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DISCIPLINA: ANATOMIA APLICADA A MEDICINA I
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
ANATOMIA APLICADA
À MEDICINA I
ROTEIRO DE AULAS PRÁTICAS
DEPARTAMENTO DE ANATOMIA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
DISCIPLINA: ANATOMIA APLICADA A MEDICINA I
AUTORES
José Otávio Guedes Junqueira Professor Adjunto do Departamento de Anatomia da UFJF Henrique Guilherme de Castro Teixeira Professor Associado do Departamento de Anatomia da UFJF Bruno Beloti Barreto Bruno Landim Dutra Larissa Rodrigues Riani Lúcio Huebra Pimentel Filho Priscila Moura de Souza Rafael Almeida Vidal Monitores da Disciplina de Anatomia Aplicada à Medicina I - UFJF
DISCIPLINA: ANATOMIA APLICADA A MEDICINA I
CAPÍTULO 1: O ESQUELETO AXIAL
1.1– TERMINOLOGIA USADA NA OSTEOLOGIA
- Linha – margem óssea suave;
- Crista – margem óssea proeminente;
- Tubérculo – pequena saliência arredondada;
- Tuberosidade – média saliência arredondada;
- Trocanter – grande saliência arredondada;
- Maléolo – saliência óssea semelhante à cabeça de um martelo;
- Espinha – projeção óssea afilada;
- Processo – projeção óssea;
- Ramo – processo alongado;
- Faceta – superfície articular lisa e tendendo a plana;
- Fissura – abertura óssea em forma de fenda;
- Forame – abertura óssea arredondada;
- Fossa – pequena depressão óssea;
- Cavidade – grande depressão óssea;
- Sulco – depressão óssea estreita e alongada;
- Meato – canal ósseo;
- Côndilo – proeminência elíptica que se articula com outro osso;
- Epicôndilo – pequena proeminência óssea situada acima do côndilo;
- Cabeça – extremidade arredondada de um osso longo, geralmente separada do corpo do osso através de uma região estreitada denominada colo.
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1.2– OSSOS DO CRÂNIO E OSSO HIÓIDE:
*As formações ósseas duras que guarnecem o encéfalo constituem o esqueleto cefálico e sua forma e disposição são muito influenciadas pela forma e disposição dos órgãos que os rodeiam. Assim, o maior desenvolvimento de um órgão cefálico como um encéfalo acarreta uma variação na disposição do esqueleto, inclusive variando sua forma. São três as fontes embriológicas que devemos considerar na constituição cefálica.
- A primeira é constituída pelo esqueleto que se desenvolve ao redor do encéfalo e serve para formar-lhe uma estrutura protetora, o NEUROCRÂNIO. Ossos ímpares do neurocrânio: frontal, occipital, etmóide e esfenóide. Ossos pares do neurocrânio: parietais, temporais e ossos do ouvido (martelo, bigorna e estribo).
- A segunda é constituída pelo esqueleto que envolve as vísceras cefálicas, principalmente em torno das partes iniciais do sistema digestório e respiratório. É o esqueleto visceral, branquial, esplancnocrânio ou, simplesmente, VISCEROCRÂNIO. Ossos ímpares do viscerocrânio: vômer e mandíbula Ossos pares do viscerocrânio: nasais, lacrimais, maxilas, zigomáticos, palatinos e conchas nasais inferiores.
- A terceira fonte se deve ao desenvolvimento progressivo do encéfalo e da incapacidade do neurocrânio para cobrir e proteger as suas porções laterais e dorsais, assim como pontos de ossificação conjuntiva que vão formar o ESQUELETO DE COBERTURA.
- Cranium: é a parte esquelética da cabeça; ele forma uma caixa óssea destinada funcionalmente a abrigar e proteger o encéfalo.
- Calvária: parte superior do crânio, excluindo-se os ossos da face; é a denominação que recebe a calota craniana e forma o teto da cavidade craniana.
- Plano órbito- meático: tem grande importância radiológica, sendo formado por uma linha que liga as margens inferiores das órbitas às margens superiores dos meatos acústicos externos.
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- borda superior ou supra-orbital: formada pelo osso frontal Incisura ou forame supra-orbital Processo zigomático do osso frontal
- borda lateral: formada pelos ossos zigomático e frontal
- borda inferior: formada pelos ossos maxila e zigomático
- borda medial: formada pelos ossos maxila, lacrimal e frontal Paredes
- parede superior ou teto: formada pela lâmina orbital do frontal e pela asa menor do esfenóide
- parede lateral: formada pelos ossos zigomático, asa maior do esfenóide e frontal
- parede inferior ou assoalho: formada pelos ossos maxila, zigomático e palatino
- parede medial: formada pelos ossos etmóide, lacrimal e frontal Identifique também
- canal óptico
- fissura orbital superior
- fissura orbital inferior
- sulco infra-orbital
- forame zigomático- facial
- formada pelo osso zigomático
- superfícies: lateral, orbital e temporal
- processos: frontal, temporal e maxilar.
