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Este trabalho de graduação descreve as rotinas e protocolos para o cuidado de pacientes graves de covid-19, incluindo identificação do vírus, sintomas, prevenção da disseminação, cuidados instrumentados e limpeza de superfícies. O enfermeiro tem uma importante responsabilidade em qualificar o cuidado e garantir a segurança dos profissionais.
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Juliana Pereira Edeldo da Silva - 2019310485 Lucieuda Alves de Lima - 2020897397 Patricia Ferreira Martins - 201935094 Ramon dos Santos Batista - 20195350 Yasmin da Silva Batista - 201974489 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM COVID-19: CUIDADOS ESPECIAIS AO PACIENTE COM SINTOMAS GRAVE DA COVID- Trabalho de Graduação MAUÁ
Juliana Pereira Edeldo da Silva - 2019310485 Lucieuda Alves de Lima - 2020897397 Patricia Ferreira Martins - 201935094 Ramon dos Santos Batista - 20195350 Yasmin da Silva Batista - 201974489 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM COVID-19: CUIDADOS ESPECIAIS AO PACIENTE COM SINTOMAS GRAVE DA COVID- Trabalho de graduação apresentado ao curso de Enfermagem, como parte dos requisitos necessários à obtenção de nota complementar. Professor(a): Dalton Camargo Disciplina: Processos do Cuidar - Teoria e Prática Turma: 4º e 5º Semestre MAUÁ
1 Introdução Na cidade de Wuhan, província de Hubei da China, em dezembro de 2019, foi identificado diversos casos de pneumonia por causa desconhecida. A partir da análise do material genético foi identificado o novo corona vírus, denominado SARS-CoV-2 (Severe Acute Respiratory,Syndrome Corona vírus 2). Este vírus pertence à família Coronaviridae os quais causam uma variedade de doenças no homem e em animais, especialmente no trato respiratório. A infecção pelo SARS- CoV-2 causas a doença denominada COVID-19 (Coronavirus Disease 2019) [1, 2]. A maioria dos pacientes com a COVID-19 apresenta um quadro leve da doença. As manifestações podem ser desde quadros respiratórios brandos até pneumonia grave com insuficiência respiratória. Aproximadamente 15% dos pacientes com COVID-19 necessitam de atendimento hospitalar e, desses, 5% requerem ventilação mecânica assistida devido à insuficiência respiratória. Sua gravidade e mortalidade modifica de acordo com a faixa etária, sendo maior em indivíduos com mais de 60 anos, os portadores de diabetes e doenças cardiocirculatórias, os imunodeprimidos, as gestantes de alto risco e os profissionais de saúde [2, 5, 6] Os profissionais que atuam por longas horas e próximos a pacientes vulneráveis em ambientes de saúde, é de suma importância estarem capacitados e equipados com EPI, não somente para impedir a transmissão desse agente para outras pessoas, mas também para diminuir ao máximo o risco de contrair a doença. No atual momento, o cenário não é diferente. Há uma tendência em aumentar a contaminação pela demanda apresentada na saúde, necessitando abordagem e controle ainda mais rigorosos [14]. 2 CUIDADOS GERAIS Desde o início da disseminação da COVID-19, uma série de medidas de proteção têm sido divulgadas e ensinadas à população como lavar as mãos frequente com água e sabão ou álcool em gel a 70%, adotar medidas de etiqueta respiratória (cobrir a boca com o antebraço ou utilizar um lenço descartável quando tossir ou espirrar e lavar as mãos), manter um distanciamento social, no mínimo, de um metro, evitar aglomerações e utilizar máscaras faciais em casos de contaminações ou sintomas gripais, assim como, pelos profissionais de saúde [4, 12]. Outro cuidado recomendado é o auto isolamento das pessoas com mais de 60 anos e daquelas com doenças pré-existente [3, 5].
