Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Classificação e Proteção contra Danos à Floresta: Agentes Daninhos e Suas Consequências, Manuais, Projetos, Pesquisas de Ecologia e Meio Ambiente

Uma classificação de agentes daninhos que causam danos à floresta, incluindo incêndios, plantas, insetos, animais domésticos e selvagens, e agentes atmosféricos. Além disso, discute a importância de cada agente daninho e os danos que podem causar, especialmente no rio grande do sul. O texto também enfatiza a importância da atenção especial para o problema do fogo, mas também a necessidade de se preocupar com os outros ramos da proteção florestal.

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2021

Compartilhado em 09/07/2021

caroline-da-costa
caroline-da-costa 🇧🇷

17 documentos

1 / 5

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
1
Instituto Macapaense do Melhor Ensino Superior
Curso: Engenharia Florestal.
Disciplina: Proteção Florestal.
Professora: Samyrams Brito
Turma: E7TA
Apostila 1. CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES CAUSADORES DE DANOS À
FLORESTA
A floresta está sempre sujeita a diversas espécies de danos, provocados por
vários agentes daninhos. Esses efeitos variam, em ordem de importância, em
cada região e permitem também diferentes classificações dependendo do ponto
de vista dos autores. Adotamos uma classificação que, para nossas condições,
nos parece a mais lógica:
1- Incêndios florestais;
2- Plantas (incluindo fungos, ervas daninhas e parasitas);
3- Insetos;
4- Animais domésticos e selvagens; e,
5- Agentes atmosféricos.
Os incêndios de um modo geral ocupam o primeiro lugar dentre os agentes
destruidores da floresta. Por este motivo, a proteção florestal geralmente
concentra as maiores atenções para o problema do fogo. Esta atenção especial
é plenamente justificável, uma vez que os incêndios geralmente causam a total
destruição da floresta, além de ser uma ameaça constante às construções, aos
animais domésticos e à própria vida humana. No entanto, apesar da importância
que devemos dar ao problema do fogo, não podemos negligenciar os outros
ramos da proteção.
Em certas regiões, os danos causados por insetos e fungos podem causar mais
danos que o fogo. Muitas vezes não se nota isto à primeira vista, porque o
trabalho destes agentes daninhos é geralmente muito vagaroso, menos
alarmante e menos perceptível. No entanto, a atividade desses agentes é
constante e não existem florestas completamente livres deles.
No Rio Grande do sul pode-se citar o surgimento da vespa da madeira (Sirex
noctilo) que danifica as características físicas da madeira de espécies do gênero
Pinus, podendo levar a morte das árvores.
pf3
pf4
pf5

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Classificação e Proteção contra Danos à Floresta: Agentes Daninhos e Suas Consequências e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Ecologia e Meio Ambiente, somente na Docsity!

Instituto Macapaense do Melhor Ensino Superior Curso: Engenharia Florestal. Disciplina: Proteção Florestal. Professora: Samyrams Brito Turma: E7TA

Apostila 1. CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES CAUSADORES DE DANOS À FLORESTA

A floresta está sempre sujeita a diversas espécies de danos, provocados por vários agentes daninhos. Esses efeitos variam, em ordem de importância, em cada região e permitem também diferentes classificações dependendo do ponto de vista dos autores. Adotamos uma classificação que, para nossas condições, nos parece a mais lógica:

1- Incêndios florestais;

2- Plantas (incluindo fungos, ervas daninhas e parasitas);

3- Insetos;

4- Animais domésticos e selvagens; e,

5- Agentes atmosféricos.

Os incêndios de um modo geral ocupam o primeiro lugar dentre os agentes destruidores da floresta. Por este motivo, a proteção florestal geralmente concentra as maiores atenções para o problema do fogo. Esta atenção especial é plenamente justificável, uma vez que os incêndios geralmente causam a total destruição da floresta, além de ser uma ameaça constante às construções, aos animais domésticos e à própria vida humana. No entanto, apesar da importância que devemos dar ao problema do fogo, não podemos negligenciar os outros ramos da proteção.

