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Neste documento, será estudada a importância da teoria da firma na ótica neoclássica, através de cinco temas principais: identidade da teoria da firma, teoria da produção, teoria do custo, teoria do rendimento e teoria da firma. A análise será feita por meio de três níveis teóricos específicos: teoria da produção, teoria dos custos e análise dos rendimentos da firma. O foco será no curto prazo.
Tipologia: Esquemas
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Neste encontro, vamos estudar a importância da Teoria da Firma pela ótica do paradigma econômico neoclássico, no processo da AVEF, por meio de cinco temas principais: identidade da teoria da firma; teoria da produção: viabilidade produtiva; teoria do custo: eficiência do gasto; teoria do rendimento: a viabilidade da receita; teoria da firma: a maximização do resultado. Com base nesses temas, você será capaz de compreender a relevância da economia para a AVEF e terá um arcabouço teórico importante para entender o conceito contábil do custo/volume/lucro, que será abordado na aula 4. Boa aula!
A análise de viabilidade econômico-financeira busca, entre outras questões, a compreensão sobre o fluxo de recursos de financiamento e investimento das entidades que lhe são objeto de estudo. E como esses fluxos são oriundos de decisões de atores econômicos rotulados de gestores, a área do conhecimento humano denominada de Economia pode ser uma aliada interessante no processo de análise. Por quê? Porque esses gestores são agentes racionais que buscam maximizar seus interesses próprios e/ou daqueles de quem são representantes. Nesse sentido, as teorias econômicas podem servir ao analista de viabilidade como fonte de argumentos normativos e positivistas importantes aos objetivos de seu estudo, uma vez que a Economia é o campo do saber que se ocupa em observar e entender elementos das questões micro e macroeconômicas presentes no dia a dia de uma entidade. Por sinal, elas guiam os gestores nas decisões quanto à forma de uso do conjunto de recursos escassos e a eles confiando o capital. Por fim, resta apresentar que, entre as inúmeras possibilidades que a Economia nos oferta, vamos nos ater, nesta aula, em estudar aquela que atende à pauta, que, por certo, é mais comum nas reuniões de uma empresa: como maximizar o lucro com os recursos que agora estão disponíveis? Assim, vamos estudar aqui a Teoria da Firma pela ótica neoclássica.
O que fomenta a ação destes agentes, segundo o paradigma neoclássico, é a busca do próprio bem-estar. Um axioma este que a escola neoclássica herdou dos primeiros economistas da era moderna, os clássicos. Segundo seu líder, Adam Smith, a racionalidade empresarial precisava ser interpretada pela seguinte lógica:
Não é da benevolência do açougueiro, do cervejeiro ou do padeiro que esperamos nosso jantar, mas da consideração que eles têm pelo seu próprio interesse. Dirigimo-nos não à sua humanidade, mas à sua autoestima, e nunca lhes falamos das nossas próprias necessidades, mas das vantagens que advirão para eles. (ADAM SMITH apud COFECON, 2011).
