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análise SWOT de uma empresa familiar, considerando o crescimento social e econômico ... uma organização familiar: o caso magazine Luiza.
Tipologia: Notas de aula
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Monografia apresentada ao Curso de Ciências Contábeis do Centro de Ciências Sociais Aplicadas, da Universidade Federal da Paraíba, como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Ciências Contábeis. Orientadora Prof.ª: Dra. Victoria Puntriano Zuniga de Melo. JOÃO PESSOA 2019
Agradeço a Deus que sempre me deu forças e iluminou meu caminho na direção dos meus objetivos, onde aqui concluo mais uma etapa. Agradeço aos meus familiares, em especial aos meus pais Paulo e Verônica pelo seu amor que nada pode mensurar, por toda paciência e doação a mim durante os anos da graduação, sempre me incentivando a manter o foco e trabalhar nas minhas metas. Agradeço às minhas irmãs Karollyne e Kamilla por serem para mim fonte de inspiração e desejo ardente por alcançar tudo que eu almejo, e dar-lhes condições ainda melhores na caminhada de ambas. Amo vocês. Agradeço a minha professora e orientadora Victoria Puntriano por todo o apoio, incentivo, disposição e correção, sem os quais, esse trabalho não seria viável. Agradeço aos meus amigos da vida, por todos os conselhos, apoio e palavras de carinho nos momentos difíceis. A empresa em estudo pela disponibilidade das informações, bem como pela boa recepção para com este trabalho. A todos os colegas de curso, em especial Vinícius Menezes, Paulo Pontes, Tarciso Max, Alex Carneiro, Gelson Ferreira, Gilles Valadares, Leony Alexandre, Milícia Cristina, Francisco das Chagas, Denys Danillo e Thiago Luiz. Aos funcionários da Coordenação e do Departamento do curso de Ciências Contábeis da UFPB, por todo apoio e atenção prestada. Aos profissionais com quem tive a honra de conviver e extrair conhecimentos tão válidos para chegar onde eu cheguei, e conseguir ir além. Enfim, agradeço a todos que, direta ou indiretamente contribuíram para a realização desta pesquisa e para a concretização deste sonho.
“Você não pode mudar o vento, mas pode ajustar as velas do barco para chegar onde quer”. Confúcio
This research had as objective do a diagnosis organizational based in the matrix SWOT of a family company, considering the growth social and economic that these organizations promote. According the methodological proceedings, was done a bibliographic research, then was applied questionnaires with the company’s costumers and a interview with de manager of the market. Then was analyzed the strengths, weaknesses, threats and opportunities found in the market studied, through of the matrix SWOT and have been suggested actions for resolve or minimize the identified problems. The market have some weaknesses, that are lack of strategic planning, low range of fruit and vegetables, promotions that satisfy customers, installations that need repairs and accounting information for just tax purposes. For the strengths the market have a good service, good variety, good organization, good products organization, home delivery and efficient shopping operation. The opportunities are the great location, demographic growth, and the recognized business. And for the threats exist the competitions, changes in the rates currently paid, risk of family break up, risk of eviction and lack of assertive advertising. Keywords: SWOT analysis. Family Business. Strategic management.
10 1 INTRODUÇÃO A análise SWOT ( Strenght, Weakness, Opportunity e Threat ) ou análise FOFA (Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças) é uma ferramenta que, a partir da análise do ambiente interno e externo da empresa, possibilita o diagnóstico e a análise de cenários que servem como referência para o planejamento estratégico de uma empresa e sua respectiva gestão (KUAZAQUI, 2016). Segundo dados levantados pelo Empresômetro (2018), atualmente o Brasil conta com 20.285.325 de empresas. A região brasileira com maior concentração de empresas é o Sudeste, com um total de 10.272.821. Em segundo lugar está o Nordeste, que contabiliza 3.629.638. Porém para se manterem no mercado essas empresas precisam de inovação e boas estratégias gerenciais, de forma que possa coletar dados e tomar decisões com base nessas informações independente do seu porte. No Brasil, 80% das micro e pequenas empresas entram em falência antes de completarem 01 ano, segundo estatísticas do IBGE (2013, 2014), em torno de 60% das empresas fecham com menos de 5 anos. Nessa estatística estão empresas de variados segmentos, dentre eles, o de setor alimentício, que configura tanto empresas de grande porte, como micro e pequenas empresas, principalmente. O varejo é considerado o tipo de venda que é feita diretamente para o consumidor final, sem intermediários, e as mercadorias são comercializadas em quantidades menores do que no atacado. O varejo é composto de diversos segmentos, como as lojas de calçados, lojas de roupas, acessórios, supermercados, etc. A concorrência entre os varejistas do ramo alimentício está cada vez mais competitiva e os clientes buscam ambientes que satisfaçam suas necessidades de consumo. Possuir um diferencial como bom atendimento, bons preços, espaço agradável, entre outros, é fundamental. Uma boa ferramenta para fazer um planejamento gerencial é a Matriz SWOT. Essa análise consiste em identificar os pontos fortes e fracos de uma empresa, de seu ambiente operacional, de seu público interno, de suas capacidades e competências e as oportunidades e ameaças do ambiente externo e variáveis incontroláveis ambientais (KUAZAQUI, 2016).