Em certas regiões, os danos causados por insetos e fungos podem causar mais danos que o fogo. Muitas vezes não se nota isto à primeira vista, porque o trabalho destes agentes daninhos é geralmente muito vagaroso, menos alarmante e menos perceptível. No entanto, a atividade desses agentes é constante e não existem florestas completamente livres deles.

No Rio Grande do sul pode-se citar o surgimento da vespa da madeira ( Sirex noctilo ) que danifica as características físicas da madeira de espécies do gênero Pinus , podendo levar a morte das árvores.

Os animais domésticos e selvagens são agentes que podem às vezes, dependendo do local, assumir caráter bastante prejudicial, principalmente no início da instalação de povoamentos.

A extensão dos danos causados as florestas pelos efeitos atmosféricos, embora evidentes, são sempre mais difíceis de se estimar que os causados por outros efeitos. Os efeitos do calor, frio, seca, água, vento e outros agentes atmosféricos são tão imprescindíveis que uma exata estimativa dos danos é impraticável. Sem dúvida, a soma total das injúrias causadas pelos diversos agentes atmosféricos pode exceder, em certas épocas, aquelas causadas por outros inimigos. Além disso, os agentes atmosféricos podem causar condições favoráveis ao ataque de outros agentes tais como insetos e fungos. Não se pode esquecer que os agentes atmosféricos estão sempre, indiretamente ligados aos danos causados pelo fogo à floresta. O grande incêndio ocorrido no Paraná em 1963 foi um exemplo típico.

As fortes geadas e o grande período de seca propiciaram as condições ideais para a propagação do fogo. Não há dúvida de que, sem condições climáticas favoráveis, não ocorrem incêndios.

É importante salientar que qualquer um desses efeitos citados pode, em certas ocasiões e em certos locais, assumir proporções de verdadeiras catástrofes. Assim sendo, a proteção florestal, deve ser prevista para todos os agentes daninhos a fim de podermos, a qualquer momento, organizar e aplicar as medidas de controle necessário.

O homem como fonte de danos à floresta

Após analisarmos as cinco principais classes de agentes daninhos torna-se necessário estabelecer os meios pelos quais o homem pode danificar a floresta. O homem pela ação, é uma fonte primária de danos para a floresta. Direta ou indiretamente, como consequência de suas atividades, a influência do homem é notada em cada uma das classes de agentes daninhos.

A maior parte dos incêndios florestais, que tantos prejuízos causam às florestas é de responsabilidade humana.

Pode-se dizer que o homem é o principal causador dos incêndios florestais, afinal de contas a maioria deles são iniciados em decorrência de algum tipo de atividade humana. Geralmente esses incêndios são provocados por descuido ou

3º) Animais domésticos e selvagens:

Com relação ao ataque de animais domésticos e selvagens, o homem exerce também grande influência. Os animais domésticos (bovinos, equinos, caprinos, etc.) são introduzidos pelo homem na floresta e geralmente causam grandes prejuízos à mesma, seja diretamente através de danos físicos, ou indiretamente através dos efeitos sobre o solo. A maioria das injúrias causada por animais selvagens é também de responsabilidade humana, por modificar o equilíbrio biológico da floresta, diminuindo ou destruindo, dentre outras coisas, a fonte alimentar dos animais, e estes na luta pela sobrevivência passam a causar sérios danos à floresta.

4º) Agentes atmosféricos:

Os agentes daninhos que estão fora da responsabilidade humana são os atmosféricos. Apesar disso, os efeitos provocados pelos agentes atmosféricos podem ser maximizados ou minimizados através de um mau ou bom manejo. Uma floresta mal manejada pode facilitar a erosão do solo ou ainda expor as árvores à ação mecânica do vento , provocando sérios prejuízos.

Em vista disto é evidente que o homem, embora indiretamente, pode contribuir para o agravamento de danos produzidos por certos agentes atmosféricos.

Diante de todos estes fatos, concluímos que a ação do homem influi diretamente no sucesso ou fracasso de qualquer empreendimento florestal. O homem é sem dúvida o maior e mais importante causador de danos à floresta, e paradoxalmente, é também o único responsável pela sua proteção.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SOARES, R. V. BATISTA, A, C. Incêndios Florestais: controle, efeitos e uso do fogo. Curitiba – PR, 2017.