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Este documento discute a eficácia da identificação humana por queiloscopia após preenchimento labial. O texto aborda as hipóteses, objetivos, métodos e limitações desta técnica, além de sua aplicabilidade em odontologia legal. O estudo propõe avaliar as alterações que podem ocorrer na comissura labial, espessura labial e impressões labiais antes e depois do procedimento.
Tipologia: Teses (TCC)
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Não perca as partes importantes!
Projeto de Pesquisa Apresentado para Banca Examinadora do Curso de Odontologia do Centro Universitário de Goiatuba- UNICERRADO como exigência parcial para obtenção do título de Bacharel em Odontologia Orientadora: Profa. Dra. Thais Uenoyama Dezem GOIATUBA, GOIÁS
Goiatuba, de de 2021. LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
As extremidades dos lábios formam os ângulos da boca (comissura labial) e quando eles estão em contato, delimitam a rima da boca. Geralmente, o lábio inferior é maior e mais móvel que o superior (MADEIRA, 2001). O lábio superior é separado pelas bochechas, de ambos os lados, pelo sulco nasolabial que possui profundidade e comprimento variáveis. Assim como, é limitado na parte superior pelo nariz, ao qual se ligam através do filtro, região formada por um sulco raso e largo (MADEIRA, 2001). O lábio inferior apresenta como limite externo, inferiormente, o sulco labiomentoniano que o separa da região do mento. Como também, o sulco labiomarginal que vai do ângulo da boca à base da mandíbula (MADEIRA, 2001). A cavidade da boca, em que se localizam os lábios, é considerada a parte inicial do sistema digestório e se localiza no terço inferior da face. Anteriormente, abre-se por meio do orifício bucal e, posteriormente, encontra- se com a faringe através do istmo das fauces (FIGÚN; GUARINO, 1994). Atualmente na Odontologia, os cuidados com a estética bucal não se restringe apenas aos dentes, mas também na simetria e harmonia dos lábios. Visto que, eles promovem sensualidade, juventude e beleza quando apresentam definição e dimensões harmônicas com o sorriso (BAGGIO; ZIROLDO, 2019). Sendo assim, a aplicação de substâncias como o ácido hialurônico para preenchimento labial vem sendo bastante procurado, pois possibilita a devolução de contorno e volume perdidos. O produto pode ser injetado com agulha ou cânula. (LEITE; CARDOSO, 2021). Quando o procedimento é realizado com microcânulas, ele não possui necessidade de várias punções e se torna menos invasivo, diferente de quando é realizado com agulhas. Em relação a essas duas formas de execução poderão ser utilizadas anestesia local ou não, isso dependerá da sensibilidade do paciente. Porém, é indicado o uso de anestesia durante o procedimento, pois a região dos lábios é muito vascularizada (GUIDONI et al, 2019). A técnica de aplicação tem como base as três áreas anatômicas em que os lábios são divididos, visto que, cada uma delas originará um resultado diferente quando são preenchidas:
1- Contorno labial: o produto é inserido linearmente na derme da borda do vermelhão, utilizando a técnica de retroinjeção. O preenchimento dessa região confere definição aos lábios; 2- Lábio seco ou vermelhão do lábio: o produto é injetado, acima do músculo orbicular dos lábios, no compartimento de gordura superficial. Pode ser feito por retroinjeção linear ou bólus. O preenchimento dessa região proporciona projeção anterior aos lábios; 3- Mucosa labial: o preenchedor é introduzido por meio de bólus, abaixo do músculo orbicular dos lábios, no compartimento de gordura profunda. O preenchimento dessa região possibilita volume aos lábios. (BRAZ; MUKAMAL, 2011). Os lábios também são importantes na identificação, pois eles se encontram cobertos de pequenos sulcos que mostram diferenças individuais e correspondem a uma base genética (SAAVEDRA, 2005). Dessa forma, a Queiloscopia, termo que deriva do grego “Cheilos”, lábios, e “Skopeo”, observar e examinar, é um dos métodos utilizados pela Odontologia Forense para identificação (BARROS, 2017). Esse método consiste no estudo das impressões labiais que são deixadas ou produzidas por uma pessoa em determinado substrato. Uma vez que, assim como as impressões digitais, o lábio possui marcas exclusivas (VALENZUELA et al,
1- Analisar e comparar o material coletado antes e após o preenchimento labial; 2- Avaliar se há alterações nas disposições dos sulcos labiais e comissura labial, assim como a espessura após o preenchimento labial, e se essas mudanças atrapalham na identificação humana através da Queiloscopia. METODOLOGIA PROPOSTA Aspectos éticos Inicialmente, o projeto será encaminhado ao Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário de Goiatuba - Unicerrado, a fim de cumprir todos os requisitos exigidos pela Resolução 196/96) Amostra A amostra, escolhida por conveniência, será composta por 50 sujeitos da pesquisa, voluntários entre 18 e 60 anos de idade, que se submeterão ao procedimento de preenchimento labial. Critérios de exclusão Terão como critério de exclusão os indivíduos com presença de inflamação, trauma, malformação, deformidade, cicatrizes cirúrgicas ou outras lesões ativas nos lábios, assim como se não tiverem, à época da coleta dos dados, o mínimo de 18 anos. Descrição da metodologia Após obtenção do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, será analisado o padrão da comissura labial, a mensuração da grossura labial e por fim, a coleta da impressão labial antes e após o procedimento de acordo com as descrições abaixo:
Coleta das impressões labiais As impressões labiais serão obtidas por meio da utilização dos seguintes materiais: batom de cor escura, papel sulfite, fita adesiva larga, pincel para a aplicação do batom e uma lente de aumento. O batom será aplicado e os indivíduos serão orientados a esfregar delicadamente seus lábios de forma que o batom aplicado se distribua de maneira uniforme. A ponta do batom utilizada para cada participante será descartada. No momento da coleta, os indivíduos serão instruídos a manter os lábios relaxados, fechados e imóveis enquanto a impressão labial é transferida para a fita adesiva. Será utilizado um único pedaço de fita para ambos os lábios, a porção com cola da fita será aplicada sobre o lábio superior e inferior ao mesmo tempo e uma mínima pressão será mantida. Em seguida, a fita será cuidadosamente removida de um lado a outro, evitando assim, manchas de impressão. Essa impressão será transferida para uma folha de papel sulfite, onde a mesma será posteriormente analisada, com a ajuda de uma lente de aumento. Figura 1 – Coleta da impressão labial. Classificação das impressões labiais As impressões labiais serão classificadas de acordo com a proposição de Suzuki e Tsuchihashi (1971). As impressões labiais serão divididas inicialmente em oito partes – ilustrados na Figura 1
Será realizada uma classificação da espessura labial, seguindo o proposto por Santos (1967). Para realizar essa mensuração labial, o examinador se posicionará frontalmente ao sujeito da pesquisa (a uma distância de 30 cm) e posicionará o examinado de forma que seu Plano de Frankfurt fique paralelo ao solo. Utilizado um paquímetro digital, o examinador deslocará o cursor móvel até que a maior espessura do lábio inferior e superior seja obtida individualmente. Será utilizada barreira plástica para proteger a ponta do paquímetro a cada participante e a utilização de álcool 70% por 20 minutos a cada troca do papel filme. O valor da mensuração será classificado de acordo com a sua espessura em: Lábios delgados (apresentam menos de 8 mm de espessura) característica da raça branca européia ou caucasóide; Lábios médios (apresentam espessura que vai de 08 a 10 mm) caracterizados por ter a mucosa mais arredondada; Lábios grossos (espessura maior que 10 mm) característica das raças negras; Lábios mistos (denotam duas das diferentes classificações já citadas). Classificação do Tipo de Comissura Labial A classificação das comissuras labiais será realizada, de acordo com o proposto por Molano et al.(2002), avaliando o indivíduo frontalmente, com os lábios em repouso e com seu Plano de Frankfurt paralelo ao solo, será observado a sua localização em relação a uma linha perpendicular traçada a partir da linha media labial que tangencia o tubérculo labial. As mesmas serão classificadas em tipo Horizontal (as comissuras estão dispostas na mesma linha perpendicular traçada em relação à linha média labial); Elevada (as comissuras estão dispostas acima da linha perpendicular traçada em relação à linha média labial); Abaixada (as comissuras estão dispostas abaixo da linha média labial) – Figura 4. Figura 4 - Diversas formas de comissuras labiais. Ilustração de acordo com Moya et al. (1994). Análise da variabilidade A variabilidade será
observada a partir das diferentes combinações (fórmula da classificação das impressões labiais, espessura do lábio e padrão da comissura labial) dos 50 indivíduos. Classificabilidade do método queiloscópico Para a eficiência da classificação do método é importante que diversos pesquisadores obtenham a mesma fórmula queiloscópica após a analisar um único indivíduo. E nesse caso, deve-se observadar o grau de interferência da subjetividade na classificação. Para isso, será realizada a análise intraobservador a partir de uma segunda análise de 30 sujeitos de pesquisa, ou seja, 30% da amostra, que serão sorteadas aleatoriamente na amostra para serem reavaliadas após um intervalo de quatro semanas. Os sujeitos de pesquisa serão novamente analisados quanto à grossura labial e quanto ao tipo de comissura labial. Para que uma nova coleta de impressão labial não introduza um viés na pesquisa, para a análise da impressão labial serão utilizadas as amostras obrtidas no primeiro momento da coleta. Para a análise interobservador, os mesmos 10 sujeitos de pesquisa serão avaliados por três examinadores diferentes quanto à grossura labial, ao tipo de comissura labial e à classificação da impressão labial. Nesta última, assim como na análise intraobservador, as impressões utilizadas para a análise serão as obtidas inicialmente na primeira coleta, de forma que os examinadores classifiquem a mesma impressão labial. A análise interobservador será realizada igualmente após um intervalo de quatro semanas. Análises Primeira Análise Análise Intraexaminador Análise Interexaminador Amostra 50 10 10 Examinadores 1 1 3 Momento Inicial Após 4 semanas Após 4 semanas Riscos
Atividades Período (mês) 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 Levantamento bibliográfico X X X X X X X X Fundamentação teórica X X X X X X X X Recrutamento dos voluntários
Aplicação da metodologia X X X X Análise estatística X X X Discussão dos resultados X X X Conclusão do artigo e correções
Apresentação e entrega do artigo
Descrição Valores em reais Xerox 80, Batom 80, Fita adesiva 30, Folha para impressão - A4 30, Lupa 50, Paquimetro digital 80, Algodão Demaquilante Eventuais (condução, canetas e outros) 50, TOTAL R$ 400,
7. Referências Bibliográficas 1. Caldas IM, Magalhães T, Afonso A. Establishing identity using cheiloscopy and palatoscopy. Forensic Schi Int 2007;165:1-9.
queiloscópicanuevas-tecnicas-de-analisis-796.html. [Acessado em 2 de novembro de 2012].