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Guias e Dicas
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Tratamentos dérmicos e cuidados com a pele: foliculite e procedimentos estéticos, Notas de aula de Estética

Este documento aborda os diferentes tipos de tratamentos dérmicos, com foco em foliculite e pseudofoliculite. Discutem-se os métodos de depilação, epilação e outros procedimentos combinados, como limpeza de pele, peelings físicos e químicos e dermocosméticos. Além disso, é fornecida informação sobre a estrutura da pele, incluindo epiderme, derme e anexos cutâneos, como pelos e glândulas sudoríparas. O texto também aborda os cuidados com a radiação solar e os efeitos da medicação sobre o equilíbrio da pele.

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Jorginho86
Jorginho86 🇧🇷

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS
ESCOLA DE CIÊNCIAS MÉDICAS, FARMACÊUTICAS E BIOMÉDICAS
GRADUAÇÃO EM BIOMEDICINA
ABORDAGEM DOS RECURSOS TERAPÊUTICOS PARA
TRATAMENTO DAS FOLICULITES
MAURA FIGUEIREDO DA SILVA
GOIÂNIA - GO
2021
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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

ESCOLA DE CIÊNCIAS MÉDICAS, FARMACÊUTICAS E BIOMÉDICAS

GRADUAÇÃO EM BIOMEDICINA

ABORDAGEM DOS RECURSOS TERAPÊUTICOS PARA

TRATAMENTO DAS FOLICULITES

MAURA FIGUEIREDO DA SILVA

GOIÂNIA - GO

MAURA FIGUEIREDO DA SILVA

ABORDAGEM DOS RECURSOS TERAPÊUTICOS PARA

TRATAMENTO DAS FOLICULITES

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à banca examinadora da Pontifícia Universidade Católica de Goiás como um dos pré-requisitos para obtenção do título de Bacharel em Ciências Biológicas – Modalidade Médica. Orientadora: Prof. Ms. Flávia Martins Nascente Coorientadora: Biomédica Esteta Isteuria Cristina Paula Santos BANCA EXAMINADORA Orientador(a): Prof. Ms. Flávia Martins Nascente Examinador 1: Hermínio Maurício da Rocha Sobrinho Examinador 2: Renata Carneiro Ferreira Souto GOIÂNIA-GO 2021

RESUMO

Uma pele saudável é essencial para o bem-estar físico e psicológico. No entanto, quando agredida, pode gerar lesões, que no dia-dia acabam intervindo na autoestima dos seres humanos. Dentre as disfunções, a foliculite é a infecção do folículo piloso causada geralmente por bactérias, fungos ou vírus, na maioria das vezes nas mulheres é comum nas pernas, virilha e axilas e nos homens, na barba. O objetivo deste estudo foi realizar por meio de revisão bibliográfica narrativa uma abordagem dos recursos terapêuticos para o tratamento da foliculite. Como as áreas irritadas ou inflamadas causam muito desconforto, a procura por tratamentos adequados se faz muitas vezes necessária. Estudos demonstraram que existem opções terapêuticas eficazes no mercado para cada tipo de foliculite e que a associação de procedimentos proporciona melhores resultados. Dentre os principais tratamentos utilizados estão os peelings químicos, a epilação a laser, a alta frequência, a Luz Intensa Pulsada (LIP) e o iodo emissor de luz (LED. Técnicas estas que se diferenciam em grau de eficácia. Terapias tópicas com princípio ativo antisséptico, anti-inflamatório, hidratante, regenerador, cicatrizante, calmante e despigmentante também podem ser associadas. Através deste estudo destacamos que um dos tratamentos mais realizados é a laserterapia, que permite um longo período sem os pelos indesejados. Paralelamente ao tratamento com laser outros procedimentos podem ser combinados para potencializar os resultados, tais como a limpeza de pele, uso de peelings físicos e químicos e dermocosméticos. Vale ressaltar que para cada paciente é importante a elaboração de um protocolo individualizado de tratamento e que os procedimentos sejam realizados por profissionais habilitados e capacitados da área da estética. Palavras-chave: Foliculite; Laser; Alta Frequência; Luz Intensa Pulsada; Peelings.

