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Análise das Demonstrações Contábeis - ADC, Manuais, Projetos, Pesquisas de Análise das Demonstrações Financeiras

Apostila ensinando tudo sobre Análise das Demonstrações Contábeis - ADC

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2021

Compartilhado em 12/05/2021

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4.8

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PROF. WAGNER LEONARDO RODRIGUES
1
Análise das Demonstrações
Contábeis - ADC
4OPERÍODO CONTÁBEIS 2/2014
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Análise das Demonstrações

Contábeis - ADC

4 O PERÍODO CONTÁBEIS – 2/ 2014

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

1. INTRODUÇÃO

As demonstrações contábeis apresentadas dentro das normas e dos princípios funda- mentais de contabilidade fornecem uma série de dados sobre a organização em determinado período. O analista financeiro procura extrair dados das demonstrações contábeis e transformá- los em informações que possibilitem tirar conclusões, se a empresa é merecedora ou não de crédito, se a empresa tem ou não condições de honrar seus compromissos financeiros e capa- cidade de gerar lucros. Em síntese, a análise financeira é um processo de “reflexão” sobre as demonstrações contábeis, objetivando uma avaliação da situação da empresa, em seus aspec- tos operacionais, econômicos, patrimoniais e financeiros. Para o gerenciamento empresarial financeiro a informação contábil é fundamental no processo de planejamento, controle e tomada de decisão dentro da empresa. Por isso, a com- parabilidade em vários aspectos é importante:  Comparação com períodos passados;  Comparação com padrão setorial;  Comparação com períodos orçados;  Comparação com padrões internacionais;  Comparação com empresas concorrentes.^1 O grau de excelência da análise econômico-financeira de natureza gerencial está rela- cionado com a qualidade e extensão das informações que o analista consegue gerar. Para o processo de avaliação patrimonial e do desempenho da empresa, o analista vale-se de uma série de cálculos matemáticos, traduzindo as demonstrações contábeis em indicadores econô- mico-financeiros. Desse modo, fica evidente que o mais importante para o analista não é saber calcular, mas interpretar esses indicadores e relatar os pontos fortes e fracos do processo operacional e financeiro da empresa, visando propor alternativas de curso futuro.

2 – ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL

O Balanço Patrimonial é uma das Demonstrações Financeiras que deve evidenciar, com clareza, a situação do patrimonial da empresa, num dado momento. Através dele pode-se iden- tificar a saúde financeira e econômica da empresa no fim do exercício social ou em qualquer data.

2.1 – Aspectos Legais

O Artigo 178 da Lei 6.404/76 diz que “no balanço as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia”. § 1º - No Ativo , as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos: a) Ativo Circulante. b) Ativo Não Circulante: dividido em Ativo Realizável a Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível § 2º - No Passivo , as contas serão classificadas nos seguintes grupos: (^1) PADOVEZE, Clóvis Luis. Contabilidade Gerencial: um enfoque em sist. de informação contábil., S.P., Atlas, 2004, p. 192.

Ativo Passivo

Aplicações de RecursosInvestimentos de CapitalOrigens de Recursos ou CapitaisCapital Próprio ou de Terceiros

2.4 - Situação Líquida Patrimonial

A equação patrimonial pode apontar, de forma sintética, para apenas três situações (chamadas de Situações Líquidas):

aa

SSIITTUUAAÇÇÃÃOO:: ATIVO  PASSIVO

Nesse caso, os bens e direitos - valores positivos - são maiores que as obrigações, valo- res negativos, resultando uma SITUAÇÃO LÍQUIDA ATIVA (SLa) também denominada POSI- TIVA, SUPERAVITÁRIA ou FAVORÁVEL. Graficamente:

ATIVO PASSIVO

B BENENSS OOBRBRIIGGAAÇÇÕÕEESS

E E

D DIIRREEIITTOOSS

Os bens e direitos são suficientes apenas para honrar as obrigações. A SITUAÇÃO LÍ- QUIDA é NULA ou COMPENSADA.

ATIVO PASSIVO

BBEENNSS

EE OOBRBRIIGGAAÇÇÕÕEESS

DDIRIREEIITTOOSS

Obs: Essa situação de igualdade seria dificilmente encontrada em empresas em atividade normal.

33 a

a

SSIITTUUAAÇÇÃÃOO:: ATIVO  PASSIVO

Teríamos insuficiência de bens e direitos para o pagamento das obrigações. A diferença entre o passivo e o ativo é denominada SITUAÇÃO LÍQUIDA PASSIVA (SLp) também denomi- nada NEGATIVA, DEFICITÁRIA ou DESFAVORÁVEL. O excesso de elementos negativos – obrigações - quando relacionados com os positi- vos, demonstra um PASSIVO A DESCOBERTO.

