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Uma visão geral da evolução dos prêmios regionais de qualidade no brasil, abordando os prêmios de qualidade e modelos de excelência adotados por vários países. O artigo foca no modelo brasileiro, partindo da criação do prêmio nacional da qualidade (pnq) em 1991 e da influência do prêmio de qualidade americano na consolidação do modelo brasileiro. O documento discute os programas estaduais e setoriais, que utilizam prêmios para promover a melhoria contínua das organizações, e apresenta uma revisão de literatura sobre os prêmios nacionais da qualidade no mundo e no brasil.
Tipologia: Notas de aula
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Sistemas & Gestão 7 (2012), pp 514-
a (^) Programa de Doutorado em Engenharia de Produção, Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), Pinheirinho, MG, Brasil a (^) Programa de Mestrado em Engenharia de Produção, Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), Pinheirinho, MG, Brasil a (^) Professor, Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), Pinheirinho, MG, Brasil PROPPI / LATEC DOI: 10.7177/sg.2012.v7.n4.a O presente trabalho apresenta um panorama geral da evolução dos prêmios regionais de qualidade no Brasil a partir de revisão de literatura abordando os prêmios de qualidade e modelos de excelência adotados por vários países no mundo. Para o modelo brasileiro este artigo abordará os prêmios regionais de qualidade partindo da criação do Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ) em 1991 e da influência do prêmio de qualidade americano na consolidação do modelo brasileiro. Este trabalho apresenta os 17 prêmios regionais da qualidade que integram a Rede Nacional da Gestão Rumo à Excelência da Fundação Nacional da Qualidade, bem como apresenta os programas estaduais de qualidade que coordenam e alicerçam tais prêmios. Tem-se ainda a intenção de contribuir para uma maior discussão sobre os modelos de excelência adotados regionalmente no Brasil, contribuindo assim para uma maior compreensão do assunto abordado. Palavras-chave: Prêmios Regionais da Qualidade, Programas Estaduais da Qualidade, Prêmio Nacional da Qualidade, Modelos de Excelência
de qualidade e produtividade por todo o mundo, o governo financiou missões para os Estados Unidos, Europa e Japão. Como resultado, foi constituído, em 1990, o Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade (PBQP), mobilizando o empresariado nacional para a importância da qualidade na gestão organizacional (PROQUALIDADE, 2010). Neste contexto, é criado no Brasil o Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ) seguindo o modelo do prêmio americano Malcolm Baldrige National Quality Award. O prêmio é coordenado pela Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) antes denominada Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade (FPNQ) (FNQ, 2010). Ao final de 1992, os programas estaduais de Qualidade começaram a ser criados. Destes, os que mais se destacaram em resultados foram o Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade (PGQP) e o Programa Qualidade Bahia (PQB), pelo uso de metodologia de avaliação alinhada aos critérios do PNQ (PROQUALIDADE, 2010). Existem no país outros programas estaduais e setoriais da qualidade e produtividade, que se reúnem periodicamente para discutir aspectos de importância para todos os estados, como também para partilhar suas experiências no Fórum dos Programas Estaduais e Setoriais da Qualidade e Produtividade (FÓRUM DOS PESQP). Cada programa é regido
Desde o início, com o Prêmio Deming no Japão, o Malcolm Baldrige National Quality Award (MBNQA) nos EUA e o European Quality Award (EQA) na Europa, vários prêmios nacionais da qualidade foram criados para estimular a melhoria da qualidade e o desenvolvimento de sistemáticas para promoção da qualidade e da sensibilização em diferentes lugares do mundo. Muitos países têm modelado seus modelos de excelência com base nesses três prêmios. Sua finalidade básica é a melhoria da competitividade de diversos tipos de organizações, buscando a alteração da filosofia da qualidade e da melhoria da competitividade de pequenas, médias e grandes empresas (MAVROIDIS, TOLIOPOULOU E AGORITSAS, 2007). No final dos anos 80, o Brasil viveu um momento decisivo quando o governo federal, através de várias ações, passa a expor a economia à concorrência internacional. Neste contexto, a busca por uma melhor qualidade e produtividade passa a ser o grande desafio das empresas no país. Com o objetivo de conhecer as novidades em termos de técnicas
