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Guias e Dicas
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Importância da Afetividade no Desenvolvimento da Criança: Papel do Educador na Creche, Notas de aula de Construção

Este documento discute a importância do desenvolvimento afetivo na infância e o papel do educador na consolidação de vínculos afetivos em crianças assistidas em creche. O texto apresenta as percepções de professoras sobre a importância da afetividade na educação infantil, a interação afetiva educador-criança e os fatores que contribuem para boa interação entre educadores e crianças.

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

jacare84
jacare84 🇧🇷

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE EDUCAÇÃO
CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA À DISTÂNCIA
IANA MARIA PEREIRA LOURENÇO
AFETIVIDADE E EDUCAÇÃO INFANTIL: concepções e práticas
docentes no Município de Campina Grande/PB
CAMPINA GRANDE - PB
2018
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Baixe Importância da Afetividade no Desenvolvimento da Criança: Papel do Educador na Creche e outras Notas de aula em PDF para Construção, somente na Docsity!

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE EDUCAÇÃO

CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA À DISTÂNCIA

IANA MARIA PEREIRA LOURENÇO

AFETIVIDADE E EDUCAÇÃO INFANTIL: concepções e práticas

docentes no Município de Campina Grande/PB

CAMPINA GRANDE - PB

IANA MARIA PEREIRA LOURENÇO

AFETIVIDADE E EDUCAÇÃO INFANTIL: concepções e práticas

docentes no Município de Campina Grande/PB

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Federal da Paraíba, curso de Pedagogia à Distância, como requisito para obtenção do título de Pedagoga, sob a orientação da ProfªMs. Miriam Espíndula dos Santos Freire. CAMPINA GRANDE- PB 2018

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por te abençoado a minha vida com saúde, paz e pessoas maravilhosas que acompanham minha trajetória de perto. A minha base que é a minha família, principalmente a minha filha Ingrid Thayse Pereira Lourenço Agra que sempre me incentivou e esteve comigo durante todo esse percurso. A minha mãe Antônia Pereira de Lima, meu pai Lourival Lourenço meu irmão Alexandro Pereira Lourenço que sempre estiveram ao meu lado para tudo. Agradeço também ao meu genro Gustavo Lima do Nascimento que se tornou um filho para mim e me ajudou bastante no percurso final do meu curso com todo ajuda e apoio. Ao meu gato Mingau por me trazer alegria e por me fazer companhia durante o último ano. Agradeço a minha orientadora Miriam Espíndula, por ter me orientado e me ajudado nessa etapa final do meu curso. As minhas colegas de trabalho por terem participado de meu questionário e tornar possível à realização desse trabalho. Por último, agradeço a todos aqueles que se fizeram presente de alguma forma na minha vida e deixaram suas marcas nela.

ABSTRACT

The present work aimed to analyze the importance of the teacher of the kindergarten in the development of affectivity. It is a qualitative research, whose instrument used for data collection was a questionnaire, which was applied with teachers of maternal levels I and II of a nursery located in the city of Campina Grande / PB. So, it was possible to identify the importance that teachers give to affectivity and what are their motivations for work in early childhood education. It was also analyzed the way affectivity is worked with daycare children and how the adaptive process is carried out during the school year. In addition, an analysis was made of the opinion of these professionals about the affective attachment of children to their parents. It was possible to verify that most of the teachers questioned present an essential identification to work in the education of children. The adequate physical structure are presented as difficulties of the work of the children's education, however, the teachers questioned showed that they implement activities that are of great help for the process development. In addition, through this work it was possible to better analyze the affective relationships between children and their parents under the eyes of day care teachers, showing that these professionals should often play a maternal role towards students who do not have a good affective relationship inside home

