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Dois volumes compostos por autores experientes e organizados por editores experimentados, que abordam os conhecimentos atuais sobre acidentes vascular cerebrais (avc). O texto abrange epidemiologia, diagnósticos, modelos experimentais, microcirculação cerebral, reologia clínica, edema cerebral, tomografia por emissão de pósitrons, metabolismo do ácido araquidônico e sua influência na patogênese e tratamento da doença cerebrovascular, processos diagnósticos, classificação de icto isquêmicos, afecções extracranianas da artéria carótida, doenças da artéria carótida interna, lacunas, hemorragia intracerebral e supratentorial, relações entre doenças médicas específicas e o icto, dissecação arterial cerebral, arterite por células gigantes e angiite granulomatosa, enxaqueca e icto, e declínio da morbidade e mortalidade do icto.
O que você vai aprender
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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B. M. STEIN, J. P. MOHR, M. YATSU, e d i t o r e s. Dois volumes (20 x 26 cm) encader- n a d o s , com 1274 p á g i n a s. C h u r c h i l l - L i v i n g s t o n e , E d i n b u r g h , 1986.
E s t e s dois a l e n t a d o s volumes, escritos por r e n o m a d o s a u t o r e s e o r g a n i z a d o s p o r m u i t o e x p e r i m e n t a d o s editores, c o n s t i t u e m r e p o s i t ó r i o s o b r e os c o n h e c i m e n t o s a t u a i s c o n c e r n e n t e s ao a c i d e n t e v a s c u l a r c e r e b r a l (AVC). N e s t a ú l t i m a década houve v e r d a d e i r a explosão sobre os processos diagnósticos, a s s i m como s o b r e a s t e n t a t i v a s c i r ú r g i c a s no t r a t a m e n t o dos AVC. N e s t e v e r d a d e i r o t r a b a l h o enciclopédico, os e d i t o r e s p r o c u r a r a m i n t e r e s s a r i n t e r n i s t a s , c i r u r - giões, n e u r o l o g i s t a s e n e u r o c i r u r g i õ e s. Cada u m a de s u a s 5 g r a n d e s seções — fisiopatologia, diagnóstico, m a n i f e s t a ç õ e s clínicas, t r a t a m e n t o clínico, t r a t a m e n t o c i r ú r g i c o — não d i s p e n s a - r a m certo g r a u d e a r b i t r a r i e d a d e n a s e p a r a ç ã o de tópicos, p a r a m i n i m i z a r r e d u n d â n c i a s.
O p r i m e i r o volume a b r a n g e t r ê s g r a n d e s seções. F i s i o p a t o l o g i a do icto, a p r i m e i r a , é s u b d i v i d i d a em 13 capítulos. E p i d e m i o l o g i a do icto em g e r a l e, p a r t i c u l a r m e n t e nos E s t a d o s Unidos e n a E u r o p a , é t r a t a d a nos t r ê s p r i m e i r o s. U m a d a s m e t a s do e s t u d o de epidemiolo- gia do icto reside no estabelecimento de b a s e s p a r a m e d i d a s p r e v e n t i v a s. R e g i s t r o u - s e t e n - dência de declínio n a incidência e n t r e 1960 e 1974. E s s a tendência, refletindo possível modificação no estilo de v i d a de populações, parece j u s t i f i c a r a t i t u d e m o d e r a d a m e n t e otimista n a s p o s s i b i l i d a d e s da prevenção do AVC. Y a t s u se i n c u m b e de t e m a essencial: A t e r o g ê n e s e e icto. Com efeito, a ateroesclerose é a c a u s a principal do icto e e s t u d o s s o b r e a s b a s e s moleculares do m e t a b o l i s m o a n o r m a l do colesterol e d a proliferação de células endoteliais fazem p r e v e r m e d i d a s p a r a c u r a e prevenção desses g r u p o s de afecções. A associação com m e d i d a s a n t i - h i p e r t e n s i v a s a u m e n t a a i n d a m a i s as p e r s p e c t i v a s de r e d u ç ã o n a incidência do AVC. Modelos e x p e r i m e n t a i s do icto isquêmico são objeto do capítulo de Molinar, seguido pelos e s t u d o s d a bioquímica e farmacologia da i s q u e m i a