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Análise das Demonstrações Contábeis: Uma Introdução Completa, Esquemas de Contabilidade

Este documento oferece uma introdução abrangente à análise das demonstrações contábeis, explorando seus conceitos, métodos e aplicações. Aborda a importância da análise para a tomada de decisão, a estrutura das demonstrações contábeis e as técnicas de análise, incluindo análise horizontal, vertical e por índices. O documento também discute a interpretação de indicadores e a construção de índices-padrão para comparação com outras empresas.

Tipologia: Esquemas

2024

Compartilhado em 07/11/2024

lana-mariano
lana-mariano 🇧🇷

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Ciências Contábeis
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Curso de Graduação em
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Luiz Alberton
Universidade Federal de Santa Catarina
Centro Sócio-Econômico
Departamento de Ciências Contábeis
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Ciências Contábeis

a distância

Curso de Graduação em

a

Luiz Alberton
Universidade Federal de Santa Catarina
Centro Sócio-Econômico
Departamento de Ciências Contábeis

A333a Alberton, Luiz Análise das Demonstrações Contábeis / Luiz Alberton. 3.impri. – Florianópolis : Departamento de Ciências Contábeis / UFSC, 2013. 128 p. Curso de Graduação em Ciências Contábeis Inclui bibliografia ISBN: 978-85-62894-19-

  1. Análise das demonstrações contábeis. 2. Padronização. 3. Estrutura. 4. Educação a distância. I Universidade Federal de Santa Catarina/Departamento de Ciências Contábeis. II. Título. CDU: 657. Universidade Federal de Santa Catarina, Sistema UAB. Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida, transmitida e gravada, por qualquer meio eletrônico, por fotocópia e outros, sem a prévia autorização, por escrito, dos autores.

EQUIPE DE PRODUÇÃO DE MATERIAL - PRIMEIRA EDIÇÃO Coordenação de Design Instrucional – Suelen Haidar Ronchi Design Instrucional – Claudete Maria Cossa Revisão Textual – Heloisa Pereira Hübbe de Miranda Coordenação de Design Gráfico – Giovana Schuelter Design Gráfico – Ana Flávia Maestri Francielli Schuelter Ilustrações – Ana Flávia Maestri Aurino Manoel Neto Francielli Schuelter Design de Capa – Guilherme Dias Simões Felipe Augusto Franke Steven Nicolás Franz Peña Projeto Editorial – André Rodrigues da Silva Felipe Augusto Franke Guilherme Dias Simões Steven Nicolás Franz Peña EQUIPE DE PRODUÇÃO DE MATERIAL - TERCEIRA EDIÇÃO Coordenação de Design Instrucional – Andreia Mara Fiala Coordenação de Design Gráfico – Giovana Schuelter Design Gráfico – Fabrício Sawczen Ilustrações – Ana Flávia Maestri Aurino Manoel Neto Francielli Schuelter Design de Capa – Guilherme Dias Simões Felipe Augusto Franke Steven Nicolás Franz Peña Projeto Editorial – André Rodrigues da Silva Felipe Augusto Franke Guilherme Dias Simões Steven Nicolás Franz Peña

