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ALVENARIA DE VEDAÇÃO EM BLOCOS CERÂMICOS VAZADOS EM OBRAS DE UM CONJUNTO HABITACIONAL LOCALIZADO EM ALPESTRE/RS, Trabalhos de Construção

Trabalho realizado na disciplina de Estágio I sobre alvenaria de vedação convencional.

Tipologia: Trabalhos

2019

Compartilhado em 07/11/2019

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UNIDADE CENTRAL DE EDUCAÇÃO FAEM FACULDADE LTDA - UCEFF
FACULDADE EMPRESARIAL DE CHAPECÓ – FAEM
UCEFF FACULDADES
ENGENHARIA CIVIL
ALVENARIA DE VEDAÇÃO EM BLOCOS CERÂMICOS VAZADOS EM OBRAS DE
UM CONJUNTO HABITACIONAL LOCALIZADO EM ALPESTRE/RS
Daniel Adilson Floriano
CHAPECÓ/SC, 2018
FACULDADE EMPRESARIAL DE CHAPECÓ - FAEM
CURSO Engenharia Civil
PERÍODO
DISCIPLINA Estágio Supervisionado I
COORDENADOR DE CURSO Prof. Ailson Odair Barbisan
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UNIDADE CENTRAL DE EDUCAÇÃO FAEM FACULDADE LTDA - UCEFF

FACULDADE EMPRESARIAL DE CHAPECÓ – FAEM

UCEFF FACULDADES

ENGENHARIA CIVIL

ALVENARIA DE VEDAÇÃO EM BLOCOS CERÂMICOS VAZADOS EM OBRAS DE

UM CONJUNTO HABITACIONAL LOCALIZADO EM ALPESTRE/RS

Daniel Adilson Floriano

CHAPECÓ/SC, 2018

FACULDADE EMPRESARIAL DE CHAPECÓ - FAEM

CURSO Engenharia Civil PERÍODO 8º DISCIPLINA Estágio Supervisionado I COORDENADOR DE CURSO Prof. Ailson Odair Barbisan

COORDENADOR DE ESTÁGIO I Prof. Juliana Eliza Benetti e Maico Fernando Wilges Carneiro

ALVENARIA DE VEDAÇÃO EM BLOCOS CERÂMICOS VAZADOS EM OBRAS DE

UM CONJUNTO HABITACIONAL LOCALIZADO EM ALPESTRE/RS

Daniel Adilson Floriano

Professor Orientador: Esp. Fernando Lothario Becker

CHAPECÓ/SC, 2018

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..............................................................................................................

1.1 OBJETIVOS.................................................................................................................... 3

1.1.1 Objetivo Geral............................................................................................................ 3 1.1.2 Objetivos Específicos................................................................................................. 4

INTRODUÇÃO

O sistema construtivo em alvenaria convencional pode ser considerado o mais conhecido no ramo da construção civil, bem como o mais adotado até hoje no Brasil. Isso se dá pelo fato de ser um processo “fácil” de ser executado, em que a mão de obra se torna mais barata e menos especializada, fator que muitas vezes é responsável pelo aparecimento de patologias (PEREIRA, 2018). Esse tipo de construção convencional é também conhecido pela sua principal função, que é a vedação (fechamento do ambiente interno e externo e separação das fachadas), e é feita a partir de blocos cerâmicos vazados, juntamente com a argamassa de assentamento. As paredes neste caso não possuem função estrutural; para que esta estruturação ocorra, são empregados os pilares e vigas juntamente com o concreto armado (KANTOR, 2014). A construção em alvenaria convencional gera bastante entulho, pois após serem erguidas, as paredes são cortadas para a colocação das tubulações. Isso acaba gerando prejuízos calculados em cerca de 20 a 30% em mão de obra e materiais. Além desta desvantagem, pode-se citar como exemplo a falta de agilidade referente à retirada de fôrmas necessárias em pilares e vigas e escoramentos que deve ser feita após o mínimo de 21 dias, o baixo percentual de industrialização/racionalização e o maior uso de mão de obra. (KANTOR, 2014). Por se tratar de um método que não se utilizam projetos de execução de alvenaria, algumas soluções são improvisadas no decorrer do serviço. A falta de qualidade, o desperdício de materiais (retrabalho) e o longo tempo de execução acabam por tornar a alvenaria de vedação um método não muito atraente aos olhos de quem busca uma obra mais “inovadora” e sem custos indesejáveis. Questão Problema: Quais são os principais fatores que influenciam no aparecimento de patologias em alvenaria de vedação com blocos cerâmicos vazados durante e após sua execução nas obras de um conjunto habitacional localizado em Alpestre/RS?

