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Apostila ensinando tudo sobre Análise das Demonstrações Contábeis - ADC
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Não perca as partes importantes!
As demonstrações contábeis apresentadas dentro das normas e dos princípios funda- mentais de contabilidade fornecem uma série de dados sobre a organização em determinado período. O analista financeiro procura extrair dados das demonstrações contábeis e transformá- los em informações que possibilitem tirar conclusões, se a empresa é merecedora ou não de crédito, se a empresa tem ou não condições de honrar seus compromissos financeiros e capa- cidade de gerar lucros. Em síntese, a análise financeira é um processo de “reflexão” sobre as demonstrações contábeis, objetivando uma avaliação da situação da empresa, em seus aspec- tos operacionais, econômicos, patrimoniais e financeiros. Para o gerenciamento empresarial financeiro a informação contábil é fundamental no processo de planejamento, controle e tomada de decisão dentro da empresa. Por isso, a com- parabilidade em vários aspectos é importante: Comparação com períodos passados; Comparação com padrão setorial; Comparação com períodos orçados; Comparação com padrões internacionais; Comparação com empresas concorrentes.^1 O grau de excelência da análise econômico-financeira de natureza gerencial está rela- cionado com a qualidade e extensão das informações que o analista consegue gerar. Para o processo de avaliação patrimonial e do desempenho da empresa, o analista vale-se de uma série de cálculos matemáticos, traduzindo as demonstrações contábeis em indicadores econô- mico-financeiros. Desse modo, fica evidente que o mais importante para o analista não é saber calcular, mas interpretar esses indicadores e relatar os pontos fortes e fracos do processo operacional e financeiro da empresa, visando propor alternativas de curso futuro.
O Balanço Patrimonial é uma das Demonstrações Financeiras que deve evidenciar, com clareza, a situação do patrimonial da empresa, num dado momento. Através dele pode-se iden- tificar a saúde financeira e econômica da empresa no fim do exercício social ou em qualquer data.
O Artigo 178 da Lei 6.404/76 diz que “no balanço as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia”. § 1º - No Ativo , as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos: a) Ativo Circulante. b) Ativo Não Circulante: dividido em Ativo Realizável a Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível § 2º - No Passivo , as contas serão classificadas nos seguintes grupos: (^1) PADOVEZE, Clóvis Luis. Contabilidade Gerencial: um enfoque em sist. de informação contábil., S.P., Atlas, 2004, p. 192.
Aplicações de Recursos Investimentos de Capital Origens de Recursos ou Capitais Capital Próprio ou de Terceiros
A equação patrimonial pode apontar, de forma sintética, para apenas três situações (chamadas de Situações Líquidas):
aa
Nesse caso, os bens e direitos - valores positivos - são maiores que as obrigações, valo- res negativos, resultando uma SITUAÇÃO LÍQUIDA ATIVA (SLa) também denominada POSI- TIVA, SUPERAVITÁRIA ou FAVORÁVEL. Graficamente:
E E
Os bens e direitos são suficientes apenas para honrar as obrigações. A SITUAÇÃO LÍ- QUIDA é NULA ou COMPENSADA.
Obs: Essa situação de igualdade seria dificilmente encontrada em empresas em atividade normal.
a
Teríamos insuficiência de bens e direitos para o pagamento das obrigações. A diferença entre o passivo e o ativo é denominada SITUAÇÃO LÍQUIDA PASSIVA (SLp) também denomi- nada NEGATIVA, DEFICITÁRIA ou DESFAVORÁVEL. O excesso de elementos negativos – obrigações - quando relacionados com os positi- vos, demonstra um PASSIVO A DESCOBERTO.
Ou graficamente:
E E
aa
OOUU A ATITIVVOO (^) LLÍÍQQUUIIDDOO SSIITTUUAAÇÇÃÃOO LLÍÍQQUUIIDDAA PPAASSSSIIVVAA,, NNEEGGAATTIIVVAA OOUU PPAASSSSIIVVO AOA^ DDEESSCCOOBEBERRTTOO
A demonstração do resultado é o relatório contábil destinado a evidenciar a composição do resultado formado num determinado período de operações da entidade. A demonstração do resultado, observado o princípio da competência, evidenciará a forma- ção dos vários níveis de resultados, mediante confronto entre as receitas e os correspondentes custos e despesas.
