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Análises clinicas- Liquido cefalorraquidiano, Resumos de Medicina

resumo sobre analises clinicas, liquido cefalorraquidiano e meningite

Tipologia: Resumos

2022

Compartilhado em 04/11/2022

carol-arioli
carol-arioli 🇧🇷

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A produção do LCR se nos
ventrículos cerebrais por estruturas
conhecidas como plexo coróides.
Esses plexos são redes vasculares
formadas por capilares fenestrados e
dilatados. Esses plexos secretam o
LCR, nos ventrículos, canal central da
medula e espaço subaracnóideo.
Onde encontramos o líquor (LCR)?
O líquor está presente
nos ventrículos, canal central da
medula e espaço subaracnóideo.
Há três formas para obter o líquor.
Falamos anteriormente sobre os locais
nos quais podemos encontrar o LCR, e,
portanto, esses locais devem ser
alcançados para colher o líquido ali
presente.
A punção é a técnica utilizada
para obtenção do LCR.
A forma mais utilizada na prática
é a punção lombar, mas também
podem ser realizadas a punção
suboccipital e a punção ventricular.
A punção lombar deve ser
realizada entre L3-L4, ou L4-L5,
preferencialmente. Essa “escolha” tem
uma importante razão: o término da
medula espinal se dá ao nível de L1-L2.
Dessa forma, realizando a
punção abaixo do término evita-se que
ocorram lesões medulares.
Líquido Cefalorraquidiano
Colhendo o líquor (LCR)
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Baixe Análises clinicas- Liquido cefalorraquidiano e outras Resumos em PDF para Medicina, somente na Docsity!

A produção do LCR se dá nos ventrículos cerebrais por estruturas conhecidas como plexo coróides. Esses plexos são redes vasculares formadas por capilares fenestrados e dilatados. Esses plexos secretam o LCR, nos ventrículos, canal central da medula e espaço subaracnóideo. Onde encontramos o líquor (LCR)? O líquor está presente nos ventrículos, canal central da medula e espaço subaracnóideo. Há três formas para obter o líquor. Falamos anteriormente sobre os locais nos quais podemos encontrar o LCR, e, portanto, esses locais devem ser alcançados para colher o líquido ali presente. A punção é a técnica utilizada para obtenção do LCR. A forma mais utilizada na prática é a punção lombar, mas também podem ser realizadas a punção suboccipital e a punção ventricular. A punção lombar deve ser realizada entre L3-L4, ou L4-L5, preferencialmente. Essa “escolha” tem uma importante razão: o término da medula espinal se dá ao nível de L1-L2. Dessa forma, realizando a punção abaixo do término evita-se que ocorram lesões medulares.

Líquido Cefalorraquidiano

Colhendo o líquor (LCR)

Principais parâmetros avaliados Normalmente límpido, pode apresentar-se turvo ou hemorrágico. O normal é que seja límpido. Em determinadas condições ele pode passar de límpido para levemente turvo ou turvo. Essa alteração do aspecto do líquido cefalorraquidiano ocorre por presença de leucócitos, proteínas, lipídeos e microrganismos no líquor. O líquor é incolor, porém pode ter coloração xantocrômica e eritrocrômica. Sua coloração pode estar alterada. Algumas colorações que podem ser notadas são: o Leitosa, com tonalidade esbranquiçada; o Xantocrômico, caracterizado por tonalidade amarela ou laranja ocasionada pela presença de hemoglobina e concentrações elevadas de proteínas e/ou bilirrubina. o Hemorrágico que adquire uma coloração vermelha, devido a níveis muito elevados de hemoglobina e hemácias Valor normal: ausência. Valor normal: ausência. o Leucócitos O LCR normal, apresenta leucócitos, sendo 70% linfócitos e 30 a 50% de monócitos. Se for encontrado outro tipo de leucócito no líquor, é indicativo de algum processo anormal. O líquor normalmente apresenta até 5 leucócitos/mm3. A contagem de células do líquor é feita por citometria. Quando outros leucócitos são encontrados no LCR, algumas suspeitas podem ser levantadas. Se o predomínio for de polimorfonucleares (neutrófilos), pode-se suspeitar de meningites bacterianas, por exemplo. Já se o aumento for de eosinófilos a suspeita é de processos infecciosos por parasitas como neurocisticercose ou neuroesquistossomose. Se forem encontrados blastos no líquor, sugere- Análise Física (^) Análise Citológica

- DNA de vírus comuns **- Bactérias

  • Contagem de células
  • Aspecto
  • Cor**

As proteínas são também dosadas no líquido cefalorraquidiano. Basicamente encontra-se albumina e uma baixa quantidade de globulinas no líquor. A dosagem de proteínas em adultos, possui a faixa de normalidade entre 15 e 45 mg/dL. Esse valor varia de acordo com o local de punção. A alteração de proteínas no LCR pode sinalizar uma série de doenças, e por isso é muito inespecífica. Mas isso não quer dizer que não tenha importância, pelo contrário, porém deve ser analisada juntamente aos aspectos clínicos do paciente. Pode-se encontrar valores reduzidos de proteínas no líquor se houver alguma patologia que aumente a permeabilidade da barreira hematoencefálica, e assim permita a passagem de proteínas, levando a perda delas. Valores aumentados também podem ser encontrados em diversas doenças. Por exemplo em doenças infecciosas, desmielinizantes e malignidades. Por exemplo, a Síndrome de Guillain-Barré e a Esclerose Múltipla, que são doenças que levam a desmielização, cursam com aumento de proteínas no líquor (LCR). Na esclerose múltipla, por ser uma doença autoimune, há um importante aumento de imunoglobulinas (especialmente IgG). A enzima lactato desidrogenase (LD) é uma enzima citoplasmática presente em todos os órgãos. Estudos mostram que em pacientes com patologia intracraniana, seja infecção ou malignidades, há um aumento da LD. Também pode estar aumentada em hemorragias intracranianas. Com isso, sua dosagem pode ser importantíssima para diferenciar hemorragias: se é uma hemorragia decorrente da punção ou se é uma hemorragia intracraniana. A dosagem normal de LD é de até 35 UI/L. Outra enzima que pode ser dosada no líquor é a adenosina deaminase, uma enzima ligada ao metabolismo das purinas. Normalmente, seus níveis encontram-se até 4,5 UI/L.

  • Proteínas
    • Enzimas – Adenosina Deaminase (ADA)
  • Enzimas – Lactato Desidrogenase

A atividade dessa enzima aumenta em pacientes com deficiência imunológica, especificamente na imunidade celular. Assim, doenças como meningite tuberculosa, linfomas, leucemia e pacientes com HIV, podem apresentar aumento da ADA. Se a suspeita é de processos neoplásicos, você pode buscar por marcadores tumorais no líquido cefalorraquidiano para auxiliar o diagnóstico. Alguns exemplos de marcadores são: alfa feto proteína, gonadotrofina coriônica, entre outros. Meningite é a inflamação das meninges e do espaço subaracnoide. Ela pode resultar de infecções, outras doenças ou reações a fármacos. A gravidade e acuidade variam. Os resultados normalmente incluem cefaleia, febre e rigidez na nuca, o diagnóstico é por análise do líquido cerebrospinal. O tratamento é feito com os antimicrobianos indicados e as medidas acessórias.

  • Marcadores Tumorais Meningite