SUMÁRIO

  • INTRODUÇÃO
  • 1 METODOLOGIA
  • 2 REFERENCIAL TEÓRICO
  • 2 .1 A importância da afetividade no desenvolvimento da criança
  • 2 .2 Considerações sobre a educação infantil
  • 2 .3 O educador infantil e a afetividade
  • 3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
  • 3 .1 A afetividade na visão das professoras
  • 3 .2A forma de trabalho da afetividade na Educação Infantil
  • 3 3 A relação familiar no processo da afetividade
  • CONSIDERAÇÕES FINAIS
  • REFERÊNCIAS
  • APÊNDICES

Esperamos dessa forma, lançar um olhar acerca do trabalho pedagógico dos educadores da educação infantil quanto à importância da relação educador-criança para o processo de desenvolvimento afetivo, visto que a entrada da criança em uma creche ou escola representa um marco, uma mudança na vida desta e de sua mãe. A instituição escolar que a recebe deve estar atenta a este momento específico, o qual representa certa ruptura da relação da criança com os pais e seu lar. Os profissionais devem perceber que não bastava integração, interação e adaptabilidade da criança neste novo espaço tempo, é imprescindível a consolidação dos vínculos afetivos para que o processo de desenvolvimento da criança aconteça a contento. A instituição escolar é um dos grupos sociais que, por mais longo tempo mantém contato sistematizado com indivíduos em desenvolvimento, donde a sua responsabilidade em favorecer o processo de evolução através da ação integrativa de todos os aspectos do viver com finalidade de assegurar a consistência e o equilíbrio pessoal (NOVAES, 1982). Diante do exposto, o objetivo do estudo é analisar a importância do educador no desenvolvimento afetivo da criança assistidas numa creche do Município de Campina Grande/PB. Para tanto, iremos identificar as percepções das professoras acerca da afetividade na educação infantil; compreender a importância da interação afetiva educador-criança no processo de aprendizagem; descrever os fatores que contribuem para uma boa interação entre educadores e crianças, de forma a esclarecer as implicações e repercussões no processo de desenvolvimento. Tendo em vista os objetivos do estudo, optou-se por adotar uma metodologia qualitativado tipo descritiva, na qual iremos utilizar como procedimentos para recolha dos dados um questionário. Os sujeitos da pesquisa foram seisprofessoras que atuam no maternal I e II. O texto foi organizado de forma que iremos apresentar uma pequena introdução sobre o tema, em seguida iremos descrever a metodologia adotada na pesquisa, o referencial teórico, as análises e conclusões.

1 METODOLOGIA

A pesquisa se caracteriza como qualitativa, tendo em vista que a interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no processo deste tipo de pesquisa (PRODANOV, 2013).Na pesquisa qualitativa o ambiente natural, em nosso caso, uma creche do Município de Campina Grande/PB, é a “fonte direta dos dados” e o “pesquisador mantém contato direto com o ambiente e o objeto de estudo” (PRODANOV, 2013, p. 70 ). A pesquisa será do tipo descritiva de caráter qualitativa, cujos os fatos são observados, registrados, analisados,classificados e interpretados, sem que o pesquisador interfira sobre eles. A coleta dos dados será feita através de questionários que possibilitem identificar a opinião de profissionais que estão em constante contato com os alunos. A escolha do questionário foi feita por possibilitar que as professoras possam dar sua opinião de forma mais rápida e precisa. Além disso, buscou a utilização de um questionário pelo fato de dar maior liberdade e segurança para as professoras, em virtude ao anonimato conferido a esse tipo de pesquisa (LAKATOS; MARCONI,

Os sujeitos da pesquisa foram seis professoras da Creche Vânia Figueiredo, localizada no Município de Campina Grande/Paraíba. As professoras exercem suas funções nos níveis maternal I e II. Elas foram selecionadas pelo fato de ter contato direto com crianças que já conseguem se expressar e de certa forma demonstrar a afetividade, o que seria inviável em alunos do berçário. A Creche Vânia Figueiredo está localizada no Bairro do Tambor, e conta com funcionamento nos turnos matutino e vespertino. Atualmente, a creche se encontra com as seguintes dependências:  Área livre;  Banco de areia;  Pátio coberto;