Revista Eletrônica Sistemas & Gestão Volume 7, Número 4, 2012, pp. 514- DOI: 10.7177/sg.2012.v7.n4.a pelo seu próprio estatuto, estando todos ligados apenas pelos seus aspectos estruturais e ideológicos, que está focado na melhoria da competitividade do país (FÓRUMQPC, 2010). Em 2001, foi criado o Movimento Brasil Competitivo (MBC), que tem tido um importante papel nacional estratégico atuando junto com o PESQP. Os programas estaduais e setoriais, como formas de incentivo à melhoria contínua das organizações, utilizam prêmios, promovendo um reconhecimento em dois níveis: Nível I (com pontuação máxima de 250 pontos) e Nível II (máxima de 500 pontos). Estes prêmios estão alinhados aos critérios do PNQ. Esta metodologia possibilita à organização uma ascensão gradativa que facilita sua chegada ao topo, que é ser premiada no PNQ, o que se traduz em resultados com altos níveis de excelência (MBC, 2010). Existem atualmente no Brasil 54 prêmios regionais e setoriais que utilizam o modelo de excelência de gestão adotado pela FNQ (FNQ, 2010). Este trabalho objetiva apresentar os 17 prêmios regionais da qualidade que integram a Rede Nacional da Gestão Rumo à Excelência da FNQ, bem como apresentar os programas estaduais de qualidade que coordenam e alicerçam tais prêmios. Este trabalho visa trazer à tona um assunto pouco discutido na literatura, os prêmios e modelos de excelência regionais e sua expansão pelo país. Esse trabalho não visa esgotar o tema, apenas apresentar uma visão geral dos prêmios regionais contribuindo para uma maior compreensão do assunto abordado. Para tal esse trabalho esta dividido em quatro seções. A primeira aborda o método de coleta de dados utilizado, a segunda apresenta uma revisão de literatura sobre os prêmios nacionais da qualidade no mundo, o Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ) e os prêmios regionais da qualidade no Brasil. A terceira seção discute os resultados obtidos e, por fim, a última seção trás as conclusões desse trabalho.
2. MÉTODO Este trabalho é baseado em informações coletadas principalmente junto à Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) e publicações relevantes em periódicos (nacionais e internacionais). Utilizou-se também de páginas da internet mantidas pelos programas regionais da qualidade e de órgãos governamentais (federais e estaduais) sobre o assunto. Existem hoje no Brasil 54 prêmios regionais e setoriais que utilizam o modelo de excelência de gestão adotado pela FNQ. Este trabalho centra-se nos 17 prêmios regionais da qualidade dispersos pelas cinco regiões brasileiras. Antes de apresentar os resultados referentes aos prêmios regionais da qualidade, uma revisão de literatura abordando os prêmios nacionais de qualidade japonês, americano, europeu e brasileiro foi realizada. Apresenta-se também os 94 prêmios de qualidade e modelos de excelência espalhados pelo mundo, levantados por meio de pesquisa bibliográfica. 3. REVISÃO DE LITERATURA 3.1 Prêmios Nacionais da Qualidade Segundo Talwar (2009), a maioria dos modelos de excelência (MEs) e prêmios nacionais de qualidade (PNQs) foram estabelecidos durante o final dos anos 1980 e 1990. Neste contexto, estudos conduzidos por Miguel (2004) apontam que vários países criaram seus prêmios nacionais da qualidade e programas de reconhecimento a excelência. Dentre os principais PNQs e MEs, Tawar (2009) destaca: o Prêmio Nacional de Qualidade Malcolm Baldrige ( Malcolm Baldrige National Quality Award – MBNQA) nos EUA, o Prêmio Deming ( Deming Prize ) no Japão, o Prêmio de Excelência Europeia ( European Excellence Award ) baseado no Modelo EFQM, o Prêmio da Qualidade de Singapura ( Singapore Quality Award ) e o Prêmio de Excelência Empresarial da Austrália ( Australian Business Excellence Award ). Neste mesmo estudo, Tawar (2009) identificou 94 prêmios nacionais da qualidade e modelos de excelência utilizados em 77 países em todo o mundo, identificados através de uma vasta revisão da literatura. Estes são apresentados na Tabela 1. A maioria dos pesquisadores que realizaram estudos comparativos entre PNQs e MEs apontam que 3 PNQs são utilizados como modelos de referência global: o Prêmio Deming, o Prêmio Malcolm Baldrige e o Prêmio de Excelência Europeia. Em um estudo com 53 PNQs, Tan et al. (2003) relataram que a maioria dos modelos e prêmios nacionais são baseados no MBNQA e no modelo da EFQM. Searle (2005) relata que os PNQs de 53 países são baseados no MBNQA. Koura e Yoshizawa (2005) relatam que o modelo EFQM é usado em 26 países. O MBNQA, EFQM e o Prêmio Deming também foram identificados como a base de outros prêmios nacionais de qualidade por outros pesquisadores (ANGEL e CORBETT, 2009; BOHORIS, 1995; HUGHES e HALSALL, 2002; MCDONALD, ZAIRI e IDRIS, 2002; MIGUEL, 2001; PUAY et al. , 1998). 3.1.1 Prêmio Deming O primeiro prêmio da qualidade foi criado pela JUSE (União dos Cientistas e Engenheiros Japoneses) em 1951 com o nome de Prêmio Deming ( Deming Prize ), em homenagem ao Dr. Willian Edwards Demming. O prêmio Demming é dividido em três categorias: O Prêmio