Receita Bruta de Vendas e Serviços Receitas de Comercialização de Mercadorias e Produtos Receitas de Venda de Serviços (-) Deduções da Receita Bruta Vendas Canceladas (devoluções) Abatimentos e Descontos Incondicionais Impostos incidentes sobre Vendas = Receita Líquida (-) Custo das Vendas Custo dos Produtos Vendidos (CPV) Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) Custo dos Serviços Prestados (CSP) = Lucro Bruto Despesas Operacionais (-) Despesas Gerais e Administrativas (-) Despesas Com Vendas (+/-) Outras Receitas e Despesas Operacionais (+/-) Resultado da equivalência patrimonial (=) Resultado Antes das Receitas e Despesas Financeiras (+/-) Resultado financeiro Líquido (-)Despesas Financeiras (+) Receitas Financeiras (=) Resultado antes dos tributos sobre o Lucro (-) Tributos sobre o lucro (IRPJ/CSLL) 1 (=) Resultado Líquido após os tributos sobre o lucro (+/-) Resultado líquido das operações descontinuadas (+/-) Tributos s/o resultado das operações descontinuadas 2 (=) Resultado Líquido após os tributos das operações descontinuadas 1+2 (=) RESULTADO LÍQUIDO NO PERÍODO
O objetivo da análise gerencial das demonstrações financeiras compreende a indicação de informações numéricas, preferencialmente, de dois ou mais períodos regulares, de modo a auxiliar ou instrumentar os gestores, acionistas, clientes, fornecedores, instituições financeiras, governo, investidores e outras pessoas interessadas em conhecer a situação da empresa ou tomar decisão.^2 Segundo Assaf Neto “a análise visa relatar, com base nas informações contábeis forne- cidas pelas empresas, a posição econômico-financeira atual, as causas que determinaram a evolução apresentada e as tendências futuras. Em outras palavras, pela análise extraem-se informações sobre a posição passada, presente e futura (projetada) de uma empresa”.^3
Os dados e informações da análise das demonstrações financeiras de uma empresa podem atender a diferentes objetivos conforme os interesses de seus vários usuários ou pes- soas físicas ou jurídicas que apresentam algum tipo de relacionamento com a empresa. Nesse processo de avaliação, cada usuário procurará detalhes específicos e conclusões próprias e, muitas vezes, não coincidentes.^4 A análise gerencial financeira permite uma visão da estratégia e dos planos da empresa analisada; além disso, permite estimar o seu futuro, suas limitações e potencialidades. É impor- tante, portanto, para todos que pretendam relacionar-se com uma empresa, quer como forne- cedores, financiadores, acionistas e até empregados. A procura de um bom emprego poderia começar com a análise financeira da empresa.^5 (^2) WALTER, Milton Augusto. Introdução à Análise de Balanços. 2. ed., São Paulo, Editora Saraiva, 1981, p. 60. (^3) ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e Análise de Balanços. 4. ed., São Paulo, Editora Atlas, 2002, p. 47. (^4) ASSAF NETO, Alexandre. Op. cit., p. 51. (^5) MATARAZZO, Dante C. Análise Financeira de Balanços. 2. ed., São Paulo, Editora Atlas, 2003, p. 33.
Estado Patrimonial Situação Financeira Situação Econômica
Conhecer a Estrutura Patrimonial Verificar a Capacidade de Solvência Descobrir a Potencialidade de Gerar Resultados
Figura 3 Demonstrações contábeis para análise gerencial
Figura 4 Oportunidades de análise gerencial econômico-financeira
Figura 5 Abrangência da análise gerencial econômico-financeira
Retorno sobre os Investimentos Valor Econômico Agregado Avaliação do Desempenho Econômico Tendências da Empresa
Venda da Empresa Transferência/Fusão Cisão/Incorporação
4.8 Produto Final da Análise Gerencial Econômico-Financeira Figura 6 Produto final da análise gerencial econômico-financeira 4.9 Metodologia de Análise Gerencial Econômico-Financeira Figura 7 Metodologia de análise gerencial econômico-financeira
Características do setor de atividade É normal ou anormal a situação financeira da empresa?
