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analise de oleo, Notas de estudo de Engenharia de Manutenção

um pouco sobre o processo de análise de óleo denominado "ferrografia"

Tipologia: Notas de estudo

2012
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Artigo Técnico
www.supremelub.com.br
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Análise de Óleo
O uso da análise de óleo como técnica de manutenção começou a ser aplicada na década 50.
A crise do petróleo intensificou o uso da análise de óleo, que passou a cumprir uma nova função na
manutenção das máquinas, permitindo o monitoramento das condições do óleo lubrificante e
identificar a necessidade de troca ou apenas reposição parcial. Neste período foram introduzidas
técnicas preditivas que permitiam através da análise de óleo diagnosticar problemas nos
equipamentos. Atualmente as leis ambientais tornaram ainda mais rigorosas as medidas de
manutenção relacionadas com a utilização do óleo na indústria, sendo necessária à implementação
de estações de tratamento e métodos de descarte e reaproveitamento dos lubrificantes.
A análise de óleo é aplicada como técnica de manutenção para os sistemas de lubrificação,
sistemas hidráulicos e equipamentos elétricos. Neste estudo será estudada a aplicação da análise de
óleo relacionada com a lubrificação dos equipamentos.
Finalidade da Lubrificação
A Lubrificação pode ser considerada como um princípio básico para o funcionamento da
maioria dos equipamentos. Porém, a lubrificação é uma das causas de falha mais comuns nos
equipamentos industriais, podendo causar sérios prejuízos operacionais e danos nos equipamentos.
As funções básicas do lubrificante são: reduzir o atrito e desgaste; retirar o calor gerado
pelo atrito ou pelo funcionamento da máquina; formar o filme de lubrificante; evitar a corrosão e
contaminação.
Fundamentos da Análise do Óleo Lubrificante:
A análise do óleo lubrificante é utilizada com dois objetivos principais: identificar as
condições do óleo e identificar possíveis falhas do equipamento.
Condições do Óleo Lubrificante:
O lubrificante pode apresentar dois processos básicos de falha. O primeiro ocorre devido à
contaminação por partículas de desgaste do equipamento ou por agentes externos, sendo a água um
dos contaminantes mais comum nas instalações industriais. O segundo processo de falha está
relacionado com a degradação das propriedades, devido às alterações das características do
lubrificante, prejudicando o desempenho de suas funções.
Os objetivos da análise do lubrificante são: escolher o lubrificante correto; manter o
lubrificante limpo (filtragem); manter a temperatura correta; manter o lubrificante seco; garantir o
bom desempenho da lubrificação.
Os benefícios da análise do lubrificante são: reduz ou elimina falhas por deficiências na
lubrificação; protege o equipamento do desgaste excessivo ou prematuro; reduz os custos de
manutenção; aumenta a disponibilidade do equipamento; reduz os gastos com o lubrificante.
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Análise de Óleo

O uso da análise de óleo como técnica de manutenção começou a ser aplicada na década 50. A crise do petróleo intensificou o uso da análise de óleo, que passou a cumprir uma nova função na manutenção das máquinas, permitindo o monitoramento das condições do óleo lubrificante e identificar a necessidade de troca ou apenas reposição parcial. Neste período foram introduzidas técnicas preditivas que permitiam através da análise de óleo diagnosticar problemas nos equipamentos. Atualmente as leis ambientais tornaram ainda mais rigorosas as medidas de manutenção relacionadas com a utilização do óleo na indústria, sendo necessária à implementação de estações de tratamento e métodos de descarte e reaproveitamento dos lubrificantes. A análise de óleo é aplicada como técnica de manutenção para os sistemas de lubrificação, sistemas hidráulicos e equipamentos elétricos. Neste estudo será estudada a aplicação da análise de óleo relacionada com a lubrificação dos equipamentos.

