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Sobre doenças causados por determinado material
Tipologia: Resumos
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Ana Clara da Silva
Gripe Espanhola
No verão de 1917 já estava acontecendo a primeira guerra mundial na Europa, matando mais de 10 milhões de soldados e comprometendo toda uma geração com traumas e sequelas físicas duradouras. Neste contexto começou a ser enviada para França forças expedicionária Americana, lenta e gradualmente cruzou o Atlântico no segundo semestre daquele ano. Em 1918 aumentaria drasticamente seus números chegando a marca de 10000 soldados enviados por dia para frente de batalha Europeia. Os Estados Unidos era uma força pequena quando o Presidente Woodrow Wilson declarou guerra à Alemanha em abril de 1917, mas a nova lei de recrutamento passada pelo congresso permitiu o eventual convocação de quase 3 milhões de homens. As condições de saúde para os soldados que chegaram a França eram precárias, trincheiras úmidas, escuras e apertadas, nas quais seres humanos dividiam espaço com ratos grandes e os restos putrefatos de companheiros que haviam tombado em batalha formavam um cenário aterrorizante que era completado pelo violento e constante bombardeio da artilharia Alemã. Havia um inimigo muito mais fatal e começou a se alastrar de forma silenciosa pelas linhas. Uma nova variante do vírus da gripe começou a varrer a Europa, superlotando os hospitais militares e matando jovens soldados de maneira tão horrorosa que os aparatos estatais de censura dos países em guerra proibiram a divulgação de notícias sobre a Pandemia. Somente a Espanha neutra no conflito reportou com precisão o rápido avanço da doença e as manchetes dos jornais Espanhóis passaram a circular no mundo, resultando no popular apelido que o terrível evento ganhou, “Gripe Espanhola de 1918”. Os primeiros casos foram registrados nos Estados Unidos. A gripe espanhola espalhou-se pelo mundo, principalmente, por conta da movimentação de tropas no período da Primeira Guerra Mundial, tendo um impacto direto nos países que participavam desse conflito. Uma série de estudos foram conduzidos ao longo dos séculos XX e XXI sobre a gripe espanhola, e a origem da doença permanece um mistério. Existem duas teorias que sugerem que ela pode ter surgido na China ou nos Estados Unidos, mas não há provas que possam confirmar em qual dos dois lugares ela tenha de fato aparecido pela primeira vez. O que se sabe é que, provavelmente, a gripe espanhola foi uma mutação do vírus Influenza que passou de aves para os seres humanos. Além disso, sabemos que os primeiros casos que se tem conhecimento aconteceram nos Estados Unidos e foram registrados no Fort Riley, uma instalação militar localizada no estado do Kansas. O primeiro paciente foi o soldado Albert Gitchell, o qual foi internado, com sintomas de gripe, na enfermaria de Fort Riley, em 11 de março de 1918. Nas semanas seguintes, mais de 1100 outros soldados desse local foram internados com os mesmos sintomas. Acredita-se que por meio das tropas norte-americanas que participavam da Primeira Guerra Mundial é que a doença espalhou-se pelo mundo. A gripe espanhola alastrou-se pelo mundo em três ondas. Entre essas três ondas, a segunda ficou conhecida por ser a mais contagiosa e por possuir os maiores índices de mortalidade. A tese aceita é a de que a doença inicialmente se espalhou pelo mundo por meio das tropas norte-americanas enviadas para a Europa para participarem da Primeira Guerra Mundial.
Uma vez estabelecida no continente europeu, a doença foi levada para o restante do mundo pelo deslocamento de pessoas por meio de viagens ou do sistema de transporte internacional de mercadorias. Aqui no Brasil, por exemplo, ela chegou, em setembro de 1918, por uma embarcação que veio da Inglaterra e passou por Lisboa, Recife, Salvador e Rio de Janeiro. A gripe espanhola foi uma das piores pandemias da história da humanidade. Mostrou-se como uma doença com grande capacidade de contágio e altamente letal. Os especialistas do assunto falam que 25% de toda a população norte-americana foram afetados pela doença, o que corresponde de 25 a 30 milhões de pessoas.