Revista Eletrônica Sistemas & Gestão Volume 7, Número 4, 2012, pp. 514- DOI: 10.7177/sg.2012.v7.n4.a 3.2 O modelo brasileiro: Prêmio Nacional de Qualidade (PNQ) Criado em 1991 e fortemente influenciado pelo Prêmio Nacional da Qualidade Malcolm Baldrige, o objetivo principal do Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ) é de apoiar, incentivar e reconhecer o desenvolvimento eficaz da gestão da qualidade total pelas empresas no Brasil. Seus critérios e etapas de avaliação são projetados para ajudar a identificar os pontos fortes da organização e áreas de melhoria (MIGUEL, 2001). O Prêmio Nacional da Qualidade no Brasil é hoje gerenciado pela Fundação Nacional da Qualidade (FNQ). A FNQ é uma entidade privada e sem fins lucrativos que foi criada em outubro de 1991, a época denominada Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade (FPNQ). Sua principal função era administrar o Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ) e as atividades decorrentes do processo de premiação em todo o território nacional, bem como fazer a representação institucional externa do PNQ nos fóruns internacionais. Em 2005, a FPNQ lançou um projeto a fim de se tornar um dos principais centros mundiais de estudo, debate e irradiação de conhecimento sobre Excelência em Gestão. Nesse sentido, passou a se chamar Fundação Nacional da Qualidade (FNQ, 2010). Os Critérios de Excelência do PNQ e, posteriormente, o Modelo de Excelência da Gestão (MEG), foram desenvolvidos inicialmente com base nos fundamentos do Prêmio Malcolm Baldrige. Sendo assim, a cada novo ciclo, os Critérios de Excelência do PNQ são atualizados utilizando como parâmetros os prêmios internacionais similares, visando sua adaptação e adequação às novas realidades do ambiente econômico e empresarial, possibilitando às empresas participantes a melhoria de sua competitividade num ambiente globalizado (MORENO, 2008). Os critérios Rumo à Excelência e Compromisso com a Excelência adotados pela FNQ constituem modelos sistêmicos de gestão organizacional. São construídos sobre uma base de conceitos fundamentais essenciais à obtenção da excelência do desempenho. Utilizando os Critérios Rumo à Excelência e Compromisso com a Excelência como referência, uma organização pode realizar uma autoavaliação e obter um diagnóstico de sua gestão organizacional. A utilização dos critérios proporciona também a oportunidade de candidatura em premiações internas, setoriais e regionais (FNQ, 2010). O Modelo de Excelência da Gestão (MEG) adotado pela FNQ é baseado em onze fundamentos e oito critérios. Segundo a FNQ (2010), como fundamentos pode-se definir os pilares, a base teórica de uma boa gestão. Esses fundamentos são colocados em prática por meio dos oito critérios. Os onze fundamentos do MEG, segundo a FNQ (2010), podem ser resumidos em: Pensamento Sistêmico; Aprendizado Organizacional; Cultura de Inovação; Liderança e Constância de Propósitos; Orientação por Processos e Informações; Visão de Futuro; Geração de Valor; Valorização de Pessoas; Conhecimento sobre o Cliente e o Mercado; Desenvolvimento de Parcerias e Responsabilidade Social. Segundo os Critérios Compromisso com a Excelência e Rumo à Excelência 2009-2010 (2010), os oito critérios adotados pela FNQ podem ser resumidos dessa forma: a) Liderança: este critério examina a governança da organização, incluindo aspectos relativos à transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa. Também examina como é exercida a liderança, incluindo temas como o controle dos padrões de trabalho e aprendizado. O critério aborda a análise do desempenho da organização, enfatizando a comparação com o de outras organizações e o atendimento aos requisitos das partes interessadas. b) Estratégias e planos: este critério examina o processo de formulação das estratégias, enfatizando a análise do mercado de atuação e do macroambiente. Também