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Um texto poético intitulado 'quem sou eu?' escrito por ana maria machado e ilustrado por maria josé arce. O texto é dirigido a leitores iniciantes de educação infantil e 1º ano do ensino fundamental. Ele é estruturado em forma de adivinha e possui versos rimados. O documento também inclui informações sobre o autor e sua carreira literária.
O que você vai aprender
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
ANA MARIA MACHADO
Quem sou eu?
“Andorinha no coqueiro, Sabiá na beira-mar, Andorinha vai e volta, Meu amor não quer voltar.”
uma primeira dimensão, ler pode ser entendido como de- cifrar o escrito, isto é, compreender o que letras e outros sinais gráficos representam. Sem dúvida, boa parte das atividades que são realizadas com as crianças nas séries iniciais do Ensino Fundamental tem como finalidade desenvolver essa capacidade. Ingenuamente, muitos pensam que, uma vez que a criança tenha fluência para decifrar os sinais da escrita, pode ler sozinha, pois os sentidos estariam lá, no texto, bastando colhê-los. Por essa concepção, qualquer um que soubesse ler e conhecesse o que as palavras significam estaria apto a dizer em que lugar estão a andorinha e o sabiá; qual dos dois pássaros vai e volta e quem não quer voltar. Mas será que a resposta a estas questões bastaria para assegurar que a trova foi compreendida? Certamen- te não. A compreensão vai depender, também, e muito, do que o leitor já souber sobre pássaros e amores. Isso porque muitos dos sentidos que depreendemos ao ler derivam de complexas operações cognitivas para produzir infe- rências. Lemos o que está nos intervalos entre as palavras, nas entrelinhas, lemos, portanto, o que não está escrito. É como se o texto apresentasse lacunas que devessem ser preenchidas pelo trabalho do leitor.
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MARIA JOSÉ NÓBREGA
Quem é esse que se diz “eu”? Se imaginarmos um “eu” mas- culino, por exemplo, poderíamos, num tom machista, sustentar que mulher tem de ser mesmo conduzida com rédea curta, porque senão voa; num tom mais feminista, poderíamos dizer que a mu- lher fez muito bem em abandonar alguém tão controlador. Está instalada a polêmica das muitas vozes que circulam nas práticas sociais... Se levamos alguns anos para aprender a decifrar o escrito com autonomia, ler na dimensão que descrevemos é uma aprendiza- gem que não se esgota nunca, pois para alguns textos seremos sempre leitores iniciantes.
Contextualiza-se o autor e sua obra no panorama da literatura para crianças.
Apresentamos uma síntese da obra para permitir que o pro- fessor, antecipando a temática, o enredo e seu desenvolvimento, possa considerar a pertinência da obra levando em conta as ne- cessidades e possibilidades de seus alunos.
Procuramos evidenciar outros aspectos que vão além da tra- ma narrativa: os temas e a perspectiva com que são abordados, certos recursos expressivos usados pelo autor. A partir deles, o professor poderá identificar que conteúdos das diferentes áreas do conhecimento poderão ser explorados, que temas poderão ser discutidos, que recursos linguísticos poderão ser explorados para ampliar a competência leitora e escritora do aluno.
a) antes da leitura Ao ler, mobilizamos nossas experiências para compreendermos o texto e apreciarmos os recursos estilísticos utilizados pelo autor. Folheando o livro, numa rápida leitura preliminar, podemos an- tecipar muito a respeito do desenvolvimento da história. [ [ ] ] ] ]
As atividades propostas favorecem a ativação dos conhecimen- tos prévios necessários à compreensão do texto. Explicitação dos conhecimentos prévios necessários para que os alunos compreendam o texto. Antecipação de conteúdos do texto a partir da observação de indicadores como título (orientar a leitura de títulos e subtítulos), ilustração (folhear o livro para identificar a lo- calização, os personagens, o conflito). Explicitação dos conteúdos que esperam encontrar na obra levando em conta os aspectos observados (estimular os alunos a compartilharem o que forem observando). b) durante a leitura São apresentados alguns objetivos orientadores para a leitura, focalizando aspectos que auxiliem a construção dos significados do texto pelo leitor. Leitura global do texto. Caracterização da estrutura do texto. Identificação das articulações temporais e lógicas responsá- veis pela coesão textual. c) depois da leitura Propõem-se uma série de atividades para permitir uma me- lhor compreensão da obra, aprofundar o estudo e a reflexão a respeito de conteúdos das diversas áreas curriculares, bem como debater temas que permitam a inserção do aluno nas questões contemporâneas. Compreensão global do texto a partir da reprodução oral ou escrita do texto lido ou de respostas a questões formuladas pelo professor em situação de leitura compartilhada. Apreciação dos recursos expressivos mobilizados na obra. Identificação dos pontos de vista sustentados pelo autor. Explicitação das opiniões pessoais frente a questões polêmicas. Ampliação do trabalho para a pesquisa de informações complementares numa dimensão interdisciplinar ou para a produção de outros textos ou, ainda, para produções criativas que contemplem outras linguagens artísticas.
