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Guias e Dicas
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Anatomia e Fisiologia da Gestação , Notas de estudo de Anatomia

Slide de anatomia e fisiologia da gestação

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 01/11/2010

carla-xavier-martins-10
carla-xavier-martins-10 🇧🇷

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ANATOMIA E FISIOLOGIA
DA GESTAÇÃO
Obstetrícia
Acadêmica: Carla Xavier Martins Nº. 14
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ANATOMIA E FISIOLOGIA

DA GESTAÇÃO

Obstetrícia Acadêmica: Carla Xavier Martins Nº. 14

Uma gestação saudável é a meta do cuidado

materno, com um resultado fisicamente seguro e

emocionalmente satisfatório para a mãe, para a

criança e para a família. Uma supervisão de

saúde consistente tem a maior importância na

obtenção desse resultado. No entanto, muitas

adaptações maternas são desconhecidas pela

gestante e por sua família. Ajudá-la a reconhecer

a relação entre seu estado físico e o plano para o

seu atendimento facilita a tomada de decisões e

encoraja sua participação no seu próprio

cuidado.

Existe uma abreviatura muito usada nos Centros Obstétricos que consiste em cinco dígitos. O primeiro representa o nº total de gestações; incluindo a atual (gravidez); o segundo representa o nº total de partos a termo; o terceiro indica o nº de partos prematuros; o quarto indica o nº de abortos; e o quinto é o nº de filhos vivos. Sigla GTPAV.

CONDIÇÃO GESTA- ÇÕES PARTOS A TERMO PARTOS PREMATU -ROS ABORTOS FILHOS VIVOS Sara está grávida pela primeira vez 1 0 0 0 0 Ela leva a gestação a termo e o neonato sobrevive 1 1 0 0 1 Ela engravida novamente 2 1 0 0 1 Sua segunda gestação termina em aborto 2 1 0 1 1

ADAPTAÇÕES A GESTAÇÃO As adaptações fisiológicas maternas são atribuídas aos hormônios da gestação e as pressões mecânicas provocadas pelo aumento do útero e de outros tecidos. Embora a gestação seja um fenômeno normal, podem ocorrer problemas. A enfermeira necessita de fundamentos sobre a fisiologia materna normal para ser capaz de:  (^) Identificar desvios potenciais ou vigentes da adaptação normal e iniciar o atendimento  (^) Ajudar a mulher a compreender as mudanças anatômicas e fisiológicas durante a gestação  (^) Afastar a ansiedade da mulher e da família, resultante possivelmente da falta de conhecimento  (^) Ensinar a mulher e a família os sinais e os sintomas que devem ser comunicados ao profissional de saúde

**SISTEMA REPRODUTIVO E MAMAS ÚTERO

  1. Mudança de tamanho, formato e posição** O fenômeno do crescimento uterino no primeiro trimestre é estimulado pelos altos níveis de estrogênio e de progesterona. O aumento uterino precoce resulta da maior vascularidade e da dilatação dos vasos sanguíneos, da hiperplasia (produção de novas fibras musculares e tecido fibroelástico) e da hipertrofia (aumento das fibras musculares e tecido fibroelástico existentes), e do desenvolvimento da decídua. Na 7ª semana de gestação, o útero tem o tamanho de um ovo de galinha, na 10ª semana tem o tamanho de uma laranja. Depois do terceiro mês, o aumento uterino resulta da pressão mecânica do feto em crescimento. Durante a gestação a cavidade uterina passa de 10 ml de líquido para 15 ml ou mais. À medida que o útero aumenta, também muda seu formato e sua posição. O crescimento uterino é determinado pela medida da altura do fundo. Tal medida é geralmente usada para estimar a duração da gestação. A medida que o útero cresce e enche a cavidade pélvica, eleva-se além da área pélvica e pode ser palpado acima da sínfise pubiana, entre a 12ª e 14ª semana de gestação. Entre às semanas 38 e 40, a altura do fundo cai à medida que o feto começa a descer e a encaixar-se na pelve ( insinuação ). Na nulípara a insinuação ocorre em torno de duas semanas antes do início do trabalho de parto, e na multípara no início do trabalho de parto.

4) Modificações cervicais O amolecimento do colo cervical pode ser observado em torno do inicio da sexta semana de gestação, em uma cérvice normal, sem cicatrizes. A friabilidade fica aumentada; isto é, a cérvice sangra facilmente ao ser raspada ou tocada. O aumento da friabilidade causa algumas gotas de sangue observadas após o coito com penetração profunda ou após o exame vaginal. Essas poucas gotas estão, geralmente, dentro dos limites normais. A cérvice da nulípara é arredondada. As lacerações da cérvice quase sempre ocorrem durante o processo do parto. Com ou sem lacerações, contudo, após o parto a cérvice torna-se mais oval no plano horizontal, e o orifício externo aparece como uma fenda transversa.

5) Modificações relacionadas a presença do feto O movimento passivo do feto não encaixado é chamado de rebote e pode ser identificado, geralmente, entre a 16ª e 18ª semana. O rebote interno de um feto no útero é um sinal objetivo provável de gestação. Os movimentos fetais nas multíparas ocorre a partir da 14º ou 16ª semanas, nas nulíparas ocorre a partir da 18ª semana. Os movimentos, um sinal presumível de gestação, são comumente descritos como palpitações e são difíceis de distinguir do peristaltismo. Gradualmente, os movimentos fetais aumentam de intensidade e frequência. A semana em que ocorrem os movimentos serve de pista para a provável duração da gestação.

A maior vascularidade da vagina e das outras vísceras pélvicas resulta em aumento notável da sensibilidade, que pode levar a um alto grau de interesse sexual e excitação, especialmente no segundo trimestre da gestação. Os grandes lábios da núlipara aproximam-se e obscurecem o intróito vaginal; os da multípara separam- se e escancaram após o parto e lesão perineal ou vaginal

MAMAS

A plenitude, a maior sensibilidade, o formigamento (que pode levar à dor aguda) e o peso das mamas começam a ser evidenciados nas primeiras semanas de gestação em resposta aos níveis mais altos de estrogênio e progesterona. Os mamilos e a aréola tornam-se mais pigmentados e os mamilos tornam-se mais eréteis. A hipertrofia das glândulas sebáceas encravadas nas aréolas ( tubérculos de Montgomery ) têm papel protetor, mantendo os mamilos lubrificados para a amamentação. A congestão venosa nas mamas é mais óbvia nas primigestas. As estrias gravídicas podem aparecer. A lactação é inibida até a ocorrência de uma queda no nível de estrogênio após o parto. Um material secretório fino, transparente, viscoso pode ser encontrado nos ácinos no terceiro mês de gestação. O colostro , liquido cremoso, branco-amarelado anterior ao leite, pode ser ejetado dos mamilos desde a 16ª semana de gestação.

PRESSÃO SANGUÍNEA

A pressão sanguínea arterial ( artéria braquial) é afetada pela idade, pelo nível de atividade e pela presença de problemas de saúde. Fatores adicionais devem ser considerados durante a gestação. Esses fatores incluem a ansiedade materna ( pode elevar as leituras de PA), a posição materna, além do tamanho e do tipo do aparelho de pressão. A posição materna afeta as leituras, a pressão sanguínea braquial é mais alta na posição sentada, mais baixa em decúbito lateral e intermediária na posição supina, por tanto em cada consulta pré- natal, a leitura deve ser obtida no mesmo braço e com a mulher na mesma posição. No primeiro trimestre, a pressão sanguínea permanece a mesma do nível pré-gestacional. Durante o segundo trimestre diminui de 5 a 10 mmHg na pressão sistólica e diastólica. No terceiro trimestre essa pressão deve retornar aos níveis do primeiro trimestre. A compressão das veias ilíacas e cava inferior pelo útero causa aumento da pressão venosa e redução do fluxo de sangue para as pernas, contribuindo para o edema, as veias varicosas nas pernas e na vulva e para as hemorróidas formadas no final da gestação.

VOLUME E COMPOSIÇÃO DO SANGUE

O volume sanguíneo aumenta aprox. 1500 ml ou 40 a 50% além dos níveis não grávidos. O volume de sangue começa a aumentar durante a 10ª e a 12ª semanas, atinge o pico entre a 32ª e a 34ª, depois diminui ligeiramente na 40ª semana. O aumento do volume constitui num mecanismo protetor. A vasodilatação periférica mantém a pressão sanguínea normal, apesar do aumento do volume de sangue na gestação.

SISTEMA RESPIRATÓRIO As adaptações estruturais e ventilatórias ocorrem durante a gestação para prover as necessidades maternas e fetais. As exigências de oxigênio materno aumentam em resposta à aceleração do metabolismo e à hipertrofia dos tecidos uterinos e mamários. Além disso, o feto exige oxigênio e uma forma de eliminar o dióxido de carbono. Os níveis elevados de estrogênio provocam o relaxamento dos ligamentos da cadeia de costelas, permitindo a maior expansão torácica. O tórax talvez não volte ao seu estado não grávido após o parto. O diafragma desloca-se até 4 cm durante a gestação, ficando impossibilitado de descer com a inspiração. A respiração torácica é realizada principalmente pelo diafragma, não pelos músculos costais. O trato respiratório superior fica mais vascularizado em resposta ao nível elevado de estrogênio.

FUNÇÃO PULMONAR

A gestante respira mais profundamente ou aumenta o seu volume corrente, que é o volume de gás inspirado ou expirado em cada respiração. Sua frequência respiratória é apenas ligeiramente maior. A capacidade inspiratória aumenta ligeiramente, ao passo que a vital permanece sem modificações. A capacidade total dos pulmões diminui ligeiramente. Durante a gestação, as modificações no centro respiratório resultam em um limiar mais baixo para o dióxido de carbono.