Segundo essa linha de pensamento, para uma empresa obter o capital que precisa de um investidor, é necessário, acima de tudo, mostrar para este as vantagens que a operação lhe dará. Agora, não pense que demonstrar um resultado econômico favorável pretérito é suficiente para satisfazer os ânimos dos donos do capital. Para esses agentes econômicos, o futuro de um investimento é o elemento mister de preocupação. A ideia é mais ou menos esta: Uma empresa é um sistema aberto e dinâmico; assim, somente será um empreendimento viável se for capaz de responder, na forma e velocidade certas, o que o mercado exige. Segundo Souza e Clemente (2011), cabe aos gestores tomarem as decisões certas para maximizar a criação de valor para a empresa, por meio de estratégias que demonstrem, para esses investidores, que os recursos estão sendo organizados para essa realidade competitiva do mercado. Caso contrário, a empresa, por certo, perderá os capitais já investidos e não conseguirá novas fontes de recursos. É nesse ponto que entra a “Teoria das firmas”! A escola neoclássica parte da premissa de que os agentes são seres racionais substantivos. Isso significa dizer que, para esta escola econômica, os gestores, os investidores, os clientes e demais membros do mercado não apresentam qualquer limitação para compreenderem o que está ocorrendo e, dessa forma, sempre tomam a melhor decisão possível. Além disso, toda informação útil, para o pressuposto dessa escola, se encontra disponível para todos os agentes. Nessa análise, o foco é verificar como a firma está preparada segundo esses dados disponibilizados. E, para tanto, esse ambiente de racionalidade ilimitada é analisado por meio de três níveis teóricos específicos:
“[...] a teoria da produção, a teoria dos custos, a análise dos rendimentos da firma” (Pinho e Vasconcellos, 2003, p.160). A “Teoria da produção”, entre outras contribuições, é a base para a análise dos custos por meio do estudo da eficiência de produção. Já a “Teoria dos custos” é a análise mais profunda da relação da produção e dos gastos monetários que são necessários para que essa produção ocorra. Por fim, a “Análise de rendimento” é o segmento que se preocupa em estudar o rendimento gerado para cada volume de produção realizado por uma firma, dada a resposta do mercado para o preço ofertado. Ou seja, a “Teoria das firmas” neoclássica é a parte da teoria econômica que estuda o comportamento da firma por meio da produção, que, por sua vez, é definida com base nos custos e rendimentos que necessita e gera, com vistas à obtenção e à maximização do lucro – nesse estudo, nosso foco será o curto prazo. Cada uma das teorias fornece um tipo de contribuição para o entendimento do potencial de eficiência de uma empresa. A teoria da produção informa, entre outros itens, a quantidade de produção na qual a empresa terá a máxima eficiência no uso dos recursos variáveis, a máxima eficiência no uso dos recursos fixos e, também, quando ela será inviável como entidade produtiva racional. A teoria do custo permite entendermos qual é o comportamento do custo se não produzirmos nada, se produzirmos pouco ou muito e, também, localizar onde o custo é mínimo por unidade produzida e onde o custo é inviável pela percepção racional do uso do capital. A teoria do rendimento nos informa, por meio de uma curva de receita, como a unificação do mercado e da firma, isto é, como o preço praticado pela empresa influencia a intensão de compra dos clientes. Por fim, a unificação dessas três teorias nos permite analisar as áreas em que a empresa terá prejuízo, equilíbrio (nem lucro, nem prejuízo) e lucro (crescente, máximo, decrescente), à medida que altera seu nível de operação. Convenhamos que, no mínimo, isso é bem interessante para uma AVEF. Ah! Antes de encerrarmos esta visão geral sobre a teoria da firma neoclássica, precisamos avisar que sua lógica está sustentada na premissa de que os agentes realizam suas escolhas com base na utilidade marginal. Você tem razão, parece algo complicado... então, vamos tentar entender por meio de um exemplo simples: Imagine que uma pessoa está perdida no deserto e tem muita sede. Em
As definições quanto à forma de como os fatores de produção são combinados depende da tecnologia utilizada pela empresa. A “tecnologia”, na Ciência Econômica, é muito mais do que apenas máquinas ou bens de informática, significa um método para o uso de insumos produtivos. Dentro deste conceito, a tecnologia, nas funções de produção, tem um forte peso, pois a “[...] medida que a tecnologia se torna mais avançada e a função de produção se modifica, uma empresa pode passar a obter maior volume de produção por determinado conjunto de insumos” (PINDYCK; RUBINFELD, 2006, p. 161). A quantidade de um bem é dada pela combinação de certas quantidades de insumos, conforme a tecnologia utilizada. A forma mais comum em livros- textos brasileiros é a simplificada da função de Henderson e Quandt, na qual os “n” números de fatores produtivos são agrupados em apenas duas variáveis mais simples: fatores variáveis e fatores fixos. Os fatores variáveis abrangem os de produção “[...] cujas quantidades utilizadas variam com a realização do processo produtivo” (PINHO; VASCONCELLOS, 2003, p. 163) – por exemplo, matéria-prima. Já os fatores fixos representam os fatores de produção “[...] cujas quantidades utilizadas não variam com a realização do processo produtivo” (PINHO; VASCONCELLOS, 2003, p. 163), por exemplo: máquinas e imóvel dentro do limite da capacidade instalada.
