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Guias e Dicas
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Análise caso multicom por imagens de organização, Trabalhos de Comportamento Organizacional

Análise do caso da empresa multicom em seu início, utilizando das metáforas organizacionais de Gareth Morgan

Tipologia: Trabalhos

2020

Compartilhado em 14/05/2025

vitor-leite-28
vitor-leite-28 🇧🇷

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UFSCar Prof. Lucas Zanon
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CASE MULTICOM
A Multicom é uma pequena firma que emprega 150 pessoas no campo de
relações públicas. Ela foi iniciada por Jim Walsh, especialista de marketing, e Wendy
Bridges, especialista em relações públicas (RP). Eles tinham trabalhado juntos vários
anos numa firma de comunicações de porte médio e decidiram partir para um negócio
próprio para pôr em prática suas ideias sobre o que uma boa firma de RP poderia e
deveria fazer. Eles achavam que suas experiências combinadas e os contatos que tinham
constituíam excelente base para seu empreendimento.
Antes de apresentar suas demissões para a firma onde trabalhavam, eles
convenceram dois colegas, Marie Beaumont e Frank Rossi, a se juntar a eles como sócios
minoritários. Walsh e Bridges tinham 40% do capital, cada um; Beaumont e Rossi
receberam 10 % cada. Rossi era um editor e escritor com excelente reputação e
Beaumont era uma reconhecida especialista em filme e vídeo.
No começo, as coisas foram difíceis e eles estavam felizes de ter levado clientes-
empresas da firma antiga. A concorrência era acirrada e a firma antiga parecia,
sutilmente, estar fazendo tudo que podia para impedir seu sucesso. No entanto, eles
trabalharam muito e sua reputação cresceu constantemente, assim como o tamanho de
sua equipe e de seu faturamento. No final do segundo ano, cada um dos quatro sócios
estava ganhando quase o dobro de seus antigos salários e construindo um significativo
investimento de capital. Eles sentiam que estavam no caminho de conseguir o tipo de
firma de primeira linha que tinham em vista.
Esses primeiros anos foram de grande entusiasmo.
Quando criaram a Multicom, os quatro sócios adotaram um modo de
organização centrado no cliente. Cada sócio tinha certos clientes pelos quais se sentia
especialmente responsável e, na realidade, cada um se tornou um gerente de projeto
para esses clientes. Cada um desenvolveu um razoável grau de competência em todos
os aspectos do trabalho da agência de modo que um poderia substituir o outro quando
necessário. Novos funcionários eram estimulados a desenvolver as mesmas habilidades
gerais além de suas respectivas especializações. Embora isso tomasse muito tempo e
fosse caro, criava grande flexibilidade. A busca de novos negócios e o contínuo contato
com clientes mantinha uma proporção significativa do pessoal fora do escritório quase
o tempo todo. Por isso, a existência de pessoal "polivalente" era um verdadeiro trunfo.
Isso também tornava o trabalho mais interessante e agradável e estimulava o espírito
de equipe no escritório.
A equipe da Multicom trabalhava muito, frequentemente começando de manhã
cedo e indo até tarde da noite. Eles também se divertiam muito, dando festas com
frequência para celebrar o término de grandes projetos ou a aquisição de novos clientes.
Estas festas ajudavam a manter o moral alto e a projetar a imagem da Multicom como
um lugar excelente e animado para se trabalhar. Os clientes da firma frequentemente
iam a essas festas e geralmente ficavam impressionados com a vitalidade e qualidade
das relações interpessoais.
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CASE – MULTICOM A Multicom é uma pequena firma que emprega 150 pessoas no campo de relações públicas. Ela foi iniciada por Jim Walsh, especialista de marketing, e Wendy Bridges, especialista em relações públicas (RP). Eles tinham trabalhado juntos vários anos numa firma de comunicações de porte médio e decidiram partir para um negócio próprio para pôr em prática suas ideias sobre o que uma boa firma de RP poderia e deveria fazer. Eles achavam que suas experiências combinadas e os contatos que tinham constituíam excelente base para seu empreendimento. Antes de apresentar suas demissões para a firma onde trabalhavam, eles convenceram dois colegas, Marie Beaumont e Frank Rossi, a se juntar a eles como sócios minoritários. Walsh e Bridges tinham 4 0 % do capital, cada um; Beaumont e Rossi receberam 10 % cada. Rossi era um editor e escritor com excelente reputação e Beaumont era uma reconhecida especialista em filme e vídeo. No começo, as coisas foram difíceis e eles estavam felizes de ter levado clientes- empresas da firma antiga. A concorrência era acirrada e a firma antiga parecia, sutilmente, estar fazendo tudo que podia para impedir seu sucesso. No entanto, eles trabalharam muito e sua reputação cresceu constantemente, assim como o tamanho de sua equipe e de seu faturamento. No final do segundo ano, cada um dos quatro sócios estava ganhando quase o dobro de seus antigos salários e construindo um significativo investimento de capital. Eles sentiam que estavam no caminho de conseguir o tipo de firma de primeira linha que tinham em vista. Esses primeiros anos foram de grande entusiasmo. Quando criaram a Multicom, os quatro sócios adotaram um modo de organização centrado no cliente. Cada sócio tinha certos clientes pelos quais se sentia especialmente responsável e, na realidade, cada um se tornou um gerente de projeto para esses clientes. Cada um desenvolveu um razoável grau de competência em todos os aspectos do trabalho da agência de modo que um poderia substituir o outro quando necessário. Novos funcionários eram estimulados a desenvolver as mesmas habilidades gerais além de suas respectivas especializações. Embora isso tomasse muito tempo e fosse caro, criava grande flexibilidade. A busca de novos negócios e o contínuo contato com clientes mantinha uma proporção significativa do pessoal fora do escritório quase o tempo todo. Por isso, a existência de pessoal "polivalente" era um verdadeiro trunfo. Isso também tornava o trabalho mais interessante e agradável e estimulava o espírito de equipe no escritório. A equipe da Multicom trabalhava muito, frequentemente começando de manhã cedo e indo até tarde da noite. Eles também se divertiam muito, dando festas com frequência para celebrar o término de grandes projetos ou a aquisição de novos clientes. Estas festas ajudavam a manter o moral alto e a projetar a imagem da Multicom como um lugar excelente e animado para se trabalhar. Os clientes da firma frequentemente iam a essas festas e geralmente ficavam impressionados com a vitalidade e qualidade das relações interpessoais.