examina o processo de implementação das estratégias, incluindo a definição de indicadores, o desdobramento das metas e planos para as áreas da organização e o acompanhamento dos ambientes internos e externos. c) Clientes: este critério examina como a organização segmenta o mercado e como identifica e trata as necessidades e expectativas dos clientes e dos mercados; divulga seus produtos e marcas; e estreita seu relacionamento com os clientes. Também examina como a organização avalia a satisfação dos clientes. d) Sociedade: este critério examina o cumprimento da responsabilidade socioambiental pela organização, destacando ações voltadas para o desenvolvimento sustentável. Também examina como a organização promove o desenvolvimento social, incluindo a realização ou apoio a projetos sociais ou voltados para o desenvolvimento nacional, regional, local ou setorial. e) Informações e Conhecimento: este critério examina a gestão das informações, incluindo a obtenção de informações comparativas pertinentes. Também examina como a organização compartilha, amplia e protege o seu conhecimento. f) Pessoas: este critério examina os sistemas de trabalho da organização, incluindo a organização do trabalho e os processos relativos à seleção e à contratação de pessoas. Também examina os processos relativos à capacitação e desenvolvimento das pessoas e como a organização promove a construção do ambiente propício
Revista Eletrônica Sistemas & Gestão Volume 7, Número 4, 2012, pp. 514- DOI: 10.7177/sg.2012.v7.n4.a à qualidade de vida das pessoas no ambiente de trabalho. g) Processos: este critério examina como a organização identifica, gerencia, analisa e melhora os processos principais do negócio e os processos de apoio. Também examina como a organização gerencia o processo de relacionamento com os fornecedores e conduz a gestão dos processos econômico-financeiros, visando à sustentabilidade econômica do negócio. h) Resultados: Este critério examina os resultados relevantes da organização, abrangendo os econômico- financeiros e os relativos aos clientes e mercados, sociedade, pessoas, processos principais do negócio e de apoio, assim como os relativos ao relacionamento com fornecedores. 3.3 Prêmios Regionais de Qualidade Com a missão de disseminar os fundamentos da Excelência em Gestão para o aumento da competitividade das organizações e do Brasil, a Rede Nacional da Gestão Rumo à Excelência reúne atualmente 54 Programas e Prêmios Regionais e Setoriais que utilizam o Modelo de Excelência da Gestão (MEG) adotado pela FNQ (FNQ, 2010). Segundo a FNQ (2010), existem no Brasil 17 prêmios regionais da qualidade em 17 estados brasileiros com representantes em todas as regiões do Brasil. Os 17 prêmios regionais reconhecidos pela FNQ, distribuídos por região, são apresentados na Tabela 2. Os processos de avaliação dos programas e prêmios estaduais são alinhados ao Prêmio Nacional da Qualidade, cujos principais objetivos são: a) Estimular o desenvolvimento cultural, político, científico, tecnológico, econômico e social do Brasil; b) Fornecer para as organizações um referencial (modelo) para um contínuo aperfeiçoamento; c) Conceder reconhecimento público e notório a excelência da qualidade da gestão para organizações de Classe Mundial; d) Divulgar as práticas de gestão bem-sucedidas, com vistas ao benchmarking. Nas sessões subsequentes, são apresentadas as principais características dos 17 prêmios regionais que integram a Rede Nacional da Gestão Rumo a Excelência divididas por região. Tabela 2 – Prêmios Regionais de Qualidade pelo Brasil Prêmio Estado Região % Cobertura dos Prêmios por Região Prêmio Rondônia de Qualidade e Competitividade para as micro e pequenas empresas – PROQualidade
Norte 43% Prêmio Qualidade Amazonas – PQA AM Prêmio Estadual da Qualidade – PEQ PA Prêmio Gestão Qualidade Bahia – PGQB BA Nordeste 44% Prêmio Paraibano da Qualidade – PPQ PB Prêmio da Qualidade e Gestão de Pernambuco – PQGP PE Prêmio Excelência Sergipe – PEXSE SE Prêmio de Qualidade da Gestão – PQG MS Prêmio Qualidade DF – PQDF DF Centro-oeste 75% Prêmio Qualidade do Governo de Goiás – PQGG GO Prêmio Mineiro da Qualidade – PMQ MG Sudeste 100% Prêmio Qualidade Espírito Santo – PQES ES Prêmio Paulista da Qualidade da Gestão – PPQC SP Prêmio Qualidade Rio – PQrio RJ Prêmio Catarinense para Excelência – PCE SC Prêmio Paranaense da Qualidade em Gestão – PPQG PR Sul 100% Prêmio Qualidade RS – PQRS RS Fonte: Critérios Compromisso com a Excelência e Rumo à Excelência 2009-2010 (2010).