recomenda a máscara tipo Venturi, a tenda e o uso do cateter de alto fluxo pelo risco de maior quantidade do vírus flutuar em gotículas de aerossol no ambiente. O controle rigoroso dos sinais vitais, especialmente da saturação de oxigênio, pode interferir positivamente no desfecho do tratamento [21, 24]. Os casos mais graves podem evoluir para insuficiência respiratória. Indica-se a intubação traqueal para os pacientes que apresentam necessidade de oxigênio nasal acima de 5 litros/minuto, para manter SpO2 > 93% e/ou apresentarem frequência respiratória acima de 28 incursões respiratórias por minuto ou retenção de CO2 (PaCO2 > 50mmHg e/ou pH < 7,25). Esse procedimento deve ser realizado, preferentemente, por uma equipe mínima e experiente, seguindo a técnica da sequência rápida de intubação [24]. A lidocaína tem sido utilizada como pré-medicação, pois possui propriedade de abolir os reflexos laríngeos e de potencializar o efeito anestésico de outras drogas [18, 24]. Durante a intubação alguns materiais são usados para diminuir a exposição aos aerossóis. A utilização do cenógrafo é muito importante, porque auxilia na confirmação da intubação traqueal, evitando maior exposição à contaminação por conta da ausculta. Após a intubação, conecta-se o tubo traqueal a um circuito fechado. Evita-se utilizar ventilação manual e a aspiração do sistema deve acontecer somente com o mesmo fechado. Para as trocas de filtros ou do sistema fechado do ventilador, utiliza-se a pinça forte para clampear o tubo traqueal [1, 18, 24]. Compete ao enfermeiro a montagem dos circuitos, do filtro respiratório (HMEF, Heat and Moisture Exchanger), do sistema de umidificação, da testagem e da instalação da ventilação mecânica invasiva, com supervisão da equipe médica, assim como o sistema de aspiração à vácuo, as entradas de oxigênio e de ar comprimido, com seus respectivos adaptadores e extensores [1, 18, 21]. É fundamental que todos os equipamentos estejam testados e prontos para serem utilizados. O registro adequado das variações dos parâmetros do ventilador mecânico é de responsabilidade da equipe de enfermagem treinada. 4.1 POSICIONAMENTO DO PACIENTE Uma das abordagens utilizada para melhorar a hipoxemia nos pacientes com síndrome do desconforto respiratório agudo é a posição prona (decúbito ventral). Apesar
Capítulo 4. CUIDADOS NA TERAPIA RESPIRATÓRIA 7 ser considerada um modo eficaz de melhorar a oxigenação, os mecanismos fisiológicos que levam à melhora da função respiratória ainda não estão completamente esclarecidos. Acredita- se que a posição prona remova a contrapressão exercida nos pulmões pela pressão abdominal transmitida pelo diafragma e pelo coração e, também, melhora a pressão negativa nos pulmões, abrindo os alvéolos e melhorando a relação ventilação/perfusão. Está indicada nos pacientes com síndrome do desconforto respiratório agudo grave (relação pressão parcial arterial de oxigênio/fração inspirada de oxigênio < 150) [10, 25, 26]. Para realizar a preparação completa desse procedimento, inicia-se a abordagem desse assunto com a família do paciente, explicando-os detalhadamente e os seus benefícios. Após, procura-se avaliar se a condição hemodinâmica do paciente se encontra estável suficientemente para tolerar o manuseio; verificar o peso do paciente e o tamanho da cama e preparar a equipe necessária. Se o paciente estiver sendo alimentado, procura-se pausar o consumo de alimentos por, no mínimo, uma hora antes do procedimento. Do mesmo modo, se houver curativos na face ventral do corpo para serem trocados, realizá-los antes. Estar atento aos curativos preventivos de proeminências ósseas, como os ombros, quadris, joelhos e pés. Manter os olhos umidificados e, se necessário, utilizar uma vedação para mantê-los fechados. Avaliar a cavidade oral: se a língua do paciente estiver saliente, usar um bloco de mordida e assegurar que o tubo e demais drenos estejam bem fixados. Certificar-se que os materiais de urgência estejam montados e acessíveis no caso de extubação acidental [20, 25, 26]. Para a posição prona é necessária uma equipe de cinco profissionais: Dois profissionais de cada lado da cama, localizados entre os joelhos e o quadril, outros dois na altura do tórax e o último na cabeça. Quem dará os comandos é o responsável da via área. Mantem-se o paciente conectado no respirador em sistema fechado, realiza-se a remoção dos eletrodos (monitor de eletrocardiograma e sensor de saturação). Remove-se a camisola, mantendo o paciente coberto com um lençol móvel e outro lençol por cima. Realizar o enrolamento dos lençóis, de cima e de baixo, nos dois lados. Estes lençóis enrolados são os que movimentarão o paciente. Na contagem do profissional da cabeceira, primeiramente, realiza-se o movimento em bloco, ao lateral da cama, deixando-o em 90º graus. Na nova contagem, realiza-se a posição prona. Em seguida, os membros da equipe organizam os lençóis, colocam o paciente em posicionamento confortável e monitoram o paciente. Geralmente, há uma desestabilização do paciente nesse procedimento, levando cerca de 10 minutos para voltar a se estabilizar. O controle do tratamento do decúbito ventral é iniciado pela coleta de gasometria, trinta minutos após. Recomenda-se a posição prona por 12 a 24 horas [10, 25, 26].