Sumário

  • Unidade 1 – Análise das demonstrações contábeis................
    • 1.1 Conceitos da análise das demonstrações contábeis
    • 1.2 Histórico da análise das demonstrações contábeis
    • 1.3 Objetivos da análise das demonstrações contábeis.............................
    • 1.4 Aspectos que devem ser considerados
      • Aspectos internos
      • Aspectos externos.......................................................................................................
    • 1.5 Processo contábil
    • 1.6 Processo de análise das demonstrações contábeis
    • 1.7 Importância e usuários da análise das demonstrações contábeis
  • Unidade 2 – Estrutura das demonstrações contábeis
    • 2.1 Relatórios publicados
      • Relatório da Administração (Diretoria)
      • Demonstrações Contábeis
      • Notas explicativas
      • Parecer dos auditores
    • 2.2 Demonstrações contábeis
      • Balanço patrimonial
      • Demonstração do resultado
      • Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
      • Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC)
      • Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR)
      • Demonstração do Valor Adicionado – DVA
      • Balanço Social e Ambiental
        • contábeis.................................................................................. Unidade 3 – Padronização das demonstrações
    • 3 Padronização das Demonstrações Contábeis
  • Unidade 4 – Análise vertical e análise horizontal.................
    • 4.1 Análise vertical
    • 4.2 Análise horizontal...............................................................................
  • Unidade 5 – Análises através de índices ou quocientes
    • 5.1 Técnica de análise................................................................................
    • 5.2 Índices-padrão
  • unidade 6 – Análise financeira e econômica
    • 6.1 Estrutura de capitais
      • Participação de Capitais de Terceiros........................................................................
      • Composição do Endividamento................................................................................
      • Imobilização do Patrimônio Líquido (PL)
      • Imobilização dos Recursos Não Correntes
    • 6.2 Liquidez
      • Liquidez Imediata......................................................................................................
      • Liquidez Geral (LG)
      • Liquidez Corrente (LC)
      • Liquidez Seca (LS)
    • 6.3 Rentabilidade
      • Giro do Ativo
      • Margem Líquida (ML)
      • Rentabilidade do Ativo (RA)
      • Rentabilidade do Patrimônio Líquido (RPL)
  • Unidade 7 – Índices complementares.................................................
    • 7.1 Índices ou quocientes de rotação ou de atividades
      • Rotação dos Estoques (RE)
      • Prazo Médio de recebimento de Contas a Receber
      • Prazo médio de Pagamentos de Contas a Pagar
      • Posicionamento Relativo de Recebimentos e Pagamentos
      • Rotação do Ativo
      • Ciclo Operacional e Ciclo Financeiro
    • 7.2 Índices ou quocientes de capitais próprios
    • 7.3 Índice ou quociente de estabilidade
    • 7.4 Índices ou quocientes de interesse dos investidores
      • Rendimento Nominal das Ações...............................................................................
      • Rendimento Real das Ações
      • Rendimento Atualizado das Ações
      • Rendimento Total das Ações....................................................................................
      • Retorno do Capital Investido
      • Valor Patrimonial da Ação
    • 7.5 Ebitda.................................................................................................
    • 7.6 Alavancagem financeira.....................................................................
      • de Caixa (DFC)................................................................... Unidade 8 – Análise da Demonstração dos Fluxos
    • 8 Análise da Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC)
      • ambiental Unidade 9 – Análise do balanço social e balanço
    • 9.1 Análise do balanço social e ambiental
    • 9.2 Análise do valor adicionado ou agregado - contábeis Unidade 10 – Produto da análise das demonstrações
    • 10.1 Conteúdo do relatório
    • 10.2 Relatório
  • Referências
  • Sítios eletrônicos

Caro(a) aluno(a),

Desde o início do Curso de Graduação em Ciências Contábeis a dis- tância, você vem lendo e ouvindo sobre a história da Contabilidade, seu surgi- mento, evolução, regulamentação e padronização. No final do século XIX, em função da necessidade de conhecer melhor os da- dos e informações produzidos pela Contabilidade, surge a necessidade da busca de modelos que auxiliassem a tomada de decisão. Nesse momento, as institui- ções financiadoras passam a exigir das empresas tomadoras de empréstimos um padrão de informações para que pudessem ser estudadas por especialistas. Nesse sentido, a busca de uma estrutura adequada para a realização dos estu- dos foi necessária. Surgem os primeiros grupos de contas do ativo e do passivo que forneceriam elementos para a construção de indicadores. Tais indicadores foram evoluindo, permitindo que várias técnicas fossem criadas para conhecer sob diversos ângulos ou focos a estrutura do balanço patrimonial das empresas. Entra em cena a função do Analista de Balanços ou de Demonstrações Contábeis. Profissional altamente qualificado, que conhece e compreende cada detalhe das demonstrações contábeis. Sua função passa a ser transformar dados produzidos pela Contabilidade em informações para auxiliar proprietá- rios de empresas, administradores, economistas, engenheiros, médicos, entre outras profissões, que não conhecem os jargões contábeis. Bons profissionais da Contabilidade são aqueles que conseguem olhar para uma demonstração contábil e traduzir imediatamente dados em informações que auxiliam o usuário da Contabilidade na tomada de decisão. Desejo a você um estudo muito dedicado e comprometido em aprender as teorias e técnicas de Análise das Demonstrações Contábeis. Sucesso! Luiz Alberton