Finalidade da Lubrificação

A Lubrificação pode ser considerada como um princípio básico para o funcionamento da maioria dos equipamentos. Porém, a lubrificação é uma das causas de falha mais comuns nos equipamentos industriais, podendo causar sérios prejuízos operacionais e danos nos equipamentos. As funções básicas do lubrificante são: reduzir o atrito e desgaste; retirar o calor gerado pelo atrito ou pelo funcionamento da máquina; formar o filme de lubrificante; evitar a corrosão e contaminação.

Fundamentos da Análise do Óleo Lubrificante:

A análise do óleo lubrificante é utilizada com dois objetivos principais: identificar as condições do óleo e identificar possíveis falhas do equipamento.

Condições do Óleo Lubrificante:

O lubrificante pode apresentar dois processos básicos de falha. O primeiro ocorre devido à contaminação por partículas de desgaste do equipamento ou por agentes externos, sendo a água um dos contaminantes mais comum nas instalações industriais. O segundo processo de falha está relacionado com a degradação das propriedades, devido às alterações das características do lubrificante, prejudicando o desempenho de suas funções. Os objetivos da análise do lubrificante são: escolher o lubrificante correto; manter o lubrificante limpo (filtragem); manter a temperatura correta; manter o lubrificante seco; garantir o bom desempenho da lubrificação. Os benefícios da análise do lubrificante são: reduz ou elimina falhas por deficiências na lubrificação; protege o equipamento do desgaste excessivo ou prematuro; reduz os custos de manutenção; aumenta a disponibilidade do equipamento; reduz os gastos com o lubrificante.

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Condições do Equipamento:

A análise do óleo lubrificante pode ser utilizada para a avaliação das condições do equipamento. Através da avaliação da composição química, quantidade e forma dos contaminantes, foram desenvolvidas técnicas de acompanhamento e análise que permitem definir mecanismos de falha de componentes da máquina. As principais técnicas disponíveis são: espectrometria e ferrografia.

Coleta de Amostras:

A análise do óleo é realizada em amostras de lubrificantes retiras do equipamento. Os cuidados na obtenção destas amostras são:

  • Garantir a homogeneidade da amostra;
  • A coleta deve ser feita com o equipamento operando;
  • Não pode haver contaminação no local de retirada da amostra;
  • O recipiente de coleta deve estar isento de contaminação;
  • O ponto de coleta deve ser sempre o mesmo;
  • Deixar escoar um pouco de lubrificante antes da coleta;
  • Normalmente a quantidade necessária é de meio litro;
  • Identificar corretamente a amostra com as informações necessárias.

Tipos de Análise de Lubrificantes:

As análises dos lubrificantes podem ser divididas em quatro grupos: análise físico-química; análise de contaminações; espectrometria; ferrografia.

Análises Físico-Química:

A análise físico-química tem como objetivo principal a identificação das condições do lubrificante. Estas análises podem ser efetuadas de forma pontual, ou seja, medidas isoladas; ou análise periódica, ao longo do tempo, para o acompanhamento das condições do lubrificante. A seguir são descritas as principais análises físico-química utilizadas na manutenção dos equipamentos.

A. Viscosidade Cinemática:

A viscosidade é a medida de resistência ao escoamento de um fluido, é a principal propriedade dos óleos lubrificantes. A medida é feita a 40oC ou 100oC. As principais normas utilizadas para a definição dos ensaios de viscosidade são: ASTM D445 e NBR 10441. A unidade de medida mais utilizada é o cSt, cm^2 /seg. A viscosidade diminui devido à contaminação por solvente ou óleos de menor viscosidade. A viscosidade aumenta devido à oxidação, presença de insolúveis, água e contaminação por óleos de maior viscosidade.

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B. Insolúveis em Pentano:

Este ensaio determina a saturação do lubrificante por presença de insolúveis em pentano. Estes contaminantes são constituídos por partículas metálicas, óxidos resultante da corrosão, material carbonizado proveniente da degradação do lubrificante e material resinoso oxidado (lacas, vernizes).