Capítulo 4. CUIDADOS NA TERAPIA RESPIRATÓRIA 9 semicríticas e não crítica, assim como a limpeza concorrente, a limpeza imediata e a limpeza terminal [2, 10, 16].
Para garantir uma transição segura no cuidado é realizado um planejamento de ações deixando esse paciente preparado para sua transferência do setor, do serviço ou direto para sua casa (alta hospitalar). O enfermeiro enfrenta um grande desafio para preparar o paciente e familiar, transferindo a continuidade do cuidado realizado, garantindo entendimento familiar e do paciente sobre uso correto das medicações e alimentação. Para esse planejamento terá que antecipar o cuidado, a educação do autogerenciamento, a comunicação e garantir o acompanhamento ambulatorial, apoio social e necessidades específicas, bem como, as orientações de higiene, conforto e restrições de visitas em sua residência. Caso ocorrer o falecimento do paciente, outras ações deverão ser tomadas. Nesse momento da pandemia, o aspecto emocional da equipe está muito abalado. O enfermeiro se depara com novo desafio na parte emotiva e na segurança de sua equipe. Além disso, mesmo com seu próprio medo de contaminação, o enfermeiro precisa garantir assistência familiar que está em luto [17]. O profissional da equipe mais habilitado e preparado emocionalmente irá proceder ao preparo do corpo com os materiais necessários e encaminhar à câmara fria no necrotério, promovendo o descarte correto de todo o material utilizado por esse paciente [2]. Desse modo, o enfermeiro organiza o recebimento dos familiares para a notícia do óbito e informa a equipe de psicologia e/ou assistência social para realizar o atendimento multiprofissional necessário. É recomendado, no máximo, a participação de dois familiares nesse momento difícil, para que um apoie o outro, desde que nenhum deles tenha os sintomas da COVID-19 [28]. Após a alta ou óbito do paciente com COVID-19, seu prontuário deve ser identificado cuidadosamente e deve ser acondicionado em uma embalagem de saco plástico transparente, em local indicado pela instituição e mantido neste por um período de 72 horas após o último uso. A inserção e retirada do prontuário do saco plástico deve ser realizado por profissional após ter as mãos devidamente higienizadas e em uso de EPI apropriados (máscara cirúrgica) e realizar a higiene de mãos logo após o manuseio [14, 26]. 6 Conclusão Esses conceitos são fundamentais e fundamentais para a assistência na preocupante doença da COVID-19 e a segurança dos pacientes e dos próprios profissionais. O enfermeiro deve compreender as medidas de prevenção e segurança dos profissionais de enfermagem, as recomendações para prevenir a propagação de doenças e as complicações relacionadas para que possa utilizar estratégias para minimizar ou prevenir os efeitos adversos. Dessa forma, o plano de cuidados é traçado de acordo com as necessidades de cada paciente. As principais complicações associadas ao COVID-19 são ar, pulmão, extrapulmonar e infecção. Mais importante ainda, com medidas de suporte ventilatório adequadas instaladas para cada paciente, a equipe