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Ajuste de Curvas pelo Método dos Mínimos Quadrados, Slides de Cálculo

Este documento explica o método dos mínimos quadrados para ajustar curvas a um conjunto de dados. O texto aborda diferentes tipos de ajustes, incluindo ajuste linear simples e múltiplo, e fornece exemplos práticos com diferentes tabelas de dados. O objetivo é determinar a melhor curva que se ajusta ao diagrama de dispersão dos dados.

O que você vai aprender

  • Qual é a importância do coeficiente de determinação no ajuste de curvas?
  • Como se determina a melhor curva que se ajusta aos dados usando o método dos mínimos quadrados?
  • Quais são os diferentes tipos de ajustes de curvas discutidos no documento?
  • Qual é o objetivo do método dos mínimos quadrados em ajustar curvas?
  • Quais são as vantagens e desvantagens do método dos mínimos quadrados em ajustar curvas?

Tipologia: Slides

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Carioca85
Carioca85 🇧🇷

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Página 1 de 20- Ajuste de Curvas pelo Método dos Mínimos Quadrados
CAP. V – AJUSTE DE CURVAS PELO MÉTODO DOS
MÍNIMOS QUADRADOS
No capítulo anterior estudamos uma forma de lidar com funções matemáticas
definidas por tabelas de valores.
Frequentemente, estas tabelas são obtidas com base em dados experimentais,
contendo erros inerentes aos métodos de medição utilizado.
Como os valores não são exactos, muitas vezes não é razoável recorrer à
interpolação polinomial, ou seja, exigir que a função aproximante satisfaça
exactamente os dados disponíveis.
Assim, em vez de recorrermos a um polinómio que passe exactamente por
todos os pontos, fazemos passar uma função aproximante g(x), o mais
próximo possível dos pontos.
Consideremos uma série de pontos (xi , yi), i=1, ..., n onde cada yi foi obtido
experimentalmente e aproxima o valor de uma função no ponto xi, isto é,
yi f(xi).
Estes valores podem ser representados por um gráfico cartesiano formando
um diagrama de dispersão.
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C AP. V – AJUSTE DE CURVAS PELO MÉTODO DOS

M ÍNIMOS Q UADRADOS

No capítulo anterior estudamos uma forma de lidar com funções matemáticas

definidas por tabelas de valores.

Frequentemente, estas tabelas são obtidas com base em dados experimentais,

contendo erros inerentes aos métodos de medição utilizado.

Como os valores não são exactos, muitas vezes não é razoável recorrer à

interpolação polinomial, ou seja, exigir que a função aproximante satisfaça

exactamente os dados disponíveis.

Assim, em vez de recorrermos a um polinómio que passe exactamente por

todos os pontos, fazemos passar uma função aproximante g(x) , o mais

próximo possível dos pontos.

Consideremos uma série de pontos (x (^) i , y (^) i ), i=1, ..., n onde cada y (^) i foi obtido

experimentalmente e aproxima o valor de uma função no ponto x (^) i , isto é,

y (^) i ≅ f(xi ).

Estes valores podem ser representados por um gráfico cartesiano formando

um diagrama de dispersão.

EXEMPLO 1:

Construir o diagrama de dispersão da seguinte tabela:

x (^) i 1.3 3.4 5.1 6.8 8.

y (^) i 2.0 5.2 3.8 6.1 5.

0

1

2

3

4

5

6

7

0 2 4 6 8 10

Objectivo: procurar a curva y = g(x) que melhor se ajusta, num dado

sentido, ao diagrama anterior.

TIPOS DE AJUSTAMENTOS :

™ Ajustamento linear simples;

™ Ajustamento linear múltiplo.

ESCOLHA DA MELHOR RECTA :

Consideremos a soma dos quadrados dos desvios de todos os n pontos :

=

n

i 1

2 D di

Medida do desvio total dos pontos à recta estimada

Esta medida depende da recta considerada:

Pretendemos então os valores dos coeficientes de β 0 e β 1 que minimizam

D ( β 0 ,β 1 ), ou seja, o valor mínimo de D ( β 0 ,β 1 ).

Para tal, temos de derivar D ( β 0 ,β 1 ) em relação a β 0 e β 1 e resolver as

equações normais (igualar as derivadas parciais a zero):

=

=

2.(y β β.x).x 0

Dβ, β

2.(y β β.x) 0

Dβ , β

i

n

i 1

i 0 1 i 1

0 1

n

i 1

i 0 1 i 0

0 1

= = =

n

i 1

2 i 0 1 i

n

i 1

2 i i

n

i 1

2 D β 0 ,β 1 di y y ˆ (y (β β .x ))

  • Os valores de b 0 e b (^) 1, para os quais D ( β (^) 0 ,β 1 ) apresenta um valor

mínimo são obtidos pela resolução do sistema (equações normais):

∑ ∑ ∑

∑ ∑

= = =

= =

=

=

n

i 1

i

n

i 1

i

n

i 1

2 0 i 1 i

n

i 1

i

n

i 1

0 1 i

n

i 1

2 i i 0 i 1 i

n

i 1

i 0 1 i

b x b x y.x

nb b x y

2 (y.x b .x b.x ) 0

2 (y b b.x) 0

Em notação matricial,

y.x

y

b

b

x x

n x

i

n

i 1

i

n

i 1

i

1

0

n

i 1

2 i

n

i 1

i

n

i 1

i

∑ ∑

=

=

= =

=

Resolvendo o sistema, obtemos:

n

y ( x ).b

b

n. x ( x )

n. x .y x. y

b

n

i 1

1

n

i 1

i i

0 n

i 1

2

n

i 1

i

2 i

n

i 1

n

i 1

n

i 1

i i i i

1

= =

= =

= = =

Como este método consiste em achar o mínimo de uma função quadrática, é

conhecido como o método dos mínimos quadrados.

Q Q UUAALLIIDDAADDEE DDOO AA JUJUSSTTEE ::

¾ ¾ CC OEOEFFIICCIIEENNTTEE DDEE DD ETETEERRMMIINNAAÇÇÃÃOO

Para simplicar a notação, o símbolo ∑

=

n

i 1

será trocado por ∑ , sempre que

fôr conveniente.

O coeficiente de determinação é dado por:

Quanto mais próximo o coeficiente de determinação estiver de 1, melhor será

o ajuste.

¾ ¾ RR ESESÍÍDDUUOOSS

Outra maneira de verificar a adequação do modelo é comparar cada valor

observado y (^) i com o respectivo valor predito yˆ (^) i .À diferença entre estes dois

valores chama-se resíduo :

r (^) i =yi-yˆi,∀i

onde yˆ (^) i é dado pela equação y (^) i =b (^) 0+b (^) 1.x (^) i.

Quando b 0 e b 1 são estimadores dos mínimos quadrados, então os desvios d (^) i

são idênticos aos resíduos ri.

sendo 0 R 1

2

(^2222)

2

2

i i i i

i i i i

y

n

x y

n

x

x y

n

xy

R

5.2 A JUSTE LINEAR MÚLTIPLO

Uma maneira de relacionar uma variável dependente y com p variáveis

independentes é:

y = β 0 + β 1 x 1 + β2x 2 + ... + βpx (^) p

onde β 0 , β 1 , ..., βp são os parâmetros do modelo.

Para n pontos, temos o sistema:

Na forma matricial:

Considerando a soma dos quadrados dos desvios de todos os n pontos

pretende-se minimizar D( β (^) 01 , β 2 ,..., β p).

n 0 1 1n 2 2n p pn

2 0 1 12 2 22 p p

1 0 1 11 2 21 p p

y β β .x β .x ... β .x

y β β .x β .x ... β .x

y β β .x β .x ... β .x

⇔ = β

β

β

β

Y X.

1 x x x

1 x x x

1 x x x

y

y

y

p

1

0

1 n 2 n pn

12 22 p 2

11 21 p 1

n

2

1

∑ ∑^ (^ ˆ^ )^ ∑ β β β β ,

= = =

n

i 1

2 i 0 1 1i 2 2i p pi

n

i 1

2 i i

n

i 1

2 D di y y (y ( .x .x ... .x ))

¾ CC OEOEFFIICCIIEENNTTEE DDEE DD ETETEERRMMIINNAAÇÇÃÃOO
¾ RR ESESÍÍDDUUOOSS

Para se calcular os resíduos no ajuste linear múltiplo utiliza-se a equação dos

resíduos para o ajuste linear simples. Contudo, é dado pela equação

anterior.

i 0 1 1i 2 2i p pi

(^22)

2 2

onde yˆ b b.x b .x ... b .x

i i

i i

y n

y

y y R

yˆ i

EXEMPLO 2 :

Ajustar os pontos da tabela à equação y = b 0 + b 1 x 1 + b (^) 2x 2 e determinar o

coeficiente de determinação:

x (^) 1i -1 0 1 2 4 5 5 6

x (^) 2i -2 -1 0 1 1 2 3 4

y (^) i 13 11 9 4 11 9 1 -

Tabela auxiliar:

x (^) 1i x (^) 2i x (^) 1i

2 x (^) 2i

2 x (^) 1i x (^) 2i y (^) i y (^) i x (^) 1i y (^) i x (^) 2i y (^) i

2 ri ri

2

y ˆ i

EXEMPLO 3 :

Ajustar os pontos da tabela abaixo à equação y = b 0 + b (^) 1x + b (^) 2x

2

x (^) i -2 -1.5 0 1 2.2 3.

y (^) i -30.5^ -20.2^ -3.3^ 8.9^ 16.8^ 21.

Tabela auxiliar:

x (^) i x (^) i

2 x (^) i

3 x (^) i

4 y (^) i x (^) i y (^) i x (^) i

2 y (^) i y ˆ^ i ri

2 y (^) i

2

5.2.2. TRANSFORMAÇÕES

Alguns modelos não lineares nos parâmetros podem ser transformados em

modelos lineares por substituição dos valores de uma ou mais variáveis por

funções destas variáveis.

EXEMPLO DE T RANSFORMAÇÕES :

™ y a bx

bx

y = ae ⎯⎯→ ln = ln +

™ y a ( b)x

x

y = ab ⎯⎯→ ln = ln + ln

™ x^ y a b( x)

b

y = a ⎯⎯→ ln = ln + ln

a bx y a bx

1 2 y e ln cx

cx = ⎯⎯→ = + +

d 3

c 2

b

y = a .x 1 x x ⎯⎯→ ln y= ln a+b ln x + clnx +d ln x

1 2

a bx cx y

a bx cx

y ⎯⎯→ = + +

™ (^) a bx c.x -1) a bx 1 cx 2 y

y 1 2

ln e

EXEMPLO 1 ( CONTINUAÇÃO ):

Determinar a recta dos mínimos quadrados que melhor se ajusta aos dados da

tabela.

x (^) i 1.3^ 3.4^ 5.1^ 6.8^ 8.

y (^) i 2.0 5.2 3.8 6.1 5.

Tabela auxiliar:

x (^) i y (^) i x (^) i

2 x (^) i y (^) i y (^) i

2 ŷi ri

Determinação dos coeficientes:

b (^1 )

b 0 =

Então a melhor recta que passa pelos pontos tabelados é y=2.0097+0.52241x.

Cálculo do coeficiente de determinação:

R

2 2

2

2

O ajuste efectuado pelos método dos mínimos quadrados não explica bem a

variação de y como função de x.

EXEMPLO 2 :

Ajustar os pontos da tabela à equação y = b 0 + b 1 x 1 + b 2 x 2 e determinar o

coeficiente de determinação:

x (^) 1i -1 0 1 2 4 5 5 6

x (^) 2i -2^ -1^0 1 1 2 3

y (^) i 13 11 9 4 11 9 1 -

Tabela auxiliar:

x (^) 1i x (^) 2i X1i

2 x (^) 2i

2 x (^) 1i x (^) 2i y (^) i x (^) 1i y (^) i x (^) 2i y (^) i y (^) i

2 ŷi ri ri

2

O sistema é

2

1

0

b

b

b

, a solução é

2

1

0

b

b

b

Então a melhor recta que se ajusta aos pontos é y = 4.239 +3.400x 1 -6.464x 2.

Cálculo do coeficiente de determinação:

2

2 R. O ajuste efectuado é muito bom.

EXEMPLO 4 :

Ajustar os pontos da tabela abaixo à equação y = ae

bx

x (^) i 0.1^ 1.5^ 3.3^ 4.5^ 5.

y (^) i 5.9 8.8 12.0 19.8 21.

y = a.e

bx

→ ln y = ln a +b.x

Tabela auxiliar:

x (^) i y (^) i y' (^) i = ln (y (^) i) x (^) i y

' i x^ i

2 y

' i

2

Determinação dos coeficientes:

b (^1 )

b 0_._

Então a melhor curva que se ajusta aos pontos tabelados é

ln y =1.734 +0.2646x ⇔ y = e

.e

0.2646x ⇔ y = 5.6633.e

0.2646x

Cálculo do coeficiente de determinação:

R

2 2

2 . . .

O ajuste efectuado é muito bom.