ABSTRACT

Healthy skin is essential for physical and psychological well-being. However, when attacked, it can generate injuries, which in the day-to-day end up interfering in the self- esteem of human beings. Among the dysfunctions, folliculitis is the infection of the hair follicle usually caused by bacteria, fungi or viruses, most often in women it is common in the legs, groin and armpits and in men, in the beard. The aim of this study was to carry out, through a narrative bibliographic review, an approach to therapeutic resources for the treatment of folliculitis. As irritated or inflamed areas cause a lot of discomfort, the search for appropriate treatments is often necessary. Studies have shown that there are effective therapeutic options on the market for each type of folliculitis and that the combination of procedures provides better results. Among the main treatments used are chemical peels, laser epilation, high frequency, Intense Pulsed Light (LIP) and light-emitting iodine (LED. These techniques differ in their degree of effectiveness. Topical therapies with active ingredient antiseptic, anti- inflammatory, moisturizing, regenerating, healing, soothing and depigmenting can also be associated.Through this study we highlight that one of the most common treatments is laser therapy, which allows a long period without unwanted hair. procedures can be combined to enhance the results, such as skin cleaning, use of physical and chemical peels and dermocosmetics. It is noteworthy that for each patient it is important to draw up an individualized treatment protocol and that the procedures are performed by qualified professionals and trained in the field of aesthetics. Keywords: Folliculitis; Laser; High frequency; Intense Pulsed Light; Peels.

Os pelos indesejáveis são um problema estético que pode trazer desconforto a muitos homens e mulheres, que procuram uma forma fácil de eliminação que seja rápida e duradoura, pois pelos em excesso favorecem a proliferação de germes e bactérias causadores de odor desagradável, além de irritação e secreção. Existem no mercado vários métodos depilatórios (método mecânico de remoção superficial da arte dos pelos) e epilatórios (processo de depilação que consiste na remoção da haste do pelo pela raiz incluído porções do bulbo piloso), que além de ser uma forma de higiene pessoal, se diferenciam em grau de eficácia, além da disponibilidade de produtos para cada necessidade, como o tipo de pele ou pelo e região do corpo (SANTOS et al., 2016; FERNANDES, 2018; PEREIRA, 2015). Atualmente a laserterapia, vem sendo o procedimento cosmético mais requisitado em todo o mundo, pois permite um longo período sem os pelos indesejados, havendo a necessidade de um tratamento de manutenção de uma a duas vezes por ano. Tem como mecanismo de ação a fototermólise seletiva, que acontece quando há uma lesão térmica em tecido biológico específico, provocada por pulsos de radiação absorvidos seletivamente pelo cromóforo-alvo. Entre outros procedimentos, a Alta Frequência produz um efeito térmico, onde ocorre a ação vasodilatadora periférica, em seguida uma vasoconstrição, tem ação antisséptica e bactericida. A Luz Intensa Pulsada (LIP) é realizada através de um sistema de flash de luz pulsada de alta potência, provocando o aquecimento da raiz do pêlo e a coagulação das proteínas do bulbo capilar, atrofiando e destruindo-os por completo. Outro método também associado é o peeling químico, que consiste na aplicação de um ou mais agentes abrasadores à pele, produzindo uma destruição controlada da epiderme e promovendo sua reepitelização (SANTOS et al. , 2016; FERNANDES, 2018; PEREIRA, 2015). As hipercromias são desordens de pigmentação que tem sua origem na produção exacerbada de melanina. Essas manchas podem aparecer em decorrência de foliculites, pseudofoliculites, envelhecimento, alterações hormonais, inflamações, alergias e exposição solar, foliculites, dentre outros. São várias as substâncias utilizadas no tratamento de hipercromias, tanto sozinhas, quanto associadas a outros tratamentos estéticos.