ATIVO + SITUAÇÃO LÍQUIDA PASSIVA = PASSIVO

Ou graficamente:

ATIVO PASSIVO

B BENENSS

E E

D DIIRREEIITTOOSS OOBBRRIIGGAAÇÇÕÕEESS

aa

SSIITTUUAAÇÇÃÃOO:: ATIVO = PASSIVO

S SITITUUAAÇÇÃÃOO LLÍÍQQUUIIDDAA AATTIIVAVA,,

P POSOSIITTIIVVAA

OOUU A ATITIVVOO (^) LLÍÍQQUUIIDDOO SSIITTUUAAÇÇÃÃOO LLÍÍQQUUIIDDAA PPAASSSSIIVVAA,, NNEEGGAATTIIVVAA OOUU PPAASSSSIIVVO AOA^ DDEESSCCOOBEBERRTTOO

3. A DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (D.R.E.).

A demonstração do resultado é o relatório contábil destinado a evidenciar a composição do resultado formado num determinado período de operações da entidade. A demonstração do resultado, observado o princípio da competência, evidenciará a forma- ção dos vários níveis de resultados, mediante confronto entre as receitas e os correspondentes custos e despesas.

Modelo da Demonstração do Resultado do Exercício

Receita Bruta de Vendas e Serviços Receitas de Comercialização de Mercadorias e Produtos Receitas de Venda de Serviços (-) Deduções da Receita Bruta Vendas Canceladas (devoluções) Abatimentos e Descontos Incondicionais Impostos incidentes sobre Vendas = Receita Líquida (-) Custo das Vendas Custo dos Produtos Vendidos (CPV) Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) Custo dos Serviços Prestados (CSP) = Lucro Bruto Despesas Operacionais (-) Despesas Gerais e Administrativas (-) Despesas Com Vendas (+/-) Outras Receitas e Despesas Operacionais (+/-) Resultado da equivalência patrimonial (=) Resultado Antes das Receitas e Despesas Financeiras (+/-) Resultado financeiro Líquido (-)Despesas Financeiras (+) Receitas Financeiras (=) Resultado antes dos tributos sobre o Lucro (-) Tributos sobre o lucro (IRPJ/CSLL) 1 (=) Resultado Líquido após os tributos sobre o lucro (+/-) Resultado líquido das operações descontinuadas (+/-) Tributos s/o resultado das operações descontinuadas 2 (=) Resultado Líquido após os tributos das operações descontinuadas 1+2 (=) RESULTADO LÍQUIDO NO PERÍODO