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2 .1A importância da afetividade no desenvolvimento da criança A infância é um período da vida humana em que são formadas as formas de pensar e viver, que são influenciadas pelos seus contatos pessoais, tanto na escola quanto na família. Segundo Ariès (1973), a infância é um fenômeno histórico e não necessariamente natural, onde as características da criança podem ser esquematicamente delineadas pela dependência ao adulto em troca de proteção. A afetividade é definida por muitos autores como sendo o ato de realizar algo com afeição, simpatia, amizade, amor, sentimento e paixão, sendo esses os elementos básicos da afetividade. Porém é possível encontrar a definição de afeto através da atenção, do respeito ao próximo, do carinho e do acolhimento. Para Taille (1992), a afetividade é manifestada Quando se trata de analisar o domínio dos afetos, nada parece haver de muito misterioso: a afetividade é comumente interpretada como uma "energia", portanto como algo que impulsiona as ações. Vale dizer que existe algum interesse, algum móvel que motiva a ação. O desenvolvimento da inteligência permite, sem dúvida, que a motivação possa ser despertada por um número cada vez maior de objetos ou situações. Todavia, ao longo desse desenvolvimento, o princípio básico permanece o mesmo: a afetividade é a mola propulsora das ações, e a Razão está a seu serviço (TAILLE, 1992, p. 65). Em síntese, pode-se afirmar que a afetividade é um processo intrínseco ao ser humano que vem sendo desenvolvido desde a sua infância através de motivações. As ações do ser humano são motivadas pelo interesse a um objeto ou uma situação que se acrescentam cada vez mais com o desenvolvimento intelectual. O afeto é construído a partir do conhecimento e no processo de educação do ser humano. Sendo assim, as influências afetivas que rodeiam as crianças são desenvolvidas nos primeiros anos de sua existência, como afirmado por Wallon

(2007), mostrando que o primeiro comportamento psíquico da criança é do tipo afetivo, pois a criança revela, desde as primeiras semanas, uma sensibilidade afetiva. E isso é mais uma vez reforçado por Wallon (2007) pelo fato de que é contra a natureza humana tratar a criança fragmentariamente. Ou seja, desde os primeiros anos de vida a criança é tratada com um lado emotivo muito grande. E é através da afetividade que o indivíduo acessa ao mundo simbólico, pois é através dos desejos, intenções e motivos que mobilizam a criança na seleção de atividades e objetos. É nesse contexto social que é desenvolvida a afetividade da criança, uma vez que é na base familiar que a criança tem sua primeira vivência e suas primeiras relações afetivas. Entretanto, é no ambiente escolar que esse processo é desenvolvido, tornando-se rico e significativo para cada ser, uma vez que a educação familiar somada à aprendizagem escolar irá contribuir na formação da criança. Podendo reforçar essa ideia por Lopes (2010), quando afirma que, Ao lado da família, a escola assume o papel da educação formal. E se a educação familiar for embasada no afeto e no respeito e a educação formal seguir a mesma linha de equilíbrio e afetividade, facilitando a adaptação de características sociais, formando cidadãos reflexivos, críticos e participativos, provavelmente estará preparando o indivíduo não apenas para o trabalho, mas contribuindo com a sua formação como pessoa, de equilíbrio e preparo para a vida em todos os seus aspectos (LOPES, 2010, p. 16). Nesse contexto, temos que o desenvolvimento é um processo contínuo, e o meio no qual o indivíduo está inserido é de extrema importância para tal, uma vez que as emoções serão vinculadas por ações que se iniciam na família e continua em desenvolvimento dentro da escola. De maneira geral, a criança não nasce com a afetividade, essa junto com a inteligência são formadas de acordo com o meio social do qual estão inseridas (Lopes, 2010). Sendo assim, Lopes (2010) ainda afirma que no início da formação educacional da criança, ela está indo para a escola aprender e de certa forma ser criada. Nesse sentido, o professor apresenta grande responsabilidade enquanto formador, uma vez que esse exercerá um papel imprescindível, contribuindo de forma positiva ou negativa no processo de ensino e aprendizagem.