Unidade 1

Análise das Demonstrações Contábeis O objetivo desta unidade é apresentar os conceitos da análise, histórico, objetivos, aspectos internos e externos que afetam as empresas, o processo contábil e de análise e a importância da análise aos usuários da Contabilidade. Unidade 1

11 Unidade 1 - Análise das Demonstrações Contábeis Para a Análise das Demonstrações Contábeis, primeiramente, o analista preci- sa saber o que se pretende obter com a análise, conhecer seus métodos, quem são seus usuários, qual a validade, confiabilidade, extensão e profundidade da análise. Através da Análise das Demonstrações Contábeis, também é possível reali- zar uma melhor avaliação das possíveis áreas de risco da empresa. Objetivando abordar da melhor forma esta disciplina, serão apresentados os conceitos de Análise das Demonstrações Contábeis, como estas devem ser preparadas para análise, quais são os métodos de análise, suas principais carac- terísticas, etc. 1.1 CONCEITOS DA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Alguns conceitos são importantes para compreender a Análise das Demons- trações Contábeis. Vamos a eles. Análise contábil : análise que se fundamenta em normas, métodos e proce- dimentos indicados pela técnica e ciência da Contabilidade. Estudo de um ou vários fenômenos por suas partes, em um patrimônio (SÁ,1995). Demonstração contábil : peça em forma técnica que evidencia um fato pa- trimonial, um conjunto de tais fatos ou todo o sistema de contas. São demons- trações contábeis o Balanço do Exercício, a Demonstração dos Resultados do Exercício, a Demonstração de Origem e Aplicações de Recursos, a Demons- tração das Variações do Patrimônio, etc. (SÁ,1995). Pela definição dos conceitos acima, pode-se afirmar que a Análise das Demons- trações Contábeis é um instrumento que possibilita conhecer melhor a evolu- ção dos negócios das empresas e possibilita uma melhor análise e avaliação das políticas e estratégias de negócios adotadas pela administração da entidade.

13 Unidade 1 - Análise das Demonstrações Contábeis

  • 1925: Stephen Gilman, realizando críticas à análise de coeficientes, propõe substituí-la pela construção de índices encadeados para in- dicar as variações ocorridas nos principais itens em relação ao ano- base, ou seja, surge a Análise Horizontal.
  • 1931: Dun e Bradstreet passaram a elaborar e divulgar índices pa- drão para diversos ramos de atividades, nos Estados Unidos.
  • 1930-1940: a empresa Du Pont, de Nemours, apresenta o Return on lnvestment (ROI) , modelo de análise da rentabilidade de empresa de- compondo a taxa de retorno em taxas de margem de lucro e giro dos negócios, chamado análise ROI.
  • 1968: a Análise de Balanços no Brasil era ainda um instrumento pou- co utilizado na prática, sendo difundido a partir da década de 1970. A Análise das Demonstrações Contábeis surgiu por motivos eminente- mente práticos e mostrou-se desde logo um instrumento de grande utilidade. Alguns dos índices que surgiram inicialmente permanecem em uso até hoje. Com o passar do tempo, porém, seguindo a tendência natural da sociedade moderna, as técnicas de análise foram aprimoradas, refinadas e tornaram-se objeto de estudo das universidades; fazem parte destas técnicas os avançados conhecimentos de estatística e matemática. 1.3 OBJETIVOS DA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS O objetivo da Análise das Demonstrações Contábeis consiste em extrair in- formações dessas demonstrações, tornando-as úteis à tomada de decisões, mediante o emprego de técnicas específicas e do próprio “ feeling ” (sentido) do analista. A preocupação inicial dos profissionais ligados à Contabilidade estava re- lacionada com a preparação das Demonstrações Contábeis, de acordo com os princípios e convenções de contabilidade geralmente aceitos, e atender ao fisco e à auditoria externa.