Casos de foliculites mais brandas podem ser tratadas com terapias tópicas através de cosméticos com princípios ativos antissépticos, cicatrizantes e alguns cuidados como manter a área limpa, seca e sempre hidratada, evitar o uso de roupas apertadas, raspagem com lâmina e livre de escoriações ou irritações, podem ajudar a prevenir a foliculite. (SANTOS et al. , 2016; FERNANDES, 2018; PEREIRA, 2015; RESCAROLI et. al., 2009; BERNARDI, 2016.). Logo, o objetivo deste estudo foi realizar por meio de revisão bibliográfica, uma abordagem dos recursos terapêuticos para o tratamento das foliculites.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Pele e sua composição A pele é apresentada como o maior órgão do corpo humano, constituindo uma barreira entre o meio externo e interno e possui várias funções, como, termorregulação, fotoproteção, percepção tátil através das terminações nervosas, síntese de vitamina D e secreção de glândulas anexas, sudoríparas e sebáceas. É composta quimicamente por água, protídeos, lipídeos, glicídios, sais minerais, hormônios e ureia. É formada por epiderme, derme e seus anexos. Na grande maioria das vezes suas estruturas funcionam de forma sincronizada, para garantir a homeostasia do organismo (ALBUQUERQUE et al ., 2019). A epiderme é a camada mais externa da pele, formada por um tecido epitelial estratificado pavimentoso queratinizado, não possui vascularização sanguínea e está em contínua descamação, num processo onde as células se dividem, são empurradas para a superfície em uma constante renovação. É composta principalmente por queratinócitos responsáveis pela renovação da pele, melanócitos (especializados na produção do pigmento da pele, a melanina), células de Langherans que pertencem ao sistema imunológico e células de Merkel que funcionam como receptor tátil (BERNARDI et al ., 2016; BORGES & SCORZA, 2016). Estruturalmente a epiderme é constituída por cinco camadas celulares. A primeira é a camada basal, parte mais profunda e próxima a derme, também conhecida como camada germinativa, devido sua capacidade de divisão celular intensa, onde podemos encontrar alguns tipos de células, como, basais, células de Merkel, que são receptores nervosos especializados, e os melanócitos, produtores de melanina, responsáveis pela pigmentação da pele. Nesta camada as células germinativas apresentam-se em uma única fileira, com formato cúbico ou cilíndrico um ao lado do outro e tem a capacidade mitótica. O estrato basal tem como função a produção de novas células que se deslocam para as camadas mais superficiais da pele, ao se afastarem da fonte de nutrição as células germinativas, começam a morrer e se queratiniza. Esta queratina então endurece e impermeabiliza parcialmente a epiderme assegurando a manutenção da pele (BORGES & SCORZA, 2016).

A camada mais espessa da epiderme é formada por células espinhosas ou estrato de Malpighi situada acima da camada basal, constituída por fileiras de queratinócitos, células poliédricas e pavimentosas que migram para a superfície por transformações morfológicas, moleculares e histoquímicas importantes. As células nesta camada têm a aparência de espinhos em sua superfície (BORGES & SCORZA, 2016). A camada granulosa localiza-se entre a camada córnea e a espinhosa, as células são achatadas e enfileiradas, nucleadas e contém em seu citoplasma inúmeros grânulos denominados basófilos de querato-hialina. O conteúdo dos grânulos lamelares envolve glicoproteínas, glicosilceramidas, ácidos graxos, fosfolipídios e colesterol. Na transição para a camada córnea, o conteúdo destes grânulos é liberado para o espaço intercelular e sofre alteração pelas hidrolases. Por fim, depositam-se sobre as células e na matriz extracelular em uma bainha dupla formando a barreira lipídica semipermeável da camada córnea com predomínio de ceramidas, colesterol e ácidos graxos (BARBOSA, 2011; BORGES & SCORZA, 2016). A camada lúcida é um estrato extremamente fino e com células com o núcleo e limites imperceptíveis. Esta transparência é explicada pela dispersão da querato- hialina envolvendo as fibras de queratina e possui células com núcleos ausentes (BORGES & SCORZA, 2016). A parte mais superficial da pele é o estrato córneo, composto por fileiras de células mortas empilhadas, não tem núcleo e são achatadas sua espessura é variável de acordo com sua regionalização anatômica, constitui a principal barreira contra substâncias químicas e microrganismos e está envolvida na regulação com a perda de água trans epidérmica (BARBOSA, 2011; BORGES & SCORZA, 2016). A derme é uma camada intermediária que dá sustentação à pele. Histologicamente é formada por tecido conjuntivo localizada abaixo da epiderme e acima da hipoderme, é muito vascularizada, inervada e com musculatura lisa, composta por fibroblastos (células produtoras de fibras de colágeno e elastina), tem em sua composição células de defesa como os macrófagos, linfócitos e os mastócitos que desempenham a defesa imunológica. É dividida em duas camadas, uma mais superficial, conhecida como papilar, constituída por tecido conjuntivo frouxo, que aumenta à zona de contato derme-epiderme, que dará mais resistência à pele e está localizada abaixo da epiderme; a camada mais profunda, denominada de reticular ou