  • 31/12/20X3 31/12/20X2 31/12/20X BALANÇO PATRIMONIAL
  • 1 Ativo Total 7.767.412 6.817.613 5.705.
  • 1.01 Ativo Circulante 2.577.520 2.623.180 2.472.
  • 1.01.01 Disponibilidades 680.866 571.712 807.
  • 1.01.01.01 Caixa e Bancos 251.567 200.177 148.
  • 1.01.01.02 Títulos e Valores Mobiliários 429.299 371.535 659.
  • 1.01.02 Créditos 439.944 617.408 481.
  • 1.01.02.01 Clientes 439.944 617.408 481.
  • 1.01.03 Estoques 1.086.944 1.011.691 948.
  • 1.01.04 Outros 369.766 422.369 234.
  • 1.01.04.01 Impostos a Compensar 256.717 160.905 140.
  • 1.01.04.02 Impostos Diferidos 32.533 52.518 27.
  • 1.01.04.04 Outros Créditos 80.516 208.946 67.
  • 1.02 Ativo Não Circulante 5.189.892 4.194.433 3.233.
  • 1.02.01 Ativo Realizável a Longo Prazo 529. 705 610.699 466.
  • 1.02.01.01 Créditos Diversos 524.425 517.747 370.
  • 1.02.01.01.01 Títulos e Valores Mobiliários 136.042 129.127 65.
  • 1.02.01.01.02 Impostos a Compensar 163.752 161.237 120.
  • 1.02.01.01.03 Impostos Diferidos 95.375 83.24 3 76.
  • 1.02.01.01.04 Adiantamentos a Fornecedores 61.753 73.358 34.
  • 1.02.01.01.05 Depósitos Judiciais 41.782 46.968 51.
  • 1.02.01.01.06 Outros Créditos 25.721 23.814 23.
  • 1.02.01.02 Créditos com Pessoas Ligadas 5.280 92.952 96.
  • 1.02.02.01 Investimentos 1.796.815 1.286.456 1.107.
  • 1.02.02.02 Imobilizado 2.788.249 2.239.468 1.642.
  • 1.02.02.03 Intangível 75.123 57.810 16.
  • 2 Passivo Total 7.767.412 6.817.613 5.705.
  • 2.01 Passivo Circulante 2.749.828 1.994.166 2.189.
  • 2.01.01 Empréstimos e Financiamentos 457.510 362.473 782.
  • 2.01.02 Debêntures
  • 2.01.03 Fornecedores 583.965 494.643 490.
  • 2.01.04 Impostos, Taxas e Contribuições 51.109 55.930 34.
  • 2.01.05 Dividendos a Pagar 135.666 59.4 20 128.
  • 2.01.06 Provisões trabalhistas 171.947 127.309 132.
  • 2.01.08 Outros - adiantamentos e salários 1.349.631 894.391 620.
  • 2.02 Passivo Não Circulante 2.100.367 2.357.353 1.288.
  • 2.02.01 Passivo Exigível a Longo Prazo 2.100.367 2.357.353 1.288.
  • 2.02.01.01 Empréstimos e Financiamentos 1.170.111 1.095.422 715.
  • 2.02.01.02 Debêntures
  • 2.02.01.03 Provisões - contingências 159.288 139.794 125.
  • 2.02.01.06 Outros – adiantam e impostos diferidos 770.968 1.122.137 447.76
  • 2.04 Patrimônio Líquido 2.917.217 2.466.094 2.228.
  • 2.04.01 Capital Social Realizado 2.000.000 1.500.000 1.500.
  • 2.04.02 Reservas de Capital 20.507
  • 2.04.04 Reservas de Lucro 896.710 966.089 728.
    • Descrição da Conta 31/12/20X3 31/12/20X2 31/12/20X DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
  • 3.01 Receita Bruta de Vendas 9.122.842 7.627.606 7.942.
  • 3.01.01 Mercado Interno 5.316.561 4.482.017 4.219.
  • 3.01.02 Mercado Externo 3.806.281 3.145.589 3.722.
  • 3.02 Deduções da Receita Bruta - 1.084.150 - 922.712 - 856.
  • 3.03 Receita Líquida de Vendas 8.038.692 6.704.894 7.085.
  • 3.04 Custo de Bens e/ou Serviços Vendidos - 6.284.379 - 5.160.351 - 5.347.
  • 3.05 Resultado Bruto 1.754.313 1.544.543 1.738.
  • 3.06.01 Com Vendas - 1.330.507 - 1.172.189 - 1.125.
  • 3.06.02 Gerais e Administrativas - 171.926 - 60.746 - 135.
  • 3.06.07 Outras receitas e despesas - 9.677 - 4.527 2.
  • 3.06.06 Resultado da Equivalência Patrimonial 473.665 204.001 290.
  • 3.07 Resultado antes das Receitas e Desp. Financeiras 715.868 511.082 769.
  • 3.07.01 Financeiras Líquidas 3.614 - 93.218 - 50.
  • 3.07.01.01 Receitas Financeiras 3.614
  • 3.07.01.02 Despesas Financeiras 0 - 93.218 - 50.
  • 3.09 Resultado Antes dos tributos sobre o lucro 719.482 417.864 719.
  • 3.10 Provisão para IR e Contribuição Social - 31.505 - 37.931 - 71.
  • 3.15 Resultado Líquido após os tributos s/o lucro 687.977 379.933 647.

4  OBJETIVOS DA ANÁLISE GERENCIAL DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEI-

RAS

O objetivo da análise gerencial das demonstrações financeiras compreende a indicação de informações numéricas, preferencialmente, de dois ou mais períodos regulares, de modo a auxiliar ou instrumentar os gestores, acionistas, clientes, fornecedores, instituições financeiras, governo, investidores e outras pessoas interessadas em conhecer a situação da empresa ou tomar decisão.^2 Segundo Assaf Neto “a análise visa relatar, com base nas informações contábeis forne- cidas pelas empresas, a posição econômico-financeira atual, as causas que determinaram a evolução apresentada e as tendências futuras. Em outras palavras, pela análise extraem-se informações sobre a posição passada, presente e futura (projetada) de uma empresa”.^3