OBJETIVOS

Objetivo Geral

Analisar os principais fatores que influenciam no aparecimento de patologias em alvenaria de vedação com blocos cerâmicos vazados durante e após sua execução em obras de um conjunto habitacional localizado em Alpestre/RS.

Objetivos Específicos

a. Estudar o projeto de execução do levantamento de alvenaria presente no Memorial Descritivo; b. Acompanhar os serviços de levantamento da alvenaria e o tipo de material utilizado nas obras em pesquisa; c. Identificar possíveis patologias durante o processo de acompanhamento dos serviços; d. Propor sugestões para otimização do trabalho e possíveis soluções caso sejam encontrados serviços inadequados que causem futuras patologias na execução da alvenaria.

JUSTIFICATIVA

Quando se busca uma alvenaria com padrões aceitáveis e que dure por décadas é importante que todos os elementos anteriores envolvidos na construção também estejam perfeitamente executados. Isso significa que uma alvenaria executada em uma base firme garante uma maior durabilidade. Mas, mais importante que isso, e que também garante a perfeição no momento da execução, é quando o pedreiro segue alguns procedimentos essenciais, na maioria das vezes desprezados pelos mesmos, e isso se dá pelo fato do trabalho ser feito por empreitada, visando o desejo de terminar o trabalho o quanto antes. Essas atitudes de relaxo são compreensíveis, mas não justificáveis (CAMPOS, s.a). Muitos dos problemas que ocorrem na execução da alvenaria podem ser evitados ainda antes de seu início. Para que isso ocorra, devem-se cumprir algumas regras básicas, mas que infelizmente nem sempre são seguidas. Esses métodos estão à disposição dos profissionais para ajudá-los em todas as etapas do levantamento da alvenaria, exigindo conhecimento e paciência para que a mesma seja feita dentro das normas (CAMPOS, s.a). É evidente a importância de uma alvenaria bem executada, comprovando-se ao tomar alguns cuidados como: molhar os tijolos antes do assentamento para facilitar a aderência; manter o prumo e nível perfeitos nas diversas fiadas; evitar a sobreposição de juntas que, caso não estejam desencontradas, podem diminuir a resistência da parede; adotar a espessura da junta que fique entre 1 até 1,5 cm; preencher saliências maiores que 4 cm com os próprios

APRESENTAÇÃO DA EMPRESA

O estágio foi realizado na Prefeitura Municipal de Alpestre, localizada no Município de Alpestre, na Praça Tancredo Neves, 300, Centro. A Prefeitura tem como principais atividades o controle da cidade, bem como da população, órgãos públicos, pavimentação, escolas, hospitais. Conta atualmente com 285 funcionários. Foi inaugurada em 13/04/1982 e sempre teve como visão a honestidade, transparência e o trabalho com o povo.

APRESENTAÇÃO DA ÁREA DE ESTÁGIO

A área em que o estágio foi realizado se encontra no Setor de Engenharia, localizado na Prefeitura Municipal de Alpestre. O responsável pelo Setor de Engenharia é a Secretaria Municipal de Obras Públicas e Trânsito. O Setor conta atualmente com um Engenheiro Civil e um estagiário. As principais atividades realizadas na área estão ligadas à Construção Civil. O Estágio tem como supervisor de campo o Engenheiro Civil Daniel Ianssen. A obra acompanhada está localizada no Município de Alpestre/RS, com acesso principal pelas ruas P01 e P07. Tem como objetivo a construção do Loteamento Valdomiro Dorigon com 50 unidades habitacionais, em alvenaria, com área total a ser construída de 42,99m² por unidade, constituída de dois dormitórios, banheiro, sala e cozinha adjuntas e área livre. Os agentes participantes são o Governo Federal e a Prefeitura Municipal de Alpestre.