Curso de G raduação em Ciências Contábeis Compreendem as Demonstrações Contábeis o Balanço Patrimonial , a Demonstração do Resultado do Exercício , a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados, Demonstração das Origens e Aplicações de Recur- sos e a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido. As demonstrações contábeis são elaboradas de acordo com as regras con- tábeis e fornecem dados sobre a empresa. A análise dessas demonstrações é o processo de transformação de dados em informações e quanto melhores informações produzir, mais será eficiente. Segundo Matarazzo (1998), a distinção entre dados e informações é a seguinte:

- Dados são números ou descrição de objetos ou eventos que, isola- damente, não provocam nenhuma reação no leitor. - Informações representam, para quem as recebe, uma comunicação que pode produzir reação ou decisão, frequentemente acompanha- da de um efeito sur presa. Os usuários estão interessados nas informações que são extraídas das de- monstrações contábeis. O grau de excelência da Análise das Demonstrações Contábeis é dado exatamente pela qualidade das informações que são geradas. Vejamos agora dois exemplos da transformação de dados em informações. Florianópolis tem 400.000 habitantes; tem-se um dado. Quando se divide o Produto Bruto de Florianópolis por esse dado, encontra-se a renda per capita. Ao comparar esta renda com a de outras cidades e construir uma série histó- rica dela, pode-se chegar à conclusão de que, Florianópolis é uma cidade com riqueza razoável e que vem se mantendo a posição em relação a outras cidades brasileiras. Neste momento tem-se uma informação. Outro exemplo de um dado é quando as demonstrações contábeis mos- tram que a empresa tem $1 milhão de dívida. Mas, a conclusão de que a dívida é normal ou é excessiva, de que a empresa pode pagá-la ou não é informação.

Curso de G raduação em Ciências Contábeis

1.4.2 Aspectos externos

Quanto aos aspectos externos podem ser listados os seguintes:

  • Situação presente e futura da economia nacional e internacional e suas influências no mercado interno, nas exportações e nas impor- tações realizadas pela empresa.
  • Grau de suscetibilidade da empresa à inflação, à recessão, ao câm- bio, às altas taxas de juros, às pressões sociais, etc. Em 2008/ quantas empresas passaram por dificuldades em função de proble- mas na economia norte-americana?
  • Situação do ramo de negócios ao qual a empresa pertence e estágio de vida econômica em que se encontram posicionados seus produ- tos (infância, maturidade ou senilidade, que determinam a ascensão, estabilidade ou decadência das atividades).
  • O tempo de desenvolvimento dos produtos está cada vez mais longo, ao passo que suas vidas úteis, pelos efeitos das reações dos concorrentes e pela adoção de tecnologias de ponta, estão cada vez mais curtas (NASSIF, 1999 apud ALBERTON, 2002).
  • Reflexos das políticas governamentais nos negócios da empresa, tais como: reserva de mercado x abertura aos produtos estrangeiros; restrição para importações x confisco cambial; preços liberados x ta- belamento; aumento da carga tributária e/ou dos encargos sociais; restrições com vistas à preservação do meio ambiente, etc. Unindo-se os aspectos acima citados aos dados extraídos das demonstra- ções contábeis, o diagnóstico sobre a situação da empresa poderá ser muito mais preciso. 1.5 PROCESSO CONTÁBIL Para o contador, a preocupação básica são os registros das operações. Na aqui- sição de um equipamento, por exemplo, quais os custos de aquisição, qual a taxa de depreciação, qual será a classificação no balanço e sua atualização monetária?

