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Guias e Dicas
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Anamnese com adultos e idosos, Resumos de Literatura Grega

Uma visão geral sobre a técnica de anamnese, que é o recolhimento de todos os dados necessários para um diagnóstico pluridimensional do paciente. Aborda tópicos como a importância da habilidade do entrevistador, os tipos de pacientes (organizados e desorganizados), o uso de informantes, a simulação e dissimulação, a crítica do paciente e o insight em relação a sintomas e transtornos, além de aspectos específicos da anamnese com idosos. O texto também discute o papel ativo ou passivo do entrevistador e fornece um modelo de anamnese. Com uma descrição detalhada e abrangente, este documento pode ser útil para estudantes e profissionais da área da saúde que buscam aprimorar suas habilidades em entrevistas clínicas.

Tipologia: Resumos

2020

Compartilhado em 04/04/2024

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ana-paula-matos-10 🇧🇷

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Anamnese com
adultos e idosos
Wendell N. Amorim
Não sei, não sei. Não devia de estar relembrando isto, contando assim o sombrio das coisas. Lenga-
lenga! Não devia de. O senhor é de fora, meu amigo mas meu estranho. Mas, talvez por isto mesmo.
Falar com o estranho assim, que bem ouve e logo longe se vai embora, é um segundo proveito: faz do
jeito que eu falasse mais mesmo comigo.
João Guimarães Rosa
Leonardo Freixo (BIRD) - leonardfreixo@gmail.com - IP: 170.238.104.75Anne Kelly Santos nogueira - annekelly.91santos@outlook.com - CPF: 047.234.535-47
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Anamnese com

adultos e idosos

Wendell N. Amorim

Não sei, não sei. Não devia de estar relembrando isto, contando assim o sombrio das coisas. Lenga- lenga! Não devia de. O senhor é de fora, meu amigo mas meu estranho. Mas, talvez por isto mesmo. Falar com o estranho assim, que bem ouve e logo longe se vai embora, é um segundo proveito: faz do jeito que eu falasse mais mesmo comigo. João Guimarães Rosa Leonardo Freixo (BIRD) - leonardfreixo@gmail.com - IP: 170.238.104.75Anne Kelly Santos nogueira - annekelly.91santos@outlook.com - CPF: 047.234.535-

2 Anamnese

 O termo vem do grego ana (remontar) e mnesis (memória)

 O domínio da técnica de realizar entrevistas é o que qualifica especificamente o profissional

habilidoso, Harry Stack Sullivan ( 1983 )

 A habilidade do entrevistador se revela pelas perguntas que formula, por aquelas que evita formular e

pela decisão de quando e como falar ou apenas calar

 Também é atributo essencial do entrevistador a capacidade de estabelecer uma relação ao mesmo

tempo empática e tecnicamente útil para a prática clínica Leonardo Freixo (BIRD) - leonardfreixo@gmail.com - IP: 170.238.104.75Anne Kelly Santos nogueira - annekelly.91santos@outlook.com - CPF: 047.234.535-

4 Exames complementares

 Exames de neuroimagem

  • tomografia computadorizada do cérebro
  • ressonância magnética do cérebro
  • tomografia computadorizada por emissão de fóton único [SPECT]

 Exames neurofisiológicos

  • eletroencefalograma [EEG]
  • potenciais evocados Leonardo Freixo (BIRD) - leonardfreixo@gmail.com - IP: 170.238.104.75Anne Kelly Santos nogueira - annekelly.91santos@outlook.com - CPF: 047.234.535-

5 Entrevistador mais ativo ou passivo

 Do paciente, de sua personalidade, de seu estado mental e emocional no momento, de suas

capacidades cognitivas, etc.

- Às vezes, o entrevistador precisa ouvir muito, pois o indivíduo “precisa muito falar, desabafar, descrever seu sofrimento para alguém que o ouça com atenção e respeito”

  • outras vezes, o entrevistador deve falar mais para que o paciente não se sinta muito tenso ou retraído.

 Do contexto institucional da entrevista

 Dos objetivos da entrevista

 Personalidade do entrevistador

Leonardo Freixo (BIRD) - leonardfreixo@gmail.com - IP: 170.238.104.75Anne Kelly Santos nogueira - annekelly.91santos@outlook.com - CPF: 047.234.535-

7 Regras de ouro 1. Pacientes organizados (mentalmente), com inteligência normal, com escolaridade boa ou razoável, fora de um “estado psicótico”

  • entrevistar de forma mais aberta
  • permitir que falem e se expressem de maneira mais fluente e espontânea
  • entrevistador fala pouco, fazendo algumas pontuações para que o indivíduo “conte a sua história” 2. Pacientes desorganizados, com nível intelectual baixo, em estado psicótico ou paranoide, “travados” por alto nível de ansiedade
  • entrevistar de forma mais estruturada
  • entrevistador fala mais, faz perguntas mais simples e dirigidas 3. Nos primeiros contatos com pacientes muito tímidos, ansiosos ou paranoides:
  • fazer primeiro perguntas neutras (nome, onde mora, profissão, estado civil, nome de familiares, etc.),
  • gradativamente, começar a formular perguntas “mais quentes” (às vezes, constrangedoras para o indivíduo), como: Qual o seu problema?, Por que foi trazido ao hospital?, O que aconteceu para que você agredisse seus familiares?, etc. Vale a sabedoria Leonardo Freixo (BIRD) - leonardfreixo@gmail.com - IP: 170.238.104.75Anne Kelly Santos nogueira - annekelly.91santos@outlook.com - CPF: 047.234.535-47^ popular^ que^ diz:^ “O^ mingau^ quente^ se^ come^ pela^ beirada ”.