c e r e b r a l (Welch c B a r l e y ). Várias t e r a p ê u t i c a s e x p e r i m e n t a i s foram e n s a i a d a s com r e s u l t a d o s p r o m i s s o r e s. E n t r e t a n t o , ensaios clínicos a i n d a n ã o p e r m i t e m r e s u l t a d o s convincentes. O t e m a d a microcirculação cerebral n o icto é revisto por K o r t o n , o qual reconhece q u e a p r e c i s a s e q ü ê n c i a de eventos a t r a v é s d o s q u a i s cada m e c a n i s m o r e g u l a t ó r i o opera. Reologia clínica do icto e hemodiluição (capí- tulo 8) é a s s u n t o a t u a l , em que é r e a l ç a d o o papel d a viscosidade s a n g u í n e a e d a s m e d i d a s cabíveis q u a n d o ela se e n c o n t r a a l t e r a d a. L C R n a s d e s o r d e n s d a circulação c e r e b r a l é tema d a revisão de R o b e r t F i s h m a n. São i n v e s t i g a d o s aspectos l a b o r a t o r i a i s e v a n t a g e n s ou d e s v a n t a g e n s d a TC s o b r e o e s t u d o do L C R n o s AVC h e m o r r á g i c o s. A n a l i s a t a m b é m valores d a s p r o t e í n a s e d a s enzimas do LCR como m a r c a d o r e s d a c a u s a e d a g r a v i d a d e do AVC. O papel do L C R no diagnóstico diferencial de doenças c e r e b r o v a s c u l a r e s é discutido. No capítulo s u b s e q ü e n t e , F i s h m a n se i n c u m b e do e s t u d o do e d e m a c e r e b r a l. O valor da t o m o - g r a f i a por emissão de p ó s i t r o n s no AVC é a s s u n t o do capítulo s e g u i n t e. K i w a k e col., e s t u - d a m o m e t a b o l i s m o do ácido a r a q u i d ô n i c o e s u a s influências n a p a t o g ê n e s e e t r a t a m e n t o d a doença cerebrovascular. F i n a l i z a n d o a seção, em F i s i o p a t o l o g i a do icto, B u o n a n n o e col. i n v e s t i g a m s u b s í d i o s fornecidos p e l a r e s s o n â n c i a m a g n é t i c a.
Seis capítulos compõem a s e g u n d a seção do p r i m e i r o volume. D e s t i n a m - s e à investigação d o s processos d i a g n ó s t i c o s em casos de AVC. I n i c i a l m e n t e , M o h r se i n c u m b e d e apreciação a b r a n g e n t e dos e s t u d o s l a b o r a t o r i a i s , no icto a g u d o , nos a t a q u e s isquêmicos t r a n s i t ó r i o s e n a doença a s s i n t o m á t i c a. O m a p e a m e n t o pela TC é a n a l i s a d o p o r Savoiardo em casos d e a t a q u e s isquêmicos t r a n s i t ó r i o s , de e n f a r t e s c e r e b r a i s , de h e m o r r a g i a s p a r e n q u i m a t o s a s e em h e m o r r a g i a s s u b a r a c n ó i d e a s (por a n e u r i s m a s e por malformações v a s c u l a r e s c e r e b r a i s ). Conclui que a TC não deve ser c o n s i d e r a d a o único e x a m e n e u r o r r a d i o l ó g i c o a s e r realizado em pacientes com AVC. T r a t a - s e de e x a m e s e g u r o , não invasivo e que, em a l g u n s casos, fecha o diagnóstico. E n t r e t a n t o , em g r a n d e p a r t e d a s vezes, o e x a m e deve ser complemen- t a d o por outros, p r i n c i p a l m e n t e pela a n g i o g r a f i a. E s t a é r e v i s t a p o r Goldberg, que e s t u d a s u a s complicações, s u a técnica, o p r e p a r o do paciente, s u a indicação n a s lesões vasculares e x t r a c r a n i a n a s , n a doença ateroesclerótica, n a displasia fibromuscular, em a n e u r i s m a s d i s s e - cantes, acotovelamentos, a r t e r i t e de T a k a y a s u , embolias c a r d í a c a s e n a s lesões vasculares
