











Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
Elementos de Anatomia Humana ... radiculares de nervos e líquido encéfalo ... Medula Espinhal in Situ (Lâmina 148 - NETTER, F. H. Atlas de Anatomia. Humana.
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
1 / 19
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
Passar os conhecimentos teóricos acerca dos aspectos morfológicos e funcionais da estrutura anatômica do sistema nervoso dos seres humanos.
Ao final desta aula, o aluno deverá ser capaz de: identificar as principais estruturas anatômicas do sistema nervoso central e periférico, e suas funções básicas; identificar e localizar os nervos espinhais e cranianos; a medula em suas características morfofuncionais; as áreas do tronco encefálico, com a saída dos nervos cranianos; o cerebelo; as estruturas do cérebro: diencéfalo e telencéfalo; e as principais estruturas anatômicas vasculares e membranáceas do SNC.
Ter compreendido e assimilado as aulas anteriores.
Ana Maria Rabelo Ramalho
(Fonte: http://www.colegiosaofrancisco.com.br).
espinal
INTRODUÇÃO
o SNC estuda-se a superfície externa, com elevações ou sulcos que se relacionam com nervos e vasos. A vascularização sanguínea é extensa e seu fluxo somente perde para o renal e o cardíaco. Dois sistemas arteriais destacam-se na vascularização do SNC: o sistema carotídeo interno e o sistema vértebro-basilar. Ambos se encontram na base craniana para formar o polígono de Willis ou círculo arterial cerebral, o qual dá origem a artérias profundas e às artérias cerebrais (corticais ou superficiais). A drenagem venosa também se faz através de sistemas profundo e superficial, mas ambos passam pelos seios da dura-máter para sair do crânio e tomar as veias jugulares internas em direção ao coração. A barreira hematoencefálica está constituída de um endotélio capi- lar fechado e um neurópilo (prolongamentos gliais espesso).
Figura 12. Artérias do cérebro - Vista inferior (Lâmina 132 A- NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000).
A MEDULA ESPINAL (CANAL VERTEBRAL )
A medula espinal recebe os 31 pares de nervos espinhais e está situ- ada dentro do canal vertebral até o nível da primeira vértebra lombar da coluna óssea, de onde emergem os nervos, aparentemente, dos orifícios intervertebrais laterais e sacrais anteriores e posteriores.
Figura 13. Medula Espinhal in Situ (Lâmina 148 - NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000).
Tem a forma cilíndrica e está dividida em regiões que correspondem às regiões vertebrais: são oito segmentos cervicais , doze torácicos , cinco lombares , cinco sacrais (num cone terminal) e um coccígeo (para inervação perianal). De cada segmento, simetricamente saem
1313131313
pares de nervos espinhais. Abaixo do cone medular, ou de L1, as raízes nervosas dos últimos nervos espinhais formam, dentro do es- paço subaracnóide (cisterna lombar) e banhada de líquor (líquido cérebroespinhal), a cauda eqüina. Os segmentos são muito semelhantes e simétricos em sua estrutura (antimeria). Cada segmento está ligado lateralmente a duas raízes, uma dorsal e uma ventral , que se unem e formam o tronco do nervo espinhal. As raízes dorsais são funcionalmente constituídas de vias aferentes ou sensitivas, contendo um gânglio sensitivo espinhal, lo- cal dos corpos dos neurônios sensitivos periféricos que trazem a sen- sibilidade dos diversos receptores somáticos e viscerais da periferia. As raízes ventrais recebem as vias eferentes ou motoras que saem da medula espinal. Os nervos cervicais formam os plexos cervicais e braquiais, com nervos terminais importantes para o músculo diafragma (nervo frênico
Figura 14. Corte transversal da Medula Espinal.
