) e diplofonia; Lesões maiores e pediculadas podem
causar sensação de corpo estranho; Dispneia em casos excepcionais.
TTO: Fonocirurgia seguida de fonoterapia é o esquema terapêutico mais utilizado;
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LARINGE

FUNÇÃO: respiração, deglutição e fonação CARTILAGENS: epiglote, cartilagem tireoide, cart. aritenoide, cart. cricoide, cart. corniculadas MÚSCULO: cricoaritenoide posterior é o único musc. intrinseco da laringe que vai fazer a função de abdução(afastar), auxiliando mais na respiração do que na fonação. Enquanto todos os outros vão fazer adução, tensionando as cordas vocais. PREGAS VOCAIS: região anterior > função fonatória e região posterior > função respiratória HISTOLOGICAMENTE: a corda vocal tem um epitélio de revestimento que é o escamoso estratificado, contendo a lâmina própria e o musc. vocal. A lâmina própria vai se dividr em: 1) camada superficial, tbm chamada de espaço de reinke, que garante a vibração da corda vocal. 2) camada intermediária e 3) camada profunda que juntas 2 e 3 vão formar ligamento vocal. PATOLOGIAS INFLAMATÓRIAS E POR ABUSO VOCAL NÓDULO VOCAL Epidemiologia: aldultos: mais comum em mulheres e crianças: mais comum em meninos Formação do nódulo vocal : esforço vocal, dilatação e congestão do espaço de reinke, transudação, edema, hialinização, organização e fibrose. Histologia : hiperplasia do epitélio; aumento da espessura da membrana local; redução do ácido hialurônico. QC: Disfonia: voz rouca, soprosa; Cansaço vocal; Piora com abuso vocal; Piora com IVAS e alergia. TTO: Fonoterapia é o tto de excelência; Redução vocal p/ evitar recidivas; Nódulos antigos, grandes e fibrosados podem requerer cirurgia. OBS!!!!: Geralmente o nódulo acontece na transição do terço anterior para o terço médio, na região fonatória. E sempre nódulo vocal é bilateral!!! PÓLIPO VOCAL Lesões exofíticas predominantemente no terço anterior, na parte fonatória. Geralmente unilaterais!!! Epidemiologia : mais comum em homens, em crianças é raro. Formação do pólipo : trauma vocal; ruptura vascular; extravasamento; edema e hematoma; hialinização, organização e fibrose QC : Pode haver bitonalidade (efeito báscula) e diplofonia; Lesões maiores e pediculadas podem causar sensação de corpo estranho; Dispneia em casos excepcionais. TTO: Fonocirurgia seguida de fonoterapia é o esquema terapêutico mais utilizado;

EDEMA DE REINKE

Processo inflamatório crônico com edema que acomete a camada superficial da lâmina própia de forma assimétrica. Epidemiologia: mais comum em mulheres tabagistas com uso intenso da voz e sintomas de refluxo; tendem a ser subdiagnosticadas em homens e é raro em criança. Fisiopatologia: está relacionado com a agressão da mucosa vocal pela fumaça do cigarro e RFL; Há deposito de material gelatinoso no espaço de reinke, sem hialinização ou vasodilatação. QC: Disfonia lentamente progressiva; Voz rouca e úmida; Dispneia em caso de degeneração volumosa das pregas vocais. TTO: 1° afastar os fatores de risco predisponetes (tabagismo e refluxo) 2° Fonocirurgia vai abrir a corda vocal anteroposterior, ficando mais longe da borda livre e vai drenar o excesso de tecido gelatinoso. GRANULOMA Diferente dos outros que pegam a porção anterior, ele vai pegar mais na parte posterior da corda vocal. Específicos: causados por alguma doença de base como tuberculose, Histoplasmose, doença de wegener etc. Inespecíficos: presença de tecido de degranulação na laringe, geralmente causados pós intubação, refluxo, abuso vocal, tabagismo, etilismo e alergia. QC: sensação de corpo estranho na garganta, com pigarro e irritação; disfonia é pouco frequente; dispneia se lesões mt grandes e bilaterais. TTO : Terapia antirrefluxo; corticoide inalatório (controverso); Fonocirurgia; Toxina botulínica: para recidiva quando se tira o granuloma. PAPILOMATOSE RESPIRATÓRIA RECORRENTE FR : baixa condição socioeconômica; via de parto; tempo de rotura das membranas; Virologia: HPV mais comum 11 (mais agressivo) e 6; os tipos 16,18,31,33 tbm tem sido encontrado. OBS: precisa fazer biopsia do papiloma quando tira por causa do risco de câncer. QC: A maioria é assintomático ao nascer; Disfonia; Tosse crônica; infec. Respiratórias; Dispneia; Estridor; TTO: Limitar-se á remoção do papiloma e não da mucosa normal; enviar material pra biopsia e tipagem viral; Cicoforvir (antiviral) faz aplicação depois da cirurgia. Vacina quadrivalente anti- HPV (Gardasil). ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS MÍNIMAS ( SÃO 5) Estão presentes desde o nascimento, variações na anatomia laríngea que não causam outro sintoma além da disfonia; TTO: Fonoterápico é o de escolha; Cirurgia apenas em casos selecionados.