do mesmo autor sobre o mesmo assunto sobre o mesmo gênero ]
Machado de Assis, pelo conjunto da obra. Já em 2010, ganhou na Holanda o prêmio Príncipe Claus, segundo o júri, para “premiar sua literatura notável, sua capacidade de abrir as fronteiras da realidade para jovens e comunicar valores humanos essenciais a mentes e corações impressionáveis”.
Quem é esse, que saltita como um cabrito, que pula para lá e para cá como um macaco, que corre como cavalo alazão, dá cambalhotas como um tatu-bola, mergulha feito gaivota, se es- conde como um roedor, adormece como um gato enrodilhado ou como um jaboti encolhido dentro do casco? Esse ser espantoso é pura e simplesmente uma criança pequena. Quantos movimen- tos, quantas dinâmicas diferentes em um pequeno corpo que se descobre aos poucos!
Esse delicado e lírico texto para leitores iniciantes, escrito em versos curtos e rimas, se estrutura com o formato das tradicionais adivinhas. Nesse caso, porém, o mistério a desvendar é nada mais nada menos do que o próprio leitor. Quem sou eu? Essa pergunta, para Ana Maria Machado, não possui apenas uma resposta. Somos seres múltiplos, incoerentes e surpreendentes: uma criança se pa- rece a uma série de animais diferentes. Nesse texto, o ser humano não aparece como superior, nem mesmo muito diferente dos outros seres vivos: é pura e simplesmente um bichinho bastante complexo, que não é fácil de descrever ou adivinhar.
Áreas envolvidas: Língua Portuguesa, Arte.
Palavras-chave: identidade, crescimento.
Tema Transversal: Ética.
Público-alvo: Leitor iniciante (Educação Infantil e 1o^ ano do Ensino Fundamental).
Antes da leitura:
1. Revele aos alunos o título do livro, uma pergunta: Quem sou eu? Faz sentido perguntar uma coisa dessas? Pergunte se algum deles tem alguma resposta para essa pergunta esquisitíssima. 2. A partir da ilustração da capa e do texto da quarta capa, estimule-os a imaginar o assunto do livro. 3. Adiante para os alunos que se trata de um texto em forma de poesia. Levante com eles quais são as principais características do gênero: textos divididos em versos, com um ritmo presente, muitas vezes rimados. 4. Chame a atenção para a dedicatória do livro. 5. Leia com os alunos a seção “Autor e Obra”, para que saibam um pouco mais a respeito da trajetória de Ana Maria Machado.
Durante a leitura:
1. Como o poema brinca com a sonoridade das palavras, parte de sua carga expressiva só se torna evidente com uma leitura em voz alta. Sugira uma leitura coletiva. 2. Proponha que identifiquem as rimas presentes no texto. Que palavra rima com qual? 3. Estimule as crianças a tentar encontrar a resposta para a adivinha. 4. Chame a atenção dos seus alunos para as delicadas ilustrações de Maria José Arce. Veja se notam como a ilustradora cria jogos de proximidade e distância nem sempre realistas e, por vezes, nos leva a imaginar aquilo que se encontra no espaço fora da página – aquilo que não podemos ver.
Depois da leitura:
1. O que uma criança pode fazer além de pular, saltar, correr, dormir? Proponha que seus alunos, em duplas, façam uma lista de ações que costumam fazer (por exemplo: gritar, cantar, falar,
Letrinhas.
São Paulo: Martins Editora.
Salamandra.