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Os princípios da adesão em odontologia, descrevendo os processos de troca mineral entre substratos dentais e materiais restauradores, a formação da camada híbrida e a importância da desmineralização. Explica os sistemas adesivos autocondicionantes (saa) e os passos para a aplicação de sistemas adesivos convencionais, incluindo a profilaxia, o condicionamento ácido, a aplicação do primer e do adesivo. Além disso, discute a importância da preservação da vitalidade pulpar e o uso de agentes químico-físicos para a remoção da dentina cariada. O documento também aborda o diagnóstico de cárie e periodontite, descrevendo os instrumentos e técnicas utilizados para a avaliação clínica.
Tipologia: Resumos
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Não perca as partes importantes!
O sistema adesivo é responsável por promover a união entre o substrato dental e a restauração propriamente dita. A adesão entre os substratos dentais e o material restaurador é baseada em um processo de troca, em que alguns minerais saem do tecido dental dando espaço aos monômeros resinosos. Essa ação subdivide-se em duas etapas:
Remoção de cálcio e formação de porosidade tanto na dentina como no esmalte. Penetração e ativação dos monômeros no interior das porosidades, formando uma camada híbrida eficiente.
Substrato limpo Alta energia de superfície (quanto mais alta, melhor o molhamento) Baixo ângulo de penetração (ângulo 0º em relação ao tecido e o adesivo)
O esmalte é um tecido mineralizado poroso de estrutura basicamente prismática, com altíssima porção inorgânica.
Apesar do alto grau de mineralização, cerca da metade do seu volume é composto por uma matriz orgânica representada por fibras colágenas envolvidas por substância amorfa. Os prolongamentos odontoblásticos são alojados dentro dos túbulos. A dentina peritubular envolve os túbulos e é caracterizada por seu alto conteúdo mineral, enquanto a dentina intertubular, situada entre os túbulos dentinários ou na periferia da dentina peritubular, é menos mineralizada, constituindo a massa dentinária propriamente dita. Os valores de adesão são mais significativos em dentina superficial do que em dentina profunda.
Baseiam-se na desmineralização de esmalte e dentina pela aplicação primeiramente do ácido fosfórico. Podem ser comercializados em sistema de 2 ou 3 passos clínicos.
Não necessitam da aplicação prévia e isolada do ácido fosfórico, uma vez que seu primer já é acídico. Dessa forma, ocorre uma desmineralização e simultânea infiltração do adesivo no tecido dentinário, formando a camada híbrida imediata. Como não há a remoção total da "smear layer", apresentam menor sensibilidade pós-operatória. Podem apresentar dois ou um passo clínico.
Consiste na manutenção da umidade da dentina a fim de se manter a malha de colágeno íntegra para possibilitar uma adequada infiltração dos monômeros e evitar o colapso da rede colágena. Portanto, a remoção do excesso de água deve ser feita com papel absorvente.
Isolamento do campo operatório: controle de contaminantes. Condicionamento ácido de 30 a 40%: Em esmalte: promove o aumento da energia livre de superfície e a dissolução dos prismas de esmalte, formando poros que permitem a penetração da resina. Em dentina: promove a remoção da smear-layer, desmineralização da dentina e exposição das fibras colágenas. Aplicação do primer: carrega os monômeros hidrofílicos para o interior da dentina desmineralizada. Aplicação do adesivo: forma o tag de resina, que compõe a camada híbrida.
Passo a Passo Clínico de Restaurações
Restritas em Esmalte
Profilaxia do substrato com pedra-pomes e água. Aplicação do ácido fosfórico 37% por 30 segundos. Lavagem pelo dobro do tempo. Secagem com jato de ar até observar aspecto mais opaco do esmalte. Aplicação ativa do adesivo com auxílio de micro-pincel. Jato de ar por 5 segundos. Fotoativação pelo tempo recomendado pelo fabricante.
Passo a Passo Clínico de SACL de 2 e 3 Passos
Profilaxia do substrato com pedra-pomes e água. Aplicação do ácido fosfórico 37% por 15 segundos em esmalte. Aplicação do ácido fosfórico 37% por mais 15 segundos em dentina. Lavagem por 30 a 60 segundos. Secagem do dente com papel absorvente. Aplicação do sistema adesivo convencional de 3 ou 2 passos.
Alguns agentes químico-físicos, como o Carisolv (hipoclorito de sódio), podem ser utilizados para a remoção da dentina cariada.
Dentina secundária: formada depois da rizogênese e depositada até o resto da vida. Dentina esclerosada: formada em uma situação de "estresse adaptativo", com o objetivo de proteger a polpa. Dentina terciária: não é de natureza fisiológica, sendo formada como resposta a um estímulo patológico. Pode ser subdivida em dentina reacional (estruturalmente irregular e depositada na tentativa dos odontoblastos de formar uma barreira contra estímulos nocivos) e dentina reparadora (quando a agressão é de alta intensidade, pode ocorrer morte dos odontoblastos ou mesmo aspiração dessas células para o interior dos túbulos dentinários, desencadeando um processo de autólise, durante o qual células mesenquimais indiferenciadas da polpa são "estimuladas" a se diferenciar em células odontoblastos e secretar matriz de dentina).
Dentina infectada: camada mais superficial de dentina cariada, clinicamente apresentada como uma dentina necrótica, destruída e desorganizada. Dentina afetada: estrutura dentinária contaminada que se apresenta como uma estrutura distorcida, de coloração alterada, mas com textura parcialmente mantida.
Em casos de lesões profundas, o capeamento indireto da polpa é empregado com o objetivo de manter a vitalidade pulpar, detendo o processo carioso, promovendo esclerose dentinária, estimulando a formação de dentina reacional e remineralizando a dentina cariada. Cavidades superficiais, rasas e médias: sistemas adesivos + resina composta.
Possui ação bacteriostática e bactericida aliada à sua alcalinidade, com papel fundamental na paralização do processo carioso. Promove a deposição de dentina reacional e esclerose dentinária. Causa mínima resposta inflamatória pulpar. Desvantagens relacionadas às suas propriedades físicas, como falta de adesão às estruturas dentárias, baixa resistência mecânica e elevada solubilidade.
Forrador/base cavitário de biocompatibilidade com o complexo dentino- pulpar. Possui atividade antimicrobiana pela liberação de flúor, reduzida solubilidade, adesão ao substrato dentinário e copolimerização com materiais resinosos.
Cristais na Embocadura dos Túbulos
Dentinários
A formação de cristais na embocadura dos túbulos dentinários é uma característica desse material. No entanto, sua grande desvantagem é a baixa resistência mecânica quando comparada a de cimentos resinosos.
Diagnóstico de Cárie
Antes de estabelecer o diagnóstico de cárie, é essencial realizar uma profilaxia para remoção do biofilme aderido ao esmalte e utilizar uma boa iluminação que possibilite o exame de todas as faces dos dentes. Manter os dentes secos utilizando jatos de ar também é importante para um exame clínico de qualidade. Além disso, radiografias complementares devem ser realizadas.
Mancha branca, opaca, sem brilho e rugosa : Indica uma lesão de cárie ativa. Nesse caso, deve-se orientar o paciente a uma boa higiene oral e eliminação dos fatores de risco, além de realizar a limpeza e aplicação de flúor. Mancha branca, com brilho e lisa (sem porosidade) : Indica que o tratamento preventivo deu certo. Cárie ativa com cavitação : Apresenta cor amarelada, umidade, aspecto de tecido amolecido, e ao deslizar um instrumento cortante, o tecido se destaca facilmente, indicando que a lesão está ativa e em progressão. Nesse caso, observa-se porosidade e cor branca do esmalte ao redor da cavidade, sendo necessário o tratamento restaurador e orientações ao paciente. Lesão em dentina : Apresenta dentina escura, seca, brilhante, e ao deslizar um instrumento cortante, ela estará resistente. Nesse caso, recomenda-se o acompanhamento do paciente e reforço das medidas preventivas.
Espelho
Proporciona uma visão indireta das faces lingual e palatina.
A contagem deve ser feita seguindo do final para o início da ponta da sonda.
Sonda de Nabers
Usada para avaliar a lesão de furca, verificando a presença de perda óssea na região de furca.
Sonda OMS
Define o diagnóstico de um índice periodontal chamado de PSR (Índice Periodontal de Necessidades de Tratamento). Possui uma ponta esférica, com 0,5mm de diâmetro, e as marcações vão de 3,5mm a 5,5mm.
Código 0 : Todos os dentes do sextante se apresentam saudáveis e sem sangramento. Códigos 0 e 1 : Orientação de higiene bucal, apenas. Código 2 : Analisar fator de retenção (cálculo ou restauração irregular) e tratar. Código 3 : Fazer o periodontograma apenas do sextante com o código 3, avaliando seus seis sítios. Código 4 : Encaminhar para especialista para o tratamento periodontal e preencher o periodontograma na boca toda.
Raspadores : Lima periodontal, enxada, foice e cinzel. Posição das Curetas : O ângulo de trabalho formado pela face coronária da cureta e a superfície lateral do dente deve ser maior que 45° e menor que 90°.
Após o RAR, deve ser feita a profilaxia e aplicação de flúor para reduzir a sensibilidade, finalizando o processo. O paciente deve ser informado sobre a sensibilidade na gengiva no primeiro dia e ficar sem beber nem comer por 30 minutos após o procedimento.
Características de uma Gengiva Saudável
Cor da gengiva inserida rosa pálida Mucosa alveolar aderida ao tecido ósseo Gengiva marginal aderida ao tecido subjacente Pontilhado de casca de laranja
Questões sobre Diagnóstico Periodontal
As lesões orais precisam ser analisadas para diagnóstico periodontal, pois podem representar um falso diagnóstico de doenças periodontais. Os exames complementares, como a radiografia oclusal, são a imagem de primeira opção para auxílio de diagnóstico periodontal. O volume gengival pode ser influenciado pelo processo inflamatório causado pelo biofilme dental. O nível de inserção clínica é medido usando um ponto fixo (JCE) e um móvel (final do tecido conjuntivo). A mobilidade dental é avaliada usando-se 2 instrumentos rombos e tem 3 graus. A lesão de furca é avaliada usando-se a sonda de Michigan e tem 4 graus. A recessão gengival é a distância entre a JCE e o final do epitélio juncional. A profundidade de sondagem é o parâmetro clínico periodontal mais fidedigno para determinação de diagnóstico periodontal. O biofilme dental influencia no curso da doença periodontal.
Proteção do Complexo Dentino-Pulpar
O tratamento expectante deve ser utilizado para tratar cáries agudas e profundas, sem exposição pulpar, com remoção parcial da cárie para evitar exposição pulpar. No capeamento pulpar direto, pode-se utilizar o cimento de hidróxido de cálcio e/ou o cimento de ionômero de vidro sobre a polpa. Aguarda-se 10 dias para a reavaliação do tratamento expectante.
Diagnóstico Clínico e Radiográfico da Doença
Cárie
A observação de uma mancha branca em esmalte, opaco e com brilho, e com superfície sem cavitação, remete ao diagnóstico de lesão de cárie ativa. O diagnóstico radiográfico de lesões incipientes interproximais é mais eficaz que a inspeção visual. O diagnóstico de lesões de cáries cervicais é mais frequente em pessoas de pouca idade, jovens e adolescentes. Para o diagnóstico de lesões incipientes de cárie, é recomendado que o esmalte esteja úmido. O uso da sonda exploratória com ponta afiada não produz defeitos traumáticos irreversíveis em lesões que podem ser contidas apenas pelo controle da placa bacteriana.
Adesão aos Tecidos Dentários
Quanto mais rasa a cavidade, maior a quantidade de dentina intertubular.