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Aleitamento Materno e Sustentabilidade Ambiental, Trabalhos de Enfermagem

GUTIERREZ, Daniele Alves. Aleitamento Materno e Sustentabilidade Ambiental. Tupã, 2015.27f. Trabalho de Conclusão Curso (Monografia). Curso de Enfermagem, Faculdades Esefap – Uniesp, Tupã, 2015.

Tipologia: Trabalhos

2015

Compartilhado em 26/06/2015

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FACULDADES ESEFAP/ UNIESP
BACHARELADO EM ENFERMAGEM
DANIELE ALVES GUTIERREZ
ALEITAMENTO MATERNO E SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL
Tupã - SP
2015
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FACULDADES ESEFAP/ UNIESP

BACHARELADO EM ENFERMAGEM

DANIELE ALVES GUTIERREZ

ALEITAMENTO MATERNO E SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL

Tupã - SP 2015

FACULDADES ESEFAP/ UNIESP

BACHARELADO EM ENFERMAGEM

DANIELE ALVES GUTIERREZ

ALEITAMENTO MATERNO E SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL

Trabalho apresentado a Faculdades ESEFAP/UNIESP como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Enfermagem, a Professora Orientadora Ms..Roberta Silva Boaventura.

Tupã - SP 2015

GUTIERREZ, Daniele Alves. Aleitamento Materno e Sustentabilidade Ambiental/ .Daniele Alves Gutierrez - Tupã, 2015. 26f. :iI. Color.

Trabalho de Conclusão de Curso (Monografia). Bacharelado em Enfermagem ESEFAP/UNIESP, 2014. Orientadora: Profª. Ms. Roberta Silva Boaventura

  1. Sustentabilidade ambiental, Aleitamento materno, Amamentação, Ambiente.

CDD: 796

É de inteira responsabilidade o conteúdo do trabalho apresentado pela aluna O (A) Professor Orientador (a), a Banca Examinadora e a Instituição não são responsáveis e nem endossam as idéias e o conteúdo do mesmo.

Agradeço a professora e orientadora Ms.Roberta Silva Boaventura pela grande paciência e dedicação em que tornaram assim possível a realização deste trabalho.

Agradeço a minha amiga Elaine Iacida Soriano que me ajudou no desenvolvimento desse trabalho e esteve sempre presente me apoiando.

Agradeço a todos os professores, coordenador do curso de enfermagem e Diretor.

“Escolhi ser Enfermeira porque amo e respeito a vida”.....

Florence Nightingale.

SUMÁRIO

  • INTRODUÇÃO
    1. OS BENEFÍCIOS DO ALEITAMENTO MATERNO PARA A CRIANÇA
  • 1.1 OS BENEFICÍOS DO ALEITAMENTO MATERNO PARA AS MÃES.................
    1. ALEITAMENTO MATERNO E A ECONÔMIA ......................................................
  • 2.1 O ALEITAMENTO ARTIFICIAL E O MEIO AMBIENTE ......................................
  • 2.2 OS BENEFÍCIOS DO ALEITAMENTO MATERNO PARA A NATUREZA...........
    1. CONSIDERAÇÕES FINAIS
  • REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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INTRODUÇÃO

Justifica-se o desenvolvimento da presente pesquisa para fornecer mais informações sobre amamentação e contribuir para a melhoria da qualidade de vida e preservação da natureza. O leite materno constitui no melhor alimento para o bebê, previne inúmeras doenças, tais como diarreias, alergias, desnutrição, infecções, doenças respiratórias dentre outras. A literatura tem mostrado a importância fisiológica, nutritiva e ecológica do aleitamento materno visto que cuida não somente da saúde física e mental da mãe e da criança, mas também minimiza poluentes do ar, água e solo. A industrialização de leite de vaca tem gerado grande impacto na natureza devido a grande quantidade de resíduos não biodegradáveis como metais, papelão, papel, cola, plástico, solda, advindos de embalagens de longa vida, latas de alumínio e vidros, podendo alguns desses materiais demorar mais de 100 anos para se decompor na natureza. Outra vantagem do aleitamento materno é o custo. A amamentação é uma economia para a família, especialmente nos países em desenvolvimento, onde grande parte da população pertence aos níveis socioeconômico mais baixos. O fato de o Brasil ser um país em desenvolvimento, com um numero significativo de famílias com baixa renda, demonstra a importância de se aplicar ações para educação socioeconômica. (OLIVEIRA, 2011). Para o embasamento teórico deste trabalho, foram pesquisadas algumas literaturas dentre elas: os benefícios do aleitamento materno para a criança e para a mãe; o aleitamento artificial e o meio ambiente; o aleitamento materno e a econômica. A pesquisa foi desenvolvida por meio de revisão bibliográfica, em literatura sobre aleitamento materno, livros científicos, revistas científicas especializadas na área e sites de busca utilizando as palavras chaves: ''A sustentabilidade ambiental'', ''Aleitamento materno'', ''Amamentação'' e '' Ambiente''. A formatação da pesquisa acompanharão as normas da ABNT-Associação Brasileira de Normas Técnicas visando à padronização