É normal ou anormal a situação econômica da empresa? Demonstrações contábeis como fonte de informações para análise econômico-financeira Procedimentos contábeis padronizados para o setor
Quais os pontos fortes e fracos econômico-financeiros da empresa?
indicativos dos componentes das demonstrações contábeis, mediante comparação.
Condições financeiras de cobrir no vencimento as obrigações assumidas Verificar o equilíbrio financeiro e a necessidade de capital de giro
Avaliar a dependência financeira de recursos de terceiros Conhecer a natureza de suas exigibilidades e seu risco financeiro
Avaliação econômica do desempenho da empresa Medir o retorno sobre os investimentos Dimensionar a lucratividade das vendas
e analisados Expectativa da empresa se for mantida a mesma tendência Descrever a situação econômico-financeira da empresa Existe risco ou possibilidade de insolvência da empresa?
5 - ANÁLISE VERTICAL OU DE ESTRUTURA O processo de análise vertical, também denominado de estrutura, tem por finalidade avaliar a proporção de cada componente em relação ao total de que faz parte. Em síntese, a análise vertical tem por objetivos, mostrar a importância de cada conta em relação à demonstração financeira a que pertence e, através da comparação com padrões do ramo ou com percentuais da própria empresa em períodos anteriores, permitir inferir se há itens fora das proporções normais.
No Balanço Patrimonial, a análise vertical procura evidenciar a participação (representa- tividade) de cada elemento patrimonial do ativo e passivo em relação ao total. O Balanço Patrimonial evidencia os recursos tomados a- ções desses recursos i- ção detalhada dos recursos tomados pela empresa, qual a participação dos capitais próprios e de terceiros, qual o percentual de capitais de terceiros a curto e longo prazo. De outro lado, a análise vertical mostra quanto por cento dos recursos totais foi destinado ao Ativo Circulante e quanto ao Ativo Não Circulante. No modelo abaixo verificamos a metodologia da análise vertical do Balanço Patrimonial:
Ativo Circulante 2.577.520 33,18% 2.623.180 38,48% 2.472.050 43,33% Disponibilidades 680.866 8,77% 571.712 8,39% 807.8 65 14,16% Créditos 439.944 5,66% 617.408 9,06% 481.154 8,43% Estoques 1.086.944 13,99% 1.011.691 14,84% 948.560 16,63% Ativo Não Circulante 5.189.892 66,82% 4.194.433 61,52% 3.233.081 56,67% Ativo Realizável a Longo Prazo 529.705 6,82% 610.699 8,96% 466.924 8,18% Investimentos 1.796.815 23,13% 1.286.456 18,87% 1.107.275 19,41% Imobilizado 2.788.249 35,90% 2.239.468 32,85% 1.642.100 28,78% Intangível 75.123 0,97%^ 57.810 0,85%^ 16.782 0,29%
Passivo Circulante 2.749.828 35,40% 1.994.166 29,25% 2.189.021 38,37% Passivo Não Circulante 2.100.367 27,04% 2.357.353 34,58% 1.288.070 22,58% Patrimônio Líquido 2.917.217 37,56% 2.466.094 36,17% 2.228.040 39,05% Capital Social 2.000. 000 25,75% 1.500.000 22,00% 1.500.000 26,29% Reservas de Capital 20.507 0,26%^5 0,00%^0 0,00% Reservas de Lucro 896.710 11,54% 966.089 14,17% 728.040 12,76%
Com os dados da análise vertical da empresa em análise, podem ser observadas pe- quenas alterações em sua estrutura patrimonial. O Ativo Circulante que em 20x0 representava 43 % passou para 38% em 20x1 e para apenas 33% em 20x2 apresentando uma sensível re- dução no período analisado. O item dentro do Ativo Circulante que sofreu a maior redução é o disponível, passando de 14% para 9%. O Ativo não circulante apresentou um aumento considerável no período, pois represen- tava 57% do total do ativo em 20x0, subindo para 62% em 20x0 e terminando 2 0x2 com 67%. Esse aumento foi um reflexo de um crescimento generalizado de todos os grupos do não circu- lante. As obrigações de curto prazo que compõem o Passivo Circulante apresentaram uma pequena redução no período analisado. Em 20x0 representava 38%, em 20x1 caiu para 29% e em 20x2 fechou com 35%. O passivo não circulante se manteve praticamente estável, apresentando um pequeno aumento de 23% para 27%, embora em 20x0 tenha se apresentado com, 35% do total do pas-
sivo. O Patrimônio líquido, embora tenha apresentado uma queda de 39% para 36% de 20x para 20x1, mas se recuperou e fechou 20x2 com 38%.