os processos biopsicossociais pelos quais ela se desenvolve e as formas mais apropriada para promover tais processos. 2 .2 Considerações sobre a Educação Infantil A infância é um período especial quando se pensa no processo de desenvolvimento humano. Neste, prioriza-se o cuidado, proteção e fiscalização, posto que as crianças estão construindo suas percepções de mundo.De acordo com Oliveira (2001), tradicionalmente, o cuidado e educação de criança pequena foram entendidos como aqueles assumidos pela família. Contudo, ao longo da história essa percepção foi sendo alterada junto com os estudos sobre a infância. Faria (2002) destaca que na virada dos séculos XVIII para o XIX, quando da organização da sociedade burguesa, é que as crianças passaram a ser percebidas como seres sociais com necessidades próprias, dignas de atenção familiar e social. Apesar da criança ser percebida como sujeito com direitos e deveres garantidos pela Constituição Federal/1988, observamos ainda nos dias de hoje: o abandono e o trabalho infantil; as crianças sujeitas a violência familiar e social, vítimas de maus tratos; em privação social, sujeitas à marginalidade e a marginalização; as que se tornam responsáveis por seus irmãos menores quando da necessidade dos pais de trabalharem para sustento da família, fato que os impede de vivenciar a infância etc.Enfim, o quadro ainda apresenta grave situação de vulnerabilidade sócio educativa, familiar e emocional. Segundo Oliveira (2001), a idéia de educar crianças menores de 6 anos de diferentes condições sociais já era tratada por Comenius, pedagogo considerado o fundador da didática moderna. Para o referido teórico, a educação de crianças deveria utilizar matérias a partir de modelos e coisas reais de modo a auxiliá-las no futuro a fazerem aprendizagem abstratas. A educação das crianças pequenas também recebeu grande influência do pensamento de Rousseau, importante filósofo do século XVIII, acerca do

naturalismo e das necessidades de a criança experimentar desde cedo coisas e situações de acordo com seu próprio ritmo (OLIVEIRA, 2001). Pestalozzi, outro pedagogo pioneiro da reforma educacional, propôs modificações nos métodos de ensino e formulou procedimentos para treinamento de professores. Defendia que a educação deveria ocorrer em um ambiente natural e sob clima de disciplina estrita, mas amorosa, o que contribuía para o desenvolvimento do caráter infantil. Era também preocupado com a idéia de educação pelos sentidos, levou a idéia de Rousseau de prontidão e organização graduada de conhecimentos, do mais simples ao complexo (OLIVEIRA, 2001). Maria Montessori (1870 – 1952), como uma das principais construtoras da idéia de uma educação infantil destacou-se com a criação de materiais adequados à exploração sensorial pelas crianças e específicos a cada objetivo educacional. Propôs ainda a diminuição do tamanho do mobiliário usado pelas crianças nas pré- escolas e miniaturização dos brinquedos na casinha da boneca (OLIVEIRA, 2001). Campos(1993) diz que historicamente as duas modalidades de atendimento, creches e pré-escola, surgiram de contextos de demandas diversas. Os primeiros jardins de infância, precursores das pré-escolas de hoje, surgiram a partir de modelos desenvolvidos em outros países, voltados para crianças de famílias mais abastadas. Oliveira(2001) considera que o atendimento institucional à criança pequena no Brasil e no mundo nasceram no século XVIII em resposta à situação de pobreza, abandono e maus tratos de crianças cujos pais trabalhavam em fábricas, fundições e minas criadas pela Revolução Industrial, sendo este um fator decisivo das grandes mudanças ocorridas nos séculos XIX e XX. A industrialização mudou o local de trabalho da casa para fábrica, transformando, com isso, os espaços das casas das cidades e conseqüentemente da família, que não podia mais sozinha, preparar seus filhos para o trabalho e para a vida social. Era preciso entregar essa função a uma instituição que soubesse educar, não mais para a vida privada e do trabalho caseiro, mas para o trabalho no âmbito da vida pública. O uso de creches e de programas pré-escolares como estratégias para combater a pobreza e resolver problemas ligados a sobrevivência das crianças foi,