Q = f (x 1 ; x^02 ) Onde: Q : quantidade produzida de um bem x 1 : quantidade de fator produtivo variável x^02 : quantidade de fator produtivo fixo
Com a definição do que vem a ser fator variável e fixo, é possível definir os conceitos de curto e longo prazos dentro da análise econômica. Para o curto prazo, tem-se como exemplo o tempo que leva para substituir uma máquina. Já para o longo prazo, um bom exemplo é o tempo demandado para alterar toda uma linha de produção. Ou seja, para a economia, o curto prazo é um horizonte temporal dentro do qual pelo menos um dos fatores produtivos não pode ser alterado, já o longo prazo é um intervalo do tempo que todos os fatores podem
ser alterados (Obs.: É por isso que estamos trabalhando aqui como foco de curto prazo, ele é o que mais será encontrado no seu dia a dia). Quanto à forma de mensuração, a produção pode ser medida em diferentes unidades de referência, sendo três principais: produção total: Q = f (x 1 ; x^02 ) , produção média: PMe = Q / X 1 , produção marginal: PMg = ΔQ / ΔX 1.
Sendo: Q: quantidade produzida X 1 : fator variável X^02 : fator fixo PMe: produto médio PMg: produto marginal ΔQ: variação da quantidade produzida ΔX 1 : variação da quantidade de fator variável
A primeira medida é a própria função de produção da entidade, ou seja, produção total é dada pela própria função de produção [forma simplificada]. A produção média é a produtividade média aritmética em relação ao fator variável [o quociente entre produção total e a quantidade utilizada do fator variável]. Por fim, a produção marginal, também chamada de produto marginal, é a “[...] relação entre as variações do produto total e as variações da quantidade utilizada do fator variável” (PINHO; VASCONCELLOS, 2003, p. 164), ou seja, a variação da quantidade de produção decorrente da variação de uma unidade do fator variável. Por mais importantes que estes valores possam parecer, nenhum deles é útil quando utilizado isoladamente. Analisados juntos, porém, dizem muito sobre a produção de uma empresa. O que pode ser comprovado com o gráfico a seguir (Gráfico 1), em que, com base na explicação feita por Pindyck e Rubinfeld (2006, p. 158-178), tem-se que:
teremos as regiões do crescimento positivo e negativo presentes no primeiro gráfico); (ii) a eficiência do fator variável atinge seu nível máximo quando o valor PMg se iguala ao do PMe. Ou seja, este é o último momento que o acréscimo de uma nova unidade do fator variável gera um PMe maior que o do momento anterior. Dessa forma, os acréscimos de novas unidades de fator variável ainda produzem um aumento no produto total (q), porém sendo cada vez menor a intensidade do ganho; (iii) A produção de uma empresa atinge seu limite máximo de crescimento, considerando o fator de produção fixo existente, quando o PMg atinge o valor zero. Isto é, quando ocorre a intersecção do PMg com o eixo do fator variável. Nesse ponto, o fator fixo encontra-se em seu nível de máxima eficiência – a produção dessa firma está em pleno emprego dos fatores de produção. A partir deste ponto, o PMg é negativo e a cada novo acréscimo de fator variável a firma tem como resultado a queda no volume de produção. Ou seja, a produção será considerada economicamente inviável, pois, a partir desse ponto, ocorre que a cada acréscimo de insumo variável a fábrica produz menos produto acabado (isto é, resulta em decréscimo de produção).