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1. OS BENEFÍCIOS DO ALEITAMENTO MATERNO PARA A

CRIANÇA.

Amamentar é sem dúvida, fornecer um alimento muito importante para o desenvolvimento da criança. O aleitamento materno deve ser exclusivo nos primeiros meses de vida, pois tem sido cada vez mais valorizado na promoção da saúde da criança por ser classificado como um alimento completo, balanceado e equilibrado, rico em nutrientes. O leite materno é composto por água, lipídios, proteínas, carboidratos e vitaminas. A água é o componente mais abundante no leite e cujo teor é totalmente suficiente para as necessidades hídricas do bebê Carvalho, 2010, p.33).

O leite humano é o único alimento energético nutricional e imunológico consumido em quantidades suficientes pelos recém-nascidos. Quando o bebê começa a mamar, as terminações nervosas presentes no mamilo geram impulsos que são levados até a hipófise, glândula situada no cérebro, que em sua região anterior irá produzir a prolactina, sendo liberada na corrente sanguínea seguirá aos alvéolos ativando suas células secretoras. No mesmo momento em que a hipófise recebe esses impulsos, ela também produz um outro hormônio, porém na sua região posterior, é a ocitocina, que através da corrente sanguínea chegará ás células mioepiteliais que envolvem os alvéolos, provocando sua contração e a descida do leite (apojadura) pelos ductos até as ampolas lactíferas sob a aréola. Esses dois processos ocorrem por estímulos neuro-hormonais, ou seja, quanto mais o bebê mama, mais leite é produzido. (LEVY, et al.,2008, p.20).

O leite materno é de fácil digestão, protege o bebê de muitas doenças, é prático para amamentação por estar sempre pronto e na temperatura ideal, o que não acontece quando o mesmo deve ser retirado da mãe, conservado sob refrigeração e ofertado a bebês que não os tem direto mãe. (RABBONI, 2006).

“Alguns estudos também apontam que o aleitamento materno pode proteger as crianças contra o sobrepeso e a obesidade, agregando mais uma vantagem ao leite materno” (VITOLO, 2008, p.121).

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Essa é uma das maneiras mais eficientes de atender os aspectos nutricionais, imunológicos, psicológicos e o desenvolvimento de uma criança no seu primeiro ano de vida.

O aleitamento materno exclusivo é indicado para crianças até os seis meses de vida, podendo esse processo se estender por dois anos ou mais. De acordo com os dados da Organização Mundial de Saúde-OMS (2003), a cada ano um milhão e meio de mortes poderiam ser evitadas por meio da prática do aleitamento materno.

“As crianças alimentadas exclusivamente com leite materno apresentam menos problemas de saúde, do que aquelas que são amamentadas com o leite artificia” (FREITAS, 2008).

As proteínas do leite humano são qualitativamente diferentes das do leite de vaca, e segundo Araújo (2006), o leite de vaca apesar de não ser a melhor escolha do ponto de vista nutricional, tem sido a fonte mais comumente utilizada para crianças menores de um ano de idade como substituto do leite materno, pois as fórmulas infantis são substancialmente mais caras.

De acordo com o Brasil (2009), na amamentação o leite produzido varia de acordo com a frequência das mamadas. Quanto mais a criança mamar mais leite será produzido. A mãe que amamenta exclusivamente, em média produz cerca de 500 ml por dia de leite, mais do que a quantidade necessária para o bebê.

1.2 Os benefícios do aleitamento materno para as mães.

Muitas mães não sabem de todos os benefícios do ato de amamentar, que não estão ligados somente ao bebê, mas elas também são beneficiadas através desse ato, como por exemplo; podem voltar ao peso normal mais rápido, diminuem o risco de câncer de mama, câncer de ovário, câncer endometrial e podem estar protegidas contra anemias já que essas demoram mais tempo para menstruar, evitando assim a perda de ferro com o sangramento mensal (RABBONI, 2006).