oclusivas i n t r a c r a n i a n a s em s u a s d i f e r e n t e s etiologias. Subsídios fornecidos p a r a o conheci- m e n t o d a circulação colateral e n c e r r a m este capítulo. A a n g i o g r a f i a venosa digital, como técnica opcional, constitui processo prático, o b r i g a t o r i a m e n t e n ã o n e c e s s i t a n d o de i n t e r n a ç ã o h o s p i t a l a r. A via i n t r a - a r t e r i a l p a r a o e s t u d o angiográfico por r a d i o g r a f i a digital s e g u r a - m e n t e c o n t o r n a as limitações que a via venosa ocasiona, em c o m p a r a ç ã o com a a n g i o g r a f i a convencional. O diagnóstico não invasivo d a doença c e r e b r o v a s c u l a r é a s s u n t o dos dois ú l t i m o s capítulos d e s t a Seção. O t e m a de i m p o r t â n c i a t r a n s c e n d e n t a l , classificação dos ictos isquémicos (Mohr e B a r n e t t ) , i n a u g u r a a t e r c e i r a p a r t e (Manifestações clínicas do icto) d e s t e volume. Q u a n d o a p r e s s ã o de perfusão cai a b a i x o de níveis críticos, desenvolve-se isquemia e, n a p e r s i s t ê n c i a do processo oclusivo, h a b i t u a l m e n t e q u a n d o não t r a t a d o , não é m a i s possí- vel r e p e r f u s ã o n a r e g i ã o i s q u e m i a d a e se estabelece e n t ã o e n f a r t e pálido, anêmico. No e n t a n t o , n a s regiões e x p o s t a s a circulação s a n g u í n e a , por exemplo n a s m a r g e n s do enfarte pálido, h á invasão de m a c r ó f a g o s que, por longos períodos, se i n c u m b e m d a remoção dos p r o d u t o s do enfarte. E m c o n t r a s t e com os e n f a r t e s isquêmicos pode o c o r r e r o e n f a r t e h e m o r r á g i c o , em q u e se r e g i s t r a a existência de q u a n t i d a d e s variáveis de eritrócitos n o meio do tecido necrótico. Vários s u b t i p o s de ictos isquêmicos são s u c e s s i v a m e n t e d e s c r i t o s : enfartes por t r o m b o s de g r a n d e a r t é r i a , e n f a r t e s por v a r i a d a s p a t o l o g i a s a r t e r i a i s , embolis- mos a t r i b u í d o s a fontes c a r d í a c a s ou t r a n s c a r d í a c a s , enfartes com a n g i o g r a m a s n o r m a i s , enfartes l a c u n a r e s e, finalmente, enfartes de c a u s a s não d i s c r i m i n a d a s. I n t e r e s s e s e m p r e crescente c a r a c t e r i z a o capítulo s e g u i n t e , afecções e x t r a c r a n i a n a s d a a r t é r i a c a r ó t i d a (Mohr e P l e s s i n ) em que s e e s t u d a a a n a t o m i a desses vasos, a fisiopatologia d a s a r t é r i a s c a r ó t i d a s , assim como s u a s d i f e r e n t e s s í n d r o m e s ( a t a q u e s isquêmicos t r a n s i t ó r i o s , c e g u e i r a m o n o c u l a r t r a n s i t ó r i a , déficits neurológicos reversíveis, icto isquêmico n a doença c a r d í a c a ). Realce é concedido ao e x a m e v a s c u l a r e x t r a c r a n i a n o (ausculta, palpação e a n g i o g r a f i a ). A seguir, G a u t i e r e M o h r se i n c u m b e m do e s t u d o das doenças d a a r t é r i a c a r ó t i d a i n t e r n a i n t r a c r a n i a n a e, em sucessivos capítulos, são e s t u d a d a s as s í n d r o m e s d e p e n d e n t e s dos d i f e r e n t e s t r o n c o s de a r t é r i a s c e r e b r a i s : a r t é r i a c e r e b r a l a n t e r i o r ( B r u s t ) ; a r t é r i a c e r e b r a l m é d i a (Mohr e col.), em que se d e s t i n a especial a t e n ç ã o p a r a as afasias e as a p r a x i a s , e a a r t é r i a c e r e b r a l p o s t e - rior. Merece d e s t a q u e capítulo de Mohr, «Lacunas», t e r m o r e s e r v a d o p a r a a s p e q u e n a s cavidades que p e r m a n e c e m após a remoção dos p r o d u t o s do enfarte, p r i n c i p a l m e n t e p o r fagócitos. K a s e e M o h r revêem aspectos g e r a i s da h e m o r r a g i a i n t r a c e r e b r a l e d a h e m o r r a g i a i n t r a c e r e b r a l s u p r a t e n t o r i a l. F i n a l m e n t e , a doença v é r t e b r o - b a s i l a r oclusiva (Caplan) e a h e m o r r a g i a que afeta o t r o n c o do encéfalo e o cerebelo são c o n s i d e r a d a s.