- formado pelos ossos nasais e pelos processos frontais das maxilas
- abertura piriforme
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- espinha nasal anterior
- conchas nasais superior, média e inferior (as conchas nasais superior e média são projeções do etmóide, enquanto que a inferior é um osso a parte).
- septo nasal ósseo: formado pelo etmóide e pelo vômer
- corpo – seio maxilar
- processos: zigomático, frontal, palatino e alveolar.
- forame infra-orbital D) Norma lateral
- partes: escamosa, timpânica, estilóide, mastóide e petrosa.
- processo zigomático e formação do arco zigomático
- meato acústico externo
- processo mastóide
- forame mastóide
- fossas temporal e infra-temporal ( separadas pela crista infra- temporal )
- asa maior do esfenóide
- fissura orbital inferior E) Norma basal
- partes: escamosa, basilar e laterais
- forame magno
- protuberância occipital externa
- côndilos occipitais
- fossa condilar (canal condilar)
- incisura jugular forma o forame jugular
DISCIPLINA: ANATOMIA APLICADA A MEDICINA I 1.2.2:Calvária
- sulco do seio sagital superior
- fovéolas granulares
- crista frontal
- forames parietais
- sulcos arteriais (ramos da artéria meníngea média) 1.2.3:Assoalho da base do crânio *A base do crânio pode ser dividida em três fossas cranianas, limitadas pela crista esfenoidal e pela crista petrosa. A) Fossa craniana anterior
- formada pelos ossos etmóide, esfenóide e frontal
- crista galli
- forame cego
- lâmina crivosa do osso etmóide
- lâminas orbitais do osso frontal
- asa menor do esfenóide B) Fossa craniana média
- formada pelos ossos esfenóide e temporal
- corpo do esfenóide
- canal óptico
- sela túrcica e suas partes:
- fossa hipofisial
- dorso da sela
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- sulco carótico
- fissura orbital superior
- forame redondo
- forame oval
- forame espinhoso C) Fossa craniana posterior
- formada pelos ossos temporais, parietais e occipital
- forame magno
- forame jugular
- canal do hipoglosso
- crista occipital interna
- protuberância occipital interna
- sulco do seio transverso
- sulco do seio petroso inferior
- sulco do seio sigmóide
- fossa occipital cerebral
- fossa occipital cerebelar
- poro acústico interno 1.2.4:Mandíbula Identifique o corpo, ramos e ângulo da mandíbula. A) Corpo
- protuberância mentual
- forame mental
- arco alveolar com alvéolos
- fossa digástrica
- espinha mental
DISCIPLINA: ANATOMIA APLICADA A MEDICINA I 1.2.6: Idade provável
- Examinando-se um crânio ou peças do mesmo em medicina legal podemos chegar à sua idade provável pelo exame dos dentes e suturas cranianas. Assim, obteremos idades aproximadas para os seguintes períodos:
- Primeira infância: período compreendido desde o nascimento até a erupção dos primeiros molares permanentes (6 a 7 anos). A sutura metópica desaparece aos 6- 7 anos. Presença ou não dos primeiros molares permanentes e fontanelas.
- Segunda infância: período compreendido desde a erupção completa dos primeiros molares permanentes até a erupção dos segundos molares permanentes (12- 14 anos).
- Juventude: período que vai desde a erupção completa dos segundos molares permanentes até o aparecimento dos terceiros molares (14-21 anos).
- Adulto: há erupção completa de todos os dentes (exceto no caso do terceiro molar). Sinostose da sincondrose esfenooccipital. Início de desgaste das faces de oclusão dos dentes. Idade: de 21 a 30 anos.
- Maturidade: observa-se sinostose bem acentuada ou completa de todas as suturas. Grande desgaste nas faces oclusais dos dentes. Ausência de alguns elementos dentais. Idade: de 30 a 50 anos.
- Senilidade: observa-se perda da maioria dos dentes. Reabsorção completa dos alvéolos. Aumento do ângulo da mandíbula e sinostose total das suturas cranianas. 1.2.7: Crânio neo-natal
- No crânio neo-natal podemos encontrar as fontanelas. Elas desaparecem até os dois anos de idade e têm relação com os pontos antropométricos.
- Fontanela anterior ou bregmática: localiza-se no bregma.
- Fontanela posterior ou lambdóide: localiza-se no lambda.
- Fontanela ântero-laterais ou ptéricas: localiza-se no ptérion.
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- Fontanela póstero-laterais ou astéricas: localizam-se no astérion. 1.2.8: Osso hióide: *Corpo
- Corno maior
- Corno menor
DISCIPLINA: ANATOMIA APLICADA A MEDICINA I A importância do esterno na prática médica: Devido à sua acessibilidade e à pequena espessura de sua camada compacta, o esterno pode ser puncionado por uma agulha e a medula pode ser aspirada para fins de estudo ou para a transplante. Manúbrio:
- incisura jugular.
