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Análise Epidemiológica da Dengue em Curitiba: Relação com Fatores Climáticos (2014-2016), Provas de Biologia

Este trabalho científico analisa a notificação de casos de dengue na cidade de curitiba entre 2014 e 2016, correlacionando-a com fatores climáticos. O estudo utiliza dados do datasus e inmet para investigar a influência do clima na incidência da doença, com foco na comparação entre os períodos de dezembro a fevereiro e junho a agosto. Os resultados demonstram uma maior incidência de dengue nos meses de verão, evidenciando a importância de ações de prevenção e controle do mosquito aedes aegypti.

Tipologia: Provas

2020

Compartilhado em 30/08/2024

maiana-de-melo
maiana-de-melo 🇧🇷

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INSTITUTO PRESBITERIANO MACKENZIE
FACULDADE EVANGÉLICA MACKENZIE DO PARANÁ
GIOVANE AUGUSTO DOS SANTOS SILVA
DENGUE: UMA ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA
RELACIONANDO NOTIFICAÇÃO E FATORES CLIMÁTICOS
NA CIDADE DE CURITIBA - PR
CURITIBA-PR
2019
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INSTITUTO PRESBITERIANO MACKENZIE

FACULDADE EVANGÉLICA MACKENZIE DO PARANÁ

GIOVANE AUGUSTO DOS SANTOS SILVA

DENGUE: UMA ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA

RELACIONANDO NOTIFICAÇÃO E FATORES CLIMÁTICOS

NA CIDADE DE CURITIBA - PR

CURITIBA-PR

INSTITUTO PRESBITERIANO MACKENZIE

GIOVANE AUGUSTO DOS SANTOS SILVA

DENGUE: UMA ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA

RELACIONANDO NOTIFICAÇÃO E FATORES CLIMÁTICOS

NA CIDADE DE CURITIBA - PR

Trabalho Científico de Curso apresentado ao curso de Medicina de Faculdade Evangélica do Paraná Orientador: Cássio Zini Curitiba, 23 de maio de 2019 CURITIBA 2019

SUMÁRIO

    1. RESUMO
    1. ABSTRACT
    1. INTRODUÇÃO
    1. OBJETIVOS
    • 4.1 Geral
    • 4.2 Específico
    1. METODOLOGIA....................................................................................
    1. RESULTADOS
    • 6.1 DESCRIÇÃO DA AMOSTRA
    • 6.2 COMPARAÇÃO ESTATÍSTICA
    1. DISCUSSÃO
    1. CONCLUSÃO........................................................................................
    1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. RESUMO

Introdução: a dengue é a arbovirose causada pelo vírus DEN e possui quatro subtipos (DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4). É transmitido pelo mosquito vetor Aedes aegypti. O diagnóstico é feito de maneira clínica ao reconhecer precocemente os sintomas da doença, podendo ser realizado o diagnóstico de forma laboratorial. Objetivos: avaliar a notificação da dengue na cidade de Curitiba – PR, correlacionando com fatores climáticos no período de 2014, 2015 e 2016. Metodologia: coleta de dados realizada através do DATASUS e INMET com posterior análise de gráficos. Resultados: No período de janeiro de 2014 a fevereiro de 2015 foram notificados 37 casos de dengue, enquanto no período de junho a agosto de 2015 foram notificados 33 casos. No período de dezembro de 2015 a fevereiro de 2016 foram notificados 607 casos de dengue, enquanto no período de junho a agosto de 2016 foram notificados 11 casos. Conclusão: O número de notificações de dengue foi maior no período de dezembro, janeiro e fevereiro quando comparado ao período de junho, julho e agosto. Foi sendo visto um aumento significativo na notificação no período de dezembro de 2015 a fevereiro de 2016 quando comparado ao mesmo período de 2014 a 2015.