Revista Eletrônica Sistemas & Gestão Volume 7, Número 4, 2012, pp. 514- DOI: 10.7177/sg.2012.v7.n4.a 3.3.3.2 Prêmio Qualidade DF (PQDF) O Prêmio Qualidade DF é um reconhecimento do Programa Qualidade DF às organizações que se destacam em seus esforços na busca da melhoria contínua do seu sistema de gestão. O Programa Qualidade DF (PQDF) foi lançado em maio de 2003, com o objetivo de aprimorar a qualidade nos seus mais variados aspectos no Distrito Federal. As empresas candidatas ao prêmio são submetidas a análises de seus sistemas de gestão por examinadores, obtendo-se, ao final do processo, um relatório de avaliação (PQDF, 2010). 3.3.3.3 Prêmio da Qualidade do Governo de Goiás (PQGG) O Prêmio da Qualidade do Governo de Goiás visa trazer reconhecimento àqueles que se dedicam a promover melhorias e inovações na administração pública do estado. O prêmio é uma das ações do Programa Qualidade Goiás (PQG), lançado em 1999, e coordenado pela Secretaria do Planejamento e Desenvolvimento, com o objetivo de disseminar os conceitos e ferramentas da gestão da qualidade nas organizações públicas estaduais. A finalidade do PQG é reconhecer e premiar as organizações públicas que comprovem alto desempenho institucional com qualidade em gestão. Para tanto, o PQGG realiza ciclos anuais de premiação (PQGG, 2010). 3.3.4 Prêmios Regionais da Região Sudeste 3.3.4.1 Prêmio Mineiro de Qualidade (PMQ) O Prêmio Mineiro de Qualidade visa desencadear nas organizações mineiras um processo estruturado de busca da melhoria contínua de seus produtos e/ou serviços, com base na implementação de ações sistemáticas, em direção à melhoria da gestão. Os candidatos ao PMQ podem ser reconhecidos pelo esforço institucional e realização em direção a excelência da gestão, de acordo com o nível do seu desempenho institucional, dentro de três faixas de reconhecimento: Bronze, Prata e Ouro. O Programa Mineiro da Qualidade e Produtividade (PMQP) instituído em 1998 pelo governo do estado é o responsável pelo PMQ. Por não propor estruturas ou metodologias específicas de gestão, é aplicável, igualmente, a organizações de qualquer ramo ou porte sediadas no estado (PMQ, 2010). 3.3.4.2 Prêmio Qualidade Espírito Santo (PQES) O Prêmio Qualidade Espírito Santo (PQES), lançado em abril de 2004, é uma das ações do Programa para Incremento da Competitividade Sistêmica do Espírito Santo (Compete- ES), coordenado pelo governo do estado. O Compete- ES é um instrumento com o qual o governo capixaba, em conjunto com a iniciativa privada, propõe ações para o aumento da competitividade das organizações. Direcionado às micros, pequenas, médias e grandes empresas, o PQES propicia um ambiente para a melhoria da gestão por meio do reconhecimento do trabalho das empresas e instituições melhor avaliadas. O PQES é executado pelo Compete-ES através da Secretaria de Estado de Desenvolvimento em parceria com o Sebrae-ES e o Espírito Santo em Ação (PQES, 2010). 3.3.4.3 Prêmio Paulista de Qualidade da Gestão (PPQG) O Prêmio Paulista de Qualidade da Gestão (PPQG) foi criado em 2001 como um reconhecimento anual às organizações paulistas que possuem os melhores sistemas de gestão, avaliados por uma banca examinadora independente utilizando, para tal, critérios inspirados no modelo do PNQ. O prêmio é administrado pelo Instituto Paulista de Excelência da Gestão (IPEG). O PPQG é realizado anualmente, simbolizado por meio de troféus e medalhas e segue os critérios preconizados pela Fundação Nacional da Qualidade (PPQG, 2010). 