2 .3 O educador Infantil e seu papel no desenvolvimento afetivo da criança. A pedagogia tem-se beneficiado nos últimos anos das mais recentes descobertas da psicologia, psicanálise, antropologia e outros ramos do conhecimento e em especial ao que se refere à criança. Na creche a criança vai vivenciar suas primeiras experiências sociais, estabelecer relações para além do convívio familiar e procurar se adaptar ao convívio e as atividades inerente ao ambiente educacional. Ao ingressar em uma instituição educacional a criança vai deparar-se com um novo mundo. É neste momento delicado para a criança, que o(a) educador(a) assume um papel relevante. A criança é apresentada a um mundo vasto, sistematizado através de uma lógica diferenciada da qual ela estava acostumada. Cabe, portanto, ao educador promover apoio de forma a contribuir para o momento inicial de sua inserção no ambiente educacional, bem como no desenvolvimento afetivo e psicológico da criança. Para Winnicott (1985, p. 224) a tarefa de educador infantil tem dupla responsabilidade e oportunidade, visto que pode “dar assistência à mãe na sua descoberta das próprias potencialidades materiais e de assistir à criança [...] inevitáveis problemas psicológicos com que o ser humano se defronta”. Enfatiza ainda o referido autor que, para desempenhar função tão delicada faz-se necessário uma pessoa resoluta e coerente em seu comportamento para com a criança, discernindo suas alegrias e mágoas pessoais, tolerante com suas incoerências e apta a ajudá-la no momento de necessidades especiais (WINNICOTT, 1985). O educador deve possuir conhecimentos técnicos resultantes de sua formação e de uma atitude de objetividade em relação às crianças sob seus cuidados. Desta forma, cabe o educador proteger as crianças de suas próprias emoções fortes e agressivas, exercendo orientação necessária na situação imediata, quando da necessidade da criança em resolvê-los (WINNICOTT, 1985).

É tarefa do educador assegurar o fornecimento de atividades lúdicas satisfatórias para ajudar a criança a guiar suas próprias emoções para canais construtivos e para adquirir habilidades eficazes.Hillal (1985) afirma que a educação afetiva deve caminhar passo a passo com a educação intelectual, visando sempre a educação integral. Ela considera que nenhuma atividade infantil deve ser realizada sem que haja o devido respeito da utilização da afetividade Dessa forma, verifica-se que a interação educador - criança é fundamental para um adequado desenvolvimento afetivo e intelectual. Assim, os primeiros educadores de uma criança desempenham um papel de extrema importância para a vida futura dessa criança, seja no aspecto como pessoa, quanto na vida escolar.Porém os educadores necessitam em primeiro lugar realizar um trabalho pessoal de autoconhecimento, do ponto de vista de auto estima e de auto realização tanto pessoal quanto profissional. Referindo-se a esse problema, Lopes (2010) salienta que a formação do professor tem enfatizado a formação teórica, porém, sem a preocupação de articula à pratica educacional, ou seja, de fornecer ao futuro professor, instrumentos para a intervenção da realidade concreta. Sendo assim, a formação do professor requer necessariamente que seja oferecido espaço de construção e reflexão sobre sua formação e postura como profissional, de forma que estes possam ajustar sua didática às novas realidades da sociedade (LOPES, 2010). Através de Rodrigues (1981) pode se assinalar que no processo de ensino aprendizagem a ausência de emoção e envolvimento afetivo é tão dramática que é comum ouvir-se, por toda parte e em todos os níveis de escolaridade, os alunos dizerem que a vida está lá fora, além dos muros da escola, como se a formação escolar fossem processos não existenciais, definitivamente apartados das naturais alegrias e dificuldades de viver. Essa realidade vem demonstrando que o professor de hoje precisa atualizar- se constantemente, sem o que correrá o risco de não estar capacitado a articular o conhecimento escolar com os acontecimentos do dia-a-dia da sociedade.