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Administração de Medicamentos
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
Curso de
Administração de Medicamentos
MÓDULO I
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada, é proibida qualquer forma de comercialização do mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos na Bibliografia Consultada.
É claro que para oferecer medicamentos com exatidão requer muito conhecimento técnico, habilidade, dedicação, atenção e constante processo de reciclagem. Medicamento é toda substância que, introduzida no organismo humano, vai preencher uma das finalidades enunciadas a seguir: ● Preventiva ou profilática - quando evita o aparecimento de doenças ou diminui a gravidade das mesmas; ● Diagnóstica - quando não só auxilia o médico em decidir o que está causando a sintomatologia apresentada pelo paciente, como também localiza a área exata afetada pela doença; ● Terapêutica - quando é usada no tratamento das doenças. Existe grande variedade de substância químicas cujas ações terapêuticas mais comuns são:
- Curativa ou específica - quando remove o agente causal das doenças. Ex.: antibiotico antimalárico; - Paliativa ou sintomática - quando alivia determinados sintomas de uma doença, destacando-se entre eles a dor. Ex.: analgésico; - Substitutiva - quando repõe outra substância normalmente encontrada no organismo, mas que por um desequilíbrio orgânico, está em quantidade insuficiente ou mesmo ausente. Ex.: insulina.
► Alguns conceitos:
● Droga - substância ou matéria-prima que tenha a finalidade medicamentosa ou sanitária; ● Medicamento - produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico; ● Medicamento prescrito – substância que pode ser usada com segurança apenas sob supervisão de um profissional de saúde licenciado para prescrever ou ministrar medicamentos de acordo com as leis federais; ● Medicamento sem prescrição - substância que pode ser usada com segurança pelos consumidores sem a supervisão de um profissional de saúde licenciado, desde que sejam seguidas as orientações;
● Medicamento controlado – substância controlada por leis federais, estaduais e municipais porque sua utilização pode levar ao uso abusivo ou à dependência; ● Insumo Farmacêutico - droga ou matéria-prima aditiva ou complementar de qualquer natureza, destinada ao emprego em medicamentos, quando for o caso, e seus recipientes; ● Correlato - a substância, produto, aparelho ou acessório não enquadrado nos conceitos anteriores, cujo uso ou aplicação esteja ligado à defesa e proteção da saúde individual ou coletiva, à higiene pessoal ou de ambientes, ou a fins diagnósticos e analíticos, os cosméticos e perfumes, e, ainda, os produtos dietéticos, óticos, de acústica médica, odontológicos e veterinários; ● Dispensação - ato de fornecimento ao consumidor de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, a título remunerado ou não; ● Denominação Comum Brasileira (DCB) - denominação do fármaco ou princípio farmacologicamente ativo aprovada pelo órgão federal responsável pela vigilância sanitária: ● Denominação Comum Internacional (DCI) – denominação do fármaco ou princípio farmacologicamente ativo recomendada pela Organização Mundial de Saúde: ● Medicamento Similar – aquele que contém o mesmo ou os mesmos princípios ativos, apresenta a mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica, preventiva ou diagnóstica, do medicamento de referência registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária, podendo diferir somente em caracteristicas relativas ao tamanho e forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e veículos, devendo sempre ser identificado por nome comercial ou marca: ● Medicamento Genérico – medicamento similar a um produto de referência ou inovador, que se pretende ser com este intercambiável, geralmente produzido após a expiração ou renúncia da proteção patentária ou de outros direitos de exclusividade, comprovada a sua eficácia, segurança e qualidade, e designado pela DCB ou, na sua ausência, pela DCI; ● Medicamento de Referência – produto inovador registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária e comercializado no País, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente junto ao órgão federal competente, por ocasião do registro;