O e s t u d o d a s manifestações clínicas do icto p r o s s e g u e n a p r i m e i r a p a r t e do volume I I , sendo e s t u d a d o s os a n e u r i s m a s i n t r a c r a n i a n o s e as malformações v a s c u l a r e s do encéfalo (considerações clínicas) ( M o h r e col.). A p a t o l o g i a vascular d a m e d u l a espinhal é objeto de dois capítulos a n a l i s a n d o o enfarte, as malformações v a s c u l a r e s e h e m o r r a g i a s d a m e d u l a espinhal (Mohr e col.). Gates e B a u m se r e s p o n s a b i l i z a m p e l a revisão d a patologia venosa do encéfalo, q u e r d a s v e i a s c e r e b r a i s q u e r dos seios d u r a i s. Na q u a r t a p a r t e d e s t e s e g u n d o volume, são r e v i s t a s as relações e n t r e d o e n ç a s médicas especificas e o icto. C a r o n n a e s t u d a s í n d r o m e s s u b s e q ü e n t e s à p a r a d a c a r d í a c a e a c i r u r g i a p a r a o estabelecimento d a s p o n t e s c a r d í a c a s : d e c o r r e n t e s de a n ó x i a c e r e b r a l e do d a n o c e r e b r a l p e r m a n e n t e. I n t e r e s s e especial é dedicado à evolução dos casos de coma anóxico t r a t a d o s em u n i d a d e s de t e r a p i a intensiva. F r u í a n e C a n n o m y e s t u d a m o icto correlacionado a d i s r i t m i a s cardíacas e a c a r d i o p a t i a s valvares (fibrilação a t r i a l , doença r e u m á t i c a , válvulas c a r d í a c a s protéticas, e n d o c a r d i t e s infecciosas, e n d o c a r d i t e s do m a r a s m o , calcificações do a n n u l u s m i t r a l e, finalmente, o p r o l a p s o d a válvula m i t r a l ). U m a causa i n c o m u m de isquemia cerebral, a dissecação a r t e r i a l cervical cerebral, é e s t u d a d a p o r H a r t e E a s t o n , em s u a localização na a r t é r i a c a r ó t i d a e x t r a c r a n i a n a e n a i n t r a c r a n i a n a , a s s i m como no s i s t e m a v é r t e b r o - b a s i l a r. A a r t e r i t e por células g i g a n t e s e a a n g i i t e g r a n u l o m a t o s a isoladas do s i s t e m a nervoso c e n t r a l são objeto do capítulo de P e t t y e Mohr. Como e r a de se esperar, o capítulo s o b r e a doença de Moya-Moya foi e l a b o r a d o por n e u r o l o g i s t a s j a p o n e s e s (Yonekawa, H a n d a , O k u n o ). A d i s - p l a s i a fibromuscular, afecção não h a b i t u a l , idiopática e c a r a c t e r i z a d a por a n o r m a l i d a d e s ateroescleróticas d a s fibras m u s c u l a r e s e elásticas n a s a r t é r i a s d e p e q u e n o e médio calibre d o encéfalo e m a i s c o m u m n o sexo feminino, é e s t u d a d a por H c a l t o n. As correlações e n t r e a enxaqueca e o icto são r e v i s t a s por T a t e m i c h i e Mohr. O conceito de encefalopatia h i p e r t e n s i v a não é m u i t o preciso. D i n s d a l e a define como s í n d r o m e a g u d a , p r e c i p i t a d a por s ú b i t a e grave h i p e r t e n s ã o a r t e r i a l. A n a l i s a s u a patogenia, s e u s aspectos clínicos e seu t r a t a m e n t o. A doença de B i n s w a n g e r ou encefalopatia s u b a g u d a arterioesclerótica, d e s c r i t a no fim do século p a s s a d o e cujo conhecimento foi p o r m u i t o t e m p o r e l e g a d o a um s e g u n d o plano, deve à TC e à r e s s o n â n c i a m a g n é t i c a a i m p o r t â n c i a que u l t i m a m e n t e r e a d q u i r i u. A afecção é e s t u d a d a p o r Nichols e Mohr. As i n t e r r e l a ç õ e s e n t r e condições h e m a t o l ó g i c a s e o
