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AI_Economia de Negocios, Exercícios de Economia de Negócios

AI_Economia de Negocios_2024_fgv

Tipologia: Exercícios

2025

Compartilhado em 26/04/2025

larissa-bispo-16
larissa-bispo-16 🇧🇷

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ATIVIDADE INDIVIDUAL
Matriz Atividade
Estudante:
Disciplina: Economia dos Negócios
Turma:
INTRODUÇÃO
A pandemia de COVID-19, iniciada em 2020, impôs desafios significativos à
economia global, afetando profundamente diversos setores, incluindo o turismo e, em
especial, a hotelaria. As restrições governamentais e as medidas de distanciamento
social reduziram drasticamente a demanda por hospedagem, levando muitos hotéis a
operar com capacidade limitada ou a fechar temporariamente. Grandes redes
hoteleiras também enfrentaram dificuldades, resultando no fechamento de unidades e
em uma queda expressiva na receita.
Além dos impactos diretos na oferta e demanda, o setor precisou adotar novos
protocolos de atendimento, higienização e segurança sanitária, modificando sua
dinâmica operacional. Essas mudanças também afetaram práticas sustentáveis,
tradicionalmente voltadas para a redução do consumo de água e energia,
evidenciando a necessidade de equilibrar sustentabilidade e viabilidade econômica no
contexto pós-pandemia.
Para compreender os impactos da pandemia no setor hoteleiro, é fundamental
analisar a economia dos negócios sob a ótica da oferta e demanda. As restrições
impostas alteraram significativamente o equilíbrio do mercado, reduzindo a procura
por hospedagem enquanto os custos operacionais se mantiveram ou até aumentaram
devido às novas exigências sanitárias. Nesse contexto, esta pesquisa busca examinar
como essas variáveis influenciaram a recuperação do setor, explorando os desafios
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ATIVIDADE INDIVIDUAL

Matriz Atividade Estudante: Disciplina: Economia dos Negócios Turma:

INTRODUÇÃO

A pandemia de COVID-19, iniciada em 2020, impôs desafios significativos à economia global, afetando profundamente diversos setores, incluindo o turismo e, em especial, a hotelaria. As restrições governamentais e as medidas de distanciamento social reduziram drasticamente a demanda por hospedagem, levando muitos hotéis a operar com capacidade limitada ou a fechar temporariamente. Grandes redes hoteleiras também enfrentaram dificuldades, resultando no fechamento de unidades e em uma queda expressiva na receita. Além dos impactos diretos na oferta e demanda, o setor precisou adotar novos protocolos de atendimento, higienização e segurança sanitária, modificando sua dinâmica operacional. Essas mudanças também afetaram práticas sustentáveis, tradicionalmente voltadas para a redução do consumo de água e energia, evidenciando a necessidade de equilibrar sustentabilidade e viabilidade econômica no contexto pós-pandemia. Para compreender os impactos da pandemia no setor hoteleiro, é fundamental analisar a economia dos negócios sob a ótica da oferta e demanda. As restrições impostas alteraram significativamente o equilíbrio do mercado, reduzindo a procura por hospedagem enquanto os custos operacionais se mantiveram ou até aumentaram devido às novas exigências sanitárias. Nesse contexto, esta pesquisa busca examinar como essas variáveis influenciaram a recuperação do setor, explorando os desafios

econômicos enfrentados e as estratégias adotadas para a retomada sustentável da hotelaria.

CONTEXTO DO SETOR

O turismo é um sistema dinâmico e sujeito a influências tanto internas quanto externas. Altamente sensível a eventos globais, ele esteve entre os setores mais afetados pela pandemia de COVID-19. Dentro desse cenário, a hotelaria, um dos principais segmentos do turismo, foi um dos mais impactados, conforme aponta a Braztoa (2020). A falta de receita por quase um ano e a operação restrita a períodos de redução nos índices de contágio levaram a uma queda aproximada de 50% nas vendas, de acordo com dados da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (BRAZTOA, 2020). A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) apontou que, em 2020, o setor hoteleiro sofreu um prejuízo de R$ 62 bilhões. Além disso, a recuperação após a pandemia pode ocorrer de forma lenta, impactando cerca de 300 mil postos de trabalho. Considerando que o turismo corresponde a 3,71% do PIB nacional, estima-se que sua atividade econômica tenha encolhido 39% ao longo do ano. Estudo “Hotelaria em Números – Brasil 2023” do Forum de Operações Hoteleiros do Brasil, indica que a pandemia de COVID-19 causou uma queda abrupta nos índices de ocupação, diária média e Receita por Quarto Disponível (RevPAR). Em 2020, a taxa de ocupação despencou para aproximadamente 30%, acompanhada de uma redução significativa na diária média e no RevPAR (Revenue per Available Room), refletindo o impacto direto das restrições sanitárias e da queda na demanda. Em 2021, houve uma leve recuperação, mas os índices permaneceram abaixo dos patamares pré-pandemia. Já em 2022, a retomada do setor se consolidou, com a taxa de ocupação ultrapassando 60% e a diária média alcançando cerca de R$ 290,00, demonstrando um avanço na recuperação do mercado hoteleiro urbano. Esses dados

Além da queda no faturamento, o setor hoteleiro vivenciou uma crise de emprego, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), o setor economico registrou a perda de 301.386 postos de trabalho em 2020, (MINISTÉRIO DO TURISMO, 2021). Esse cenário evidencia não apenas a redução no faturamento do setor, mas também o impacto expressivo na empregabilidade. Os impactos no mercado de trabalho foram expressivos, como evidenciados na Figura 3, apresenta o saldo de contratações e demissões no setor em

Figura 3 A retração do setor não apenas afetou a oferta e a demanda por hospedagem, mas também refletiu em variáveis econômicas como PIB, taxa de desemprego e investimento. Assim, a seguir, serão explorados os desdobramentos dessa crise sob a ótica econômica abrangente, avaliando seus efeitos e perspectivas para a recuperação do setor.

ANÁLISE MACROECONÔMICA

O setor hoteleiro foi um dos mais afetados pela pandemia de COVID-19, com impactos diretos na economia. A contração do PIB reduziu a demanda por hospedagem, enquanto restrições operacionais levaram a demissões e licenças não remuneradas, agravando o desemprego no setor. A queda na procura também pressionou os preços, intensificando a concorrência e estimulando promoções. Além

disso, a instabilidade econômica freou investimentos, dificultando a manutenção das operações e gerando desafios financeiros para muitos hotéis. Em 2020, diante da crise sanitária global, a economia brasileira sofreu uma retração de 3,3% no PIB, contrastando com o crescimento de 1,2% em 2019. O setor de serviços, impactado pela queda de 4,5% no consumo das famílias, registrou uma redução de 3,7%. Segundo o Sistema de Contas Nacionais do IBGE, o PIB do país atingiu R$ 7,6 trilhões, com um PIB per capita de R$ 35.935,74. Figura 4 O setor de serviços foi o mais impactado pela crise desencadeada pelo coronavírus, refletindo diretamente na retração do PIB em 2020. A queda no valor adicionado bruto teve maior influência desse setor, que contribuiu com -2,7 pontos percentuais (p.p.), seguido pela Indústria, com -0,6 p.p., enquanto a Agropecuária registrou um leve crescimento de 0,2 p.p. Entre as 12 atividades econômicas analisadas na planilha acima, com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2020), sete registraram retração, sendo o segmento de “Outras atividades de serviços” foi um dos mais afetados. Subsetor este que inclui atividades que dependem de atendimento presencial, como alimentação, hospedagem e lazer, sofreu uma retração de 9,3% ao

ANÁLISE MICROECONÔMICA

Durante o período analisado, o setor hoteleiro enfrentou desafios significativos que exigiram a implementação de estratégias inovadoras para garantir sua sobrevivência, especialmente em face da crise sanitária global. O impacto direto na oferta e na demanda foi acentuado pela necessidade de adaptações comportamentais do mercado consumidor. A demanda por serviços hoteleiros sofreu uma queda drástica, evidenciada pelo cancelamento e adiamento de eventos presenciais, resultando em uma notável diminuição da procura por hospedagem. Além disso, as flutuações no poder de aquisição dos clientes, aliadas à redução da necessidade de viagens de negócios devido à adoção generalizada do modelo de trabalho híbrido, destacaram os desafios enfrentados pelo setor. Essa conjuntura não apenas evidenciou a vulnerabilidade do setor hoteleiro, mas também ressaltou a imperiosa necessidade de adaptação e resiliência para que as empresas pudessem sobreviver e, eventualmente, prosperar em um ambiente econômico tão volátil. O setor hoteleiro necessecitou adotar diversas estratégias para mitigar os impactos econômicos e garantir sua continuidade. A adequação rigorosa às normas sanitárias e de segurança tornou-se uma prioridade, acompanhada por ajustes estratégicos na precificação para atrair novos hóspedes e fortalecer a competitividade do mercado interno. Além disso, a necessidade de adaptação local exigiu uma reconfiguração dos serviços oferecidos, reforçando a hospitalidade como um diferencial competitivo, que vai além da recepção cordial, incorporando boas práticas operacionais e excelência no atendimento. Por outro lado, no mercado global, a concorrência se intensificou, com empresas internacionais se destacando e tornando indispensáveis estratégias de marketing, gestão de marca e adequação a padrões globais. Questões como vistos e políticas de imigração ganharam relevância, influenciando o fluxo e a demanda internacional, especialmente diante das transformações geradas pela pandemia. As pressões dos mercados interno e externo ficaram evidentes: enquanto restrições

locais impactaram significativamente a economia nacional, a dependência do turismo internacional trouxe desafios extras. Em contrapartida, destinos voltados ao turismo doméstico desfrutaram de uma demanda mais estável. A resiliência do setor também esteve atrelada à capacidade de estabelecer parcerias estratégicas com fornecedores e agentes do turismo, buscando otimizar custos e garantir a manutenção das operações. A recuperação, no entanto, não depende apenas dessas ações, mas também da evolução das condições macroeconômicas e do apoio governamental. A adaptação contínua às mudanças nas preferências dos consumidores e às novas dinâmicas do mercado será determinante para a sustentabilidade e o crescimento do setor hoteleiro no período pós-pandemia.

CONCLUSÃO

Em síntese, as perspectivas para o setor hoteleiro indicam não apenas uma recuperação sólida, mas também uma maior capacidade de enfrentar eventuais crises futuras. Conforme detalhado ao longo da análise, as projeções para 2025 apontam para um desempenho superior aos níveis pré-pandemia, evidenciando a resiliência e a adaptabilidade do setor diante de cenários desafiadores. Apesar das dificuldades enfrentadas, a formação de parcerias estratégicas com fornecedores e outros segmentos econômicos têm ampliado as oportunidades para os empreendimentos hoteleiros. A retomada total de grandes eventos e o crescimento contínuo do turismo reforçam o potencial de expansão do setor, impulsionando novas estratégias de captação e fidelização de clientes. No cenário futuro, a oferta de experiências seguras e inovadoras será um fator decisivo para a competitividade, destacando-se iniciativas como parcerias com serviços de entrega, campanhas promocionais e a consolidação de protocolos rígidos de segurança. Além disso, a incorporação de novas tecnologias e uma gestão estratégica voltada para a prevenção de crises serão fundamentais para garantir a estabilidade e o crescimento sustentável do setor hoteleiro.

BRASIL. Ministério do Turismo. Relatório de Impacto da COVID-19 no Turismo e na Cultura. Brasília: MTur. Disponível em: https://www.gov.br/turismo/pt- br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/observatorio/estudos-de-impacto/ Relatorio_impacto_COVID19_TUR_e_CULT__MTur.pdf. Acesso em: 07/02/ G1. Hotelaria no Brasil só terá retomada total em 2023, aponta estudo. 15 set.

  1. Disponível em: https://g1.globo.com/economia/noticia/2022/09/15/hotelaria-no- brasil-so-tera-retomada-total-em-2023-aponta-estudo.ghtml. Acesso em: 14/02/ EXAME. Recuperação da hotelaria demonstra amadurecimento do setor e aprendizados com a pandemia. Disponível em: https://exame.com/colunistas/genoma-imobiliario/recuperacao-da-hotelaria- demonstra-amadurecimento-do-setor-e-aprendizados-com-a-pandemia/. Acesso em: 14/02/ BRITO, Antonio Edigleison Rodrigues de; PINHEIRO, Rodrigo da Gama; BRAGA, Paulo Roberto de Freitas; PINHO, Ana Paula. Inovação no setor hoteleiro no contexto de crise da COVID-19. Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade da UFC. Acesso em: 14/02/ EQUIPOTEL. Índices do setor hoteleiro retomam período pré-pandemia a partir de 2023. Disponível em: equipotel.com.br. Acesso em: 18/02/ GRANT THORNTON. Setor hoteleiro: estratégias para superar os impactos da COVID-19. Disponível em: https://www.grantthornton.com.br/contentassets/c1be350d0b9b4b16a03b06b68f 72e71f/setor-hoteleiro---estrategias-para-superar-os-impactos-da-covid-19.pdf. Acesso em: 18/02/