Dentre as vantagens do aleitamento materno para as mães, Accioly (2009, p.287), destaca o controle dietético, evitando a obesidade. A involução mais rápida

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apontam que é mais barato e eficaz garantir a complementação alimentar das nutrizes carentes, por exemplo, para se promover a amamentação, que distribuir fórmulas ou leites, e favorecer ao desmame precoce. Percebe-se uma econômia ao comparar o custo da alimentação complementar da nutriz com o custo da alimentação de bebês com substitutos do leite materno. Segundo Araújo (2006, p.137) nesta pesquisa foram elaborados e calculados dez cardápios adicionais para uma nutriz padrão, entre 18 e 30 anos (que abrange maior número de mulheres em idade reprodutiva, peso corpóreo de 54 Kg e 1,60 cm de altura, obedecendo às recomendações da OMS-Organização Mundial de Saúde, para essa fase da vida. Para o planejamento dos cardápios foram observados alguns alimentos de maior consumo na população brasileira. Para o cálculo do custo dos cardápios, pesquisaram-se os preços dos gêneros alimentícios em quatro grandes supermercados de Brasília, utilizando-se os alimentos de menor preço. O preço foi multiplicado para um consumo de seis meses, e então calculado a porcentagem do salário mínimo, utilizada para esse gasto adicional na alimentação da nutriz. Para o cálculo do valor econômico do aleitamento artificial com as fórmulas infantis e com o leite de vaca tipo C, utilizaram-se as quantidades desses produtos capazes de atender às recomendações energéticas de crianças menores de seis meses de idade. Para o cálculo do custo das fórmulas infantis, considerou-se que uma lata de 500g de fórmula infantil é suficiente para alimentar um lactente menor de seis meses de idade por três a quatro dias, sendo necessárias, portanto 44 latas para alimentar o bebê durante seis meses (ARAÚJO, 2006, p.137). “A alimentação com fórmulas lácteas caseiras, representa para uma criança de dois meses, um gasto de cerca de 15% de um salário mínimo vigente no país e, no caso de fórmulas infantis modificadas, cerca de 30%”. (ACCIOLY, 2009, p.317). Com relação aos gastos com os setores de saúde uma criança amamentada com o leite industrializado, custa mais caro em virtude de maior procura dos serviços de saúde e maior tempo de internação, o que pode acontecer devido a digestão e aceitação ao tipo de leite ofertado ao bebê. Segundo Araújo et al., (2006, p.137), a Organização Mundial de Saúde- OMS e o Fundo das Nações Unidas para a Infância-UNICEF (2003) há muito tempo reconhecem que o leite materno exclusivo é o alimento ideal para o desenvolvimento

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infantil, especialmente nos primeiros meses de vida. Entretanto, seja por influência e fatores externos ou por características da própria mulher, muitas mães têm introduzido novos produtos para os bebês antes do tempo recomendado.

O risco de morte por pneumonia e por diarréia é de, respectivamente, cinco a sete vezes maior em bebês não amamentados nos primeiros cinco meses de vida, nos países subdesenvolvidos. Além disso, a Academia Americana de Pediatria afirma que amamentar tem potencial de reduzir custos anuais em cuidados de saúde, cerca de 3,6 bilhões de dólares nos Estados Unidos. (SIMON, 2009, p.65-66).

De acordo com Rabboni (2006), considera-se também que, essa família poderá ter um aumento no consumo de fraldas descartáveis, pois a criança amamentada com o leite industrializado está sujeita a contrair mais doenças infecciosas e distúrbios gastrointestinais, e também ressalta sobre o uso de absorventes pelas mães que não amamentam, onde consequentemente menstruam e precisam utilizar esse produto ou similares, o que não ocorre com as mulheres que amamentam que demoram um período maior para retornarem ao cilco menstrual. Carvalho (2010, p.33) destaca também que, um grande volume de dinheiro é direcionado para promoção de comerciais das fórmulas infantis e outros tipos de alimentos destinados a bebê, que poderia ser revertido em propaganda dos benefícios do aleitamento materno, com isto as indústrias não teriam lucros, então fazem este tipo de investimento para aumentar o consumo e a cada ano diversificar mais e mais os tipos de produtos industrializados, onde na maioria das vezes utilizam como matéria-prima leite de vaca em pó ou soro de leite em pó, o qual devem passar por outros tipos de processamentos para que o mesmo fique apto para ser consumido, sem que causem algum tipo de problema digestível e ou de adaptação ao produto. A utilização do leite industrializado consequentemente inclui o uso da mamadeira. O crescimento do uso da mamadeira contribuiu para a crise da divida externa nos países menos desenvolvidos. A maioria das mamadeiras, bicos e leites são importadas, assim como os recursos extras necessários pelo sistema de saúde para tratar os bebês que adoecem em consequência da mamadeira. Mesmo quando o leite tem rótulo de fabricação de um país em desenvolvimento a matéria prima geralmente provém do Ocidente e o país terá de gastar. A demais, o mercado de alimentos infantis é controlado pelas multinacionais estrangeiras (RADFORD,