Figura 1  Objetivos da análise gerencial econômico-financeira

4.1  Usuários Interessados na Análise Gerencial Econômico-Financeira

Os dados e informações da análise das demonstrações financeiras de uma empresa podem atender a diferentes objetivos conforme os interesses de seus vários usuários ou pes- soas físicas ou jurídicas que apresentam algum tipo de relacionamento com a empresa. Nesse processo de avaliação, cada usuário procurará detalhes específicos e conclusões próprias e, muitas vezes, não coincidentes.^4 A análise gerencial financeira permite uma visão da estratégia e dos planos da empresa analisada; além disso, permite estimar o seu futuro, suas limitações e potencialidades. É impor- tante, portanto, para todos que pretendam relacionar-se com uma empresa, quer como forne- cedores, financiadores, acionistas e até empregados. A procura de um bom emprego poderia começar com a análise financeira da empresa.^5 (^2) WALTER, Milton Augusto. Introdução à Análise de Balanços. 2. ed., São Paulo, Editora Saraiva, 1981, p. 60. (^3) ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e Análise de Balanços. 4. ed., São Paulo, Editora Atlas, 2002, p. 47. (^4) ASSAF NETO, Alexandre. Op. cit., p. 51. (^5) MATARAZZO, Dante C. Análise Financeira de Balanços. 2. ed., São Paulo, Editora Atlas, 2003, p. 33.

Caracterização da

Análise Econômico-Financeira

Exame de Dados

Indicadores da Análise

Econômico-Financeira

 Conhecimento da Situação

 Julgamento da Realidade

Estado Patrimonial Situação Financeira Situação Econômica

Finalidade da Análise

Econômico-Financeira

Conhecer a Estrutura Patrimonial Verificar a Capacidade de Solvência Descobrir a Potencialidade de Gerar Resultados

Figura 3  Demonstrações contábeis para análise gerencial

4.4  Pontos Fundamentais da Análise

4.5  Oportunidades de Análise

Figura 4  Oportunidades de análise gerencial econômico-financeira

4.6  Dificuldades na Análise Econômico-Financeira

4.7  Grau de Abrangência da Análise Econômico-Financeira

Figura 5  Abrangência da análise gerencial econômico-financeira

 Objetivo do Estudo

 Ramo de Atividade

 Situação Econômica Geral

 Situação Financeira Geral

 Tendências e Perspectivas

 Demonstrações Contábeis Distorcidas

 Inexistência de Dados Contábeis

Análise

Simples

 Solvência/Liquidez

 Endividamento

 Grau de Imobilização

 Margem de Lucro e Giro

 Rentabilidade

Análise

Abrangente

 Grau de Funcionalidade da Empresa

 Análise do Capital de Giro

 Análise das Variações dos Componentes dos Resultados

 Retorno sobre os Investimentos  Valor Econômico Agregado  Avaliação do Desempenho Econômico  Tendências da Empresa

Normal Realizar no final de cada período contábil

Outras Oportunidades

 Venda da Empresa  Transferência/Fusão  Cisão/Incorporação

4.8  Produto Final da Análise Gerencial Econômico-Financeira Figura 6  Produto final da análise gerencial econômico-financeira 4.9  Metodologia de Análise Gerencial Econômico-Financeira Figura 7  Metodologia de análise gerencial econômico-financeira

Empresa/Mercado

Questões

Principais

 Conhecer a empresa/mercado de atuação

 Características do setor de atividade É normal ou anormal a situação financeira da empresa?

Relatórios

Financeiros

É normal ou anormal a situação econômica da empresa?  Demonstrações contábeis como fonte de informações para análise econômico-financeira  Procedimentos contábeis padronizados para o setor

 Tratamento da inflação nas demonstrações contábei s

Quais os pontos fortes e fracos econômico-financeiros da empresa?

Análise

Vertical

 Participação relativa de cada valor em relação ao total de que faz parte

Análise

Horizontal

 Avaliação do aumento ou da diminuição dos valores monetários

indicativos dos componentes das demonstrações contábeis, mediante comparação.

Análise da

Liquidez

 Conhecer a capacidade de pagamento da empresa

 Condições financeiras de cobrir no vencimento as obrigações assumidas  Verificar o equilíbrio financeiro e a necessidade de capital de giro

Análise do

Endividamento

 Verificar a proporção de capital próprio e de terceiros

 Avaliar a dependência financeira de recursos de terceiros  Conhecer a natureza de suas exigibilidades e seu risco financeiro

Análise de

Rentabilidade e

Lucratividade

 Avaliação econômica do desempenho da empresa  Medir o retorno sobre os investimentos  Dimensionar a lucratividade das vendas

Relatório de

Avaliação

 Opinião e recomendação do analista quanto aos fatos observados

e analisados  Expectativa da empresa se for mantida a mesma tendência  Descrever a situação econômico-financeira da empresa Existe risco ou possibilidade de insolvência da empresa?