3.3.4.4 Prêmio Qualidade Rio - PQRio O Prêmio Qualidade Rio (PQRio) foi lançado em 1999 pelo governo carioca. O PQRio é operacionalizado pela iniciativa privada, por intermédio da União Brasileira pela Qualidade no Estado do Rio de Janeiro (UBQ-RJ). Visa à indução da melhoria do desempenho organizacional das instituições públicas e privadas sediadas no estado, representando o reconhecimento às organizações cariocas que demonstraram esforços efetivos direcionados à excelência do seu modelo de gestão. O PQRio consiste numa metodologia para diagnosticar o estágio atual de desenvolvimento gerencial, permitindo estabelecer planos de melhoria contínua do desempenho organizacional de acordo com os conceitos e princípios da Gestão pela Qualidade Total. O sistema de avaliação adota como base os Critérios de Excelência do PNQ (PQRIO, 2010). 3.3.5 Prêmios Regionais da Região Sul 3.3.5.1 Prêmio Catarinense de Excelência (PCE) O Prêmio Catarinense de Excelência (PCE) é um reconhecimento às organizações que se destacam na busca pela melhoria contínua do seu sistema de gestão por meio da adoção de práticas de gestão alinhadas aos Fundamentos da Excelência. A premiação é traduzida pela entrega de um troféu com o símbolo do Movimento Catarinense para Excelência. Recebem o troféu as organizações que obtiverem o melhor desempenho na pontuação e apresentem boas práticas de gestão. O prêmio é coordenado pelo Movimento Catarinense de Excelência. O MCE, criado em 2004, visa promover a excelência em gestão gerando valor para suas partes interessadas (PCE, 2010).
Revista Eletrônica Sistemas & Gestão Volume 7, Número 4, 2012, pp. 514- DOI: 10.7177/sg.2012.v7.n4.a 3.3.5.2 Prêmio Paranaense da Qualidade em Gestão (PPQG) O Prêmio Paranaense da Qualidade em Gestão (PPQG) visa reconhecer as melhores práticas criadas ou adotadas por organizações sediadas no Paraná com relação à qualidade, produtividade e competitividade. O PPQG é promovido pelo Movimento Paraná Competitivo (MPC), uma rede formada por organizações públicas e privadas que compartilham informações e experiências nas áreas da qualidade, produtividade e competitividade. O processo de avaliação das candidatas ao PPQG se utiliza do instrumento de avaliação Rumo à Excelência, desenvolvido e sistematicamente revisado pela FNQ, o qual permite às organizações interessadas uma avaliação em dois níveis: 250 e 500 pontos, segundo os mesmos critérios de excelência adotados pelo PNQ (PPQG, 2010). 3.3.5.3 Prêmio Qualidade RS (PQRS) O Prêmio Qualidade RS, criado em 1996, é um reconhecimento às organizações que mais se destacaram na busca pela melhoria contínua do seu sistema de gestão. O prêmio é promovido pelo Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade (PGQP). A evolução da participação das organizações gaúchas cresceu desde sua primeira edição, fazendo com que o prêmio passasse a ser aberto a interessados de outros estados. O PQRS atua em três esferas e com as seguintes modalidades de prêmios: O Compromisso com a Excelência, com a Medalha Bronze; o Rumo a Excelência, com três modalidades de troféus: Bronze, Prata e Ouro; e Exemplaridade, com o Troféu Diamante (PQRS, 2010).
4. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Dos 17 prêmios regionais da qualidade abordados neste trabalho, todos utilizam os Critérios Compromisso com a Excelência e Rumo a Excelência adotados pela Fundação Nacional da Qualidade. Com relação à presença desses prêmios no país, observa-se uma maior difusão nas regiões mais industrializadas. Todos os estados das regiões Sul e Sudeste possuem prêmios regionais, seguidos das regiões Centro-Oeste com 75% dos estados com prêmios, Nordeste com 44% e Norte com 43%. A criação do Movimento Brasil Competitivo (MBC) em 2001 foi uma incentivadora da implementação dos prêmios regionais nos estados brasileiros. Dos 17 prêmios, 12 foram criados a partir da fundação do MBC. O estado precursor na implementação de um prêmio da qualidade foi o Estado do Amazonas, com o Prêmio Qualidade do Amazonas no ano de 1994, cujos primeiros passos foram dados logo após a criação do PNQ em 1991. O segundo prêmio e talvez um dos mais bem sucedidos da Rede Nacional da Gestão Rumo a Excelência é o Prêmio Qualidade RS, instituído no ano de 1996. Este foi fruto do Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade que começou a estruturar sua base em 1992 com parceria entre o setor público e a iniciativa privada. Os prêmios regionais em ordem cronológica de criação, bem como os programas de qualidade que dão suporte a estes prêmios são apresentados na Tabela 3. Com relação à elegibilidade ao prêmio, duas condições principais se destacam, os prêmios da qualidade paraense e goiano premiam apenas órgãos governamentais das respectivas administrações públicas estaduais e municipais, já os demais prêmios permitem a inscrição tanto de órgãos públicos como privados, a principal diferença entre estes é o porte das organizações privadas. O prêmio gaúcho possui uma peculiaridade, ele permite a inscrição de empresas de outros estados desde que cumpram seu regulamento. No Brasil, os modelos regionais e setoriais foram implementados como um caminho para conduzir as organizações para a excelência. De maneira geral, seus modelos possuem escalas de 250 pontos para aquelas que estão iniciando e 500 pontos para aquelas que já atingiram os 250 pontos, funcionando como uma escada rumo a excelência. O programa gaúcho e o paulista implementaram modelos com 750 pontos a fim de propiciar que as organizações cheguem melhor preparadas para concorrer ao Prêmio Nacional da Qualidade. 5. CONCLUSÃO Os prêmios que utilizam os Critérios de Excelência do PNQ existentes no país são reconhecidos pelo que representam para as organizações. São instrumentos que estimulam e permitem que empresas de todos os portes aperfeiçoem seus modelos de gestão. Os modelos de excelência regionais estão totalmente aderentes ao Modelo de Excelência na Gestão da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) que, por sua vez, está em consonância com o estado da arte em gestão mundial. A participação de organizações públicas e privadas nos prêmios regionais da qualidade permitem às candidatas uma avaliação externa de suas práticas de gestão segundo fundamentos internacionalmente reconhecidos e que fazem com que uma organização caminhe para se tornar de “Classe Mundial”. O que se busca é proporcionar o crescimento das organizações para que estejam em condições de competir não só na região e no país, mas internacionalmente, o que contribuirá para o desenvolvimento do país como um todo. Ressalta-se que, além de suas atividades nos estados, os movimentos de qualidade estaduais estão inseridos na Rede Nacional da Gestão, coordenada pela Fundação Nacional da Qualidade, e possuem participação ativa no Fórum dos Programas de Qualidade, Produtividade e Competitividade e de outros projetos nacionais coordenados pelo Movimento
Revista Eletrônica Sistemas & Gestão Volume 7, Número 4, 2012, pp. 514- DOI: 10.7177/sg.2012.v7.n4.a CRITÉRIOS COMPROMISSO COM A EXCELÊNCIA E RUMO À EXCELÊNCIA 2009-2010. Fundação Nacional da Qualidade. São Paulo : FNQ, 2009. EFQM: EUROPEAN FOUNDATION FOR QUALITY MANAGEMENT. Disponível em: <http://www.efqm.org/ en/>. Acesso em: Jul. 2010. FÓRUM NACIONAL DOS PROGRAMAS DE QUALIDADE PRODUTIVIDADE E COMPETITIVIDADE (FÓRUMQPC). Disponível em: <http://www.mbc.org.br/mbc/pgqp/hot_ sites/forum_programas_php/premio>. Acesso em: Jul.
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