fase que a matriz em forma de taça envolve a papila dérmica e produz a haste e a bainha radicular interna que é uma invaginação da epiderme e seu formato determina se o pelo vai ser liso ou crespo. Sua duração pode variar de 2 a 5 anos dependendo da área do corpo. Logo, a catágena, que é a fase de transição, onde a matriz para o crescimento, se desprende da papila dérmica e a bainha radicular vai desaparecendo. Sua duração é curta, de apenas 3 semanas. Telógena é a última fase do crescimento do pelo que tem duração de 2 a 4 meses, e caracteriza-se pelo desaparecimento da bainha radicular interna, ficando apenas o saco epitelial da bainha radicular externa (BORGES & SCORZA, 2016). Os pelos indesejáveis são um problema estético comum, até mesmo em períodos remotos, que trazem desconforto e levam muitas mulheres e homens a buscarem por métodos de remoção conhecidos como: epilação (remoção pela raiz) ou depilação (consiste apenas no corte). Dentre os principais métodos encontrados no mercado, destacam-se: laser, luz intensa pulsada, cremes depilatórios, pinças, cera, linhas e lâminas (LIMA et al .,2021). Vale ressaltar que os procedimentos de epilação interferem diretamente no ciclo biológico dos pelos e seu crescimento é dependente do metabolismo de cada indivíduo (BORGES & SCORZA, 2016). GLÂNDULAS SUDORÍPARAS São produtoras de suor, fazem parte da regulação da temperatura corporal e são divididas em dois grupos. As écrinas estão em maior número em todo corpo, principalmente regiões palmoplantares e axilares, produzem o suor que é eliminado diretamente na pele. As apócrinas estão presentes principalmente nas axilas, regiões genitais e ao redor dos mamilos e são responsáveis pelo odor peculiar do suor, quando a sua secreção sofre decomposição bacteriana, causando a bromidrose (VIEIRA et al.,2008). GLÂNDULAS SEBÁCEAS São produtoras do sebo e da oleosidade da pele. São maiores e mais numerosas no rosto, couro cabeludo e porção superior do tronco, mas não são encontradas nas plantas dos pés e mãos. Sua secreção é eliminada diretamente no folículo pilo-sebáceo. São estruturas lobulares e saculares da pele que possuem

canais excretores que se abrem no terço superior do folículo piloso abaixo de sua abertura externa ou em certas regiões como no nariz, região genital, perianal, pálpebras, mamilo, a aréola e podem se abrir diretamente na superfície da pele (VIEIRA et al., 2008). FISIOPATOLOGIA DA FOLICULITE A foliculite é uma infecção de pele que tem início no folículo piloso, causada por uma infecção bacteriana, fúngica ou até mesmo viral, tendo o formato de pequenas espinhas, de pontas brancas ou amarelada, tendo em torno de um ou mais folículos pilosos. Quando causadas por infecções bacterianas, podem ser derivados da própria flora bacteriana da pele ou podem ocorrer espontaneamente ou por outros fatores, como excesso de suor, raspagem de pelos ou depilação de cera, fricção, agentes químicos, alterações imunológicas ou roupas apertadas que promovam atrito. As lesões podem ser agudas ou crônicas, com o aparecimento de inflamação local com áreas avermelhadas, sensíveis, dolorosas, podendo ter prurido. Quando atinge a camada mais interna da pele pode levar à formação de furúnculos, cicatrizes e hipercromia pós-inflamatória. Devido ao hábito da depilação nos homens, a foliculite ocorre frequentemente na região da barba, enquanto que nas mulheres a frequência se encontra em regiões pubianas e axilares (CASTRO et al., 2018). TIPOS DE FOLICULITES Foliculite superficial A foliculite superficial é uma doença que abrange crianças e adultos, que afeta somente a parte superior do folículo piloso, e que se apresenta como uma pequena pústula folicular, que após ruptura e dissecação forma crosta, não interferindo no crescimento do pelo ou cabelo. Na maioria das vezes as lesões são numerosas, geralmente localizando-se no couro cabeludo, extremidades, pescoço, tronco e raramente nas nádegas. A duração dessas lesões é de alguns dias, podendo tornar- se crônicas (SANTOS et al., 2017). Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) existem algumas formas de foliculites superficiais (Quadro 1):