3. INTRODUÇÃO

A dengue é uma arbovirose que se prolifera, principalmente, em áreas pobres de países tropicais ou subtropicais. O vírus causador da doença é transmitido por um mosquito vetor – o mosquito fêmea do Aedes aegypti. O vetor apresentar hábitos preferencialmente diurnos e se alimenta de sangue humano, sendo que apenas a fêmea do mosquito é responsável pela transmissão do vírus para o homem pois para que haja a maturação dos ovos ela necessita realizar hematofagia, enquanto o mosquito macho não passa por essa fase. O vetor adquire o vírus ao se alimentar do sangue de um indivíduo infectado ou através de um reservatório natural – descrito na Ásia e África um ciclo envolvendo macacos (OMS, 2019). O ciclo da vida do A. aegypti varia de acordo com a temperatura, disponibilidade de alimentos e quantidade de larvas existentes e quantidades de larvas. Quando em condições ambientais favoráveis a larva pode se desenvolver em um mosquito adulto em um período de até 10 dias. É devido a isto que a prevenção através de políticas públicas necessita a ajuda da população como um todo para eliminar, semanalmente, focos em que possa haver criadouro do A. aegypti (Instituto Oswaldo Cruz, 2019). Os criadouros do mosquito vetor apresentam, preferencialmente, água limpa e parada. Os ovos são depositados nas paredes do criadouro, e cada fêmea pode dar origem a 1.500 mosquitos durante sua vida. Caso a fêmea esteja infectada pelo vírus da dengue, há a possibilidade de transmissão vertical para as larvas filhas (Instituto Oswaldo Cruz, 2019). O vírus da dengue (DEN) apresenta 4 diferentes sorotipos (DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4). Os sorotipos DEN-2 e DEN-3 estão mais frequentemente relacionados com a dengue hemorrágica, cujo quadro clínico foi primeiramente identificado em 1950 nas Filipinas e Tailândia, tornando-se uma das principais causas de hospitalização e morte dentre crianças e adultos na Ásia e na América Latina (OMS, 2019). Uma vez infectado por um sorotipo do vírus, se adquire imunidade permanente para este sorotipo, mas não para os demais. Evidências indicam que infecções em sequência pelos diversos sorotipos do vírus tornam mais provável o desenvolvimento de dengue hemorrágica (Barreto & Teixeira, 2008).

É considerada a arbovirose mais prevalente no mundo, com cerca de 40% da população mundial em risco e com projeções para que em 2085 cerca de 5 a 6 bilhões de pessoas – 50 a 60% da população global – possam ser infectadas (VIANA; IGNOTTI, 2013). Em humanos, após a transmissão pelo mosquito, o vírus circula pelo sangue durante um período de 2 a 7 dias, período em que se inicia a febre – primeiro sintoma da doença. Visto que apresenta sintomatologia semelhante à da gripe e de outras viroses como mialgia, febre e coriza, a dengue possui um diagnóstico difícil e muitas vezes realizado tardiamente. Para se realizar o diagnóstico precoce é necessário reconhecer seus sintomas – mialgia, febre, cefaleia intensa, dor retro orbicular e artralgia – e associar a sua duração, que compreende de 2 a 7 dias ("Sintomas e Tratamento - Combate à Dengue", 2019). Quando manifestada em sua forma grave – dengue hemorrágica – pode ser letal. Nesta forma da doença observa-se que a febre diminui ou cessa dentro de 3 ou 4 dias, com o consequente aparecimento de sangramentos de pequenos vasos na pelo e órgãos internos – sangramentos gengivais e dores abdominais são sinais de alerta para esta forma da doença (OMS, 2019). Não existe um tratamento próprio para a dengue, sendo que repouso e hidratação ajudam na melhora clínica do paciente. A prescrição de sintomáticos também pode ser realizada, havendo cuidado para não prescrever fármacos que aumentem o risco de hemorragia (ibuprofeno e aspirina). Atualmente, o método mais utilizado para o controle e prevenção da dengue é o combate ao mosquito vetor, por meio de políticas públicas que incentivam a população a evitar a formação de criadouros onde a fêmea do Aedes aegypti possa depositar seus ovos (OMS, 2019). No Brasil, a introdução da dengue confirmada de forma laboratorial datada de 1981 na cidade de Boa Vista, Roraima – Amazônia brasileira. Hoje, a dengue atinge todas as 27 unidades federativas do Brasil, afetando mais de 3.587 municípios e é uma importante causa de morbimortalidade nas últimas décadas (VIANA, IGNOTTI; 2013). O diagnóstico laboratorial da dengue é complexo, sendo necessário o uso de metodologias capazes de diferencias as fases clínicas da doença. Para o diagnóstico da dengue na infecção primária (viremia) são utilizados: isolamento do vírus, PCR, RT-PCR e pesquisa de componentes antigênicos do vírus. Para a

4. OBJETIVOS

4.1 Geral Analisar o número de casos notificados de dengue na cidade de Curitiba nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro e junho, julho e agosto, correlacionando com a temperatura média desses meses, a média da umidade relativa do ar mensal e quantidade de chuva precipitada em cada mês, utilizando dados referentes aos anos de 2014, 2015 e 2016. 4.2 Específico a. Comparar a notificação da dengue em Curitiba entre os meses de dezembro, janeiro e fevereiro com os meses de junho, julho e agosto, avaliando a temperatura mensal média, a média da umidade relativa do ar mensal e quantidade de chuva precipitada em cada período. b. Comparar a notificação da dengue em Curitiba dos meses de junho, julho e agosto entre 2015-2016, avaliando a temperatura mensal média, a média da umidade relativa do ar mensal e quantidade de chuva precipitada em cada período. c. Comparar a notificação da dengue em Curitiba dos meses de dezembro, janeiro e fevereiro entre 2014-2015 e 2015-2016, avaliando a temperatura mensal média, a média da umidade relativa do ar mensal e quantidade de chuva precipitada em cada período.