A análise vertical da Demonstração do Resultado do Exercício conduz a evidenciação da estrutura de custos e despesas da empresa, em relação ao total das receitas. Esta análise propicia um aspecto da avaliação da lucratividade da empresa. O parâme- tro comparativo da Demonstração do Resultado do Exercício é a Receita Operacional Líquida. A análise vertical atinge seu ponto máximo de utilidade quando aplicada à Demonstra- ção do Resultado. Toda a atividade de uma empresa gira em torno das receitas operacionais. Por isso, na análise vertical da Demonstração do Resultado, as receitas operacionais líquidas são igualadas a 100% e todos os demais itens têm seu percentual calculado em relação a es- sas receitas. No modelo abaixo poderá ser verificada a metodologia da análise vertical da DRE:
Receita Bruta de Vendas 9.122.842 113,49% 7.627.606 113,76% 7.942.037 112,08% Deduções da Receita Bruta (^) - 1.084.150 - 13,49% (^) - 922.712 - 13,76% (^) - 856.215 - 12,08% Receita Líquida de Vendas 8.038.692 100,00% 6.704.894 100,00% 7.085.822 100,00% Custo Produtos Vendidos - 6.284.379 - 78,18% - 5.160.351 - 76,96% - 5.347.406 - 75,47% Resultado Bruto (^) 1.754.313 21,82% 1.544.543 23,04% 1.738.416 24,53% Despesas/Receitas Operacionais - 1.034.831 - 12,87% - 1.126.679 - 16,80% - 1.019.092 - 14,38% Com Vendas - 1.330.507 - 16,55% - 1.172.189 - 17 ,48% - 1.125.815 - 15,89% Gerais e Administrativas - 171.926 - 2,14% - 60.746 - 0,91% - 135.520 - 1,91% Outras receitas e despesas - 9.677 - 0,12% - 4.527 - 0,07% 2.653 0,04% Result da Equivalência Patrimonial 473.665 5,89% 204.001 3,04% 290.229 4,10% Res antes Rec/Desp. Financeiras 715.868 8,91% 511.082 7,62% 769.963 10,87% Financeiras Líquidas 3.614 0,04% - 93.218 - 1,39% - 50.639 - 0,71% Receitas Financeiras 3.614 0,04% 0 0,00% 0 0,00% Despesas Financeiras 0 0,00% - 93.218 - 1,39% - 50.639 - 0,71% Resultado Antes do IR e CSLL 719.482 8,95% 417.864 6,23% 719.324 10,15% Provisão p/ IR e Contrib Social - 31.505 - 0,39% - 37.931 - 0,57% - 71.921 - 1,01% Lucro/Prejuízo do Período 687.977 8,56% 379.933 5,67% 647.403 9,14%
Na análise vertical da Demonstração do Resultado, verifica-se uma variação importante na evolução do custo das vendas, O custo representava 75% do valor das vendas líquidas rea- lizadas em 20x0. Esse percentual aumentou para 77% em 20x 1 , e fechou em 78% em 20x2. Como conseqüência, observa-se uma redução no lucro bruto de 25 % em 20x0, para 23% em 20x1 e, caindo ainda mais para 22% em 20x2. As despesas operacionais se apresentaram estáveis no período 20x0/20x2. Entretanto, em 20x0 representavam 14% da Receita Líquida, em 20x1 aumentaram para 17%, e em 20x caiu para 13% da Receita Líquidas. O resultado financeiro líquido foi o principal responsável por essa variação. O Lucro Líquido no Período sofreu uma alteração significativa, pois em 20x0 represen- tava 9,1%, em 20x1 apenas 5,7% e se recuperou em 20x2 para 8,6%, no entanto, nota-se que no período analisado apresentou redução.