8 Dados fornecidos por um “informante”

 Os dados fornecidos pelo “informante” também padecem de certo subjetivismo, que o entrevistador

deve levar em conta

 Cabe a quem está avaliando o paciente decidir quem é o informante mais confiável, de quem vêm as

informações mais seguras e úteis para a história e o trabalho clínico Leonardo Freixo (BIRD) - leonardfreixo@gmail.com - IP: 170.238.104.75Anne Kelly Santos nogueira - annekelly.91santos@outlook.com - CPF: 047.234.535-

10 Crítica do paciente e insight em relação a sintomas e transtornos

 Apesar de apresentar sintomas graves que comprometem profundamente suas vidas, não os reconhece como

tal (Lewis, 2004 ).  longe de ser um fenômeno “tudo-ou-nada”, compreende vários níveis e é composto por três componentes/implicações (David, 1990 ):

  1. Consciência de que tem um problema
  2. Modo de nomear ou renomear os sintomas
  3. Adesão a tratamentos propostos

 Exemplos : pacientes graves, como psicóticos com esquizofrenia, transtorno bipolar em quadro maníaco, alguns

indivíduos que apresentam dependência química, deficiência intelectual, síndromes autísticas ou demências, apresentam graves prejuízos quanto ao insight (Antoine et al., 2004 ). Leonardo Freixo (BIRD) - leonardfreixo@gmail.com - IP: 170.238.104.75Anne Kelly Santos nogueira - annekelly.91santos@outlook.com - CPF: 047.234.535-

11 Idoso

 Cansaço ou fadiga : É um dos sintomas mais negligenciados, tanto pelo profissional como pelo paciente

Fraqueza : É diferente de fadiga ou cansaço. Está relacionada ao comprometimento da força muscular  Quedas

 Acuidade visual e auditiva

 Não é recomendável ANP sem a checagem médica clínica, pois alterações em substâncias como o ácido fólico, vitamina B 12 , hormônios T 3 e T 4 , nicotinamida, etc. podem induzir a um quadro de perda cognitiva Leonardo Freixo (BIRD) - leonardfreixo@gmail.com - IP: 170.238.104.75Anne Kelly Santos nogueira - annekelly.91santos@outlook.com - CPF: 047.234.535-

13 Papel entrevistador

 Ativo

- Exemplo : para ter certeza que ele sabe o que está sendo dito, “Bem, você quer dizer assim e assado?”

 lembrar que, nas fases mais iniciais da entrevista, o paciente pode estar muito ansioso e usar

manobras e mecanismos defensivos como riso, silêncio, perguntas inadequadas, comentários circunstanciais sobre o profissional, etc.

  • Por exemplo: “O senhor é jovem, não?”; ou “O senhor é casado, tem filhos?”; ou, ainda, “Por que será que todo psicólogo é tão sério (ou tem barba, etc.)...?”
  • São estratégias involuntárias ou propositais que podem estar sendo utilizadas para que o paciente evite falar de si, de seu sofrimento, de suas dificuldades. Leonardo Freixo (BIRD) - leonardfreixo@gmail.com - IP: 170.238.104.75Anne Kelly Santos nogueira - annekelly.91santos@outlook.com - CPF: 047.234.535-

14 Papel entrevistador

 É sempre melhor fazer intervenções do tipo:

“Como foi isso?” “Explique melhor” “Conte um pouco mais sobre isso” do que questões como: “Por quê?” ou “Qual a causa?”. Estas últimas estimulam o paciente a fechar e encerrar sua fala

 o profissional deve ter a estrutura da entrevista em sua mente, permitindo ao mesmo tempo que o paciente

conte sua própria versão  À medida que o relato feito pelo indivíduo progride, ele vai sendo “encaixado” em determinada estrutura de história, que está na mente do entrevistador. Surgirão lacunas nessa história, que saltarão à mente do profissional. Após a fase de exposição livre, ele fará as perguntas que faltam para completar e esclarecer os Leonardo Freixo (BIRD) - leonardfreixo@gmail.com - IP: 170.238.104.75Anne Kelly Santos nogueira - annekelly.91santos@outlook.com - CPF: 047.234.535-47^ pontos^ importantes^ da^ história^ e^ da^ anamnese^ de^ modo^ geral.

  • Leonardo Freixo (BIRD) - leonardfreixo@gmail.com - IP: 170.238.104.75Anne Kelly Santos nogueira - annekelly.91santos@outlook.com - CPF: 047.234.535-47
  • Leonardo Freixo (BIRD) - leonardfreixo@gmail.com - IP: 170.238.104.75Anne Kelly Santos nogueira - annekelly.91santos@outlook.com - CPF: 047.234.535-47
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