17 Unidade 1 - Análise das Demonstrações Contábeis O contador procura captar, organizar e compilar dados. Sua matéria-prima são fatos de significado econômico-financeiro expressos em moeda. Seu pro- duto final são as demonstrações financeiras. Fatos: compras, vendas, pagamentos, recebimentos, etc. Escrituração: diário, razão, etc. Apuração do Resultado: Lucro ou prejuízo Demonstrações:

  • Balanço Patrimonial
  • Demonstração do Resultado do Exercício
  • Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados
  • Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
  • Demonstração dos Fluxos de Caixas
  • Demonstração do Valor Adicionado Figura 1 – Processo contábil. Fonte: Adaptado de Ribeiro (1997) e Lei 11.638 (2007). Conhecido o processo de elaboração das demonstrações contábeis, passa- se a seguir a apresentar o processo de análise desses demonstrativos. 1.6 PROCESSO DE ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS A tarefa do analista das demonstrações contábeis inicia quando termina a atividade do contador. O processo de análise começa a partir da elaboração das demonstrações contábeis pela Contabilidade.

19 Unidade 1 - Análise das Demonstrações Contábeis O grau de excelência da Análise das Demonstrações Contábeis é dado exa- tamente pela qualidade e extensão das informações que conseguir gerar. 1.7 IMPORTÂNCIA E USUÁRIOS DA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS O processo de tomada de decisão, assim como a Análise das Demonstra- ções Contábeis, obedece ao mesmo raciocínio:

  • Extraem-se os índices das demonstrações contábeis.
  • Comparam-se os índices calculados com índices padrão.
  • Ponderam-se as informações e chega-se a um diagnóstico ou con- clusões.
  • Tomam-se decisões. Comparação com padrões Diagnóstico ou conclusões Decisões Escolha de indicadores ETAPAS 1 2 3 4 ANÁLISE Figura 4 – Processo de tomada de decisão. Fonte: Matarazzo (1998, p. 21). A Contabilidade, como um sistema de informações, produz informações para usuários internos e externos à empresa. Internamente , a Contabilidade, através das informações geradas pela conta- bilidade de custos ou contabilidade gerencial, auxilia no processo de tomada de decisão através do fluxo contínuo de informações sobre a gestão empresarial. Externamente , os maiores interessados são: - os investidores : os relatórios contábeis mostram a situação econô- mico-financeira da empresa, os resultados de um determinado perí- odo e outras informações, tais como os investimentos efetuados e o

Curso de G raduação em Ciências Contábeis que lhes cabe em termos de dividendos. Estas e outras informações possibilitam-lhes conhecer as vantagens e desvantagens de seu in- vestimento e decidir sobre a conveniência de mantê-lo, desfazer-se dele ou aumentá-lo;

- os credores : são por meio das demonstrações contábeis que eles decidem sobre a conveniência de emprestar ou não recursos para empresas. As demonstrações contábeis dão uma boa ideia da capa- cidade da empresa de gerar recursos suficientes para liquidação de seus compromissos nos prazos estabelecidos. Permite, assim, ava- liar o risco do empréstimo ou do crédito concedido; e - o governo : tem interesse nas informações contábeis porque é ba- seado na contabilidade que se faz a arrecadação de quase todos os tributos. Tais informações também ajudam na fixação de políticas econômica, fiscal e monetária. Estas políticas podem ser auxiliadas pela análise estatística de dados contábeis disponíveis nas demons- trações contábeis, que podem ser o redesconto, o tabelamento de taxas de juros, a atuação do mercado, etc. Os administradores estão interessados no acompanhamento da performance e, para isto, confrontam os dados reais com os projetados, dando apoio ao processo de planejamento e controle das operações da empresa. Exemplificando, pela Análise das Demonstrações Contábeis é possível avaliar a paralisação de uma indústria, avaliar o nível que uma empresa é afetada pelo aparecimento de um concorrente ou poderia se descobrir que a política do concorrente é crescer o mais rápido para ganhar mercado, mesmo que houvesse sacrifício da rentabilidade. Já com a análise de Duplicatas a Receber, poderia ser apontada uma nova política de marketing. O analista, através do diagnóstico, pode determinar quais são os pontos fortes e fracos de uma empresa e demonstrar as prioridades para a solução dos problemas críticos. Através da Análise das Demonstrações Contábeis é possível ter uma visão da estratégia e dos planos da empresa permitindo es- timar o seu futuro, suas limitações e suas potencialidades. Daí a importância da análise para os fornecedores, financiadores, acionistas e os empregados que pretendam relacionar-se com a empresa.