A análise horizontal tem por objetivos verificar se houve aumento ou diminuição dos componentes do Balanço Patrimonial no decorrer dos períodos em análise. Para efetuar a análise horizontal é necessário tomar um período-base que será o ponto de partida. Os dados dos outros períodos serão considerados como evolução do período-base escolhido. Geralmente, o período-base corresponde ao número-índice 100. Assaf Neto lembra que “a grande importância dessa técnica é bem clara: permite que se analise a tendência passada e futura de cada valor contábil. Muitas vezes, o momento de uma empresa está afetado por causas originadas em períodos anteriores, as quais poderão, ainda, refletir-se em períodos futuros”. No modelo a seguir pode-se verificar a metodologia da análise horizontal do Balanço Patrimonial.
Disponibilidades 680.866 84% 571.712 71% 807.865 100% Créditos 439.944 91% 617.408 128% 481.154 100% Estoques 1.086.944 115% 1.011.691 107% 948.560 100%
Ativo Realizável a Longo Prazo 529.705 113% 6 10.699 131% 466.924 100% Investimentos 1.796.815 162% 1.286.456 116% 1.107.275 100% Imobilizado 2.788.249 170% 2.239.468 136% 1.642.100 100% Intangível 75.123 448% 57.810 344% 16.782 100%
Capital Social 2.000.000 133% 1.500.000 100% 1.500.000 100% Reservas de Capital 20.507 ######## 5 500% 1 100% Reservas de Lucro 896.710 123% 966.089 133% 728.040 100%
Observa-se que teve um crescimento de apenas 4% enquanto o passivo circulante apresentou um crescimento de 26%, e isso justifica a deterioração da capacidade de pagamen- to de curto prazo da empresa. A capacidade de pagamentos de longo prazo também não apresenta uma boa evolu- ção, pois o ativo realizável a LP cresceu apenas 13% enquanto o passivo não circulante au- mentou em 63%. À primeira vista se poderia pensar que o patrimônio líquido teve uma boa evolução, pois teve um aumento de 31% no período analisado, entretanto, nota-se que esse aumento foi infe- rior ao crescimento total da empresa que foi de 36%
A análise horizontal da Demonstração do Resultado é também muito importante, porque permite visualizar o crescimento de cada item dessa demonstração. Na análise horizontal deve- se tomar o crescimento das receitas operacionais líquidas como elemento de referência e com- parar o crescimento de todos os itens da Demonstração do Resultado relativamente ao cresci-
mento das receitas operacionais líquidas. Os itens de despesas que tiverem crescido mais que proporcional as receitas operacio- nais líquidas representarão problemas que merecem explicações e estudos mais aprofunda- dos. Já os itens de despesas que cresceram menos que as receitas operacionais líquidas re- presentam itens, a princípio, sob controle. No modelo a seguir poderá ser verificada a metodologia da análise horizontal da D.R.E.