12 podendo ser efetuadas ou não. Além de a empresa ter uma constituição familiar, como é caracterizado a maior parte do comércio local. Logo, considerando o texto apresentado, pretende-se responder ao seguinte problema de pesquisa: De que forma a análise SWOT pode contribuir para implantação de um planejamento estratégico em um mercado de alimentos do agreste paraibano? 1.2 OBJETIVOS No decorrer deste projeto serão apresentados um objetivo geral e três objetivos específicos, como observado a seguir. 1.1.1 Objetivo geral Identificar de que forma a análise SWOT pode contribuir para a implantação de um planejamento estratégico em um mercado de alimentos do agreste paraibano. 1.1.2 Objetivos específicos Investigar as características das microempresas no âmbito familiar; Descrever as forças e fraquezas da organização em estudo; Detectar as oportunidades e ameaças do mercado em estudo.
13 1.3 JUSTIFICATIVA O estudo da contabilidade gerencial e das estratégias de negócios sempre me estimularam mais que as demais disciplinas, parte daí então o meu interesse em colocar em prática o que eu aprendi, bem como buscar por novos conhecimentos para desenvolver este estudo de caso no âmbito das pequenas e médias empresas, que movimentam grande parte da economia do estado e do país. Escolhi trabalhar com a ferramenta de análise SWOT ou análise FOFA, que é uma ferramenta utilizada para fazer análise de cenários, sendo usada para gestão e planejamento estratégico, e por não precisar de dados da empresa que são de difícil acesso, muitas vezes dificultando o andamento e realização da pesquisa. Para Hofrichter (2017), a ferramenta de análise SWOT é excelente para que se desenvolva e se entenda uma organização ou situação ou processo decisório de todos os tipos de negócios, em nível coorporativo ou pessoal. Efetuando uma síntese das análises internas e externas, é possível construir informações que estão amparadas em pesquisa científica que irá revelar o diagnóstico da empresa, destacando pontos positivos, quais pontos devem melhorar, as chances de crescimento, aumentando assim as oportunidades, e deixando em alerta caso haja riscos aparentes. Além disso, o ramo alimentício é uma área de muita demanda. Para Saath e Fachinello (2016), as projeções populacionais indicam crescimento acelerado e contínuo nas próximas décadas, o que deve elevar a demanda por alimentos em geral. Além disso, a alimentação é indispensável para a sobrevivência das pessoas, existindo até uma teoria proposta por um psicólogo chamado Abraham Maslow na década de quarenta, chamada de Teoria das Necessidades. Segundo este modelo, para nos sentirmos satisfeitos/realizados procuramos satisfazer várias necessidades. De acordo com Ferreira, Demutti e Gimenez (2010), a teoria de Maslow propõe que os fatores de satisfação do ser humano dividem-se em cinco níveis, que são Necessidades Fisiológicas, Segurança, Amor/Relacionamento, Estima e Realização Pessoal. O consumo de alimentos está entre as necessidades primordiais de um indivíduo, localizada na base da pirâmide. Podemos através da pirâmide de Maslow, então, destacar a importância da alimentação, e consequentemente a relevância dos meios pelos quais satisfazemos
15 2 REVISÃO DE LITERATURA Este item aborda conceitos relacionados à contabilidade gerencial e seus fatores ligados às organizações e aos gestores. Em seguida será apresentada a literatura a respeito da análise SWOT e suas implicações. 2.1 CONTABILIDADE GERENCIAL A contabilidade gerencial tem como objetivo fornecer aos gestores informações para ajudá-los a tomar decisões e manter um controle eficaz sobre os recursos da empresa. Ela é compreendida como o sistema de informação que tem por objetivo suprir a entidade com informações não só de natureza econômica, financeira, patrimonial, física e de produtividade, como também com outras informações de natureza operacional, para que possa auxiliar os administradores nas suas tomadas de decisões (MARION; RIBEIRO, 2018). Segundo Atkinson et al. (2015), contabilidade gerencial é o processo de fornecer a gerentes e funcionários de uma organização informação relevante, financeiras e não financeiras, para tomada de decisões, alocação de recursos, monitoramento, avaliação e recompensa por desempenho. A contabilidade gerencial é apenas um dos vários caminhos dos quais a contabilidade foi classificada, além dela existe a contabilidade pública, auditoria, financeira, entre outras tão importantes para o bom desempenho e sucesso desde as pequenas até as grandes empresas dos mais variados segmentos existentes. Para Padoveze (2010), a contabilidade gerencial possui o objetivo especial de facilitar o planejamento, controle, avaliação de desempenho e tomada de decisão internamente, através de orçamentos, relatórios de desempenho, relatórios de custos e relatórios especiais não rotineiros para facilitar a tomada de decisão. São vários os fatores que favorecem o crescimento das empresas, podendo- se chamar de variáveis, e entre elas estão a localização, capital, estudo de mercado e uso correto das informações para um bom planejamento. A contabilidade fornece informações organizadas e estruturadas às partes interessadas de uma organização, como os gestores, por exemplo, e estes, usando como base as informações fornecidas e através de um bom planejamento estratégico irão tomar decisões que afetarão o futuro da entidade.
16 Para Coelho Junior (2003, p. 83) A gestão estratégica pode ser definida como um sistema de indicadores de desempenho que delineia os caminhos a ser desenvolvidos pela administração quantos às iniciativas e ações estratégicas previamente definidas. Através da contabilidade gerencial pode-se aprender e aplicar técnicas de gerenciamento que podem ser muito úteis no comando dos negócios, porém, esses métodos não são tão desenvolvidos pelos pequenos negócios, sendo bem utilizadas apenas nos grandes empreendimentos. 2.2 MICROS E PEQUENAS EMPRESAS A contabilidade vem crescendo de maneira progressiva com o passar dos anos, e tornando-se cada vez mais eficiente, gerando muitas oportunidades no mercado de trabalho e competitividade entre as empresas brasileiras, de forma que geram muitos desafios para os gestores dessas empresas, constantemente encontrados nas pequenas e médias empresas. De acordo com Machado, Oliveira e Souza (2007): As pequenas empresas surgiram com a atividade produtiva colonial. De fato, é impossível separar a história do Brasil da história da pequena empresa. Evidências, documentos e relatos apontam para o litoral do estado de São Paulo as origens da agricultura e da indústria brasileira, mais precisamente nas cidades de São Vicente e Santos. Suas origens étnicas prováveis viriam dos primeiros colonizadores (portugueses, belgas e holandeses) e dos índios brasileiros convertidos em pequenos fornecedores de alimentos. Os primeiros pequenos empresários brasileiros atuavam na agricultura, transporte, manufatura, serviços e comércio. Os pequenos produtores não ficaram vivendo à margem e dependentes da grande empresa açucareira. Muito menos se dedicavam apenas às atividades secundárias e de suporte à grande empresa colonial. Pode-se identificar consoante o parágrafo anterior que a origem dessas empresas resultou desde a época do Brasil colonial e que as Pequenas e Médias Empresas (PME´s) têm um longo contexto histórico. Devido a importância das PME’s na economia, foi criada uma Lei Complementar (LC) em 14 de dezembro de 2006 que altera as Leis nº 8.212 e 8.213, ambas de 24 de julho de 1991, onde prevê o tratamento simplificado e diferenciado a esse setor em termos tributários. De acordo com o artigo 3º da LC nº 123/06 (BRASIL, 2006), será considerada Microempresa ou empresa de pequeno porte, a sociedade empresária, a sociedade