drogas e alimentos, razão pela qual usou as medicações, reações adversas, dosagem, uso prolongado e via de administração. Possíveis mudanças metabólicas devem ser monitoradas. Se o paciente é diabético, execute o controle de glicemia antes de administrar insulina. No caso de fazer faz uso de digoxina, verifique o pulso radical. O paciente deve ser orientado sobre os efeitos da terapia e informado a respeito das reações adversas, quais são os sinais e sintomas que podem se manifestar no seu organismo. Esclarecer sobre o risco que a terapia pode ou não oferecer e os possíveis resultados da terapêutica. Os pacientes que fazem uso prolongado de medicação merece uma avaliação mais precisa, porque esse fato pode levar a inibição ou potencialização do efeito da droga prescrita na internação; por exemplo, o ácido acetil salicílico (AAS) potencializa o efeito de anticoagulantes como heparina. Deve ser descrito na história clínica detalhes sobre o tratamento medicamentoso do paciente. Há alguns casos em que o paciente não tem um único médico que acompanhe seu tratamento durante o período de internação. Vários especialistas podem estar prescrevendo diferentes drogas sem conhecer o restante da terapêutica do paciente. Torna-se importante então o relato dessas medicações. Outro fator relevante é o relato dos hábitos alimentares, porque estes podem afetar a ação da droga. Por exemplo, um paciente que faz uso de anticoagulantes não deve comer folhas verdes, porque contém vitamina K que pode pode antagonizar o efeito da droga. A avaliação sobre o estado clínico do paciente também é importante. Avalie se o paciente interage apropriadamente com a família, se sua conversa é clara, se o seu comportamento e sua expressão estão coerentes. Verifique se sua memória recente ou passada apresenta alterações. Este tipo de possibilita a identificação da capacidade do paciente dar continuidade ao tratamento proposto.
Enfermagem e o diagnóstico
Um fator importante nesse contexto é conseguir Identificar os problemas através do histórico do paciente usando as informações colhidas, definindo problemas relacionados às drogas e fazendo o diagnóstico de enfermagem. Dentre os problemas, podemos relatar os mais comuns, como: falta de conhecimento, submissão a rotinas do tratamento e interrupção do tratamento.
Plano de cuidados
Após a realização do diagnóstico de enfermagem obtém-se informações que compreendem os elementos para o enfermeiro elaborar um plano de cuidados e estímulos ao auto-cuidado. A participação do paciente no tratamento encaminha-o para um prognóstico positivo.
Evolução de enfermagem
Esse se constitui o último passo do processo de enfermagem. A evolução determina de forma sistemática a eficácia dos cuidados de enfermagem. Esse processo mostra para a enfermagem os resultados da terapia, proporcionando subseqüentes intervenções. A evolução possibilita ao enfermeiro implementar mudanças no plano de cuidado, criando uma contínua e criteriosa reavaliação, o que torna cada intervenção de enfermagem um sucesso.
► Farmacologia
● Farmacodinâmica (do grego dýnamis = força): Estuda o mecanismo de ação dos fármacos, as teorias e conceitos relativos ao receptor farmacológico, a interação droga-receptor, bem como os mecanismos moleculares relativos ao acoplamento entre a interação da droga com o tecido alvo e o efeito farmacológico.
F+R ↔ FR → Efeito A maioria dos fármacos se liga através de ligações fracas com os receptores de modo que a velocidade de dissociação do complexo é grande. Quando a ligação é forte, covalente,os complexos são mais estáveis e o efeito pode ser mais duradouro ou até irreversível. A ligação fármaco-receptor se faz por ligação iônica, pontes de hidrogênio, forças de Van der Waals ou interações hidrofóbicas.
Interação Entre Drogas A administração simultânea de duas drogas pode fazer com que o efeito de uma delas seja quantitativamente alterado. A presença em uma mesma preparação de mais de uma substância geralmente tem a finalidade de aumentar ou reduzir os efeitos de uma delas, facilitar a dissolução, a conservação ou melhorar as propriedades organolépticas. A associação entre drogas pode fazer com que obtenhamos o efeito desejado de um dado fármaco utilizando doses menores e conseqüentemente com a possibilidade de menores efeitos colaterais. O uso de drogas associadas pode resultar em uma série de interações que são classificadas em sinergismo e antagonismo.