1313131313
O ENCÉFALO (CAVIDADE CRANIANA)
Tronco encefálico (bulbo, ponte e mesencéfalo): estrutura externa, interna e funções. Cerebelo : estrutura externa, interna e funções; Cérebro: Diencéfalo (tálamo, hipotálamo, infundíbulo e neurohipófise, subtálamo, epitálamo, glândula pineal, e terceiro ventrículo (paredes laterais, inferior e posterior); Telencéfalo (he- misférios cerebrais direito e esquerdo, ventrículos laterais direito e esquerdo, parede anterior do terceiro ventrículo).
TRONCO ENCEFÁLICO
Continuação da medula espinal acima do forame magno, no osso occipital, logo se dilata no bulbo ou medula oblonga , parte mais inferior do tronco encefálico (TE). No meio do tronco, existe uma proeminência chamada ponte e, cranialmente, uma parte pequena, situada acima do cerebelo, chamada de mesencéfalo.
Figura 05. Tronco cerebral - Vista ântero-inferior (Lâmina 108 B - NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000).
Acima do tronco encefálico encontra-se o CÉREBRO (diencéfalo e telencéfalo) e por trás da ponte e bulbo situa-se o CEREBELO. O cérebro constitui cerca de 85% do encéfalo. O cerebelo está ligado ao tronco encefálico através de três pa- res de braços de substância branca chamados pedúnculos cerebelares superiores, médios e inferiores. A ESTRUTURA EXTERNA é destacada pela presença de sulcos para a conexão com nervos cranianos: III e IV pares do mesencéfalo, V do meio da ponte, VI, VII e VIII pares do sulco bulbo-pontino e do IX ao XII de sulcos longitudinais ventrais e laterais do bulbo. Os colículos do tecto mesencefálico são dois su- periores e dois inferiores e são proeminências de núcleos internos da via óptica reflexa e auditiva, respectivamente. A cavidade do tubo neural forma o aqueduto cerebral no menencéfalo, ligando o terceiro ao quarto ventrículo; este último se encontra entre o bulbo e ponte (ventrais) e o tecto ligado ao cerebelo posteriormente. Na ESTRUTURA INTERNA a substância branca (SB) conti- nua periférica à cinzenta, mas esta se encontra fragmentada por fibras transversais, diferente da medula espinal onde é contínua. A substância cinzenta (SC) forma núcleos de nervos cranianos (sen- sitivos e motores) e outros que têm a ver com função motora cerebelar. Entre a SB e a SC existe uma formação intermediária chamada de formação reticular, onde encontramos núcleos e fibras em rede, com funções hoje muito pesquisadas. FUNÇÕES DO TE: Como retransmissor de informações da medu- la espinal, que seguem em direção ao cérebro ou cerebelo, e vice versa. Receptor e retransmissor da sensibilidade veiculada pelos nervos cranianos do III ao XII pares; como emissor de vias motoras da maioria dos nervos cranianos (para musculatura ocular, facial, língua e mastigação). Em sua formação reticular, encontram-se centros controladores de movimentos vitais como o respiratório, o vasomotor, do vômito, deglutição, locomoção e movimentos conjugados dos olhos.Núcleos da formação reticular relacionados ao controle do sono e ativação cortical cerebral na vigília (sistema SARA).
CÉREBRO
Formado embrionariamente pelas vesículas diencefálica e telencefálica, com a chegada no primeiro do nervo óptico (II par) no hipotálamo (quiasma óptico) e dos nervos olfatórios (I par) no telencéfalo (bulbo e trato olfatório, cujas estrias che- gam ao córtex rinencefálico). As estruturas do diencéfalo estão dispostas nas paredes laterais (tálamo e hipotálamo), inferior (hipotálamo) e posterior (epitálamo) do terceiro ventrículo encefálico; este último liga-se anteriormente aos orifícios interventriculares dos ventrículos laterais , e ínfero-posteriormente ao orifício do aqueduto cerebral. A estrutura interna do diencéfalo encontra-se acima e à frente do mesencéfalo e somente é visto na base do cérebro por estar escondi- do pelo crescimento dos hemisférios cerebrais. É formado basica- mente de núcleos de substância cinzenta ou locais de sinapses.
