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Aleitamento Materno e Alimentação Infantil: Guia para Desenvolvimento Saudável, Notas de estudo de Saúde da Criança

Um guia abrangente sobre os benefícios do aleitamento materno e as orientações para a alimentação complementar em bebês, desde o nascimento até a adolescência. aborda a composição do leite materno, as etapas da introdução alimentar, a importância da amamentação para o desenvolvimento infantil e a nutrição adequada em cada fase da vida. oferece informações detalhadas sobre as necessidades nutricionais em cada estágio, incluindo a importância de uma dieta balanceada e a prevenção de hábitos alimentares prejudiciais.

Tipologia: Notas de estudo

2025

À venda por 27/05/2025

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leticia-costa-dns 🇧🇷

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INTRODUÇÃO
Alimentação Infantil
Muitas são as evidências que demonstram as vantagens do aleitamento materno (AM) nas suas diferentes
interfaces.
O desafio atual é compreender o processo da amamentação além de suas determinações hormonais e
fisiológicas.
A amamentação deve ser compreendida não apenas como biologicamente determinada, mas também sócio e
culturalmente condicionada.
Nós, profissionais de saúde, por mais convictos que estejamos sobre os benefícios do AM, temos tido
competência na tarefa de auxiliar as mulheres, seus filhos e suas famílias para o sucesso da amamentação?
PROMOÇÃO E INCENTIVO AO ALEITAMENTO MATERNO
AS EQUIPES DE ATENÇÃO BÁSICA DEVEM ESTAR CAPACITADAS PARA ACOLHER A
GESTANTE, GARANTINDO:
Orientação apropriada, dos benefícios da amamentação para a mãe, a criança, a família e a
sociedade.
Ajudar e apoiar às mães a iniciar a amamentação nas primeiras horas após o parto e, garantir o
alojamento conjunto por 24 horas.
Estimular ao aleitamento materno nas Unidades Básicas de Saúde: Pré-Natal, Sala de Parto e
Maternidade.
Realizar visita domiciliar: Ação prioritária de vigilância à saúde da mãe e do bebê.
BANCO DE LEITE:
Importante estratégia de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno.
Principal ação: apoiar as mulheres que desejam amamentar seus filhos, prolongar a amamentação.
Logo, aprendem a identificar o excesso de leite e se tornam doadoras
Durante o primeiro ano de vida, cerca de 40% das calorias ingeridas são utilizadas para o processo de
crescimento e desenvolvimento, caindo 20% no segundo ano.
Assim uma dieta inadequada nesse período levará a desnutrição proteico-energética e atraso no
desenvolvimento.
LEITE MATERNO
É rico em IgA secretória, componente que atua contra microorganismos presentes nas superfícies mucosas,
além de outras substâncias como IgM e IgG, macrófagos, neutrófilos, linfócitos B e T, lactoferrina, lisosima e
fator bífido (Favorece o crescimento do Lactobacilus bifidus, uma bactéria não patogênica que acidifica as
fezes, dificultando a instalação de bactérias que causam diarreia, tais como Shigella, Salmonella e Escherichia
coli).
Principal proteína do leite materno: lactoalbumina e a do leite de vaca é a caseína, de difícil digestão
para a espécie humana.
A concentração de gordura no leite aumenta no decorrer de uma mamada. Assim, o leite do final da
mamada (chamado leite posterior) é mais rico em energia (calorias) e sacia melhor a criança.
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INTRODUÇÃO

Alimentação Infantil

Muitas são as evidências que demonstram as vantagens do aleitamento materno (AM) nas suas diferentes interfaces. O desafio atual é compreender o processo da amamentação além de suas determinações hormonais e fisiológicas. A amamentação deve ser compreendida não apenas como biologicamente determinada, mas também sócio e culturalmente condicionada. Nós, profissionais de saúde, por mais convictos que estejamos sobre os benefícios do AM, temos tido competência na tarefa de auxiliar as mulheres, seus filhos e suas famílias para o sucesso da amamentação? PROMOÇÃO E INCENTIVO AO ALEITAMENTO MATERNO AS EQUIPES DE ATENÇÃO BÁSICA DEVEM ESTAR CAPACITADAS PARA ACOLHER A GESTANTE, GARANTINDO: Orientação apropriada, dos benefícios da amamentação para a mãe, a criança, a família e a sociedade. Ajudar e apoiar às mães a iniciar a amamentação nas primeiras horas após o parto e, garantir o alojamento conjunto por 24 horas. Estimular ao aleitamento materno nas Unidades Básicas de Saúde: Pré-Natal, Sala de Parto e Maternidade. Realizar visita domiciliar: Ação prioritária de vigilância à saúde da mãe e do bebê. BANCO DE LEITE: Importante estratégia de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno. Principal ação: apoiar as mulheres que desejam amamentar seus filhos, prolongar a amamentação. Logo, aprendem a identificar o excesso de leite e se tornam doadoras Durante o primeiro ano de vida, cerca de 40% das calorias ingeridas são utilizadas para o processo de crescimento e desenvolvimento, caindo 20% no segundo ano. Assim uma dieta inadequada nesse período levará a desnutrição proteico-energética e atraso no desenvolvimento. LEITE MATERNO É rico em IgA secretória, componente que atua contra microorganismos presentes nas superfícies mucosas, além de outras substâncias como IgM e IgG, macrófagos, neutrófilos, linfócitos B e T, lactoferrina, lisosima e fator bífido (Favorece o crescimento do Lactobacilus bifidus, uma bactéria não patogênica que acidifica as fezes, dificultando a instalação de bactérias que causam diarreia, tais como Shigella, Salmonella e Escherichia coli). Principal proteína do leite materno: lactoalbumina e a do leite de vaca é a caseína, de difícil digestão para a espécie humana. A concentração de gordura no leite aumenta no decorrer de uma mamada. Assim, o leite do final da mamada (chamado leite posterior) é mais rico em energia (calorias) e sacia melhor a criança.

COLOSTRO: Líquido mais transparente ou amarelo, rico em proteínas e anticorpos que protegem contra doenças e infecções. Menos gordura que o leite maduro LEITE DE TRANSIÇÃO: Rico em gordura e lactose, enquanto o volume de proteínas e prebióticos diminui. Nessa fase, as mamas ficam mais cheias, firmes e pesadas. LEITE MADURO: Sua composição é um equilíbrio perfeito entre macronutrientes (proteínas, lipídios e carboidratos) e micronutrientes (vitaminas, como a Vitamina A e C e minerais, como ferro, cálcio e zinco) Estima-se que dois copos (500ml) de leite materno fornecem 95% das necessidades de vitamina C, 45% das de vitamina A, 38% das de proteína e 31% do total de energia. Alguns dos fatores de proteção do leite materno são total ou parcialmente destruídos pelo calor, razão pela qual o leite humano pasteurizado (submetido a uma temperatura de 62,5 C° por 30 minutos) não tem o mesmo valor biológico que o leite cru. CARACTERÍSTICAS DO LEITE MATERNO EXTRAÇÃO MANUAL DO LEITE Fora da Geladeira: não se recomenda. Geladeira: 24 horas. Congelador: 15 dias. Reaquecer em banho maria. Oferecer a criança em copinho ou em colher. O leite ordenhado pasteurizado: 6 meses. Descongelamento dentro da geladeira, aquecer em banho maria posteriormente. AMAMENTAR É um processo que envolve interação profunda entre mãe e filho, com repercussões no estado nutricional da criança, em sua habilidade de se defender de infecções, em sua fisiologia e no seu desenvolvimento cognitivo e emocional, além de ter implicações na saúde física e psíquica da mãe. Amamentar é muito mais do que nutrir a criança. IMPORTÂNCIA: Evitar mortes infantis Evita diarréia Evita infecção respiratória Diminui o risco de hipertensão, colesterol e diabetes Reduz a chance de obesidade Melhor nutrição Efeito positivo na inteligência Melhor desenvolvimento da cavidade bucal Proteção contra câncer de mama Evita nova gravidez Menores custos financeiros Promoção do vínculo efetivo entre mãe e filho. Melhor qualidade de vida A MAMA NA GRAVIDEZ: durante a gestação, há o aumento do tecido adiposo, da vascularização das mamas, da rede de células mioepiteliais que envolvem os alvéolos e também dos lóbulos (formado pelo aumento da rede de ductos e alvéolos).

TIPOS DE FÓRMULAS INFANTIS

Base protéica é LV. Base protéica de soja. Fórmulas sem lactose. Fórmulas hipoalergênicas. Fórmulas anti regurgitação Fórmulas especiais prematuras Hidrolizados proteicos/ semi elementares Hidrolizados proteicos/elementar ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR 1º ANO Respeita o desenvolvimento neurológico e o amadurecimento das funções motoras relacionadas à alimentação. Aquisição de marcos como sustentação da cabeça, pescoço e tronco, perda do reflexo de protusão da língua e a capacidade de mastigação (5 meses): habilidades necessárias ao início da alimentação complementar. O aparecimento dos primeiros dentes: incisivos centrais inferiores (6 meses) e superiores (7 meses); incisivos laterais superiores (8 meses) e inferiores (9 meses); primeiros molares inferiores (12 meses) e superiores ( meses). 6 meses segura uma mamadeira e aos 9 uma caneca. Aos 10 – 12 meses são capazes de levar uma colher a boca. 2 anos alimenta-se sozinha. Os alimentos devem ser oferecidos amassados, não use liquidificador e/ou peneira para evitar a perda de fibras alimentares. Para amassar, use garfinhos e/ou amassadores; A alimentação oferecida deve ser rica em vitaminas e minerais, principalmente ferro e zinco. Em caso de não aceitação – não desistir (8 a 10 exposições). Inicialmente oferecer os pastosos até pedaços sólidos. Líquidos maior facilidade de engasgar. 1° frutas na forma de papas. A INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS COMPLEMENTARES DEVE SER INICIADA A PARTIR DOS 6 MESES DE IDADE Introdução tardia: inadequação do leite materno em nutrientes essenciais, especialmente ferro, e o risco de isso afetar a aceitação de novos sabores e texturas. Atrasar a introdução de alguns alimentos, como nozes e amendoim, pode favorecer alergias alimentares ao invés de preveni-las. CRIANÇAS DE 6 A 23 MESES DEVEM TER UMA DIETA DIVERSIFICADA Foco em uma dieta diversificada na qual verduras, legumes, frutas e alimentos de origem animal, incluindo carne, peixe ou ovos, devem ser consumidos diariamente. Leguminosas, nozes e sementes devem fazer parte do cardápio com frequência, especialmente quando carne, peixe ou ovos e vegetais são limitados no cardápio. Consumo de itens ricos em amido deve ser minimizado, pois não fornecem proteínas de alta qualidade ou nutrientes, como ferro, zinco e vitamina B12. ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR 1° ANO- ESQUEMA ATÉ O 1° ANO Até o 6º mês : aleitamento materno exclusivo. 6° mês: aleitamento materno + papa salgada (inicialmente 1x/dia e depois 2x/dia – Papa salgada e doce). 7° ao 8° mês: aleitamento materno + papa/suco de frutas + duas papas salgadas/dia. 9° ao 11° mês: manter o esquema anterior, tornando a alimentação complementar mais próxima dos hábitos da família. 12° mês: alimentação do lactente deve ser igual à da família.

COMPOSIÇÃO E EVOLUÇÃO DA REFEIÇÃO PRINCIPAL

A refeição principal deverá ser composta por 6 grupos alimentares. Esses grupos alimentares devem ser introduzidos na alimentação do bebê de forma gradativa, para ele ir se acostumando aos poucos com os diferentes sabores. Tubérculos: Batata, Batata-baroa, Batata-doce, Cará, Inhame, Mandioca. Leguminosas: Ervilha, Feijão branco, Feijão carioca, Feijão preto, Grão-de-bico, Lentilha. Hortaliças coloridas: Abóbora, Berinjela, Beterraba, Cenoura, Couve-flor, Repolho roxo. Cereais: Arroz branco, Arroz integral, Arroz 7 cereais, Macarrão, Milho, Quinoa. Hortaliças verdes: Abobrinha, Brócolis, Chuchu, Couve, Espinafre, Jiló, Maxixe, Quiabo, Repolho verde, Vagem. Proteínas: Carnes bovina e suína, Fígado,, Frango, Ovo, Peixe. A ALIMENTAÇÃO RESPONSIVA DEVE SER ESTIMULADA As diretrizes anteriores estabeleciam um número de refeições diárias dependendo do consumo e das metas nutricionais, já a atual ressalta a importância de as crianças de 6 a 23 meses de idade serem incentivadas a se alimentar de forma responsiva, ou seja, incitadas a comer de forma autônoma, respeitando suas preferências, desenvolvimento, necessidades fisiológicas e apetite e incentivando a autorregulação na alimentação. Alimentos ricos em açúcar, sal, gorduras trans, adoçantes e bebidas açucaradas devem ser evitados e o consumo de suco de fruta natural deve ser limitado ORIENTAÇÕES PARA CRIANÇAS NÃO AMAMENTADAS NO PRIMEIRO ANO DE VIDA Para crianças menores de 4 meses: refeição láctea. Para crianças maiores de 4 meses: a orientação básica é iniciar logo a alimentação (não esperar que a criança entre no sexto mês) e ir substituindo a refeição láctea pura pela alimentação, de modo gradativo. Essa decisão requer a análise das curvas de crescimento, do estado nutricional materno, entre vários outros aspectos da mãe e do bebê, reforçando o conceito de que o aleitamento deve ser exclusivo pelo maior tempo possível. ESQUEMA PARA CRIANÇAS NÃO AMAMENTADAS Menores de 4 meses: Alimentação láctea. De 4 a 8 meses: Leite + 2 Papas Doces + 2 Papas Salgadas. Após completar 8 meses: Leite + 2 Frutas + 2 Papas Salgadas ou refeição da família Após completar 12 meses: Refeição da família. ATIVIDADE FÍSICA Recomenda-se até um ano atividades de tipo mudança de decúbito, psicomotricidade, andar, engatinhar e natação a partir de 6 meses sob devida orientação. O uso de suplementos nutricionais e alimentos fortificados pode ser indicado para crianças de 6 a 23 meses.

ALIMENTAÇÃO DO ADOLESCENTE

Caracteriza-se como uma época de grandes modificações físicas e psicológicas, com necessidades nutricionais e metabólicas aumentadas. Meninos: aumentam mais a massa muscular (35g) do que as meninas (18g). Também crescem por um período mais prolongado. Tecido adiposo – meninos tem 13,7% de massa gorda e aos 18 anos atinge 18%. As meninas aos 10 anos têm 19,4% de massa gorda e ao final da puberdade apresentam 25% - acumulam tecido adiposo em maior proporção. As necessidades de cálcio (massa óssea) e ferro (aumento da mioglobina e hemácias) aumentam nesse período

  • consumo de leites e derivados e ferro (3x maior nas meninas). Na adolescência, observam-se transtornos alimentares (anorexia, bulimia e obesidade) que tem sido associado a baixa autoestima, solidão e ineficácia social, por isso os familiares devem estar atentos as atitudes dos adolescentes relacionadas a alimentação. ERROS DOS PAIS NA ALIMENTAÇÃO DOS FILHOS Dê os nomes certos aos alimentos Respeite a rotina da criança Não faça sempre a vontade da criança Varie na apresentação dos alimentos Não seja preguiçoso Evite a compensação Desligue a televisão Dê atenção aos detalhes Não force a alimentação Dê o exemplo