Durante o terceiro ano da firma, no entanto, as coisas começaram a mudar. As longas horas e o ritmo de vida na Multicom começaram a afetar Wash e Bridges. Ambos tinham muitos compromissos familiares e queriam ter mais tempo de lazer. Eles conversavam frequentemente sobre a necessidade de "se organizar melhor" para poder exercer melhor controle sobre os funcionários e as atividades do escritório que, em sua opinião, às vezes beiravam o caos. Beaumont e Rossi, no entanto, que eram solteiros e tinham 30 e 31 anos, respectivamente, quase 10 anos mais jovens do que os sócios maiores, gostavam daquele estilo de vida e queriam manter o caráter atual da firma. Eles gostariam de ter uma participação maior no trabalho e na responsabilidade em troca de maior participação no capital da firma, mas Walsh e Bridges relutavam em passar-lhes este tipo de controle. Com o passar do tempo, tornou-se claro que havia importantes diferenças filosóficas quanto à maneira como o escritório deveria funcionar. Enquanto Wash e Bridges consideravam o estilo de organização ad hoc que tinha se desenvolvido durante os dois primeiros anos como temporário - "necessário até que organizemos nossas ideias sobre como queremos montar esta organização" - , Beaumont e Rossi o viam como maneira boa de trabalhar a longo prazo. Enquanto Walsh e Bridges reclamavam que os funcionários estavam frequentemente ausentes do escritório e que não havia sistemas claros de responsabilidade e protocolo, Beaumont e Rossi gostavam do que frequentemente descreviam como seu "caos criativo". Para eles, a firma estava produzindo excelentes resultados, os clientes estavam felizes e batendo na porta e isso era o que importava. No quarto ano, as tensões chegaram perto do ponto de estrangulamento. Os quatro principais sócios estavam sempre fazendo reuniões sobre organização do escritório e as diferenças estavam mais profundas do que nunca. Walsh e Bridges defendiam "mais sistema" e Beaumont e Rossi defendiam o status quo. As divergências estavam dificultando as relações pessoais e tendo um impacto desfavorável na vida do escritório em geral. Muitos funcionários sentiam que a Multicom corria o risco de perder sua característica especial e não era mais o mesmo "lugar divertido" para se trabalhar. Os quatro sócios notavam a mudança e conversavam sobre ela com frequência. No entanto, não havia consenso sobre o que deveria ser feito. Em consequência da frustração geral, eles começaram a quebrar uma regra não escrita, mas fundamental, estabelecida no início da Multicom: que os quatro sempre estariam envolvidos nas decisões sobre diretrizes importantes. Walsh e Bridges começaram a se reunir sozinhos e resolveram que o único jeito era eles exercerem sua autoridade e insistirem em que fosse iniciada uma reorganização da firma. Eles combinaram propor uma reunião com Beaumont e Rossi no dia seguinte. Walsh e Bridges ficaram surpresos. A ideia gerou pouca resistência de seus dois colegas. Era quase como se eles já esperassem por aquilo. Beaumont e Rossi insistiram em que a decisão não deveria ser tomada sem muita reflexão porque ela representava uma grande mudança. Eles reiteraram sua opinião de que nenhuma mudança na organização da firma era necessária, exceto uma simplificação de alguns procedimentos


QUESTÃO Utilize cada uma das metáforas organizacionais para realizar uma leitura- diagnóstico da situação da Multicom. Detalhe como cada metáfora provê interpretações distintas e complementares da realidade organizacional da empresa. REFERÊNCIA MORGAN, Gareth; BERGAMINI, Cecília Whitaker; CODA, Roberto. Imagens da organização. São Paulo: Atlas, 1996.