Receita Bruta de Vendas 9.122.842 113% 7.627.606 96% 7.942.037 100% Deduções da Receita Bruta - 1.084.150 127% - 922.712 108% - 856.215 100% Receita Líquida de Vendas 8.038.692 113% 6.704.894 95% 7.085.822 100% Custo dos Prod Vendidos - 6.284.379 118% - 5.160.351 97% - 5.347.406 100% Resultado Bruto 1.754.313 101% 1.544.543 89% 1.738.416 100% Despesas/Receitas Operacionais - 1.034.831 102% - 1.126.679 111% - 1.019.092 100% Com Vendas (^) - 1.330.507 118% (^) - 1.172.189 104% (^) - 1.125.815 100% Gerais e Administrativas - 171.926 127% - 60.746 45% - 135.520 100% Outras receitas e despesas - 9.677 - 365% - 4.527 - 171% 2.653 100% Result da Equivalência Patrimonial 473.665 163% 204.001 70% 290.229 100% Res antes Rec/Desp. Financeiras 715.868 93% 511.082 66% 769.963 100% Financeiras Líquidas 3.614 - 7% - 93.218 184% - 50.639 100% Receitas Financeiras (^) 3.614 #DIV/0! (^) 0 #DIV/0! (^) 0 #DIV/0! Despesas Financeiras 0 0% - 93.218 184% - 50.639 100% Resultado Antes do IR e da CSLL 719.482 100% 417.864 58% 719.324 100% Provisão p/ IR e CSLL - 31.505 44% - 37.931 53% - 71.921 100% Lucro/Prejuízo do Período 687.977 106% 37 9.933 59% 647.403 100%
Nos dois períodos analisados, o custo dos produtos vendidos da empresa apresentou um crescimento maior que as receitas operacionais líquidas. De 20x0 para 20x2 as receitas operacionais líquidas cresceram 13% e o custo dos produtos vendidos 18 %. As despesas operacionais apresentaram um crescimento inferior ao crescimento das receitas liquidas, com destaque para o bom desempenho do resultado financeiro. A lucratividade líquida também apresentou um crescimento em termos absolutos de 6%, entretanto, considerando o crescimento das vendas, observa-se que ficou aquém da evolução das vendas líquidas que cresceram 13%.
pág. 33)
Indica: Quanto a empresa possui no Ativo Circulante para cada $1,00 de Passivo Circu- lante Interpretação: Quanto maior, melhor
Graficamente, os índices de Liquidez Corrente poderiam ser visualizados:
Capital Circulante Líquido
Capital Circulante
Nos dois períodos, o Ativo Circulante é maior que o Passivo Circulante. Isso quer dizer que o Ativo Circulante é suficiente para pagar todos as dívidas de curto prazo e ainda com uma folga de 46% em 20x1 e de 61% em 20x2. Nos dois casos a Liquidez é superior a 1, o excesso em relação a 1 deve-se à existên- cia de Capital Circulante Líquido – CCL. O Capital Circulante Líquido também pode ser determinado através da fórmula: Onde: CCL = Capital Circulante Líquido AC = Ativo Circulante
Ativo Circulante Passivo Circulante
PC = Passivo Circulante Quando se diz que os valores do Ativo Circulante são suficientes para cobrir as dívidas pode dar a impressão que se a empresa liquidasse todo o seu Passivo Circulante, pagaria to- das as obrigações de curto prazo e ainda sobrariam $ 0,46, em 20x1, para cada $ 1,00 de dívi- da. Não é exatamente assim. Primeiramente porque estariam sendo desconsiderados di- versos fatores, tais como: Não seria possível vender todos os estoques imediatamente. É impossível receber todas as duplicatas dos clientes e de outros devedores antes do prazo contratado. Não seria necessário pagar dívidas que ainda irão vencer nos meses seguintes e até o final do exercício seguinte. Quase sempre a empresa já arcou com encargos financeiros para se conseguir esses prazos. O Ativo Circulante abriga valores que não são recuperáveis, como as despesas anteci- padas. Nesse sentido, o índice de Liquidez Corrente aponta que há recursos no Ativo Circulan- te, que são superiores às dívidas com terceiros na proporção de 1,46 para 1,00. Os recursos do Ativo Circulante entrarão em caixa num momento diferente do saída para o pagamento do Passivo Circulante. O desejável é que as entradas em caixa sejam equivalentes às saídas. Cabe à administração financeira atingir esse ideal no dia-a-dia da empresa, administrando os prazos de recebimento e de pagamento e renovando empréstimos bancários quando necessá- rio. Esse índice significa o seguinte: a margem de folga para manobras de prazos objetiva equilibrar as entradas e saídas de caixa. Quanto maior o índice maior essa margem, melhor a segurança financeira da empresa.