Figura 17. Secções horizontais através do cérebro (Lâmina 104 A - NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000).
1313131313
O teto do ventrículo III é composto de uma tela corióide que produz líquor e está abaixo de estruturas telencefálicas medianas: fórnix e comissura do corpo caloso. O tálamo tem função integradora de sensibilidade mal definida como tato, dor e temperatura corporal; é estação retransmissora de quase toda sensibilidade discriminatória (exceto o olfato) além de importante estação de impulsos que chegam ou saem do córtex ce- rebral no controle da motricidade, ativação cortical e comporta- mento emocional (sistema límbico). O epitálamo está relacionado a núcleos do sistema límbico e a funções da glândula pineal (hormônio melatonina originado da serotonina) como ritmo circadiano das funções, maturação genital e imunológica. O subtálamo é lateral ao hipotálamo e não tem relação com a cavidade do ventrículo III; seu núcleo subtalâmico está ligado ao nú- cleo telencefálico globo pálido no controle da função motora somática. O hipotálamo está relacionado com funções motivacionais (sede, fome, sexo), hormonais (através do controle da hipófise), viscerais (controle do sistema nervoso visceral), ritmo circadiano (fibras re- tino-hipotalâmicas para os ritmos metabólicos de cerca de um dia de duração), temperatura corporal e sistema emocional (principal efetuador do componente periférico das emoções, o comportamento observado). Em geral, atua indiretamente através de fibras hipotálamo-reticulares. O telencéfalo divide-se em dois grandes hemisférios, ligados a uma parte mediana que forma a parede anterior do ventrículo III, com estruturas inter-hemisféricas comissurais : lâmina terminal e comissura anterior. Acima desta estrutura mediana, encontra-se a maior estrutura inter-hemisférica comissural, constituída de fibras transversais: o corpo caloso (joelho e esplênio). Logo abaixo dele passam duas fibras de projeção cortical, o fórnix direito e esquerdo ( colunas e pernas ), que liga a área mais antiga do córtex cerebral (hipocampo) ao hipotálamo. Porém, a maior fibra de projeção cortical (com aferência e eferência) chama-se cápsula interna, situada entre o tálamo
1313131313
divididas em áreas de projeção (primárias e secundárias da motricidade e sensibilidade) e áreas de associação (terciárias) para funções supe- riores psíquicas (como o pensamento, a linguagem, aprendizado, com- portamento emocional, memória e consciência espacial). As áreas corticais terciárias são a pré-frontal, a temporo-parietal e as áreas temporais do sistema límbico (giro do cíngulo, para- hipocampal e o hipocampo além de outros núcleos do cérebro). As áreas primárias ocupam cerca de 10% de toda área cortical e está relacionada à execução motora ou a sensações gerais (tato e dor) ou especiais (visão, audição, olfação e gustação). A interpretação destas sensações se processa em áreas secundárias, vizinhas às primárias. Há uma assimetria funcional no córtex cerebral e como exem- plo encontram-se áreas motora e sensorial da linguagem na maioria dos hemisférios esquerdos (pesquisar as demais funções).
O SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO (SNP)
Os neurônios do SNP são formados em grande parte de estruturas embrionárias, ao lado do tubo neural, chamadas CRIS- TAS NEURAIS, também prove- nientes do ectoderma, e seus pro- longamentos formam os nervos, seus corpos celulares formam gânglios (sensitivos e motores viscerais) e suas terminações ou recebem informações sensoriais de células especiais receptoras (órgãos dos sentidos) ou de cé- lulas distribuídas no corpo (dor, tato e pressão), ou são termina- ções que levam a resposta do SN a órgãos efetuadores do compor- Figura 18. Esquema do Sistema Nervoso Periférico.