1 Fonte: Informações cedidas pela Prefeitura Municipal de Alpestre (2018).

REVISÃO TEÓRICA

Neste tópico estão presentes as informações que foram coletadas pela literatura.

definição de ALVENARIA

O termo alvenaria é considerado um conjunto de tijolos, blocos ou peças sobrepostas unidos com argamassa de assentamento, formando um elemento vertical (paredes ou muros de uma edificação). Suas principais funções são resistir a cargas gravitacionais, impactos e fornecer proteção acústica e térmica aos ambientes. As obras em alvenaria são basicamente divididas em alvenaria de vedação (convencional) e alvenaria estrutural (com função estrutural, dispensando o uso de vigas e pilares) (PEREIRA, 2018). Para Valle (2008), antigamente as alvenarias eram formadas por pedras ou tijolos cerâmicos. As alvenarias de pedras possuíam grande irregularidade geométrica e falta de homogeneidade material. Nas alvenarias de tijolos cerâmicos, que eram formados por uma pasta de material argiloso e cozidos por exposição ao sol, eram mais regulares do que as de unidades de pedra natural e também se tornavam mais homogêneas. Estas estruturas eram baseadas em processos empíricos de aprendizagem no que diz respeito à forma em que os elementos eram associados entre si e mesmo assim dão provas de sua eficácia, pois mantiveram sua forma durante séculos.

ALVENARIA EM BLOCOS CERÂMICOS VAZADOS

A alvenaria de vedação tradicional é destinada a preencher vãos de estruturas de concreto armado moldadas no local, constituída pelo assentamento de tijolos maciços ou blocos vazados com argamassa sem função estrutural, apenas suportando seu próprio peso e pequenas cargas de utilização. Devem resistir às cargas laterais estáticas e dinâmicas advindas da atuação do vento, impactos acidentais e outras (THOMAZ et. al., 2009). Na sequência, a alvenaria em blocos cerâmicos vazados classifica-se quanto sua terminologia, suas condições gerais e suas generalidades.

Terminologia

Para uma melhor compreensão dos termos em blocos cerâmicos vazados, segundo Yazigi (2016), assim são denominados:

Fonte: Adaptado de Código de práticas nº 01: Alvenaria de vedação em blocos cerâmicos (2009).

“As dimensões de fabricação (largura - L, altura - H e comprimento - C) devem ser correspondentes a múltiplos e submúltiplos do módulo dimensional M = 10 cm menos 1 cm, conforme dimensões padronizadas indicadas na Figura 2” (THOMAZ et. al., 2009, p. 9). Condições Gerais

Para atender às condições determinadas na norma NBR 15270-1 (ABNT, 2005), o bloco deve ser fabricado com argila, moldado por extrusão e queimado a uma temperatura de aproximadamente 800 °C. Deve conter a identificação do fabricante em uma das faces e suas dimensões em centímetros, na sequência largura (L), altura (H) e comprimento (C). A unidade de compra é o milheiro. Não devem apresentar defeitos sistemáticos e ainda devem atender às normas técnicas quanto à resistência à compressão, planeza das faces, desvio em relação ao esquadro e às dimensões. Blocos com defeitos devem ser rejeitados. O armazenamento é feito em pilhas de no máximo 2 metros de altura e evita-se que fiquem sujeitos à umidade excessiva (YAZIGI, 2016).

Generalidades

O bloco de vedação de 10 cm x 20 cm x 20 cm pesa 2,5 kg. Em relação à sua resistência ao fogo, o bloco de 9 cm de largura resiste por 105 minutos e o de 14 cm de largura resiste por 175 minutos. Apresenta um isolamento acústico de 42 dB. Os blocos cerâmicos em alvenaria de vedação são normalmente assentados com argamassa de traço 1:2:9 (cimento, cal e areia, em volume). Os blocos mais utilizados são os de 6, 8 ou ainda de 9 furos, sendo que os dois últimos são mais recomendados pois permitem a abertura de rasgos para embutimento da tubulação (YAZIGI, 2016).