Bem, meu caro leitor, para os nossos fins de AVEF, isso já basta, mas, se você ficou curioso e quer se aprofundar mais, olhe a dica no “Saiba mais”:
Neste tema, vamos conversar sobre o impacto que a teoria da produção tem no custo de produção de uma empresa no horizonte de curto prazo. Nesse sentido, teremos, entre outros itens, a demonstração de artefatos econômicos que permitem que a “Análise Econômico-Financeira” identifique a quantidade de produção que gera a maior eficiência no custo médio de um produto: o custo médio mínimo. Todavia, antes de tudo, precisamos entender que, na teoria do custo, o custo é avaliado dentro de duas situações distintas: custos de curto
prazo e custos de longo prazo. Destes, neste estudo, focaremos apenas nos eventos de curto prazo. O curto prazo é definido como sendo a extensão temporal dentro da qual pelos menos um dos fatores produtivos não pode ser alterado pela empresa. Nas funções de produção, este fator fixo é representado pelo símbolo “X^02 ” e os demais fatores, tidos como variáveis, por “X 1 ”. Convém lembrar que, da combinação destes recursos, duas regiões surgiam na produção: uma viável (rendimentos crescentes e decrescentes positivos) e uma inviável (rendimentos decrescentes negativos). Ambas podem ser facilmente identificadas na curva dos custos, conforme consta a seguir:
No gráfico, é possível perceber que, à medida que a produção vai aumentando (isto é, a quantidade “q” aumenta), o custo também aumenta, esta é a região viável da produção. De repente, temos uma inflexão na curva de custo para a direita, e o custo começa a subir à medida que a quantidade produzida começa a diminuir. Esta é a região inviável que vimos lá curva de produção. Na análise de custo, não faz sentido analisá-la, pois nenhuma empresa coerente estará nessa situação (caso esteja, pare tudo, pois ela é tão despreparada que não justifica continuar a análise). Ou seja, uma análise é feita apenas na região viável que segue demostrada.
caro ficará cada unidade produzida por ela depois da intersecção das curvas do CMe e do CMg.
FONTE: PINDYCK E RUBINFELD (2006, P. 188)^2
Assim, no curto prazo, para que o controle do custo total médio (CTMe) possa ser feito com eficiência, é muito importante a compreensão do comportamento do CMe e do CMg, derrubando a simplista ideia popular de que todo aumento de produção é sempre acompanhado de redução de custo unitário. Para os nossos fins de AVEF, isso já basta, mas, se você ficou curioso e quer se aprofundar mais, veja a dica do “Saiba mais”.
(^2) As linhas vermelhas demonstram onde o custo total médio tem seu valor mínimo (CTMe = CMg).
Neste tema, a pauta será a teoria do rendimento, mais especificamente a reflexão sobre como a receita de uma entidade é sensível para com as alterações do preço de venda. A teoria do rendimento, segundo o viés do volume da receita, nos demonstrará em qual momento da quantidade transacionada é que ocorre o maior volume de receita, bem como onde a política de preço assume um comportamento que inviabiliza a operação realizada, segundo a percepção econômica racional. De acordo com Pinho e Vasconcellos (2003, p 184), “[...] as firmas almejam uma compensação para a atividade criadora de riquezas. [...] o rendimento ou a receita recebida pela venda da produção no mercado”. Assim, quanto maior a receita, maior o incentivo para o investidor reiniciar o ciclo produtivo. Para isso, três fórmulas para aferição da receita se destacam: receita total (RT = P · Q), receita média (RMe = RT / Q) e receita marginal (RMg = ΔRT / ΔQ). A primeira fórmula indica o rendimento total do processo transacional de uma empresa considerando o preço de venda (P) e quantidade vendida (Q). As duas outras fórmulas são medidas que indicam a relação entre a receita total e a quantidade transacionada. Ou seja, a receita total nada mais é que o produto entre preço unitário e quantidade vendida, já a “RMe” e “RMg” são quocientes entre “RT” e “Q”, onde a primeira fórmula considera os valores absolutos e a segunda, as variações desses elementos. A importância dessas três fórmulas na análise de uma empresa é definida por Pinho e Vasconcellos (2003) como:
Existe relação entre as curvas de receita total, média e marginal. A receita total atinge o máximo no ponto em que a receita marginal é zero, ou seja, quando corta o eixo horizontal. A receita marginal representa os acréscimos à receita total: enquanto a receita marginal é positiva, a cada diminuição de preço há aumento na quantidade superior proporcionalmente à queda de preços. Isso implica uma receita de vendas maior. Contudo, a partir do ponto em que a receita marginal é zero, a perda de receita pela diminuição de preço é maior que o ganho obtido pelo aumento da quantidade vendida. (PINHO E VASCONCELLOS, 2003, p. 192)
Neste tema, trabalharemos com a teoria da firma pelo viés do lucro. Neste sentido, confrontaremos as curvas de custo e de receita para determinarmos que regiões transacionais apresentam viabilidade econômica por gerarem lucro e demonstrarem comportamento evolutivo favorável para a empresa. Também vamos estudar com outros elementos conceituais que serão a base para o entendimento da teoria contábil do Custo/Volume/Lucro que será abordada na aula 4. A busca pela otimização (ou maximização) dos resultados é o que orienta uma empresa. Ou seja, otimização é a busca do “lucro máximo” que uma empresa pode gerar. Para tanto, ela precisa encontrar o equilíbrio entre: volume de produção, volume de venda, volume de receita e volume de gasto. Ou seja, a “[...] situação de otimização constitui a análise do equilíbrio da firma.” (Pinho e Vasconcellos, 2003, p. 187). O lucro total é a diferença entre a receita total e o custo total. Assim, o lucro máximo somente é encontrado no ponto onde o valor da receita marginal e do custo marginal se igualam, pois neste ponto a distância entre a receita total e do custo total é máxima, ocorrendo a maximização do lucro. Ou seja, “o lucro [...] é maximizado no ponto em que um incremento adicional no nível de produção mantém o lucro inalterado (isto é / q = 0)”^3 (Pindyck; Rubinfeld, 2006, p. 225). O gráfico a seguir encerra esta aula, demonstrando que o lucro () é máximo quando seu valor marginal é igual a zero. Pela análise gráfica, é possível perceber que este ponto de maximização não é, obrigatoriamente, o ponto em que a “Receita total” é máxima ou “Custo total” é mínimo, quando estes são analisados isoladamente. A mesma análise gráfica também esclarece que esses pontos são elementos essenciais para a gestão empresarial, pois definem tanto o volume do lucro máximo quanto a quantidade necessária de produto para que ele ocorra. Quanto melhor for o controle dessas duas curvas, maior será o lucro e menor será a quantidade de produto necessário para sua maximização.
(^3) / q = 0, onde: = variação; = lucro; q = quantidade; 0 = zero
Maximização do lucro no curto prazo Fonte: adaptado de PINDYCK E RUBINFELD (2006, p. 225)
Ficou confuso? Então, vamos rever a explicação do gráfico por um outro ângulo. Nele, quando a quantidade movimentada é muito baixa, o resultado de uma empresa é o prejuízo, pois o valor do custo total supera o da receita (Região “A”). O motivo? Custo fixo é um valor elevado para aquela quantidade de mercadoria transacionada. Porém, à medida que a quantidade de venda aumenta, as duas curvas se aproximam, reduzindo o prejuízo gradativamente até que zere; nesse caso, ocorre o chamado “ponto de equilíbrio” (Ponto A). Depois do ponto de equilíbrio, quanto maior for a quantidade de venda, maior será a distância entre as curvas e, portanto, maior o lucro (Região “B”)... Isso até certo ponto! Olhe com atenção e você vai perceber que, à medida que a quantidade ultrapassa certo volume, as distâncias entre as curvas diminuem e, assim, o lucro cai a cada incremento de produto (Região “C”), podendo, conforme o caso, até gerar novamente prejuízos (Região “D”). Existe um ponto entre a região “B” e “C” que representa o maior valor que a empresa pode alcançar de lucro, ou seja, a quantidade de venda em que o lucro pode ser máximo (Ponto B) – não sendo, necessariamente, o ponto em que a produção será mais eficiente, ou que o custo médio será mais baixo, ou que quantidade vendida apresenta a maior receita possível. O lucro é máximo quando se tem a maior distância entre a curva do custo e da receita – ou seja, quando, geometricamente falando, a receita marginal for igual ao custo marginal,
prestadas por esses indicadores de C/V/L serão impactantes para o entendimento da viabilidade econômica de um projeto. Tanto é verdade que esta é a pauta da próxima aula. Para os fins de AVEF, isso já basta, mas, se você ficou curioso e quer se aprofundar mais, dê uma olha na dica do “Saiba mais”.