FOLICULITE PROFUNDA

A foliculite profunda é uma complicação da foliculite superficial, caracterizada por áreas avermelhadas, presença de nódulo endurecido e pus no centro. As áreas apresentam-se sensíveis, doloridas, podendo ter a formação de furúnculos e cicatrizes. Neste estágio a infecção é grave, por se estender por todo o folículo e raiz, podendo levar a destruição do folículo piloso. Qualquer pessoa pode ter foliculite, mas há alguns fatores de risco: indivíduos acometidos por patologias que diminuem a imunidade como na diabetes, leucemia crônica e portadores de HIV (ALBUQUERQUE et al ., 2019). Os tipos de foliculites profundas estão elencados no quadro 2. Quadro 2: Tipos de Foliculites Profundas Tipos de Foliculites Causas Manifestações clínicas Sicose barba Se origina do sistema imunológico, o que configura uma reação inflamatória persistente. Áreas avermelhadas com lesões elevadas e presença de pus central. Essas áreas ficam muito sensíveis e dolorosas. Em alguns casos a dor é intensa e com coceira. Pode ter o desenvolvimento de furúnculos e cicatrizes, e até mesmo a destruição do folículo piloso. Foliculite por bactéria gram-negativa Geralmente se desenvolve quando e se faz o uso prolongado de antibióticos para tratar acne. Esse tipo de medicação altera o equilíbrio normal da pele, fazendo com que as bactérias gram- negativas do nariz se proliferam. Pode se espalhar pela face causando graves lesões. Furúnculos e carbúnculos Ocorrem quando tem uma infecção profunda dos folículos pilosos por bactérias estafilocócicas. Furúnculos: no início as pápulas são vermelhas e doloridas, depois enchem-se de pus, tornando-se cada vez mais doloridas. Por fim se rompem e podem drenar secreção purulenta. Carbúnculos: são folículos adjuntos formando um aglomerado, ocorre na parte de trás do pescoço, ombros, costas e coxas. São infecções muito mais profundas e graves. Quase sempre tem a formação de cicatrizes. Foliculite eosinofílica Fungo: Pityrosporum ovalle (Malassezia) Se manifesta principalmente em pessoas infectadas pelo vírus HIV ou com baixa imunidade. São lesões caracterizadas por manchas avermelhadas e feridas com pus , aparecem principalmente na face e nos braços. A pele das áreas

afetadas fica escurecida, por motivos ainda desconhecidos. Foliculite queloidiana A patogênese ainda é desconhecida, mas alguns fatores como o uso de pomadas, colares apertados no pescoço, favorecem o aparecimento da patogenia, podendo haver a perda total das glândulas sebáceas. É um processo de reparação com formação de lesões queloidianas, que evolui para pápulas, pústulas, queloides e placas. Ocorre na região posterior do pescoço, occipital inferior e região nucal. É mais comum em negros e não tem evidencia que se desenvolva em mulheres. Fonte: (BERNARDI, 2016; FERNANDES et al. , 2017; EMPINOTTI et al ., 2011; Sociedade Brasileira de Dermatologia, 2017 ). PSEUDOFOLICULITE Pseudofoliculite ou pili incarnati é o nome científico dado para o pelo encravado. É decorrente do fator anatômico dos pelos mais grossos que ocasionalmente podem curvar-se e penetrar na pele provocando irritação e/ou inflamação. Pode desenvolver- se em qualquer tipo de pele onde haja uma depilada regularmente e em todos os fototipos cutâneos. Em mulheres o distúrbio ocorre com mais frequência nas regiões pubianas e axilares. A raspagem dos pelos é um dos fatores que provoca o aparecimento deste distúrbio tornando os pelos tão afiados que conseguem perfurar o folículo invadindo a derme, produzindo então uma reação inflamatória (SANTOS et al. ,2017). O mecanismo patogênico da pseudofoliculite, inclui penetração extrafolicular (o pelo reentra na pele) e transfolicular (pelo cresce perfurando a parede do folículo). Uma vez preso na cavidade do folículo, é identificado como um corpo estranho na epiderme, ativando uma resposta inflamatória imunológica, gerando edema, eritema, pápulas e pústulas inflamadas. Esse pelo alcançará a superfície à medida que crescer e atingir 10 mm de comprimento, quando para a inflamação (BERNARDI, 2016).

