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Análise do Sedimento Urinário: Identificação e Interpretação de Cilindros e Cristais, Esquemas de Medicina

Este documento fornece uma análise detalhada do sedimento urinário, com foco na identificação e interpretação de cilindros e cristais. Ele abrange tópicos como a formação e características dos diferentes tipos de cilindros (hialinos, hemáticos, leucocitários, de células epiteliais, granulosos e céreos), bem como a identificação e significado clínico dos diversos tipos de cristais encontrados na urina. O documento também discute a importância da análise do sedimento urinário no diagnóstico de doenças renais e do trato urinário, além de abordar possíveis artefatos e contaminantes que podem ser encontrados na amostra. Com uma descrição abrangente e ilustrações detalhadas, este documento é uma ferramenta valiosa para estudantes e profissionais da área da saúde que buscam aprofundar seus conhecimentos sobre a análise do sedimento urinário e sua relevância clínica.

Tipologia: Esquemas

2022

Compartilhado em 04/08/2024

mariana-barreto-serra
mariana-barreto-serra 🇧🇷

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Exame Microscópico da
Urina
Professora Melissa Kayser
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Baixe Análise do Sedimento Urinário: Identificação e Interpretação de Cilindros e Cristais e outras Esquemas em PDF para Medicina, somente na Docsity!

Exame Microscópico da

Urina

Professora Melissa Kayser

Exame do sedimento  Contagem entre lâmina e lamínula  Centrifugar o tubo contendo a urina a 1. 500 - 2. 000 rpm, durante 5 minutos.  Passar o sobrenadante para outro tubo e diluir o sedimento até 0 , 5 ml com o próprio sobrenadante ou com solução fisiológica.  Homogeneizar o sedimento.  Colocar 20 l do sedimento entre lâmina e lamínula ( 20 x 20 ).  Observar ao microscópio inicialmente em pequeno aumento ( 100 x) para observar a distribuição dos elementos e visualizar cilindros.  Realizar a contagem em 400 x.  Contar no mínimo 10 campos microscópicos.

Cilindros  Os cilindros são os únicos elementos exclusivamente renais encontrados no sedimento urinário.  Formam-se principalmente no interior da luz do túbulo contorcido distal e do ducto coletor, possibilitando a visão microscópica das condições existentes no interior dos néfrons.  Suas formas representam a luz do túbulo: geralmente têm lados paralelos e extremidades arredondadas, mas podem ser enrugados ou contorcidos, dependendo da sua idade.

Cilindros  A largura do cilindro depende do tamanho do túbulo em que foi formado.  Os largos podem ser devidos à distensão tubular ou, no caso de extrema estase urinária, à formação no interior dos ductos coletores.  A aparência dos cilindros também é influenciada pelos materiais presentes no filtrado no momento de sua formação e pelo período de tempo em que eles permaneceram no túbulo.

Cilindros hialinos  Os cilindros mais freqüentes são de tipo hialino, constituídos quase inteiramente por proteína de Tamm- Horsfall.  A presença de 0 a 2 desses cilindros por campo de pequeno aumento é considerada normal, assim como o achado de quantidade elevada após exercício físico intenso, desidratação, exposição ao calor e estresse emocional.  Assumem significado clínico quando seu número é elevado: glomerulonefrite, pielonefrite, doença renal crônica e insuficiência cardíaca congestiva.

Cilindros hialinos  Os cilindros hialinos são incolores nos sedimentos não-corados e têm um índice de refringência semelhante ao da urina; portanto, podem facilmente passar despercebidos se as amostras não forem examinadas com pouca luminosidade.  A morfologia dos cilindros hialinos é variável: formas normais, enrugadas e contorcidas; o enrugamento e a contorção parecem ser devidos ao envelhecimento do cilindro.

Cilindros hemáticos  Enquanto o achado de hemácias na urina indica sangramento de alguma área do sistema urogenital, a existência de cilindros hemáticos é muito mais específica, indicando que o sangramento provém do interior do néfron.  Sua presença relaciona-se principalmente com a glomerulonefrite, mas qualquer quadro clínico capaz de lesar os glomérulos, os túbulos ou os capilares renais pode produzir cilindros hemáticos.

Cilindros hemáticos  Podem conter células claramente identificáveis ou fortemente agrupadas, ligadas à matriz protéica. Cilindro hemático: observe a presença de hemácias hipocrômicas e dismórficas (400 x).

Cilindros leucocitários  Os cilindros leucocitários são refringentes, têm grânulos e, a menos que sua desintegração tenha começado, serão visíveis os núcleos multilobulados. Cilindro leucocitário corado (400 x).

Cilindros de células epiteliais  As fibrilas da proteína de Tamm-Horsfall prendem-se às células tubulares; se assim não fosse, passariam para a urina antes da formação do cilindro.  O desligamento pode ocorrer em vários estágios do processo de formação.  Considerando sua íntima aderência às células tubulares, é previsível a ligação de células epiteliais aos cilindros hialinos.

Cilindros granulares  É preciso que haja estase urinária e que os cilindros celulares permaneçam nos túbulos para que a sua desintegração produza grânulos. Cilindro granuloso fino e cristais de ácido úrico (ampliação de 400x)

Cilindros céreos  Representam a destruição final dos grânulos que aderem à matriz do cilindro.  A presença de cilindros céreos indica extrema estase urinária. Cilindro céreo corado: observe as extremidades irregularmente quebradas (ampliação de 100 x)

Cilindros largos  Todos os tipos de cilindros podem ser largos (alteração nos túbulos renais), e a presença de muitos cilindros céreos largos sugere prognóstico desfavorável. Grande cilindro granuloso em vias de tomar-se céreo (ampliação de 400 x).

Bactérias  Normalmente a urina não tem bactérias.  No entanto, se as amostras não forem colhidas em condições estéreis, pode ocorrer contaminação bacteriana sem significado clínico.  As amostras que ficam à temperatura ambiente por muito tempo também podem conter quantidades detectáveis de bactérias, que representam apenas a multiplicação dos organismos contaminantes.