Sinergismo: Diz-se que há sinergismo, entre dois fármacos A e B quando, devido a presença da droga B, houve menor necessidade de A, para se obter o efeito desejado. O sinergismo pode ser dividido em sinergismo por potenciação e sinergismo por adição. No sinergismo por adição o efeito da droga A soma-se ao efeito da droga B. O sinergismo por potenciação ocorre quando o efeito obtido na associação é maior que o efeito de cada uma das drogas isoladamente, mas é diferente da somatória dos efeitos isolados. Antagonismo: Há antagonismo entre duas drogas quando a intensidade do efeito de uma é reduzida pela presença da outra. Quando duas drogas competem pelo mesmo receptor, com afinidades semelhantes pelo receptor, tendo uma delas atividade intrínseca igual a 1 (agonista total) e a outra igual a 0 (antagonista), dizemos que há antagonismo competitivo reversível. A interação é competitiva porque as drogas competem pelo mesmo receptor e reversivel
porque as ligações sendo fracas uma das drogas desloca a outra do receptor e com isso, aumentando-se concentração do agonista consegue-se reverter o bloqueio feito pelo antagonista. Neste caso as curvas são paralelas e aumentando-se a dose do agonista sempre se alcança o efeito máximo. Uma droga neste caso modifica a afinidade da outra pelo receptor, ou seja, a constante de afinidade se altera, já as curvas se deslocam para a direita à medida que se aumenta concentração do antagonista. Pode haver uma situação onde o antagonista se liga ao receptor de maneira irreversível. Neste caso o agonista não consegue remover o antagonista do receptor. Então chamamos esta forma de antagonismo competitivo irreversível. Outra forma de antagonismo é o antagonismo não competitivo onde o antagonista bloqueia alguma etapa da cadeia de eventos que liga a ativação do receptor a resposta farmacológica reduzindo a resposta ao agonista. O verapamil é um antagonista de drogas que promovem contração da musculatura lisa impedindo a entrada de cálcio e não bloqueando o receptor onde estas drogas atuam. Outra forma de antagonismo que graficamente se assemelha ao anterior é o antagonismo fisiológico onde duas drogas originalmente agonistas produzem ações farmacológicas contrárias agindo em receptores diferentes e por mecanismos diferentes, como é o caso da interação entre a adrenalina e a histamina na modificação da pressão arterial. A adrenalina promove aumento da pressão arterial por vasoconstrição e aumento da freqüência cardíaca, enquanto a histamina promove uma redução da pressão por promover vasodilatação e reduzir a resistência vascular periférica. Temos também o antagonismo por agonista parcial ou dualismo onde duas drogas que apresentam afinidades semelhantes pelos mesmos receptores, porém com atividades intrínsecas diferentes são associadas. Quando isso ocorre, elas inicialmente atuam de forma sinérgica, devido a grande disponibilidade de receptores. Porém quando se esgotam os receptores elas passam a atuar de forma antagônica, ou seja, a que apresenta atividade intrínseca mais baixa (agonista parcial) occupa receptores e não atuam de forma muito eficaz atrapalhando a ação do agonista total (atividade intrínseca mais alta). Existe o chamado antagonismo químico onde as substâncias interagem em solução, ou seja, os metais pesados podem ser antagonizados por substâncias quelantes.
COEFICIENTE DE PARTICIPAÇÃO ÓLEO/ÁGUA = Determina a solubilidade relativa nas frações lipídica e aquosa. Esse, coeficiente pode ser determinado quimicamente para cada substância específica e em última análise pode-se dizer que quanto maior o coeficiente de participação óleo/água de uma substância maior é a sua lipossolubilidade. Fluxo sangüíneo na área de absorção: Quanto maior for o fluxo sangüíneo no local de absorção maior e mais rápida será a absorção; Área de superfície absorvente: Quanto maior a superfície de contato da droga com a superfície capilar, maior será a sua capacidade de absorção; Número de barreiras a serem transposta: O número de barreiras a serem transpostas pela droga até alcançar o leito capilar é inversamente proporcional à quantidade absorvida e à velocidade de absorção. Distribuição Para que a droga alcance seu sítio de ação é necessário que ela se distribua pelos tecidos, a partir do momento que ela alcançou a corrente sangüínea, conforme esquematizado abaixo.
