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Ginecologia nº10 Anamnese difunções sexuais
Tipologia: Notas de aula
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Presidente
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Diretor Científico
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Imagem de capa e miolo: foxie/Shutterstock.com
Sexualidade; Desejo sexual hipoativo; Dispareunia
Lara LA, Lopes GP, Scalco SC, Rufino AC, Troncon JK, Serapião JJ, Aguiar Y. Anamnese em sexologia e os critérios diagnósticos das disfunções sexuais. São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO); 2018. (Protocolos FEBRASGO – Ginecologia nº 10/Comissão Nacional Especializada em Sexologia)
(^1) Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, SP, Brasil. (^2) Universidade Fundação Mineira de Educação e Cultura, Belo Horizonte, MG, Brasil. (^3) Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil. (^4) Universidade Estadual do Piauí, Teresina, PI, Brasil. (^5) Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil. (^6) Universidade Gama Filho, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. #Autor não vinculado a Instituições de Ensino Superior.
*Este protocolo foi validado pelos membros da Comissão Nacional Especializada em Sexologia e referendado pela Diretoria Executiva como Documento Oficial da FEBRASGO. Protocolo FEBRASGO de Ginecologia nº 10, acesse: https://www.febrasgo.org.br/
Protocolos Febrasgo | Nº10 | 2018
Lara LA, Lopes GP, Scalco SC, Rufino AC, Troncon JK, Serapião JJ, Aguiar Y
Protocolos Febrasgo | Nº10 | 2018
F52.0 Ausência ou perda do desejo sexual.
N 01 Transtorno do orgasmo feminino
F52.1 Aversão sexual e ausência de prazer sexual.
N 04 Transtorno do interesse/excitação sexual feminino F52.2 Fracasso da resposta genital N 06 Transtorno da dor genitopélvica de penetração F52.3 Disfunção orgásmica. N 07 Disfunção sexual induzida por substância/ medicação F52.5 Vaginismo não orgânico. N 08 Disfunção sexual sem outra especificação F52.6 Dispareunia não orgânica. P 00 Disforia de gênero em crianças F52.7 Impulso sexual excessivo. P 01 Disforia de gênero em adolescentes ou adultos F52.8 Outras disfunções sexuais de origem não orgânica. F52.9 Disfunção sexual não especificada de origem não orgânica. F64 Transtorno da identidade de gênero.
Organização Mundial da Saúde (OMS). Classificação Internacional das Doenças (CID-10). Geneva: OMS; 1992; American Psychiatric Association (APA). Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM-V). Washington (DC): APA; 2013.
Lara LA, Lopes GP, Scalco SC, Rufino AC, Troncon JK, Serapião JJ, Aguiar Y
Protocolos Febrasgo | Nº10 | 2018
Queixa sexual
Identificar a fase acometida
Não sente desejo sexual? Não excita? Não tem orgasmo? Sente dor na penetração?
Caracterizar a queixa: data que surgiu, duração, fatores desencadeantes, condições associadas, história gineco-obstétrica, história sexual pregressa, história pregressa (medicamentos, patologias associadas, anticoncepção, climatério).
Anamnese em sexologia e os critérios diagnósticos das disfunções sexuais
Protocolos Febrasgo | Nº10 | 2018
Disfunção sexual Paciente apresenta dificuldades em uma ou mais fases da resposta sexual, nas relações sexuais, que, cronificadas, corroboram ou justificam a evitação sexual, assim, causando sofrimento.(25)
Disfunção sexual prévia
Histórico disfuncional prévio, mas a paciente atribui a um fator atual, exemplo: paciente anorgásmica primária atribui causalidade à sua “perda de desejo” a partir da menopausa.(25,26)
- História Gineco-Obstétrica (HGO): idade da menarca, o nú-
mero de gestações e partos, via de parto, complicações na gra-
videz e parto, método anticoncepcional (data do início e tempo
de uso), disfunção sexual durante a gravidez, infertilidade.
- História sexual pregressa (HSP): idade da sexarca se foi con-
sentida ou induzida, relações sexuais prazerosas, história de
violência sexual (abuso, estupro), ou experiências ruins/des-
trutivas em relação ao sexo.
Observação: a investigação do abuso sexual mediante a pergun-
ta direta: “a senhora (você) foi vítima de abuso sexual?”, pode le-
var a uma resposta negativa por ser o abuso uma condição estig-
matizante. Sugere-se realizar uma dessensibilização a partir de
informações sobre a construção da sexualidade, seguida de per-
guntas indiretas. Exemplo de abordagem: na infância, as brin-
cadeiras sexuais são comuns entre meninos e meninas, ou entre
meninas e meninas, por isso, fazem parte do desenvolvimento
sexual da pessoa. A senhora (você) lembra-se dessas brincadei-
ras sexuais? Alguma vez a senhora (você) já passou por uma si-
tuação desagradável com relação ao sexo? A senhora (você) teve
experiências ruins quanto ao sexo? Teve contato com cenas ou
gravuras de sexo? Na infância, a senhora (você) viu alguma situ-
ação sexual que a deixou constrangida? Alguma pessoa adulta
tocou seu corpo ou sua genitália quando a senhora (você) era
ainda criança? Muitas pessoas sofrem algum tipo de violência,
Continuação
Anamnese em sexologia e os critérios diagnósticos das disfunções sexuais
Protocolos Febrasgo | Nº10 | 2018
ou agressão ao longo da vida. Alguma vez a senhora (você) so-
freu algum tipo de violência física ou psicológica? Presenciou
violência física ou psicológica de sua mãe, pai, irmãos?
- História do relacionamento diádico (HRD): verificar a qua-
lidade da relação conjugal (assertiva? conflituosa?). Realizar a
avaliação do sentimento em relação à parceria. Pode-se utili-
zar uma folha de papel com quatro palavras: amor x desamor,
apego x desapego, para que a mulher identifique/escolha o seu
sentimento (Figura 2). Ao apresentar a folha com as 4 palavras,
pede-se para ela escolher uma ou duas palavras que traduzam
o sentimento que tem em relação à parceria. A vantagem desse
método é que ela decide (sem ser totalmente induzida) sobre
o seu sentimento e tem a oportunidade de fazer uma reflexão
quanto à sua escolha. Avaliar, também, o grau de intimidade
e comunicação entre o casal, o quanto esse casal vem inves-
tindo em momentos juntos, a sós. Sugestões de abordagem: o
quanto a senhora (você) sente-se à vontade com sua parceria?
A senhora (você) consegue dizer o que gosta e como gosta da
relação sexual (Figura 2)?(26)
AMOR DESAMOR
APEGO DESAPEGO
Figura 2. Ferramenta para avaliar o sentimento em relação à parceria
Todos os quesitos para a avaliação da queixa sexual da mulher
podem ser agrupados em uma ficha clínica (Figura 3), que irá nor-
tear o ginecologista para a investigação dos aspectos biológicos,
psíquicos e relacionais da queixa sexual.(27)
Lara LA, Lopes GP, Scalco SC, Rufino AC, Troncon JK, Serapião JJ, Aguiar Y
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Lara LA, Lopes GP, Scalco SC, Rufino AC, Troncon JK, Serapião JJ, Aguiar Y
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Anamnese em sexologia e os critérios diagnósticos das disfunções sexuais
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