Para descobrir outros detalhes sobre os tópicos abordados, leia o capítulo 8 da obra a seguir, disponível em nossa biblioteca virtual. PINDYCK, R. S.; RUBINFELD, D. L. Microeconomia. 6. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.
Durante os temas vistos nesta aula, analisamos a importância da “teoria da firma neoclássica” e vimos sinteticamente algumas das bases teóricas para sua construção: racionalidade substantiva, simetria informacional, utilitarismo. Agora, acesse o fórum da disciplina e, com base no que estudou, reflita com seus pares a situação a seguir: Você acredita que na maioria das empresas brasileira as pessoas realmente estão preparadas para usar esta teoria? E nas empresas que tenham pessoas preparadas, será que são totalmente qualificadas para realização de uma análise dessa magnitude? Se você respondeu que não em alguma dessas perguntas, como seria possível rever esse cenário?
É hora de treinar um pouco o que foi visto neste encontro, mas vamos fazê- lo de forma bem simples. Como assim? Acontece que, na teoria da firma, podemos e, muitas vezes, precisamos usar equações de retas, derivadas etc. para o processo de análise. Todavia, a prática a seguir chega ao mesmo resultado sem ter que apelar para todo esse ferramental matemático, além disso, tomamos o cuidado para termos poucas linhas nas tabelas, de modo que não ficasse poluída a explicação.
A) Leitura do caso
Uma pessoa montou uma empresa de camisetas com a seguinte estrutura operacional: tem um colaborador (ela própria) que costura as camisetas e as vende: fator fixo é a pessoa e a máquina de costura, fator variável é o tecido. Para a produção, as estimativas levantadas são
Fator fixo Fator variável Produto máq./operador quant. tecido camisetas 1 conjunto 30 metros 25 peças 1 conjunto 60 metros 60 peças 1 conjunto 90 metros 110 peças 1 conjunto 180 metros 206 peças 1 conjunto 185 metros 200 peças
Para o custo, o fator fixo tem um custo mensal de R$ 1 mil e, para o fator variável, de R$ 5 por metro de tecido. Por fim, para a receita, é estimado o seguinte comportamento para o mercado: Preço Quant. médio venda R$ 50,00 25 peças R$ 25,00 60 peças R$ 4,00 110 peças R$ 8,00 206 peças
A empresa quer maximizar o lucro e pergunta para você, que é analista de viabilidade econômico-financeiro, onde o projeto é viável para este objetivo: Se é quando o uso dos fatores produtivos é mais eficiente ou onde o custo médio é menor ou onde a receita total é maior? Além disso, ele quer o valor do maior lucro possível?
B) Identificação do que deve ser feito e teoria/conteúdo que resolve o problema Para resolver a primeira pergunta, nem precisa de cálculo, basta usar a teoria. Para a segunda questão, não precisa fazer todos os cálculos que vimos, mas recomendo que os faça para entender a lógica. Assim, vamos fazer os cálculos médios, totais e marginais que foram explicados durante os cinco temas. Lembre-se de que são apenas operações de divisão, multiplicação, adição e subtração. Ah! Na análise da receita, não precisa fazer receita média e marginal