O equilíbrio na distribuição entre os diferentes compartimentos depende de alguns fatores, sendo eles:
Fatores que influenciam a distribuição Irrigação dos tecidos Maior vascularização, maior distribuição.Os tecidos que recebem uma porcentagem maior do débito cardíaco tendem a receber concentrações maiores de um
fármaco que se encontra dissolvido no sangue.
Lipossolubilidade È interessante um certo grau de lipossolubilidade para que a substância seja bem absorvida e bem distribuída, porém a lipossolubilidade quando excessiva pode prejudicar a distribuição fazendo com que a droga se restrinja a determinados locais como o tecido adiposo. Um bom exemplo disso é o caso dos anestésicos gerais da classe dos barbitúricos. O Pentobarbital é um oxibarbitúrico e apresenta boa lipossolubilidade sendo um anestésico de ação curta, já o Tiopental, que apresenta um átomo de enxofre no lugar de um oxigênio, é um tiobarbitúrico muito lipossolúvel, de ação ultracurta e tende a se acumular no tecido adiposo.
Grau de ionização O grau de ionização pode limitar a distribuição das drogas. Se a droga permanece em uma grande proporção de formas ionizadas ela pode se confinar a locais como o plasma ou o líquido intersticial, assim como acontece com drogas que são moléculas grandes como a heparina e outras que se ligam muito fortemente a albumina como o corante azul de Evans.
Presença de barreiras (entre sangue e tecidos):
Metabolismo dos Fármacos As modificações químicas que normalmente ocorrem nos fármacos resultam de transformações enzimáticas que quase sempre ocorrem em seqüência e são denominadas reações de fase I e de fase II. As reações de fase I consistem em reações de oxidação, redução ou hidrólise, que normalmente introduzem um grupo funcional mais reativo na molécula o qual serve de suporte para uma posterior conjugação, sendo os produtos freqüentemente mais reativos e mais tóxicos que as moléculas originais. As reações de fase II consistem em reações de conjugação com acido glicurônico, com sulfato ou com acetato produzindo metabólitos menos reativos e conseqüentemente menos tóxicos. As reações de fase I e fase II normalmente ocorrem no fígado com exceção de algumas drogas que são metabolizadas no plasma como alguns bloqueadores neuromusculares, nos pulmões como as prostaglandinas ou no intestino como o salbutamol.
Eliminação dos Farmácos As principais vias de eliminação das drogas do organismo são através dos rins do sistema hepatobiliar e dos pulmões. A excreção pelo sistema respiratório ou através dos pulmões ocorre para agentes gasosos ou voláteis. Muitas drogas são excretadas através da bile e através deste caminho podem ser reabsorvidas no intestino constituindo a chamada circulação enterohepática, apesar de uma quantidade significativa pode ser eliminada através desta via juntamente com as fezes. A excreção renal, através da urina é,sem duvida alguma, a forma mais importante de excreção de drogas. A eliminação pode ocorrer também por outras vias menos importantes do ponto de vista quantitativo como através do suor,da saliva do leite, sendo esta ultima a mais importante quando se considera a alimentação do recém-nascido ou a utilização do leite de animais tratados com certas drogas na alimentação humana.
● Farmacoterapêutica : Refere-se ao uso de medicamentos para o tratamento das enfermidades, enquanto o termo terapêutica é mais abrangente, envolvendo não só o uso
de medicamentos, como também outros meios para a prevenção, diagnóstico e tratamento das enfermidades. Esses meios envolvem cirurgia, radiação e outros.
► Forma Farmacêutica Forma farmacêutica é a maneira como os medicamentos são preparados, apresentados e conseqüentemente comercializados e utilizados, ou seja, comprimido, xarope, suspensão e outros. Na forma farmacêutica, alem do medicamento principal ou princípio ativo, entram outras substâncias na composição, como veículo ou excipiente, coadjuvante, edulcorante, ligante, preservativo e etc. As formas farmacêuticas podem ser classificadas conforme se exemplifica abaixo:
Preparações líquidas
Soluções – Misturas homogêneas do soluto que é base farmacológica com o solvente que é o veículo. Pode se destinar ao uso sob a forma de gotas. Suspensões – Misturas heterogêneas, sendo que o soluto se deposita no fundo do recipiente necessitando de homogeneização no momento do uso. Emulsões – Substâncias oleosas dispersas em meio aquoso, apresentando separação de fases. Xaropes – Soluções aquosas onde o açúcar em altas concentrações é utilizado como corretivo. Pode conter cerca de dois terços do seu peso em sacarose. Elixires – Soluções hidroalcoólicas para uso oral, açucaradas ou glicerinadas contendo substâncias aromáticas e as bases medicamentosas. Loções – Soluções alcoólicas ou aquosas para uso tópico. Linimentos - Similares aos anteriores, mas com veículo oleoso.
Preparações sólidas
Comprimidos – Forma farmacêutica de formato variável, em geral discóide, obtida por compressão. Na maioria dos casos contém uma ou mais drogas, aglutinante e
conseguinte, eles precisam de doses menores e, por vezes, intervalos de dosagens longos para evitar a intoxicação. Os recém-natos demonstram sistemas enzimáticos metabólicos subdesenvolvidos e função renal inadequada, o que também pode levar à toxicidade. Fazem-se necessárias a eles dosagens altamente individualizadas e de monitoração cuidadosa. Outro fator relevante é a presença de doença subjacente, essa também pode ter uma acentuada influência sobre a ação e o efeito da substância. Por exemplo, a acidose pode gerar resistência à insulina, doenças genéticas, etc. Outras condições que podem influenciar a resposta de um paciente à terapia medicamentosa incluem infecção; febre; estresse; inanição; hipersensibilidade; luz solar; exercício; variações no ritmo circadiano; função GI, renal, hepática, cardiovascular e imunológica; ingestão de bebida alcoólica; gestação; lactação; imunização; e pressão barométrica.
Tolerância e dependência
A administração repetida ou prolongada de alguns medicamentos resulta em tolerância – uma resposta farmacológica diminuída. Tolerância ocorre quando o corpo adapta-se à contínua presença da droga. Comumente, são dois os mecanismos responsáveis pela tolerância: ● O metabolismo da droga é acelerado (mais freqüentemente porque aumenta a atividade das enzimas que metabolizam os medicamentos no fígado); ● Diminui o número de receptores ou sua afinidade pelo medicamento. O termo resistência é utilizado para descrever a situação em que uma pessoa não mais responde satisfatoriamente a um medicamento antibiótico, antiviral ou quimioterápico para o câncer. Dependendo do grau de tolerância ou resistência ocorrente, o médico pode aumentar a dose ou selecionar um medicamento alternativo. A dependência se relaciona com uma necessidade física ou psicológica de um medicamento pelo paciente. Um exemplo é a pessoa que faz uso de algum tipo de droga, seu organismo começa a desenvolver a dependência física e psíquica daquela
substância, passando a necessitar de quantidades cada vez maiores da droga, e quando não a usa começa a ter crises de abstinência. Um paciente com câncer que recebe um analgésico narcótico para dor grave pode desenvolver tolerância e dependência. Contudo, os aspectos psicológicos diferem dos pacientes que usam drogas. Com freqüência, o paciente com câncer está preocupado em manter um nível razoável de alívio da dor, enquanto o usuário de drogas procura os efeitos eufóricos da substância.