- incisuras claviculares.
- incisuras costais do manúbrio para as costelas I e II.
- Ângulo esternal - importância médica - É uma importante referência óssea que se encontra ao nível da 4º ou 5º vértebra torácica. Ele marca, não somente a junção do manúbrio com o corpo do esterno, mas também o nível da 2º cartilagem costal. Daí ser um ponto de referência para a contagem das costelas. O ângulo esternal corresponde ao ponto mais elevado do arco aórtico e também à bifurcação da traquéia em brônquios. B) Corpo:
- sincondrose manúbrio-esternal
- incisuras costais C) Processo xifóide:
- características: in vivo é observado externamente como uma depressão na parte anterior do tórax denominada fossa epigástrica.
- juntura xifoesternal. II - COSTELAS: As costelas são em número de 12 pares, partindo das vértebras torácicas e apresentando formas características nas diferentes alturas do esqueleto do tórax. COSTELAS VERDADEIRAS (7 superiores): articulam-se com o esterno através de suas cartilagens. COSTELAS FALSAS (8ª, 9ª e 10ª): fixam-se ao esterno indiretamente, unindo sua cartilagem costal àquela que lhe é superior e, finalmente, à cartilagem da 7 a costela. COSTELAS FLUTUANTES (11ª e 12ª): são curtas, rudimentares, terminam entre os
DISCIPLINA: ANATOMIA APLICADA A MEDICINA I músculos da parede lateral do abdômen; não possuem cartilagem e não se articulam com o esterno. Observe agora as diferenças entre as costelas: A) Costelas Típicas (3ª à 9ª): *Conceito: possuem cabeça, colo, tubérculo costal, corpo e ângulo. Sua cabeça apresenta 2 facetas articulares e seu tubérculo apenas 1.
- Cabeça, colo e corpo
- Face articular
- Tubérculo costal e face articular do tubérculo costal
- Face externa e interna
- Sulco costal (impressão para os nervos intercostais correspondentes)
- Ângulo costal B) Costelas atípicas:
- 1ª costela Observe suas características e identifique:
- Faces superior e inferior
- Bordas externa e interna
- Tubérculo para o músculo escaleno
- Sulcos da artéria e veia subclávia *2ª Costela: Estude suas características: Apresenta 2 facetas articulares na cabeça que se articulam com a 1ª e a 2ª vértebra torácica.
- Tuberosidade do músculo serrátil anterior *10ª Costela: É semelhante a uma costela típica, mas com apenas uma faceta articular na cabeça.
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- Arco vertebral e suas partes: pedículo e lâminas
- Forame vertebral: o arco vertebral, juntamente com a superfície posterior do corpo da vértebra, forma as paredes do forame vertebral. Essas paredes envolvem e protegem a medula.
- Processos: espinhoso transversos articulares superiores e inferiores
- incisura vertebral
- forame intervertebral (visto na coluna articulada)
- canal vertebral (visto na coluna articulada).
- A coluna vertebral do adulto apresenta 5 segmentos:
- cervical: 7 vértebras
- torácico: 12 vértebras
- lombar: 5 vértebras
- sacral: 5 vértebras
- coccígico: de 3 a 5 vértebras **II – Vértebras cervicais *** Caracterizadas pela presença do forame transverso (dá passagem à artéria vertebral, às veias vertebrais e ao plexo simpático). A) 1ª Vértebra Cervical (Atlas ):
- Arco anterior com tubérculo anterior.
- Fóvea ou faceta para o dente do áxis
- Arco posterior que corresponde às lâminas de outras vértebras.
- Sulco para a artéria vertebral - estruturas que ocupam este sulco: artéria vertebral e 1º nervo cervical.
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- Tubérculo posterior
- Massas laterais
- Facetas ou fóveas articulares superiores e inferiores - estruturas que se articulam com as respectivas facetas: facetas superiores articulam-se com o côndilo occipital e facetas inferiores articulam-se com o áxis.
- Processos transversos com forames transversos B) 2ª Vértebra Cervical (Áxis):
- Processo odontóide ou dente: articula-se anteriormente com o arco anterior do atlas e é mantido pelo ligamento transverso do atlas.
- Faceta articular para o atlas
- Processo articular inferior com faceta articular (já se assemelha a uma vértebra típica)
- Processo espinhoso
- Processo transverso 3ª à 6ª Vértebras Cervicais - Vértebras Cervicais Típicas :
- Corpo vertebral
- Forame vertebral
- Processo espinhoso bífido
- Processos articulares superiores e inferiores com facetas articulares superiores e inferiores
- Processo transverso com forame transverso - tubérculos anterior e posterior
- Barra costo-transversa
- Sulco para o ramo ventral dos nervos espinhais D) 7ª Vértebra Cervical:
- Processo espinhoso longo (não está bifurcado)