5 - ANÁLISE VERTICAL OU DE ESTRUTURA O processo de análise vertical, também denominado de estrutura, tem por finalidade avaliar a proporção de cada componente em relação ao total de que faz parte. Em síntese, a análise vertical tem por objetivos, mostrar a importância de cada conta em relação à demonstração financeira a que pertence e, através da comparação com padrões do ramo ou com percentuais da própria empresa em períodos anteriores, permitir inferir se há itens fora das proporções normais.

5 .1 - Análise Vertical do Balanço Patrimonial

No Balanço Patrimonial, a análise vertical procura evidenciar a participação (representa- tividade) de cada elemento patrimonial do ativo e passivo em relação ao total. O Balanço Patrimonial evidencia os recursos tomados a- ções desses recursos i- ção detalhada dos recursos tomados pela empresa, qual a participação dos capitais próprios e de terceiros, qual o percentual de capitais de terceiros a curto e longo prazo. De outro lado, a análise vertical mostra quanto por cento dos recursos totais foi destinado ao Ativo Circulante e quanto ao Ativo Não Circulante. No modelo abaixo verificamos a metodologia da análise vertical do Balanço Patrimonial:

BALANÇO PATRIMONIAL 20x2 AV% 20x1 AV% 20x0 AV%

Ativo Total 7.767.412 100,00% 6.817.613 100,00% 5.705.131 100,00%

Ativo Circulante 2.577.520 33,18% 2.623.180 38,48% 2.472.050 43,33% Disponibilidades 680.866 8,77% 571.712 8,39% 807.8 65 14,16% Créditos 439.944 5,66% 617.408 9,06% 481.154 8,43% Estoques 1.086.944 13,99% 1.011.691 14,84% 948.560 16,63% Ativo Não Circulante 5.189.892 66,82% 4.194.433 61,52% 3.233.081 56,67% Ativo Realizável a Longo Prazo 529.705 6,82% 610.699 8,96% 466.924 8,18% Investimentos 1.796.815 23,13% 1.286.456 18,87% 1.107.275 19,41% Imobilizado 2.788.249 35,90% 2.239.468 32,85% 1.642.100 28,78% Intangível 75.123 0,97%^ 57.810 0,85%^ 16.782 0,29%

Passivo Total 7.767.412 100,00% 6.817.613 100,00% 5.705.131 100,00%

Passivo Circulante 2.749.828 35,40% 1.994.166 29,25% 2.189.021 38,37% Passivo Não Circulante 2.100.367 27,04% 2.357.353 34,58% 1.288.070 22,58% Patrimônio Líquido 2.917.217 37,56% 2.466.094 36,17% 2.228.040 39,05% Capital Social 2.000. 000 25,75% 1.500.000 22,00% 1.500.000 26,29% Reservas de Capital 20.507 0,26%^5 0,00%^0 0,00% Reservas de Lucro 896.710 11,54% 966.089 14,17% 728.040 12,76%

5 .1.1 - Relatório de Análise Vertical do Balanço Patrimonial

Com os dados da análise vertical da empresa em análise, podem ser observadas pe- quenas alterações em sua estrutura patrimonial. O Ativo Circulante que em 20x0 representava 43 % passou para 38% em 20x1 e para apenas 33% em 20x2 apresentando uma sensível re- dução no período analisado. O item dentro do Ativo Circulante que sofreu a maior redução é o disponível, passando de 14% para 9%. O Ativo não circulante apresentou um aumento considerável no período, pois represen- tava 57% do total do ativo em 20x0, subindo para 62% em 20x0 e terminando 2 0x2 com 67%. Esse aumento foi um reflexo de um crescimento generalizado de todos os grupos do não circu- lante. As obrigações de curto prazo que compõem o Passivo Circulante apresentaram uma pequena redução no período analisado. Em 20x0 representava 38%, em 20x1 caiu para 29% e em 20x2 fechou com 35%. O passivo não circulante se manteve praticamente estável, apresentando um pequeno aumento de 23% para 27%, embora em 20x0 tenha se apresentado com, 35% do total do pas-

sivo. O Patrimônio líquido, embora tenha apresentado uma queda de 39% para 36% de 20x para 20x1, mas se recuperou e fechou 20x2 com 38%.

5 .2 - Análise Vertical da Demonstração do Resultado do Exercício

A análise vertical da Demonstração do Resultado do Exercício conduz a evidenciação da estrutura de custos e despesas da empresa, em relação ao total das receitas. Esta análise propicia um aspecto da avaliação da lucratividade da empresa. O parâme- tro comparativo da Demonstração do Resultado do Exercício é a Receita Operacional Líquida. A análise vertical atinge seu ponto máximo de utilidade quando aplicada à Demonstra- ção do Resultado. Toda a atividade de uma empresa gira em torno das receitas operacionais. Por isso, na análise vertical da Demonstração do Resultado, as receitas operacionais líquidas são igualadas a 100% e todos os demais itens têm seu percentual calculado em relação a es- sas receitas. No modelo abaixo poderá ser verificada a metodologia da análise vertical da DRE:

DEMONST DE RESULTADO 20x2 AV% 20x1 AV% 20x0 AV%

Receita Bruta de Vendas 9.122.842 113,49% 7.627.606 113,76% 7.942.037 112,08% Deduções da Receita Bruta (^) - 1.084.150 - 13,49% (^) - 922.712 - 13,76% (^) - 856.215 - 12,08% Receita Líquida de Vendas 8.038.692 100,00% 6.704.894 100,00% 7.085.822 100,00% Custo Produtos Vendidos - 6.284.379 - 78,18% - 5.160.351 - 76,96% - 5.347.406 - 75,47% Resultado Bruto (^) 1.754.313 21,82% 1.544.543 23,04% 1.738.416 24,53% Despesas/Receitas Operacionais - 1.034.831 - 12,87% - 1.126.679 - 16,80% - 1.019.092 - 14,38% Com Vendas - 1.330.507 - 16,55% - 1.172.189 - 17 ,48% - 1.125.815 - 15,89% Gerais e Administrativas - 171.926 - 2,14% - 60.746 - 0,91% - 135.520 - 1,91% Outras receitas e despesas - 9.677 - 0,12% - 4.527 - 0,07% 2.653 0,04% Result da Equivalência Patrimonial 473.665 5,89% 204.001 3,04% 290.229 4,10% Res antes Rec/Desp. Financeiras 715.868 8,91% 511.082 7,62% 769.963 10,87% Financeiras Líquidas 3.614 0,04% - 93.218 - 1,39% - 50.639 - 0,71% Receitas Financeiras 3.614 0,04% 0 0,00% 0 0,00% Despesas Financeiras 0 0,00% - 93.218 - 1,39% - 50.639 - 0,71% Resultado Antes do IR e CSLL 719.482 8,95% 417.864 6,23% 719.324 10,15% Provisão p/ IR e Contrib Social - 31.505 - 0,39% - 37.931 - 0,57% - 71.921 - 1,01% Lucro/Prejuízo do Período 687.977 8,56% 379.933 5,67% 647.403 9,14%

5 .2.1 - Relatório de Análise Vertical da Demonstração do Resultado

Na análise vertical da Demonstração do Resultado, verifica-se uma variação importante na evolução do custo das vendas, O custo representava 75% do valor das vendas líquidas rea- lizadas em 20x0. Esse percentual aumentou para 77% em 20x 1 , e fechou em 78% em 20x2. Como conseqüência, observa-se uma redução no lucro bruto de 25 % em 20x0, para 23% em 20x1 e, caindo ainda mais para 22% em 20x2. As despesas operacionais se apresentaram estáveis no período 20x0/20x2. Entretanto, em 20x0 representavam 14% da Receita Líquida, em 20x1 aumentaram para 17%, e em 20x caiu para 13% da Receita Líquidas. O resultado financeiro líquido foi o principal responsável por essa variação. O Lucro Líquido no Período sofreu uma alteração significativa, pois em 20x0 represen- tava 9,1%, em 20x1 apenas 5,7% e se recuperou em 20x2 para 8,6%, no entanto, nota-se que no período analisado apresentou redução.

6 .2 - Análise Horizontal do Balanço Patrimonial

A análise horizontal tem por objetivos verificar se houve aumento ou diminuição dos componentes do Balanço Patrimonial no decorrer dos períodos em análise. Para efetuar a análise horizontal é necessário tomar um período-base que será o ponto de partida. Os dados dos outros períodos serão considerados como evolução do período-base escolhido. Geralmente, o período-base corresponde ao número-índice 100. Assaf Neto lembra que “a grande importância dessa técnica é bem clara: permite que se analise a tendência passada e futura de cada valor contábil. Muitas vezes, o momento de uma empresa está afetado por causas originadas em períodos anteriores, as quais poderão, ainda, refletir-se em períodos futuros”. No modelo a seguir pode-se verificar a metodologia da análise horizontal do Balanço Patrimonial.

BALANÇO PATRIMONIAL 20x2 AH% 20x1 AH% 20x0 AH%

Ativo Total 7.767.412 136% 6.817.613 119% 5.705.131 100%

Ativo Circulante 2.577.520 104% 2.623.180 106% 2.472.050 100%

Disponibilidades 680.866 84% 571.712 71% 807.865 100% Créditos 439.944 91% 617.408 128% 481.154 100% Estoques 1.086.944 115% 1.011.691 107% 948.560 100%

Ativo Não Circulante 5.189.892 161% 4.194.433 130% 3.233.081 100%

Ativo Realizável a Longo Prazo 529.705 113% 6 10.699 131% 466.924 100% Investimentos 1.796.815 162% 1.286.456 116% 1.107.275 100% Imobilizado 2.788.249 170% 2.239.468 136% 1.642.100 100% Intangível 75.123 448% 57.810 344% 16.782 100%

Passivo Total 7.767.412 136% 6.817.613 119% 5.705.131 100%

Passivo Circulante 2.749.828 126%^ 1.994.166 91%^ 2.189.021 100%

Passivo Não Circulante 2.100.367 163% 2.357.353 183% 1.288.070 100%

Patrimônio Líquido 2.917.217 131% 2.466.094 111% 2.228.040 100%

Capital Social 2.000.000 133% 1.500.000 100% 1.500.000 100% Reservas de Capital 20.507 ######## 5 500% 1 100% Reservas de Lucro 896.710 123% 966.089 133% 728.040 100%

6 .2.1 - Relatório de Análise Horizontal do Balanço Patrimonial

Observa-se que teve um crescimento de apenas 4% enquanto o passivo circulante apresentou um crescimento de 26%, e isso justifica a deterioração da capacidade de pagamen- to de curto prazo da empresa. A capacidade de pagamentos de longo prazo também não apresenta uma boa evolu- ção, pois o ativo realizável a LP cresceu apenas 13% enquanto o passivo não circulante au- mentou em 63%. À primeira vista se poderia pensar que o patrimônio líquido teve uma boa evolução, pois teve um aumento de 31% no período analisado, entretanto, nota-se que esse aumento foi infe- rior ao crescimento total da empresa que foi de 36%

6 .3 - Análise Horizontal da Demonstração do Resultado do Exercício

A análise horizontal da Demonstração do Resultado é também muito importante, porque permite visualizar o crescimento de cada item dessa demonstração. Na análise horizontal deve- se tomar o crescimento das receitas operacionais líquidas como elemento de referência e com- parar o crescimento de todos os itens da Demonstração do Resultado relativamente ao cresci-

mento das receitas operacionais líquidas. Os itens de despesas que tiverem crescido mais que proporcional as receitas operacio- nais líquidas representarão problemas que merecem explicações e estudos mais aprofunda- dos. Já os itens de despesas que cresceram menos que as receitas operacionais líquidas re- presentam itens, a princípio, sob controle. No modelo a seguir poderá ser verificada a metodologia da análise horizontal da D.R.E.

DEMONST DE RESULTADO 20x2 AH% 20x1 AH% 20x0 AH%

Receita Bruta de Vendas 9.122.842 113% 7.627.606 96% 7.942.037 100% Deduções da Receita Bruta - 1.084.150 127% - 922.712 108% - 856.215 100% Receita Líquida de Vendas 8.038.692 113% 6.704.894 95% 7.085.822 100% Custo dos Prod Vendidos - 6.284.379 118% - 5.160.351 97% - 5.347.406 100% Resultado Bruto 1.754.313 101% 1.544.543 89% 1.738.416 100% Despesas/Receitas Operacionais - 1.034.831 102% - 1.126.679 111% - 1.019.092 100% Com Vendas (^) - 1.330.507 118% (^) - 1.172.189 104% (^) - 1.125.815 100% Gerais e Administrativas - 171.926 127% - 60.746 45% - 135.520 100% Outras receitas e despesas - 9.677 - 365% - 4.527 - 171% 2.653 100% Result da Equivalência Patrimonial 473.665 163% 204.001 70% 290.229 100% Res antes Rec/Desp. Financeiras 715.868 93% 511.082 66% 769.963 100% Financeiras Líquidas 3.614 - 7% - 93.218 184% - 50.639 100% Receitas Financeiras (^) 3.614 #DIV/0! (^) 0 #DIV/0! (^) 0 #DIV/0! Despesas Financeiras 0 0% - 93.218 184% - 50.639 100% Resultado Antes do IR e da CSLL 719.482 100% 417.864 58% 719.324 100% Provisão p/ IR e CSLL - 31.505 44% - 37.931 53% - 71.921 100% Lucro/Prejuízo do Período 687.977 106% 37 9.933 59% 647.403 100%