5. METODOLOGIA

Será realizada a análise e coleta dos dados referentes aos casos notificados de dengue, no período estudado, através dos sites do DATASUS, enquanto que a análise e coleta dos dados referentes à temperatura média, à média da umidade relativa do ar e à quantidade de chuva precipitada no período estudado serão realizadas pelo site do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). A análise dos dados referente aos casos de dengue foi realizada no site do DATASUS, no período de janeiro/2019 a março/2019, sendo que foram utilizados os descritores: ano de notificação, mês de notificação, município de notificação e município de residência. A análise dos dados referentes aos casos de dengue foi realizada no site do DATASUS, no período de janeiro/2019 a março de 2019, sendo que foram os utilizados dados coletados em gráficos gerados pelo próprio sistema do site, utilizando como descritores: temperatura mensal, quantidade de chuva precipitada mensal e umidade do ar relativa mensal. Após a coleta dos dados foi utilizado o teste qui-quadrado para o pareamento dos dados. A análise estatística foi realizada entre abril/2019 e maio/2019 utilizando o programa Excel 2013.

Gráfico 1 – Umidade relativa do ar no período estudado Fonte: O autor Gráfico 2 – Quantidade de chuva precipitada no período estudado Fonte: O autor 6.2 COMPARAÇÃO ESTATÍSTICA Quando comparamos os dados estudados entre os períodos de dezembro de 2014 a fevereiro de 2015 e de junho a agosto de 2015, podemos ver que não há diferença significativa entre o número de casos de dengue no período (p > 0,63). 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 DEZ JAN FEV JUN JUL AGO

Umidade relativa do ar (%)

2014 2015 2016 0 50 100 150 200 250 300 350 DEZ JAN FEV JUN JUL AGO

Chuva Precipitada (em mm)

2014 2015 2016

Ao comparar os períodos de dezembro de 2015 a fevereiro de 2016 e junho de 2016 a agosto de 2017, vemos uma diferença significativa entre o número de casos de dengue nesses períodos (p < 0,01). Quando realizamos a comparação entre os períodos de menor notificação entre si, também vemos diferença significativa (p < 0,01) em relação aos casos de dengue notificados nos períodos. Realizando a comparação entre os períodos de maior notificação, é possível ver diferença significativa nos casos de dengue notificados (p < 0,01).

8. CONCLUSÃO

No presente estudo foi visto nos períodos estudados que os meses de dezembro, janeiro e fevereiro apresentaram mais casos de dengue notificados, também apresentando uma maior temperatura média do período estudado, quando comparados com os meses de junho, julho e agosto. Nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro de 2015/2016 a notificação foi surpreendentemente maior do que no mesmo período de 2014/2015, não havendo uma explicação pelos fatores climáticos para tal. Nos meses de junho, julho e agosto de 2015 observou-se uma maior notificação dos casos de dengue, associado a uma maior temperatura média desse período quando comparado com o mesmo período de 2016. Embora a quantidade média de chuva precipitada no período de 2016 tenha sido maior que a de 2015, não foi um fator isolado para contribuir ao aumento da notificação dos casos de dengue de forma superior à temperatura média do período.

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARRETO, M.; TEIXEIRA, M. Dengue no Brasil: situação epidemiológica e contribuições para uma agenda de pesquisa. Estudos Avançados, v. 22, n. 64, p. 53- 72, 2008. Dengue. Disponível em: http://www.ioc.fiocruz.br/dengue/textos/oportunista.html. Acesso em: 8 maio. 2019 Dengue Control. .Disponível em: http://www.who.int/denguecontrol/disease/en/ Acesso em: 20 junho. 2018. FAVIER, C. et al. Effects of climate and different management strategies on Aedes aegypti breeding sites: a longitudinal survey in Brasilia (DF, Brazil). Tropical Medicine and International Health, v. 11, n. 7, p. 1104-1118, 2006. FERREIRA, A.; MORAES, S. Diagnóstico laboratorial das principais doenças infecciosas e autoimunes (3a. ed.). Traducao. 3. ed. [s.l.] Grupo Gen - Guanabara Koogan, 2000. MELO, A. L. A.; PAULINO, R. C.; CASTRO, E. A.; SOCCOL, V. T.; SOCCOL, C. R. Distribuição espacial da Dengue no estado do Paraná, Brasil, em 2009-2012. Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção, v. 4, n. 4, p. 1–12, 2014. Portal da Prefeitura de Curitiba. .Disponível em: http://www.curitiba.pr.gov.br/conteudo/perfil-da-cidade-de-curitiba/174.. Sintomas e Tratamento - Combate � Dengue. Disponível em: http://www.dengue.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=5. Acesso em: 13 maio. 2019 VIANA, D. V.; IGNOTTI, E. A ocorrência da dengue e variações meteorológicas no Brasil: revisão sistemática. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 16, n. 2, p. 240–256, 2013. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415- 790X2013000200240&lng=pt&tlng=pt>.. .