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Correções Posturais e Suas Repercussões na Qualidade de Vida, Notas de aula de Educação Física

Este documento discute as ações corretivas da postura e suas consequências na qualidade de vida. Os autores, frederico tadeu deloroso, maria da graça baldo deloroso e renata martins prada, exploram o sistema de controle postural humano, as alterações posturais e suas consequências, como a deformidade estrutural, degeneração articular e dor. Eles também discutem a importância da avaliação postural e os métodos corretivos, como exercícios físicos corretivos, para tratar essas disfunções posturais. Além disso, eles enfatizam a importância da atividade física na melhoria da postura e na saúde.

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

PorDoSol
PorDoSol 🇧🇷

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Ações Corretivas da Postura e Suas
Repercussões na Qualidade de Vida
Frederico Tadeu Deloroso
Doutor em Educação Física – UNICAMP
Maria da Graça Baldo Deloroso
Mestre em Fisioterapia Cardio-Respiratória – UNITRI
Renata Martins Prada
Especialista em Fisioterapia Traumato-Ortopédica – UNIARARAS
Desde que nós humanos adotamos a postura ereta bípede,
temos sido desafi ados pela força da gravidade para manter-
mos o equilíbrio do corpo sobre a pequena área de suporte
delimitada pelos pés. Quando permanecemos parados, não perma-
necemos sem movimento, nós oscilamos. Não obstante a aparente
simplicidade da tarefa, o controle da postura é um grande desafi o
para o corpo humano. O sistema de controle postural deve ser ca-
paz de regular o equilíbrio em situações instáveis e por outro lado,
deve ser sufi cientemente versátil para permitir a rápida iniciação
do movimento. Talvez, a mais óbvia tarefa realizada pelo sistema de
controle postural é a manutenção da postura ereta bípede, mas este
sistema também atua durante o andar (TEIXEIRA, 2001).
As alterações posturais têm aumentado progressivamente na po-
pulação e um dos fatores são as posturas viciosas adquiridas através
da permanência ininterrupta do corpo numa única posição, em pé
ou sentada, proporcionando uma diminuição da mobilidade cor-
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Ações Corretivas da Postura e Suas

Repercussões na Qualidade de Vida

Frederico Tadeu Deloroso Doutor em Educação Física – UNICAMP

Maria da Graça Baldo Deloroso Mestre em Fisioterapia Cardio-Respiratória – UNITRI

Renata Martins Prada Especialista em Fisioterapia Traumato-Ortopédica – UNIARARAS

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esde que nós humanos adotamos a postura ereta bípede, temos sido desafiados pela força da gravidade para manter- mos o equilíbrio do corpo sobre a pequena área de suporte delimitada pelos pés. Quando permanecemos parados, não perma- necemos sem movimento, nós oscilamos. Não obstante a aparente simplicidade da tarefa, o controle da postura é um grande desafio para o corpo humano. O sistema de controle postural deve ser ca- paz de regular o equilíbrio em situações instáveis e por outro lado, deve ser suficientemente versátil para permitir a rápida iniciação do movimento. Talvez, a mais óbvia tarefa realizada pelo sistema de controle postural é a manutenção da postura ereta bípede, mas este sistema também atua durante o andar (TEIXEIRA, 2001).

As alterações posturais têm aumentado progressivamente na po- pulação e um dos fatores são as posturas viciosas adquiridas através da permanência ininterrupta do corpo numa única posição, em pé ou sentada, proporcionando uma diminuição da mobilidade cor-

poral e maus hábitos posturais, intensificando-se assim, os esforços sobre os tecidos moles resultando num desequilibro muscular.

O homem moderno maltrata constantemente seu corpo. Pense- mos nos efeitos combinados de atos que podem se repetir no nosso dia a dia como dirigir, assistir a televisão, acomodar o corpo à mo- bília e aos equipamentos mal projetados e ainda o dano fisiológico de calçados inadequados, de roupas íntimas muito apertadas, de há- bitos como sentar com pernas cruzadas ou ficar em pé por muito tempo com o peso apoiado numa só perna (DELOROSO, 1999).

Essas alterações posturais podem ainda discorrer pela má formação estrutural, degeneração articular, mudança do centro de gravidade ou dor, provocando um alinhamento defeituoso da coluna vertebral.

Para Deloroso (1999), a postura poderia ser definida como sendo uma posição que o nosso corpo adota no espaço e que mantém uma relação direta de suas partes com a linha do centro de gravidade.

A coluna vertebral pode desencadear as disfunções posturais de origem mecânica (hábitos errôneos) ou estrutural (idiopática) como, por exemplo, a hiperlordose, cifose, escoliose e também a ci- foescoliose.

Para o tratamento dessas disfunções posturais o método a ser utilizado deve constar de alongamento, fortalecimento muscular e uma conscientização postural (BELOUBE et al., 2003).

