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abelhas, Notas de estudo de Biologia Aplicada

curiosidades sobre abelhas

Tipologia: Notas de estudo

2012

Compartilhado em 24/05/2012

rafaela-patricia-4
rafaela-patricia-4 🇧🇷

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REINO- Animal
FILO- Arthropoda
CLASSE- Insecta
ORDEM- Hymenoptera
SUBORDEM- Apocrita
A maioria das abelhas, porém, não são sociais. Menos de 15% das abelhas vivem em colônias. As outras
são solitárias
importância econômicaEstudos sobre a produção apícola no Brasil mostram dados contraditórios
quanto ao número de apicultores e colmeias, produção e produtividade. Quanto aos apicultores, as
pesquisas apontam os extremos entre 26.315 e 300.000; esses produtores, juntos, possuem entre
1.315.790 e 2.500.000 colmeias e um faturamento anual entre R$ 84.740.000,00 e R$ 506.250.000,00
(Sampaio, 2000; Wiese, 2001).
Os dados conitantes reetem a diculdade em se obterem informações precisas quanto à produção e
comercialização no setor agropecuário, entretanto, conseguem passar a idéia da importância dessa
atividade para o País.
Apicultura é a ciência, ou arte, da criação de abelhas com ferrão. Trata-se de um ramo da zootecnia. A criação
racional de abelhas para o lazer, ou fins comerciais, pode ter como objectivo por exemplo a produção de mel, própolis
, geleia real, pólen, cera de abelha e veneno, ou mesmo fazer parte de um projecto de paisagismo. Além disso, as
abelhas são importantes polinizadoras.
Produção de mel no Brasil e no mundo
Dimensionar o volume de mel produzido e comercializado é uma tarefa difícil, pois os poucos dados
conáveis sobre o assunto são conitantes. Estima-se que a produção mundial de mel durante o ano de
2001 foi de, aproximadamente, 1.263.000 toneladas, sendo a China o maior produtor (256 mil
toneladas). A Tabela 1 demonstra a produção de mel nos continentes e em alguns países nos últimos
anos.
Segundo os dados do IBGE, a produção de mel em 2000 no Brasil foi de 21.865.144 kg, gerando um
faturamento de R$ 84.640.339,00.
Os maiores exportadores mundiais são: China, Argentina, México, Estados Unidos e Canadá. Juntos,
esses países comercializaram durante o ano de 2001 cerca de 242 mil toneladas, movimentando,
aproximadamente, US$ 238 milhões (Tabela 2).
Entre janeiro e julho de 2002, o Brasil exportou 10.615 toneladas de mel, mas estima-se que o mercado
internacional conseguirá absorver 170 mil toneladas/ano de mel oriundo do Brasil. Os principais
compradores de mel do País são: Alemanha, Espanha, Canadá, Estados Unidos, Porto Rico e México.
Outros produtos importantes da atividade
Além do mel, que será descrito com maiores detalhes adiante, o produtor poderá obter renda de outros
produtos como Cera,Própolis,Pólen,Polinização,Geléia real,Apitoxina.
Cera
Utilizada pelas abelhas para construção dos favos e fechamento dos alvéolos (opérculo). Produzida por
glândulas especiais (ceríferas), situadas no abdome das abelhas operárias. A cera de Apis
mellifera possui 248 componentes diferentes, nem todos ainda identicados. Logo após sua secreção,
a cera possui uma cor clara, escurecendo com o tempo, em virtude do depósito de pólen e do
desenvolvimento das larvas.
As indústrias de cosméticos, medicamentos e velas são as principais consumidoras de cera; entretanto,
também é utilizada na indústria têxtil, na fabricação de polidores e vernizes, no processamento de
alimentos e na indústria tecnológica. Os principais importadores são: Estados Unidos, Alemanha, Reino
Unido, Japão e França; os principais exportadores são: Chile, Tanzânia, Brasil, Holanda e Austrália.
Própolis
Substância resinosa, adesiva e balsâmica, elaborada pelas abelhas a partir da mistura da cera e da
resina coletada das plantas, retirada dos botões orais, gemas e dos cortes nas cascas dos vegetais.
A própolis é usada pelas abelhas para fechar as frestas e a entrada do ninho, evitando correntes de ar
frias durante o inverno. Em razão das suas propriedades bactericidas e fungicidas, é usada também na
limpeza da colônia e para isolar uma parte do ninho ou algum corpo estranho que não pode ser
removido da colônia.
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REINO- Animal FILO- Arthropoda CLASSE- Insecta ORDEM- Hymenoptera SUBORDEM- Apocrita

A maioria das abelhas, porém, não são sociais. Menos de 15% das abelhas vivem em colônias. As outras

são solitárias

importância econômica Estudos sobre a produção apícola no Brasil mostram dados contraditórios quanto ao número de apicultores e colmeias, produção e produtividade. Quanto aos apicultores, as pesquisas apontam os extremos entre 26.315 e 300.000; esses produtores, juntos, possuem entre 1.315.790 e 2.500.000 colmeias e um faturamento anual entre R$ 84.740.000,00 e R$ 506.250.000, (Sampaio, 2000; Wiese, 2001).