18 Segundo a Lei Complementar nº 123 (2 006 ), considera-se Microempresa ou ME, a sociedade simples, a sociedade empresária, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário que alcancem uma receita bruta igual ou inferior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) em cada ano calendário. Esse tipo de empresa pode contratar aproximadamente 19 colaboradores para a indústria e até 09 colaboradores para atividades de comércio e serviço. Tabela 1: Classificação MPES segundo a taxa de ocupação Porte Setores Indústria Comércio e Serviços Microempresa até 19 empregados até 9 empregados Pequena empresa de 20 a 99 empregados de 10 a 49 empregados Média empresa de 100 a 499 empregados de 50 a 99 empregados Grande empresa 500 empregados ou mais 100 empregados ou mais Fonte: SEBRAE (2014) De acordo com Drucker (2003), o parâmetro mais comum para nomear a empresa como de pequeno porte é o número de funcionários, visto que à medida que a empresa aumenta o seu quadro de funcionários, ela acaba sofrendo uma modificação de estrutura e comportamento. Entretanto, apesar de ser um parâmetro relevante, o número de funcionários em si não é determinante, uma vez que existem empresas com número reduzido de funcionários e características de uma grande empresa, bem como empresas contendo um número grande de funcionários, mas com características de pequena empresa. 2.3 EMPRESAS FAMILIARES No Brasil, a cultura de empresa familiar é muito disseminada, segundo o jornal da Universidade de São Paulo (2018) essas empresas representam 90% dos empreendimentos no país. Há diversas maneiras de explanar o conceito de empresas familiares. Segundo Bernhoeft (1989, p. 35), “Uma empresa familiar é aquela que tem sua origem e sua história vinculadas a uma família; ou ainda, aquela que mantém membros da família na administração dos negócios”. Já segundo Lodi (1993), a empresa familiar deve possuir valores institucionais que se identificam com um sobrenome de família ou com a figura de um fundador.
19 As empresas familiares surgiram desde as primeiras civilizações. Fritz (1993, p. 22) argumenta que: A agricultura era a forma mais comum de empresa. Contudo, outros indivíduos logo perceberam que os fazendeiros não poderiam fornecer – ou não queriam fazê-lo – alguns produtos a si mesmos, tais como sapatos e roupas, artigos de vidro e cerâmica, ferramentas e armas, além de alguns serviços como medicina e odontologia, educação e religião. Em troca por esses produtos e serviços, o fazendeiro desejava negociar alimentos excedentes. Portanto, as empresas familiares vêm surgindo e se desenvolvendo juntamente com o desenvolvimento da sociedade, fazendo-se presente cada vez mais nos âmbitos dos negócios por todo o Brasil, bem como fora dele. As empresas familiares podem ser estruturadas de diversas formas, sendo elas, Empresa Individual, Microempresa, Empresa Individual de Responsabilidade limitada, Sociedade Empresária, Sociedade Limitada, Sociedade Anônima e Sociedade Simples. Segundo o SEBRAE (2018) uma empresa de responsabilidade limitada, constitui uma sociedade dividida por cotas, podendo ter atuação coletiva de dois ou mais sócios, onde a responsabilidade de cada um é limitada ao capital social, ou seja, os sócios não respondem com seus bens pessoais pelas obrigações da empresa. Esse formato de sociedade permite que a empresa tenha um administrador que não pertence ao quadro de sócios, desde que tenha o consentimento desses. Outro ponto importante destacado pelo SEBRAE (2018) é que esse tipo de empresa pode receber investimentos iguais de seus sócios. Também podem receber investimentos correspondentes à porcentagem que cada um possui da empresa. A finalidade é proteger o patrimônio de cada um em caso de descontinuidade do negócio. É importante entender o funcionamento dessas pequenas empresas familiares, visto que além de gerar grande parte da economia nacional, elas muitas vezes tornam- se grandes corporações, podendo chegar a ser uma Sociedade Anônima Aberta e ter suas ações negociadas em bolsas de valores, criando maior valor na economia. 2.3.1 Sucessão e risco de dissolução Toda empresa, desde o seu surgimento, passa por várias adversidades ao longo do caminho rumo ao sucesso. A carga tributária, falta de planejamento estratégico, altos custos e a crise econômica são apenas alguns desses problemas.