Espectrometria

A espectrometria pode ser feita pelo método da absorção atômica ou de emissão ótica. Em termos gerais este ensaio indentifica todos os elementos químicos presentes no lubrificante. A amostra é introduzida numa câmara de combustão e os materiais são “desintegrados” até o seu nível atômico, conforme mostrado na figura 30. Cada elemento químico possui frequências particulares, como impressões digitais, tornando possível a identificação.

As figuras 31, 32 e 33 apresentam os principais tipos de ensaios espectrométricos que podem ser utilizados na definição dos componentes presentes em uma amostra de lubrificante.

Estes tipos de ensaios fornecem informações sobre o desgaste do equipamento, com dados precisos do conteúdo de substâncias metálicas (ferro, cobre, alumínio, níquel, cromo, chumbo, etc) assim como contaminações externas, como por exemplo o silício. Além disso, podem avaliar os aditivos presentes no lubrificante.

Figura 30: Preparação da Amostra Figura 31: Espectrometria por Emissão Ótica

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Figura 32: Espectrometria por Absorção Atômica

Figura 33: Espectrometria por Infra Vermelho (Infra Red)

Ferrografia

Esta técnica de manutenção preditiva foi desenvolvida para aplicações militares pelo “Naval Air Engineering Center dos EUA” com a finalidade de aumentar a confiabilidade no diagnóstico de condições das máquinas. Esta técnica procurava superar as limitações de outras análises na

impressora registrador medidor

amplificador

monocromador e fotodetector

queimador

lâmpada de catodo ôco

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aumentará com a redução da espessura do filme que pode ser causada por: sobrecarga, diminuição da viscosidade do óleo, redução da velocidade da máquina, etc.. O desgaste por abrasão é apresentado na figura 36. Estas partículas são semelhantes a cavacos de torno com dimensões de 2 a centenas de microns. A principal causa para este tipo de desgaste é a contaminação por areia. Os pequenos grãos de areia ingeridos pela máquina se incrustam, por exemplo, num mancal de metal patente e o canto vivo exposto usina o eixo que está girando, tal qual um torno mecânico.

Figura 35: Exemplo de Esfoliação Figura 36: Exemplo de Abrasão

O resultado de um ferrograma analítico típico é apresentado na figura 37.

Figura 37: Exemplo de Ferrograma Analítico

EsfoliaçãoSevero Abrasão LaminaresNacos Esferas Óxidos VermelhosÓxidos Escuros Corrosão Liga de Alumínio

Liga de Cobre Cont. Inorgan.Liga Pb/Sn Cont. Organ. Cont. AmorfosPolímeros Fric.

Corrosão

Cont. Organ. Cont. AmorfosPolímeros Fric.

Cont. Inorgan.Liga Pb/Sn

Liga de Alumínio

Liga de Cobre

Abrasão

Óxidos Vermelhos

Laminares Óxidos Escuros

Esferas

Nacos

EsfoliaçãoSevero

0 2 6 10 0 2 6 10

Antes da Correção (^) Após a Correção

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B. Exame Quantitativo

Este exame permite a classificação das partículas de acordo com o tamanho e a quantidade. O acompanhamento da evolução destes valores permite avaliar as condições de deteriorização do equipamento.

Classificação das Partículas:

Large = L: maiores do que 5 microns Small = S: menores ou iguais a 5 microns

Interpretações:

L + S = concentração total de partículas. PLP = (L-S)(L+S)*100 = modo de desgaste IS = (L^2 -S^2 )/diluição^2 = índice de severidade

A figura 38 apresenta o exemplo do acompanhamento das condições de um equipamento através da Ferrografia Quantitativa. Na condição A foi trocado o lubrificante da máquina, porém a análise em B ficou próxima do nível de alerta e as novas análises seguintes demonstraram a continuidade do aumento de partículas na amostra. Somente a troca do rolamento em C permitiu obter uma análise D dentro dos níveis normais.

Figura 38: Exemplo de Acompanhamento pela Ferrografia Quantitativa

0,

0,

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1,

2,

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A

C

B D

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1,

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4,

5,

6,

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L

P S

L

P

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