Bloco de Vedação

De acordo com Yazigi (2016), são blocos que devem suportar apenas seu próprio peso e são classificados em comuns (de uso corrente e apresentam resistência à compressão de 1 MPa) e especiais (fabricados em dimensões especiais, respeitando especificações das normas técnicas). Também pode ser fornecido meio bloco, canaleta e outras peças especiais. Devem possuir as seguintes características: a. Características Visuais: Não podem apresentar defeitos sistemáticos, tais como: trincas, quebras, superfícies irregulares ou deformações. b. Características Geométricas: Os blocos devem possuir a forma de um paralelepípedo retângulo, com furos tanto na horizontal como na vertical. Para determinar suas dimensões, é necessário medir 24 blocos colocados lado a lado, somar o valor e depois dividir por 24 para obter a dimensão real média dos blocos. Para determinar o desvio em relação ao esquadro, emprega-se um

Para Thomaz et. al. (2009), tais características devem ser verificadas conforme os procedimentos de ensaio definidos na norma NBR 15270-3 (ABNT, 2005). Tal norma tem como finalidade caracterização e aceitação ou rejeição dos blocos cerâmicos descrevendo os métodos de ensaios para avaliação de conformidade dos mesmos, incluindo a determinação de suas características geométricas, físicas e mecânicas.

Figura 4 – Amostragens e critérios de aceitação e rejeição

Fonte: Adaptado de Código de práticas nº 01: Alvenaria de vedação em blocos cerâmicos (2009).

Os blocos devem ser avaliados, para serem aceitos, verificando sua correta identificação, realizando ensaios para inspeção de suas características geométricas, físicas e mecânicas. Para isso, observam-se lotes com no máximo 100.000 blocos, de acordo com as amostragens e critérios de aceitação e rejeição apresentados na Figura 4 (THOMAZ et. al., 2009).

argamassa de assentamento

Conforme Thomaz et. al. (2009), a argamassa de assentamento pode ser moldada in loco ou industrializada, composta de cimento, cal e areia, atendendo aos requisitos da NBR 13281 (ABNT 2005). O cimento confere aderência, resistência mecânica da parede e estanqueidade à água das juntas. A função da cal é reter a água, desse modo proporcionando menor módulo de deformação às paredes. Recomenda-se o uso de areias médias, bem lavadas e bem granulares (módulo de finura entre 2 e 3).

Procedimento de Execução de Serviço

Antes do início da obra, é preciso que se faça o estudo de todos os projetos, chamados documentos de referência, os quais devem sempre estar em mãos dos encarregados e utilizados em todo o decorrer da obra. Também deve ser feita a escolha dos materiais e equipamentos que posteriormente serão utilizados na execução dos elementos em estudo (YAZIGI, 2016).

Documentos de Referência

São os documentos que devem conter os elementos referentes à obra para que o projeto possa ser executado. Tais documentos são: Memorial Descritivo contendo todas as especificações técnicas, os projetos de arquitetura (plantas baixas, cortes, elevações e detalhes), alvenaria (quando houver), fundação (vigas baldrame), estrutura, instalações hidráulicas e elétricas, impermeabilização (quando houver, em áreas molhadas) e esquadrias (YAZIGI, 2016).

Materiais e Equipamentos

Os principais materiais e equipamentos além daqueles existentes obrigatoriamente no canteiro de obra, de acordo com Yazigi (2016), são: a. Água limpa (provinda do abastecimento público de preferência); b. Cimento Portland (especificado no Memorial Descritivo da obra); c. Areia média (especificada no Memorial Descritivo da obra); d. Tábuas de 1” 12” de primeira qualidade (sem nós); e. EPCs e EPIs (capacetes, botas de couro e luvas de borracha); f. Colher de pedreiro (ferramenta manual em formato triangular com uma parte plana de metal em formato “L” para aplicação de cimento, concreto ou outra massa); g. Broxa (pincel usado na caiação das paredes); h. Desempenadeira de madeira (tem como função alisar e aplainar a superfície de argamassa já aplicada); i. Desempenadeira dentada (mais utilizada em assentamento de cerâmicas e outras pedras); j. Linha de náilon; k. Lápis de carpinteiro; l. Régua de alumínio de 1” x 2” com 2 m;

Normalmente estes itens podem ser analisados através do Memorial Descritivo do projeto.

Condições para o Início

Para dar início ao levantamento da alvenaria, é preciso verificar alguns elementos na obra e se todos estão de acordo. Primeiramente verifica-se se as vigas baldrame estão impermeabilizadas e niveladas e se o terreno está, em seu entorno, reaterrado e também nivelado, conforme Figura 5.

