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Alfabetização após a BNCC, Resumos de Ciências da Educação

Base Nacional Comum Curricular e as questões da Alfabetização

Tipologia: Resumos

2019

Compartilhado em 12/09/2019

luis-vicente-ferreira
luis-vicente-ferreira 🇧🇷

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A ALFABETIZAÇÃO APÓS A
IMPLEMENTAÇÃO DA BNCC
A Base Nacional Comum Curricular trouxe algumas contribuições para a
alfabetização. O ciclo de alfabetização mostrado de forma clara e a denição de
competências e habilidades ligadas ao aprender a ler e escrever são considerações muito ricas para o
ensino brasileiro. A seguir, conra as principais alterações e destaques sobre a
alfabetização na BNCC.
TEMPO DE ALFABETIZAÇÃO
O adiantamento do processo de alfabetização é uma das principais mudanças
promovidas pela Base. Se antes a alfabetização terminava no nal do terceiro ano
do Ensino Fundamental, agora a previsão é de que as crianças já estejam alfabezadas até o nal
do segundo ano.
De acordo com a BNCC:
Nos dois primeiros anos do Ensino Fundamental, a ação pedagógica
deve ter como foco a alfabezação, a m de garanr amplas
oportunidades para que os alunos se apropriem do sistema de escrita
alfabéca de modo arculado ao desenvolvimento de outras
habilidades de leitura e de escrita e ao seu envolvimento em prácas
diversicadas de letramentos.
Ao focar na alfabetização nos primeiros anos do Ensino Fundamental, uma
ampliação do potencial cognitivo dos estudantes. A criança alfabetizada, inserida
na cultura letrada, é mais apta ao desenvolvimento promovido em ambiente
escolar. Por estar alfabetizada já no início do terceiro ano, a criança possui maior
“autonomia e protagonismo na vida social”.
CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA
A BNCC traz à tona o desenvolvimento da consciência fonológica, colocada como peça
fundamental para a legítima alfabetização. Compreender e fazer uso dos fonemas
do português brasileiro, assim como entender a organização dos fonemas enquanto
sílabas e palavras, congura um aprendizado essencial para a alfabetização de
crianças.
A partir da formação da consciência fonológica, os alunos conseguem codicar e
decodicar os 90 sons da língua portuguesa do Brasil. Esse processo é mais bem
desenvolvido por meio de atividades lúdicas com a criança, o que aumenta
o signicado da aprendizagem e permite uma alfabetização mais rápida.
MECÂNICA DA ESCRITA E DA LEITURA
Somando-se à consciência fonológica, a necessidade de se conhecer o alfabeto
do português. Essa parte sempre foi muito importante para a alfabetização, porém,
na Base, é destacada a importância de conhecer as letras em vários formatos no momento
da alfabetização. Logo, é necessário expor o aluno ao contato com letras impressas
e cursivas, maiúsculas e minúsculas.
Estabelecer a relação entre som e letra, como prioriza o método fônico de alfabetização,
representa a forma de conhecer a mecânica da escrita e da leitura. Sendo assim, o
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A ALFABETIZAÇÃO APÓS A

IMPLEMENTAÇÃO DA BNCC

A Base Nacional Comum Curricular trouxe algumas contribuições para a alfabetização. O ciclo de alfabetização mostrado de forma clara e a definição de competências e habilidades ligadas ao aprender a ler e escrever são considerações muito ricas para o ensino brasileiro. A seguir, confira as principais alterações e destaques sobre a alfabetização na BNCC.

TEMPO DE ALFABETIZAÇÃO

O adiantamento do processo de alfabetização é uma das principais mudanças promovidas pela Base. Se antes a alfabetização terminava no final do terceiro ano do Ensino Fundamental, agora a previsão é de que as crianças já estejam alfabe�zadas até o final do segundo ano.

De acordo com a BNCC:

Nos dois primeiros anos do Ensino Fundamental, a ação pedagógica

deve ter como foco a alfabe�zação, a fim de garan�r amplas

oportunidades para que os alunos se apropriem do sistema de escrita

alfabé�ca de modo ar�culado ao desenvolvimento de outras

habilidades de leitura e de escrita e ao seu envolvimento em prá�cas

diversificadas de letramentos.

