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Anatomia: Divisões, Sistemas e Orgãos do Corpo Humano
Tipologia: Exercícios
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O REL participa de diversos processos funcionais, de acordo com o tipo de célula. Por exemplo, nas células que produzem esteroides, como as da glândula adrenal e células secretoras do ovário e do testículo, ele ocupa grande parte do citoplasma e contém algumas das enzimas necessárias para a síntese desses hormônios. O REL é abundante também nos hepatócitos, as células principais do fígado, em que é responsável pelos processos de conjugação, oxidação e metilação, dos quais as células lançam mão para inativar determinados hormônios e neutralizar substâncias nocivas e tóxicas, como os barbitúricos e vários outros fármacos. Outra função importante do retículo endoplasmático liso é a síntese de fosfolipídios para todas as membranas celulares. As moléculas de fosfolipídios são transferidas para as outras membranas: (1) por meio de vesículas que se destacam e são movidas por proteínas motoras, ao longo dos microtúbulos; (2) por comunicação direta com o retículo endoplasmático granuloso; e (3) por meio das proteínas transportadoras de fosfolipídios. Nas células musculares estriadas, o retículo endoplasmático liso recebe o nome de retículo sarcoplasmático. Nessas células as cisternas do REL acumulam íons cálcio e os liberam no citosol, regulando, dessa maneira, a contração muscular. COMPLEXO DE GOLGI O complexo de Golgi é um conjunto de vesículas achatadas e empilhadas, cujas porções periféricas são dilatadas. O complexo de Golgi é uma estrutura polarizada, e, nas pilhas de cisternas que compõem essa organela, podem-se reconhecer duas superfícies. Uma é geralmente convexa, mais próxima ao núcleo e ao retículo endoplasmático, denominada face cis. A superfície oposta da pilha é geralmente côncava e é denominada face trans. Ambas as faces possuem redes de finos túbulos associados a vesículas de transporte. Esse sistema de túbulos é mais complexo na face trans, onde forma a rede trans do Golgi. A face cis recebe vesículas de transporte que brotam do retículo endoplasmático, enquanto a superfície côncava ou trans origina vesículas cujo conteúdo foi modificado pelas cisternas do Golgi. O complexo de Golgi é envolvido lateralmente por inúmeras vesículas de transporte. Essas vesículas transportam material de uma cisterna do Golgi para outra em direção cis–trans ou vice-versa, predominando a primeira direção. A maioria dessas vesículas de transporte são recobertas externamente (na sua superfície citosólica) por proteínas chamadas COPI ou COPII. O complexo de Golgi recebe, pela sua face cis, grande parte de moléculas sintetizadas no retículo endoplasmático granular. No Golgi são completadas as modificações pós-translacionais realizadas nas cisternas do REG após a síntese das moléculas. Além disso, as cisternas do Golgi empacotam e colocam um endereço em vários grupos de moléculas, que devem ser direcionadas para locais específicos do citoplasma. Nas cisternas finais do Golgi, em sua face trans, as moléculas são transferidas para vesículas conforme sua destinação. Essas vesículas brotam na face trans e são denominadas vesículas de transporte ou de secreção. São transportadas para a membrana plasmática com a qual se fundem ou acumuladas no citoplasma até ocorrer um estímulo para exocitose. Outras vesículas formadas na face trans contêm enzimas lisossômicas que podem se fundir com endossomos primários que participam do sistema endossômico-lisossômico. As proteínas já chegam do RE com grupos de oligossacarídeos adicionados a suas cadeias. A glicosilação, por meio de retirada e adição de moléculas de oligossacarídeos, produz as glicoproteínas. @jumorbeck
Os sacarídeos são muito importantes para as futuras funções das moléculas que passam pelo complexo de Golgi. Além disso, no Golgi são fabricados grandes complexos moleculares, tais como os proteoglicanos. Essa organela apresenta múltiplas funções; mas, dentre elas, cabe destacar que é muito importante na separação e no endereçamento das moléculas sintetizadas nas células, encaminhando-as para as vesículas de secreção (que serão expulsas da célula), os lisossomos, as vesículas que permanecem no citoplasma ou a membrana celular. (JUQUEIRA, 9ª ed.) LISOSSOMOS Os lisossomos que são observados por microscopia eletrônica de transmissão são vesículas delimitadas por membrana, em geral esféricas, com diâmetro de 0,05 a 0,5 μm, e apresentam aspecto denso e granular. Os lisossomos contêm mais de 40 enzimas hidrolíticas, com a função de quebra e digestão de diversos substratos. São encontrados em todas as células; porém, são mais abundantes nas células fagocitárias, como os macrófagos e os leucócitos neutrófilos. Todas as enzimas lisossômicas têm atividade máxima em torno de pH 5,0. A membrana dos lisossomos possui bombas que transportam prótons para o interior da vesícula por transporte ativo, acidificando dessa maneira o interior do lisossomo. As enzimas dos lisossomos são sintetizadas no retículo endoplasmático granuloso e transportadas para o complexo de Golgi. Nas cisternas do Golgi, as enzimas adquirem radicais de manose- 6 - fosfato, os quais se tornam um marcador de enzimas lisossômicas. Nas membranas das cisternas do complexo de Golgi mais próximas da face trans, existem receptores para proteínas com manose- 6 - fosfato em suas cadeias, que são reconhecidas e separadas de outras proteínas. Dessa maneira, na face trans as enzimas destinadas aos lisossomos são segregadas em vesículas separadas que constituem os lisossomos primários. Partículas do meio extracelular introduzidas na célula por fagocitose constituem os fagossomos. A membrana dos lisossomos primários funde-se com a dos fagossomos, misturando as enzimas com o material a ser digerido. A digestão intracelular tem lugar dentro desse novo vacúolo, que é chamado de lisossomo secundário ou fagolisossomo. Outra função dos lisossomos relaciona-se com a renovação das organelas celulares. Em certas circunstâncias, organelas ou porções de citoplasma são envolvidas por membrana do retículo endoplasmático liso. Lisossomos jovens fundem-se com essas estruturas e digerem o material nelas contido. Forma-se assim um lisossomo secundário que recebe o nome de autofagossomo. PEROXISSOMOS Peroxissomos são organelas esféricas, limitadas por membrana, com diâmetro de 0,5 a 1,2 mm. Receberam esse nome porque oxidam substratos orgânicos específicos, retirando átomos de hidrogênio e combinando-os com oxigênio molecular (O2). Essa reação produz peróxido de hidrogênio (H2O2), uma substância oxidante prejudicial à célula, que é imediatamente eliminada pela enzima catalase, também contida nos peroxissomos. A catalase utiliza oxigênio do peróxido de hidrogênio (transformando-o em H2O) para oxidar diversos substratos orgânicos. Essa enzima também decompõe o peróxido de hidrogênio em água e oxigênio. A betaoxidação dos ácidos graxos, assim chamada porque tem lugar no carbono 2 ou beta da cadeia do ácido graxo, é realizada nos peroxissomos e nas mitocôndrias. Os ácidos graxos são biomoléculas importantes como combustível para as células. No ciclo da betaoxidação, fragmentos com dois átomos de carbono são removidos sequencialmente dos ácidos graxos de cadeia longa (mais de 18 átomos de carbono), gerando-se acetilcoenzima A (acetil-CoA), que é exportada dos peroxissomos para o citosol. A acetil-CoA é utilizada em várias reações de síntese e pode penetrar as mitocôndrias para ser usada no ciclo de Krebs. Os peroxissomos têm, ainda, outras funções. No fígado, por @jumorbeck