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para atender ao consumidor e se esquecendo de como tudo isto pode agredir direta ou indiretamente o meio ambiente. Como exemplo os laticínios, que fazem o beneficiamento do leite e produção de derivados de leite, onde em todo o processo exige um grande volume de água e que é devolvido ao meio ambiente na forma de soro de leite, que é um produto que apresenta alto teor de proteína e que quando não tratado leva a vários problemas ambientais. Pensando já no consumo destes alimentos produzidos nos laticínios, todos são embalados o que consequentemente geram uma grande quantidade de lixo produzido pelos consumidores (LOUREIRO, 2014).

Essas indústrias vêm promovendo agressões ao meio ambiente, esgotando os recursos naturais não renováveis, provocando assim um desequilíbrio no ecossistema, pois causam danos em cada estágio de processamento do alimento desde produção, distribuição e consumo. (MARTINS, 2012, p.60).

Segundo Loureiro (2014), as consequências são danosas, com relação ao aumento da população e consumo de mercadorias produzidas, que se expande pelo mundo, sendo incompatível com os tempos de recomposição da natureza, em relação aos materiais considerados primários aos desenvolvimentos econômicos (solo, água, cobertura vegetal, minérios e etc). Besen et al., (2011, p.136), também afirmam que a gestão e a disposição inadequada dos resíduos sólidos causam grandes impactos socioambientais, tais como degradação do solo, comprometimento dos corpos d'águas e manancias, intensificação de enchentes, contribuição para a poluição do ar, proliferação de vetores em centros urbanos e catação em condições insalubres nas ruas e nas áreas de disposição final. Segundo Silva et al., (2011), o Instituto Sócio Ambiental dispõe que, 20% do lixo no Brasil é simplesmente jogado nos rios e várzeas. Ainda hoje, centenas de cidades brasileiras não dispõem de sistemas regular de coleta. Quanto a disposição final, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional do Saneamento Básico de 2000, cerca de 63,6% dos municípios brasileiros não utilizam um método adequado de disposição final dos resíduos gerados, constituindo-se um sério problema ambiental, social, econômico e político. Segundo Nagata et al., (2010), o desenvolvimento sustentavél deve ser uma consequência do desenvolvimento social, econômico e da preservação ambiental,

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pois , a sustentabilidade em sua essência é a capacidade que um individuo tem de se manter de maneira sustentavél num determinado ambiente sem degradar esse meio. “Nesse sentido, pode-se destacar o aleitamento materno como mais uma alternativa de colaboração para a preservação do ecossistema”. (MARTINS, 2012, p.62). As ações de cunho sustentável são mais do que um conjunto de metas bem específicas, é um processo que implica em modificações econômicas e sociais.

2.2 Os Benefícios do Aleitamento materno para a Natureza.

Frente à preocupação internacional com os danos ambientais que vem assolando o nosso planeta, vê-se, quão necessário é mobilizar a população a fim de buscar meios que utilizem mais os recursos naturais para melhorar a vida na terra. Nesse sentido, Martins (2010, p.61), destaca o aleitamento materno como sendo mais uma alternativa de colaboração para a preservação do ecossistema. “A amamentação tem um efeito positivo ao produzir recursos renováveis e impedir efeitos danosos ao meio ambiente, tais como aumento populacional e desperdício de materiais”. (RADFORD, 1992, p.6). Se cada 10 famílias, por exemplo, consumirem 44 latas de leite durante seis meses, isso corresponde a um total de 440 latas desse produto, que pode não estar recebendo o descarte adequado, gerando impacto sobre a natureza por estar poluindo o solo. (ARAÚJO, 2006,P.137). Pesquisas revelam o tempo de decomposição de alguns materias que são utilizados na fabricação desses produtos. Tabela 1.