Ao focar na alfabetização nos primeiros anos do Ensino Fundamental, há uma ampliação do potencial cognitivo dos estudantes. A criança alfabetizada, inserida na cultura letrada, é mais apta ao desenvolvimento promovido em ambiente escolar. Por estar alfabetizada já no início do terceiro ano, a criança possui maior “autonomia e protagonismo na vida social”.

CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA

A BNCC traz à tona o desenvolvimento da consciência fonológica , colocada como peça fundamental para a legítima alfabetização. Compreender e fazer uso dos fonemas do português brasileiro, assim como entender a organização dos fonemas enquanto sílabas e palavras, configura um aprendizado essencial para a alfabetização de crianças.

A partir da formação da consciência fonológica, os alunos conseguem codificar e decodificar os 90 sons da língua portuguesa do Brasil. Esse processo é mais bem desenvolvido por meio de atividades lúdicas com a criança, o que aumenta o significado da aprendizagem e permite uma alfabetização mais rápida.

MECÂNICA DA ESCRITA E DA LEITURA

Somando-se à consciência fonológica, há a necessidade de se conhecer o alfabeto do português. Essa parte sempre foi muito importante para a alfabetização, porém, na Base, é destacada a importância de conhecer as letras em vários formatos no momento da alfabetização. Logo, é necessário expor o aluno ao contato com letras impressas e cursivas, maiúsculas e minúsculas.

Estabelecer a relação entre som e letra , como prioriza o método fônico de alfabetização, representa a forma de conhecer a mecânica da escrita e da leitura. Sendo assim, o

aluno alfabetizado deve ter potencial para “perceber as relações bastante complexas que se estabelecem entre os sons da fala (fonemas) e as letras da escrita (grafemas)”. De acordo com a própria Base, essa mecânica não é algo simplório como mostrado em alguns métodos de alfabetização.

CAPACIDADES DO ALFABETIZADO

Baseando-se em pesquisas do campo da Alfabetização e Letramento, a BNCC aponta algumas habilidades indispensáveis para caracterizar uma criança que sabe escrever. Ela precisa ser capaz de

  • diferenciar grafismos/desenhos (símbolos) de grafemas/letras (signos);
  • desenvolver a capacidade de reconhecimento global de palavras, que será depois responsável pela fluência na leitura;
  • construir o conhecimento do alfabeto da língua em questão;
  • perceber quais sons se deve representar na escrita e como;
  • construir a relação fonema-grafema: a percepção de que as letras estão representando certos sons da fala em contextos precisos;
  • perceber a sílaba em sua variedade como contexto fonológico desta representação;
  • compreender o modo de relação entre fonemas e grafemas, em uma língua específica.

A criança alfabetizada, portanto, precisa ser capaz de ver o mundo com outros olhos: olhos de quem sabe ler, escrever e interpretar. A formação dos alunos desse período deve se dar de maneira mais complexa, uma vez que envolve toda a questão da consciência gráfica e fonológica.

GÊNEROS ADEQUADOS PARA A ALFABETIZAÇÃO

A Base, em seus aspectos voltados à alfabetização, apresenta alguns gêneros como mais adequados para os anos iniciais do Ensino Fundamental. Os gêneros a serem trabalhados na sala de aula tanto para leitura e escuta quanto para a produção oral e escrita são mais simples. Os textos do dia a dia, como as listas — de compras, de chamada, de ingredientes —, bilhetes e convites, são indicados principalmente pelo foco na grafia.

Conforme o processo de alfabetização progrida, as cantigas de roda, receitas e regras de jogo são bastante recomendadas. Esses gêneros familiares para o aluno aumentam a compressão dele quanto à importância de se saber ler e escrever. Válido destacar que, de acordo com a BNCC, a pontuação e acentuação e a introdução das classes morfológicas de palavras são iniciadas a partir do 3º ano, portanto, não precisam ser aprofundadas no período de alfabetização.

ORTOGRAFIZAÇÃO: O COMPLEMENTO DA

ALFABETIZAÇÃO

Uma vez que a criança está devidamente alfabetizada, inicia-se a fase de ortografização. Trata-se de um processo complementar que busca a fixação das regras da língua escrita, principalmente do modo como os itens lexicais são expressados por meio das letras do alfabeto. A ortografização representa, portanto, a apropriação do nosso sistema ortográfico da língua portuguesa.

O processo de ortografização, diferentemente da alfabetização, não é estabelecido com um prazo na BNCC: