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Volume de Ejeção: Concepção e Respostas Cardiovasculares ao Exercício Isométrico, Notas de aula de Desvio

Este documento aborda o conceito de volume de ejeção (ve) do coração, sua relação com a pressão arterial (pa) e as respostas cardiovasculares durante o exercício isométrico. O texto explica as equações para calcular o ve e a pa, além de discutir as fases do ciclo cardíaco e as variáveis cardíacas. Adicionalmente, são apresentadas as respostas cardiovasculares ao exercício isométrico, incluindo alterações no volume de ejeção, frequência cardíaca e pressão arterial.

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Pernambuco
Pernambuco 🇧🇷

4.2

(45)

225 documentos

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1
Repouso – Freqüência cardíaca – 75 bpm
Exercício intenso – Freqüência cardíaca – 180 bpm
sístole diástole sístole
sístole diástole
0,3 segundos
(1/3)
0,5 segundos
(2/3)
0,2 segundos 0,13 segundos
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Repouso – Freqüência cardíaca – 75 bpm

Exercício intenso – Freqüência cardíaca – 180 bpm

sístole

diástole

sístole

sístole

diástole

0,3 segundos

(1/3)

0,5 segundos

(2/3)

0,2 segundos 0,13 segundos

Volume de ejeção (VE)

Estado inotrópico

  • Inotropicidade ou contratilidade.
  • Efeito inotrópico + : aumento da contratilidade;

desvio da curva de Frank-Starling para cima e

para esquerda.

  • Efeito inotrópico - : redução da contratilidade;

desvio da curva para baixo e para direita.

CONCEITUAÇÃO DAS VARIÁVEIS CARDÍACAS

Débito Cardíaco (DC):

É o volume total de sangue bombeado pelo coração por

minuto (ml/min) e é o produto da freqüência cardíaca pelo volume

sistólico. Normalmente é registrado em litros ou mililitros, podendo

ser obtido através da seguinte equação:

DC = FC x VE

Exemplo: 4,8 l/min = 80bpm x 60ml/ batimento

Volume de Ejeção (VE) ou Volume Sistólico:

Volume de sangue ejetado pelo ventrículo esquerdo durante a

sístole. É expresso em mililitros por batimento.

VE = 60 ml/batimento

Repouso – acima

de 55%

Volume Diastólico

Final (VDF)

VolumeVolume

de Ejede Ejeççãoão

Volume Sistólico

Final (VSF)

-

=

  • Lei de Frank-Starling
  • ↑↑↑↑ força da contração ventricular com o ↑↑↑↑ do

volume diastólico final (VDF) → →→

→ alongamento das

fibras cardíacas →→→→ ↑↑↑↑ da força de contração →→→→ ↑↑↑↑

quantidade de sangue bombeado/batimento.

  • Depende o RETORNO VENOSO.

Volume de ejeção (VE)

Pré-carga

CONCEITUAÇÃO DAS VARIÁVEIS CARDÍACAS

Fração de Ejeção (FE):

Em condições de repouso, o coração ejeta aproximadamente

50% a 60% do sangue que está no ventrículo esquerdo. Podendo ser

determinado usando a seguinte equação:

Pressão Arterial Média (PAM):

Representa a Pressão Média exercida pelo sangue no sistema

vascular, podendo ser obtida através da seguinte equação:

PAM = PAD + [ 0,333 x (PAS - PAD) ]

FE = VE x 100%

VDF

veia

CONCEITUAÇÃO DAS VARIÁVEIS CARDÍACAS

Pressão Arterial (PA):

É a força exercida pelo sangue na parede dos vasos sangüíneos.

Sua função é manter o fluxo sangüíneo adeauado às necessidades

do organismo.

Pressão Arterial Sistólica (PAS):

Representa a maior pressão no interior dos vasos sangüíneos

e corresponde à sístole cardíaca; nesta fase a entrada de sangue

supera a drenagem.

Pressão Arterial Diastólica (PAD):

Durante o relaxamento do coração (diástole), o sangue

armazenado nos vasos é liberado até o seu valor mínimo.

  • PAS – pressão arterial sistólica – pressão

gerada quando o sangue é ejetado do

coração durante a sístole ventricular.

  • PAD – pressão arterial diastólica – pressão

gerada durante o relaxamento ventricular.

  • Repouso – 120 x 80 mmHg.

Pressão arterial (PA)

  • É a força exercida pelo sangue contra as

paredes arteriais.

  • Determinada pela quantidade de sangue

bombeado e pela resistência ao fluxo sangüíneo.

  • Expressa em mmHg.

Pressão arterial (PA)

PA = DC * resistência periférica

Fluxo sangüíneo

Fluxo sg = ∆∆∆∆ Pressão/resistência

Pressão arterial (PAM)

Pressão Arterial Média (PAM):

Representa a Pressão Média exercida pelo sangue no sistema

vascular, podendo ser obtida através da seguinte equação:

PAM = PAD + [ 0,333 x (PAS - PAD) ]

  • Produto freqüência pressão (PFP)
  • Índice de trabalho cardíaco – miocárdio.

(mVO2)

Duplo produto (DP)

DP = FC * PAS

CONCEITUAÇÃO DAS VARIÁVEIS CARDÍACAS

RESISTÊNCIA VASCULAR PERIFÉRICA (RVP) ou (rpt)

Representa os fatores que se opõem à passagem de sangue nos

vasos sangüíneo. É obtido através da seguinte equação:

RVP = PAM

DC

É expressa em milímetros de mercúrio, por mililitros de sangue

por minuto ou simplesmente como unidades de resistência vascular

periférica (URVP).

RESPOSTAS CARDIOVASCULARES RESPOSTAS CARDIOVASCULARES

AO EXERCAO EXERCÍÍCIO ISOMCIO ISOMÉÉTRICOTRICO

  • O Débito Cardíaco aumenta discretamente durante a

contração Isométrica.

  • Quanto maior for o tempo (duração) em que o indivíduo

permanece realizando o exercício, o tamanho do Grupo

Muscular e o Percentual da contração Voluntária Máxima

(%CVM), maiores serão as respostas cardiovasculares.

  • A um aumento na Freqüência Cardíaca com a magnitude

do aumento da carga.

  • O Volume de ejeção parece permanecer relativamente

constante durante as contrações de baixa intensidade e

diminuir durante as contrações de alta intensidade.

  • É observado também um aumento no volume de ejeção

imediatamente após a interrupção do exercício envolvendo

altas intensidades.

DC (l/min)

15,4 -

11 -

6,6 - Repouso 10% Recuperação

CVM

DC (l/min)

15,4 -

11 -

6,6 - Repouso 20% Recuperação

CVM

DC (l/min)

15,4 -

11 -

6,6 -

0 5 7 12

Tempo (min)

Repouso 50% Recuperação

CVM

0 5 10 15

Tempo (min)

0 5 10 15

Tempo (min)

VE (ml/

bat

) 154 -

132 -

110 -

Repouso 10% Recuperação

CVM

154 -

132 -

110 -

Repouso 20% Recuperação

CVM

154 -

132 -

110 -

0 5 7 12

Tempo (min)

Repouso 50% Recuperação

CVM

0 5 10 15

Tempo (min)

0 5 10 15

Tempo (min)

FC (bpm)

130 -

90 -

50 -

Repouso 10% Recuperação

CVM

FC (lbpm)

130 -

90-

50 -

Repouso 20% Recuperação

CVM

FC (bpm)

130 -

90-

50 -

0 5 7 12

Tempo (min)

Repouso 50% Recuperação

CVM

0 5 10 15

Tempo (min)

0 5 10 15

Tempo (min)

VE (ml/bat) VE (ml/bat)

Adaptado de Lind e col. , 1964 - Retirado Uchida e col, 2003

Comportamento do DC, VE e da FC durante Exercício Isométrico de Preensão Manual

RESPOSTAS CARDIOVASCULARES

RESPOSTAS CARDIOVASCULARES

AO EXERCAO EXERCÍÍCIO ISOMCIO ISOMÉÉTRICOTRICO

  • A redução encontrada no volume de ejeção durante a

contração isométrica, envolvendo um grande %CVM, é

provavelmente um resultado da diminuição na Pré-Carga e

de um aumento na Pós-Carga.

  • A Pré-Carga é diminuída devido a um aumento na pressão

intratorácica que por sua vez comprime a veia cava e, dessa

forma, diminui o retorno venoso ao coração.

  • Desse modo, a pressão arterial é elevada durante a contração

Isométrica - aumentando assim a Pós-Carga e uma quantidade

de sangue é ejetado para uma dada força de contração.

D DÉÉBITO CARDBITO CARDÍÍACO E VOLUME DE EJEACO E VOLUME DE EJEÇÇÃOÃO

AO EXERC AO EXERCÍÍCIO DE FORCIO DE FORÇÇAA

  • O Volume de Ejeção não se eleva em relação ao repouso durante a

Fase Concêntrica com ou sem a presença da Manobra de Valsalva.

Entretanto, durante a fase excêntrica, é observado um aumento no

Volume de Ejeção acima dos valores de repouso com ou sem a Ma-

nobra de Valsalva, e é significativamente maior do que durante a

fase concêntrica de uma repetição.

  • O DC durante a realização da série será maior quanto maior for o

número de repetições.

VE e FC = DC 20 litros na Fase Excêntrica e

15 litros na Fase Concêntrica

  • O VE alcançado no final de cada série é similar, sem se preocupar

com a fase excêntrica ou concêntrica de cada movimento.

DÉBITO CARDÍACO E VOLUME DE EJEÇÃO

AO EXERCÍCIO DE FORÇA

Adaptado de Falkel e col. , 1985 - Retirado Uchida e col, 2003

DC (l/min)

25 -

20 -

15 -

10 -

5 -

0 -

50

15

80

8

100

1

% 1RM

N

o

de Repetições

VE (ml/bat)

120 -

100 -

80 -

60 -

40 -

20 -

0 -

50

15

80

8

100

1

% 1RM

N

o

de Repetições

RESISTÊNCIA VASCULAR PERIF

RESISTÊNCIA VASCULAR PERIF

É

É

RICA (RVP)

RICA (RVP)

E O EXERC E O EXERCÍÍCIO DE FORCIO DE FORÇÇAA

  • Em relação a Resistência Vascular Periférica (RVP), os dados ainda

são controversos, ou seja, alguns autores encontraram diminuição

da RVP, embora a queda observada no exercício Isométrico não seja

da mesma magnitude daquela observada no exercício Dinâmico;

  • E outros observaram que a RVP apresentava pouca ou nenhuma

mudança durante a realização do exercício.

  • Essa menor queda ou manutenção da RVP, observada durante o

exercício Isométrico, ajuda a explicar o comportamento abrupto da

pressão arterial.

  • A maior pressão é uma tentativa de vencer a oclusão mecânica

provocada pelos músculos esqueléticos que estão envolvidos com a

contração.

PAM(

mmHg

)

160 -

130 -

100 -

Repouso 10% Recuperação

CVM

Repouso 20% Recuperação

CVM

0 5 7 12

Tempo (min)

Repouso 50% Recuperação

CVM

0 5 10 15

Tempo (min)

0 5 10 15

Tempo (min)

RVP (unidades)

5,5 -

4,6 -

3,7 - Repouso 10% Recuperação

CVM

Repouso 20% Recuperação

CVM

0 5 7 12

Tempo (min)

Repouso 50% Recuperação

CVM

0 5 10 15

Tempo (min)

0 5 10 15

Tempo (min)

Adaptado de Lind e col. , 1964 - Retirado Uchida e col, 2003

Comportamento da PAM e da RVP durante Exercício Isométrico de Preensão Manual

PAM(mmHg) PAM(mmHg)

160 -

130 -

100 -

160 -

130 -

100 -

RVP (unidades) RVP (unidades)

5,5 -

4,6 -

3,7 -

5,5 -

4,6 -

3,7 -

ADAPTAADAPTAÇÇÕES NO MÕES NO MÚÚSCULO CARDSCULO CARDÍÍACOACO

NO EXERC NO EXERCÍÍCIO DE FORCIO DE FORÇÇAA

  • O músculo cardíaco e os vasos sangüíneos são submetidos a uma

sobrecarga de pressão.

  • Verificando-se um aumento na RVP provocado por vasoconstrição

mecânica dos músculos em contração.

  • Observa-se Hipertrofia Ventricular Esquerda predominantemente

Concêntrica, porém o aumento na massa ventricular esquerda é

pequeno.

  • Treinos predominantemente aeróbios proporciona maior dimensão

interna do ventrículo esquerdo, compatível com:

Hipertrofia Ventricular Esquerda predominantemente Excêntrica.

  • O suprimento sangüíneo é comprometido, e conseqüentemente, o

suprimento de O 2

, sendo esse tipo de exercício realizado predomi-

nantemente pelo metabolismo anaeróbio.

ADAPTAADAPTAÇÇÕES NO MÕES NO MÚÚSCULO CARDSCULO CARDÍÍACOACO

NO EXERCNO EXERCÍÍCIO DE FORCIO DE FORÇÇAA

  • Podem ocorrer reduções na FC de repouso em torno de 5 a 12%,

atribuída a uma diminuição da atividade simpática e um aumento da

atividade parassimpática, principalmente quando o treinamento

características predominantes no componente dinâmico, com maior

número de repetições.

  • No entanto, o levantamento crônico de pesos parece ter pouco efeito

na Pressão Arterial em repouso.

  • Ocorre um aumento na razão Capilar-Fibra, gerando uma maior

Densidade Capliar, associado a uma menor concentração de Lactato

Muscular.

  • Proporciona uma atenuação da resposta reflexa cardiovascular

(reflexor pressor do exercício).

ADAPTA

ADAPTA

Ç

Ç

ÕES NO M

ÕES NO M

Ú

Ú

SCULO CARD

SCULO CARD

Í

Í

ACO

ACO

NO EXERC NO EXERCÍÍCIO DE FORCIO DE FORÇÇAA

  • O DC basicamente não se altera em repouso (em torno de 5l/min)
  • O VE se mantém ou aumenta no repouso.
  • O DC pode aumentar como resposta ao treinamento de força,

podendo alcançar até 30 l/min durante o exercício.

  • O VE pode chegar a ficar em torno de 150ml a 200ml durante o

execício.

  • O DC e o VE podem alcançar picos maiores nos indivíduos

que realizam treinos com menor componente Isométrico e com

desempenho limitado da Manobra de Valsalva.