glucônico e o ácido lactobiônico. Esta classe possui moléculas maiores, o que reduz os efeitos adversos causados pelos alfas–hidroxiácidos, pois penetram lentamente na pele tratada (FERNANDES, et al ., 2018; TASSINARY, 2018). O peeling médio tem ação na derme papilar formando necrose da epiderme e de parte ou de toda derme papilar, é feito uma combinação de substâncias TCA com CO2, TCA com solução de Jessner, TCA com ácido glicólico ou somente o TCA e resorcina (FERNANDES et al ., 2018). O peeling profundo age na derme reticular causando necrose da epiderme e da derme papilar podendo atingir a derme reticular, os elementos ativos utilizado são, TCA a 50%, multipeel e o fenol (FERNANDES et al ., 2018). O peeling é procedimento seguro, entretanto, existem algumas contraindicações nos casos de fotoproteção inadequada, gravidez, estresse ou escoriações neuróticas, uso de isotretinoína oral há menos de seis meses, cicatrização deficiente ou formação de queloides, história de hiperpigmentação pós inflamatória permanente, dificuldade para compreender e seguir orientações fornecidas. Os cuidados com a radiação solar são extremamente importantes, mesmo antes do procedimento, por isso o filtro solar é indicado durante todo o processo de recuperação da pele. (FERNANDES, et al ., 2018, RESCAROLLI, e t al., 2009; TASSINARY, 2018). LEDTERAPIA O Diodo Emissor de Luz ( ligh emitting diode- LED) , também conhecido como fototerapia ou fotobiomodulação, quer dizer energia proveniente de fontes de irradiação de luz com objetivos terapêuticos, seu efeito pode ser de bioestimular ou bioinibir. O efeito bioestimulador influencia nas alterações das atividades bioquímicas, fisiológicas e proliferativas das funções das células. O efeito bioinibidor altera a estimulação e inibição dos processos fisiológicos, que advém do excesso de degradação de fibras de colágeno na pele (MANA et al., 2017). Visualmente podemos detectar três cores básicas, o vermelho, verde e azul, sendo que cada cor tem a sua finalidade e interage com moléculas da pele que são absorvidas na mesma faixa espectral, aferindo funcionalidades específicas (MANA et

al. , 2017; SIMÕES et al. , 2021). Nos tratamentos das foliculites as cores de LED utilizadas estão apresentadas na Figura 2, a seguir. Figura 2: Cores de LED utilizados para tratamentos das foliculites. Fonte: SIMÕES et al ., 2021. O LED é contraindicado para pacientes com histórico de fotossensibilidade, casos de glaucoma, gestantes, neoplasias e processos tumorais, pessoas que estejam usando ácidos e medicamentos fotossensíveis. É necessário ter um certo cuidado para não aplicar a luz sobre a retina e em áreas hemorrágicas, principalmente em pacientes hemofílicos (MANA et al., 2017). LASER O Laser vem sendo utilizado em várias modalidades da estética, devido sua habilidade de produzir comprimentos de ondas específicos, que atingem diferentes estruturas da pele. Para a remoção de pelos e tratamento da foliculite vem ganhando cada dia mais espaço e sua utilização correta atinge uma maior remoção do folículo piloso sem lesões ao tecido. A palavra é uma abreviação do algoritmo inglês “ Light Amplification by Stimulated Emission of Radiatio n”, que tem como significado, amplificação de luz por emissão da radiação. Os aparelhos produzem radiação