TUMORES NASOSSINUAIS

Diagnóstico tardio, sendo tratados como RSC e RSA de repetição. Sintomas mais observados: Obstrução nasal; epixtase recorrente; rinorreia unilateral; Videonasofibroscopia Investigação inicial: Exames de imagem TC dos seios da face e RNM. Nem todos precisam de Biopsia para dar diagnóstico. OSTEOMA DE FRONTAL Tu nasossinusal mais comum é benigno, maioria das vezes assintomático. PÓLIPO DE KILLIAN Idade: adolescente e adulto jovem História clínica: obstrução nasal unilateral e progressiva. Pode ser bilateral com respiração oral de suplência e roncos noturnos. Diag diferencial: HVA ( hipertrofia de adenoide ) Raramente tem epistaxe; Sinais de RSAB de repetição Achados da TC: alargamento do complexo osteomeatal. TTO: Cirurgia endoscópica nasal com acesso via oral combinado. NAFJ (NASOANGIOFIBROMA JUVENIL) É benigno, altamente vascularizado, principal sintoma é epistaxe. Idade: adolescente e adulto jovem (Sex masc, mais comum na puberdade) História: Congestão nasal unilateral, epistaxe espontânea, volumosa e recorrente. Deformidade fácil + OME (otite media de efusão) Origem no forame esfendopalatino Nasofibroscopia: massa lobulada avermelhada, sangrante ao toque que nasce da rinofaringe. TC de seios da face + RNM + angiografia: Lesão com alargamento da fossa pterigopalatina. Sinusite crônica maxilar e/ou esfenoidal. TTO: Cirurgia endoscópica nasal + acesso de base do crânio + embolização primária. PAPILOMA INVERTIDO Idade: adulto ou meia-idade (50-60anos) História: Congestão nasal unilateral, epistaxe leve. RSAB de repetição. Origem: meato médio, no óstio do seio maxilar. O papiloma invertido é uma neoplasia epitelial benigna de caráter invasivo.

HPV: os subtipos 6 e 11 (benignos), 16 e 18 (malignos) Nasofibroscopia: Lesão lobulada, irregular, sangrante ao toque. TC de SF: provoca alargamento do complexo óstiomeatal e remodelamento ósseo RNM: imagem hiper-intense cerebriforme Cirurgia para remoção do tumor deve conter margens livres. CEC ( tumor maligno ) Idade: Adulto ou meia-idade (50-60ans) História: congestão nasal unilateral, epistaxe leve. RSAB de repetição ou RSC. Dor e edema fácil progressivo. Deformidade fácil + OME unilateral O seio maxilar é o mais acometido. FR: Doença ocupacional ( poeira de madeira, agrotóxico etc.) Alcool e tabaco tem pouca relação TC: massa irregular heterogênia TTO: Multidisciplinar, RXT, QXT + cirurgia de cabeça e pescoço.