Para uma possível correção dessas disfunções posturais adqui- ridas propõe-se um trabalho para amenizá-las através de exercícios físicos corretivos, como o Isostretching, o método de Klapp, Exercí- cios Terapêuticos com Bola Suíça.

JUSTIFICATIVA

A atividade física é uma prática importante do programa de educação, os esportes, os jogos e os exercícios são orientados para melhorar a postura, para o desenvolvimento físico, para a saúde e também para a recreação e diversão.

Buscar um comportamento progressivo para que o indivíduo possa agir o mais independente possível e integrado ao seu meio ambiente, na sua comunidade e no seu meio social.

As tensões ao encurtamento são as principais responsáveis pela grande maioria das dores permanentes gerando retrações muscula-

física e saúde vêm sendo gradualmente substituídas pelo enfoque de qualidade de vida.

A promoção da saúde corresponde a um processo que permite às pessoas adquirir maior controle sobre sua própria saúde e, ao mes- mo tempo, procurar melhorá-la.

A atividade física tem, cada vez mais, representa um fator de qua- lidade de vida aos seres humanos, possibilitando-lhes uma maior produtividade e melhor bem-estar.

AVALIAÇÃO POSTURAL

O exame da coluna vertebral e das articulações periféricas pode ser obtido através de informações coletadas pela observação.

Na avaliação de um indivíduo destacamos a inspeção como sendo uma fase importante em qualquer exame que deve ser de- senvolvida sistematicamente e que se concentre em quatro pontos, observando-se inicialmente os ossos para se detectar qualquer de- formidade, encurtamento ou postura incorreta.

Em seguida, as partes moles devem ser observadas, observar sempre o seu contorno, comparar sempre os dois lados.

Procurar observar qualquer evidência de aumento ou diminui- ção de volume, local ou generalizado.

Observar a cor e a textura da pele, procurar a presença de áre- as avermelhadas, arroxeadas, tipo de pigmentação, brilho ou outras alterações.

Por fi m, é bom verifi car a presença de cicatrizes, quando está presente uma cicatriz, determinar pela sua aparência se foi causada por uma cirurgia (cicatriz linear com marcas de pontos de sutura), por traumatismo (cicatriz irregular) ou por supuração (cicatrizes largas, aderentes e enrugadas).

A inspeção sistemática possibilita-nos uma avaliação geral do indivíduo, identificando as deformidades que podem interferir na postura e na marcha.

Devemos observar o aluno como um todo, pois um desequilí- brio postural jamais se apresenta de forma isolada.

O indivíduo deverá estar adequadamente vestido a ponto de se preservar o pudor e facilitar a observação dos principais pontos ana- tômicos.

O “Teste de um minuto” é um exame postural simplificado mui- to eficiente, principalmente por ser um exame rápido e com apenas quatro pontos para serem observados. Deve ser realizada com o alu- no de costas para o examinador, com o tronco despido. Observa-se:

  1. Desvio lateral da linha espondiléia. Esta linha é formada pela projeção cutânea dos processos espinhosos dorsais das vérte- bras. Com o auxílio de um fio de prumo, o examinador coloca a ponta livre do prumo sobre o processo espinhoso da sétima vértebra cervical, a mais proeminente e móvel, deixando que a outra ponta desça livremente pela região dorsal e glútea. Se ocorrer um desvio do prumo para um dos lados o mesmo se dará para o lado da convexidade da curva escoliótica.
  2. Desnivelamento dos ombros e das escápulas. Caso não seja ob- servada a mesma altura para os acrômios dos ombros direito e esquerdo, verificaremos um desnivelamento, o ombro que esti- ver mais alto, estará do lado convexo da curva escoliótica.
  3. Assimetria dos triângulos formados pela borda média e late- ral do braço e antebraço com a cintura pélvica e borda lateral do tronco (ângulo de Tales). O triângulo maior é o do lado da concavidade da curva.
  4. Assimetria dos relevos posteriores das costelas. Pode ser ob- servado nitidamente ao se examinar o paciente com o tronco fletido para frente. Esse relevo posterior é chamado de “giba costal”, e não corresponde a uma cifose verdadeira.

Pedimos para o paciente que está em pé fazer uma flexão do tronco e deixar os membros superiores pendentes, sem que apóiem sobre os joelhos, observamos em seguida os relevos costais poste- riores. Quando notarmos uma assimetria um dos lados estará bem mais elevado que o outro, estamos diante de uma gibosidade costal que indica um estágio avançado de deformidade, o lado convexo da curva escoliótica coincide com o lado da gibosidade costal.

Na parte relativa às manobras de avaliação, podemos destacar a inspeção do comprimento dos membros inferiores. Um método