6 .3.1 - Relatório de Análise Horizontal da Demonstração do Resultado

Nos dois períodos analisados, o custo dos produtos vendidos da empresa apresentou um crescimento maior que as receitas operacionais líquidas. De 20x0 para 20x2 as receitas operacionais líquidas cresceram 13% e o custo dos produtos vendidos 18 %. As despesas operacionais apresentaram um crescimento inferior ao crescimento das receitas liquidas, com destaque para o bom desempenho do resultado financeiro. A lucratividade líquida também apresentou um crescimento em termos absolutos de 6%, entretanto, considerando o crescimento das vendas, observa-se que ficou aquém da evolução das vendas líquidas que cresceram 13%.

7.2 Descrição detalhada dos Principais Índices (aplicados aos balanços da

pág. 33)

7 .1 - Liquidez

7 .1.1 - Liquidez Corrente: LC

Fórmula:

Indica: Quanto a empresa possui no Ativo Circulante para cada $1,00 de Passivo Circu- lante Interpretação: Quanto maior, melhor

20x1 20x

Ativo Circulante 1.960.480 2.269.

Passivo Circulante 1.340.957 1.406.

Liquidez Corrente =

Graficamente, os índices de Liquidez Corrente poderiam ser visualizados:

Ativo

Circulante

Passivo

Circulante

Ativo

Circulante

Passivo

Circulante

Capital Circulante Líquido

Passivo

Não

Circulante

Capital Circulante

Líquido Passivo

Não

Ativo^ Circulante

Não

Circulante

Ativo

Não

Patrimônio Circulante

Líquido

Patrimônio

Líquido

Nos dois períodos, o Ativo Circulante é maior que o Passivo Circulante. Isso quer dizer que o Ativo Circulante é suficiente para pagar todos as dívidas de curto prazo e ainda com uma folga de 46% em 20x1 e de 61% em 20x2. Nos dois casos a Liquidez é superior a 1, o excesso em relação a 1 deve-se à existên- cia de Capital Circulante Líquido – CCL. O Capital Circulante Líquido também pode ser determinado através da fórmula: Onde: CCL = Capital Circulante Líquido AC = Ativo Circulante

20x1 20x

Ativo Circulante Passivo Circulante

CCL = AC – PC

PC = Passivo Circulante Quando se diz que os valores do Ativo Circulante são suficientes para cobrir as dívidas pode dar a impressão que se a empresa liquidasse todo o seu Passivo Circulante, pagaria to- das as obrigações de curto prazo e ainda sobrariam $ 0,46, em 20x1, para cada $ 1,00 de dívi- da. Não é exatamente assim. Primeiramente porque estariam sendo desconsiderados di- versos fatores, tais como:  Não seria possível vender todos os estoques imediatamente.  É impossível receber todas as duplicatas dos clientes e de outros devedores antes do prazo contratado.  Não seria necessário pagar dívidas que ainda irão vencer nos meses seguintes e até o final do exercício seguinte. Quase sempre a empresa já arcou com encargos financeiros para se conseguir esses prazos.  O Ativo Circulante abriga valores que não são recuperáveis, como as despesas anteci- padas. Nesse sentido, o índice de Liquidez Corrente aponta que há recursos no Ativo Circulan- te, que são superiores às dívidas com terceiros na proporção de 1,46 para 1,00. Os recursos do Ativo Circulante entrarão em caixa num momento diferente do saída para o pagamento do Passivo Circulante. O desejável é que as entradas em caixa sejam equivalentes às saídas. Cabe à administração financeira atingir esse ideal no dia-a-dia da empresa, administrando os prazos de recebimento e de pagamento e renovando empréstimos bancários quando necessá- rio. Esse índice significa o seguinte: a margem de folga para manobras de prazos objetiva equilibrar as entradas e saídas de caixa. Quanto maior o índice maior essa margem, melhor a segurança financeira da empresa.