Figura 5 – Impermeabilização do vigamento baldrame

Fonte: Adaptado de Eng. Carlos (2015).

A laje que irá receber a alvenaria deve estar livre para receber carga. Os eixos de referência devem estar demarcados, bem como o nível de referência dos baldrames. Os pilares e vigas que terão ligação com a alvenaria necessitam estar chapiscados há três dias para uma melhor aderência entre a estrutura e as paredes. É também recomendado que já estejam retiradas as escoras apoiadas na laje superior (YAZIGI, 2016).

Execução do Serviço

a. Demarcação: A laje deve estar limpa e nivelada, caso haja desnivelamento superior a 2cm (saliência ou depressão), deverá ser removida ou preenchida um dia antes do assentamento da alvenaria.

Faz-se a marcação de cada eixo de referência da estrutura com o auxílio do escantilhão e em seguida assentando uma fiada de demarcação com os blocos e argamassa que serão utilizados no restante da parede, conforme Figura 6. Assentam-se os blocos das duas extremidades da parede e estica-se uma linha unindo os dois blocos. Assentar os demais blocos da fiada de demarcação. As juntas verticais devem ser preenchidas para garantir uma maior resistência. Depois é feita a demarcação das paredes internas com base nos eixos de referência, observando onde ficarão os vãos de porta e de prumada de instalações. A argamassa que será utilizada para o assentamento dos blocos pode variar de 1 cm a 3 cm (YAZIGI, 2016).

Figura 6 – Marcação e assentamento da primeira fiada

Fonte: Adaptado de Fórum da Construção (s.a).

b. Elevação das Paredes: Quando houver encontro da parede com pilar, assenta-se o bloco com a argamassa da junta vertical já sobre ele colocada. As juntas horizontais devem ter entre 1 cm a 2 cm. As juntas verticais são preenchidas com argamassa somente nos casos de: fiada de respaldo de alvenaria; entre blocos em contato com pilares e blocos adjacentes; nas interseções de paredes e os blocos adjacentes; nas paredes apoiadas em lajes em balanço; nas paredes muito esbeltas; nas paredes com o respaldo livre; nas paredes muito recortadas para embutimento de tubulações; nas paredes muito curtas. Quando houver desencontro de juntas verticais, serão utilizados meios blocos nas extremidades das paredes para o assentamento destas fiadas, até atingir a cota do nível das contravergas de vão de janela. As fiadas seguintes são assentadas até a cota de nível das vergas de porta e janela (YAZIGI, 2016).

Fissuração das paredes de alvenaria

Segundo Construfacilrj (2016), as principais causas de ocorrências de trincas e fissuras em alvenaria se dão por: a. Recalque de fundações: Ocorre afundamento das fundações do edifício, causando trincas nas paredes. Uma possível causa é a alteração da umidade do solo provocada por raízes de vegetações próximas, como pode ser observado na Figura 8.

Figura 8 – Trinca devido a recalque de fundações

Fonte: Adaptado de Thomaz (1990) apud Construfacilrj (2016).

b. Sobrecargas: Aparecimento de trincas causadas por cargas além do que a parede pode suportar. Muito comum em paredes com aberturas, devido à concentração de cargas nos cantos dos vãos e pela ausência ou insuficiência de vergas e contravergas. Normalmente essas trincas possuem uma inclinação de 45º com a horizontal, mostrado na Figura 9.

Figura 9 – Trincas nos cantos dos vão da alvenaria

Fonte: Adaptado de Construfacilrj (2016).

c. Movimentação da estrutura: Ocorre pela insuficiência dos elementos construtivos que suportam a estrutura ou pela deformação excessiva da estrutura, o que pode indicar uma patologia estrutural, como na Figura 10.

Figura 10 – Trincas devido à movimentação da estrutura

Fonte: Adaptado de Azeredo JR. (1990) apud Construfacilrj (2016).

d. Variações de umidade dos materiais: Ocorre quando há uma maior exposição à umidade de alguns materiais, causando variações de volumes, muitas vezes relacionadas a vazamentos e infiltrações, observadas na Figura 11.