tamento (músculos e glândulas secretoras). Uma parte destes neurônios é proveniente do TUBO NEURAL, como os axônios dos neurônios que se formam na lâmina basal (na vida embrioná- ria), formando neurônios motores somáticos e viscerais que saem do SNC pelos nervos, até seus órgãos alvo. As terminações nervosas são chamadas de motoras , e o sis- tema nervoso é chamado de SOMÁTICO, se elas chegam a músculos estriados esqueléticos, na maioria das vezes de con- trole voluntário; ou VISCERAL , se chegam a estruturas inter- nas como músculos lisos e cardíaco ou glândulas. P o r t a n t o , as informações que partem dos receptores periféricos ao SNC, formam vias aferentes ou sensoriais (conscientes ou não); e aque- las que fazem o caminho inverso são as vias eferentes ou motoras. Ambas constituem os nervos periféricos que são considerados mistos funcionalmente, em sua maioria. Os nervos espinhais (31 pares) são todos mistos e, na entra- da da medula espinal, se dividem em duas raízes: a dorsal com impulsos aferentes e a ventral com os motores. Na dorsal en- contramos o gânglio sensitivo espinhal, onde os corpos dos neurônios sensitivos se encontram. Estes neurônios têm, por- tanto, um prolongamento central, em direção à medula, e um prolong amento periférico, em direção aos rece ptores (exteroceptores da pele, proprioceptores de músculos e ten- dões; e interoceptores de vísceras e vasos). Os nervos cranianos (12 pares) são heterogêneos, sendo o 1º, 2º e 8º pares sensitivos e o 3º, 4º, 6º e 12º predominantemente motores. Podem ser denominados, no sentido antero-posterior, com algaris- mos romanos. Exemplo: par I: nervo olfatório. Os nervos espinhais estão divididos pela saída na coluna vertebral, e são 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo. Os nervos cranianos podem ser vistos na tabela abaixo, com seus respectivos nomes e funções principais:
simpáticas são adrenérgicas nas fibras pós-ganglionares (produzem noradrenalina). As áreas do sistema nervoso central que comandam o sistema nervoso visceral (neurônios pré-ganglionares) são o HIPOTÁLAMO e o SISTEMA LÍMBICO (no encéfalo), que estão também no comando do comportamento emocional. Daí a relação na clínica médica entre alterações emocionais e doenças viscerais como a úlcera gástrica. Mas o órgão alvo destas alterações também pode ser do SN somático, como a doença de pele chamada psoríase.
Figura 19. Hipotálamo - Núcleos principais (Lâmina 140 A - NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000).
divisão do sistema nervoso é uma estratégia para o seu aprendizado em partes. Ele funciona como um todo e poderá, em determinadas circunstâncias, por exemplo, funcionar involuntariamente, como o tremor das mãos ou as pernas bambas, sobre uma musculatura que na maioria das vezes é controlada volun- tariamente. As funções motoras do sistema nervoso autônomo sobre todo o corpo pode ser vista na figura abaixo.
CONCLUSÃO
Figura 20. Sistema nervoso autônomo - Esquema (Lâmina 153 - NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2000).
1313131313
REFERÊNCIAS
BEAR Mark F.; CONNORS Barry W.; PARADISO Michael A., Neurociências, Desvendando o Sistema Nervoso. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2002. CROSSMAN A. R.; NEARY D. Neuroanatomia – Um texto ilus- trado em cores. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. KIERNAN, John A. Neuroanatomia humana de Barr. 7 ed. Rio de Janeiro: Manole, 2003. KOLB, Bryan; WHISHAW, Ian Q., Neurociência do comporta- mento. Rio de Janeiro: Manole/Ed. Brasil, 2002. MACHADO, Angelo. Neuroanatomia funcional. 2 ed. São Pau- lo: Atheneu, 1998. MARTIN, John H. Neuroanatomia – Texto e Atlas. Porto Ale- gre: Artes Médicas, 1998. MENESES, M. S. Neuroanatomia Aplicada. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1999. NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2004.