do c o m p o r t a m e n t o , as c h a m a d a s funções complexas ou funções n e r v o s a s s u p e r i o r e s e s u a s relações com o s u b s t r a t o n e u r a l n o r m a l e patológico, levando em consideração as m u d a n ç a s r á p i d a s no t e m p o , c a r a c t e r í s t i c a s d e s s a faixa e t á r i a. Os d i s t ú r b i o s da fala, l i n g u a g e m , atenção, m e m ó r i a , p r a x i a , gnosia, e do relacionamento, e s t u d a d o s e x a u s t i v a m e n t e no a d u l t o , r e q u e r e m novas conceituações q u a n d o na infância precoce. Os p r ó p r i o s m é t o d o s de avaliação como o exame neurológico e os t e s t e s psicológicos n e c e s s i t a m a d a p t a ç õ e s d r á s t i c a s. É com essa visão que Njiokiktjien descreve os conceitos básicos de desenvolvimento e p l a s t i c i d a d e n e u r a l , s e u s desvios, as indicações l a b o r a t o r i a i s e o e x a m e neuropsicológico. As p a t o l o g i a s incluem os d i s t ú r b i o s de proliferação, m i g r a ç ã o e formação dos giros, a n o m a - lias do corpo caloso, d i s t ú r b i o s da mielinogênese e d a s i n a p t o g ê n e s e , os eleitos d a encefalo- p a t i a hipóxico-isquêmica, d a p r e m a t u r i d a d e e d a d i s m a t u r i d a d e. A sessão c o r r e s p o n d e n t e a cada hemisfério, aos lobos e à s c o m i s s u r a s merece a t e n ç ã o especial, pois n a c r i a n ç a a i n t e r p r e t a ç ã o d a s d i v e r s a s s í n d r o m e s é a i n d a m a i s á r d u a. Além do t r e i n o e base t e ó r i c a é indispensável boa dose de c a p a c i d a d e de observação, como salien- t a d o n e s t a obra. A i m p r e s s ã o , a cargo d a e d i t o r a Suyi, é s i m p l e s m a s p r i m o r o s a. Ao final do tomo t e m o s glossário p a r a os q u e se iniciam, l i s t a s d e referências bibliográficas e de abreviações e índice remissivo. As t a b e l a s e f i g u r a s são poucas o que não chega a c o m p r o m e t e r a com- preensão, pois o t e x t o é c u i d a d o s a m e n t e m a n t i d o em u m nível acessível e esclarecedor. I s t o t o r n a o livro útil aos n e u r o l o g i s t a s , p s i q u i a t r a s e psicólogos da infância. Aos r e s i d e n t e s em n e u r o l o g i a infantil, r e c o m e n d o ler de p o n t a a p o n t a. RUBENS REIMÃO CL1NICAL N E U R O I M M U N O L O G Y. J. A. AARLI, W. M. H. BEHAN, P. O. BEHAN, editores. Um volume (17 x 25 cm) e n c a d e r n a d o com 531 p á g i n a s , 72 f i g u r a s e 65 t a b e l a s. Blackwell, Oxford, 1987. P r e f a c i a d o por S. R e f s u m , P r o f e s s o r E m é r i t o d e N e u r o l o g i a da U n i v e r s i d a d e de Oslo, este livro é dedicado aos clínicos q u e l i d a m com afecções neurológicas s o b r e t u d o a q u e l a s de c a r á t e r i m u n e. O livro é dividido em 6 g r a n d e s seções, c a d a u m a com vários capítulos. A p r i m e i r a v e r s a s o b r e « N e u r o i m u n o l o g i a Geral» e nela são d i s c u t i d o s : o conceito d e s t a nova ciência e s u a s p e r s p e c t i v a s a t u a i s e f u t u r a s , o papel d a s s u b p o p u l a ç õ e s linfocitárias, dos r e c e p t o r e s no s i s t e m a nervoso p a r a a i m u n o g l o b u l i n a G, c o m p o n e n t e s do c o m p l e m e n t o e o s i s t e m a H L A e s u a i m p o r t â n c i a em afecções neurológicas. A s e g u n d a seção é dedicada à p a r t e e x p e r i m e n t a l d a n e u r o i m u n o l o g i a e d e n o m i n a - s e «Modelos a n i m a i s em d o e n ç a s neu-¬ roimunológicas». S a l i e n t a m - s e os capítulos s o b r e desmielinização e x p e r i m e n t a l em doenças i n d u z i d a s por vírus, encefalomielite alérgica e x p e r i m e n t a l , m i a s t e n i a gravis, desmielinização de nervos periféricos e n t r e o u t r a s. A t e r c e i r a p a r t e do livro, «Desordens n e u r o i m u n o l ó g i c a s do s i s t e m a nervoso», é d e d i c a d a aos p r i n c i p a i s aspectos, e s u a s c o n t r o v é r s i a s , d a q u e l a s afecções clínicas q u e são e s t u d a d a s em n e u r o i m u n o l o g i a c o m o : esclerose múltipla, encefalo- mielite a g u d a d i s s e m i n a d a , n e u r o p a t i a s periféricas, g a m o p a t i a monoclonal I g M , s í n d r o m e d e G u i l l a i n - B a r r é , m i a s t e n i a gravis, polimiosites e a c h a d o s imunológicos em m o l é s t i a s oculares. A q u a r t a secção «Papel de fatores i m u n e s em o u t r a s doenças» a p r e s e n t a 11 capítulos com controvérsias sobre o aspecto i m u n e de d o e n ç a s como infecções virais, e s t a d o s d e i m u n o d e - ¬ ficiências, e s p i r o q u e t o s e s , l ú p u s e s i s t e m a nervoso, d i s t r o f i a miotônica, s í n d r o m e s p a r a n e o - ¬ plásicas, gliomas, epilepsia e narcolepsia, e n t r e o u t r a s. A q u i n t a secção «Métodos d i a g n ó s t i - cos» é c o m p o s t a de t r ê s c a p í t u l o s : o p r i m e i r o , s o b r e t e s t e s l a b o r a t o r i a i s e doenças n e u r o i m u - nológicas; o s e g u n d o , s o b r e liqüido c e f a l o r r a q u e a n o em d o e n ç a s n e u r o i m u n e s , escrito p o r H a n s L i n k d a escola sueca de LCR, no q u a l são discutidos aspectos d a i m u n i d a d e h u m o r a l e celular, s o b r e t u d o a q u e l e s ligados a a l t e r a ç õ e s d a s i m u n o g l o b u l i n a s e de subpopulações linfocitárias; a ú l t i m a p a r t e é r e s e r v a d a aos m é t o d o s de n e u r o i m a g e m em d o e n ç a s desmieli-¬ nizante, s a l i e n t a n d o - s e a q u e l a s de r e s s o n â n c i a m a g n é t i c a. A s e x t a e ú l t i m a p a r t e , « T r a t a - mento», com t r ê s capítulos, é voltada ao uso de d r o g a s em moléstias n e u r o i m u n e s , n e u r o i m u - nomodulação e p e r s p e c t i v a s t e r a p ê u t i c a s f u t u r a s. P a r a a q u e l e s que fazem d a N e u r o l o g i a s u a p r á t i c a diária, este livro é a l t a m e n t e reco- mendável. Não pode, ele faltar, t a m b é m , em biblioteca d a q u e l e s estudiosos d a s neurociências em geral. JOSÉ ANTONIO LIVRAMENTO