Os dados conflitantes refletem a dificuldade em se obterem informações precisas quanto à produção e comercialização no setor agropecuário, entretanto, conseguem passar a idéia da importância dessa atividade para o País.

Apicultura é a ciência, ou arte, da criação de abelhas com ferrão. Trata-se de um ramo da zootecnia. A criação racional de abelhas para o lazer, ou fins comerciais, pode ter como objectivo por exemplo a produção de mel, própolis , geleia real, pólen, cera de abelha e veneno, ou mesmo fazer parte de um projecto de paisagismo. Além disso, as abelhas são importantes polinizadoras. Produção de mel no Brasil e no mundo

Dimensionar o volume de mel produzido e comercializado é uma tarefa difícil, pois os poucos dados confiáveis sobre o assunto são conflitantes. Estima-se que a produção mundial de mel durante o ano de 2001 foi de, aproximadamente, 1.263.000 toneladas, sendo a China o maior produtor (256 mil toneladas). A Tabela 1 demonstra a produção de mel nos continentes e em alguns países nos últimos anos.

Segundo os dados do IBGE, a produção de mel em 2000 no Brasil foi de 21.865.144 kg, gerando um faturamento de R$ 84.640.339,00.

Os maiores exportadores mundiais são: China, Argentina, México, Estados Unidos e Canadá. Juntos, esses países comercializaram durante o ano de 2001 cerca de 242 mil toneladas, movimentando, aproximadamente, US$ 238 milhões (Tabela 2).

Entre janeiro e julho de 2002, o Brasil exportou 10.615 toneladas de mel, mas estima-se que o mercado internacional conseguirá absorver 170 mil toneladas/ano de mel oriundo do Brasil. Os principais compradores de mel do País são: Alemanha, Espanha, Canadá, Estados Unidos, Porto Rico e México.

Outros produtos importantes da atividade

Além do mel, que será descrito com maiores detalhes adiante, o produtor poderá obter renda de outros

produtos como Cera,Própolis,Pólen,Polinização,Geléia real,Apitoxina.

Cera Utilizada pelas abelhas para construção dos favos e fechamento dos alvéolos (opérculo). Produzida por glândulas especiais (ceríferas), situadas no abdome das abelhas operárias. A cera de Apis mellifera possui 248 componentes diferentes, nem todos ainda identificados. Logo após sua secreção, a cera possui uma cor clara, escurecendo com o tempo, em virtude do depósito de pólen e do desenvolvimento das larvas. As indústrias de cosméticos, medicamentos e velas são as principais consumidoras de cera; entretanto, também é utilizada na indústria têxtil, na fabricação de polidores e vernizes, no processamento de alimentos e na indústria tecnológica. Os principais importadores são: Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, Japão e França; os principais exportadores são: Chile, Tanzânia, Brasil, Holanda e Austrália.

Própolis Substância resinosa, adesiva e balsâmica, elaborada pelas abelhas a partir da mistura da cera e da resina coletada das plantas, retirada dos botões florais, gemas e dos cortes nas cascas dos vegetais. A própolis é usada pelas abelhas para fechar as frestas e a entrada do ninho, evitando correntes de ar frias durante o inverno. Em razão das suas propriedades bactericidas e fungicidas, é usada também na limpeza da colônia e para isolar uma parte do ninho ou algum corpo estranho que não pode ser removido da colônia.

Sua composição, cor, odor e propriedades medicinais dependem da espécie de planta disponível para as abelhas. Atualmente, a própolis é usada, principalmente, pelas indústrias de cosméticos e farmacêutica. Cerca de 75% da própolis produzida no Brasil é exportada, sendo o Japão o maior comprador.

Própolis

O própolis é constituída de resinas vegetais, que as abelhas coletam de determinadas árvores, cera, pólen, ácidos e gorduras. A própolis é uma substância que as abelhas processam para fechar frestas da colméia, soldar peças e componentes móveis da sua morada, diminuir a entrada de ar frio, impermeabilizar e envernizar as paredes da colméia. Além disso, qualquer corpo estranho que não consiga remover para fora da colméia - como pequenos animais mortos - é capado com uma camada de própolis, para impedir ou retardar o processo de putrefação.

Para o ser humano é de grande importância medicinal, pois possui ação antibiótica, antisséptica, imunológica, anestésica, cicatrizante e antiinflamatória. A própolis tem sido usada no tratamento de doenças como a faringite, câncer de garganta, pulmão e infecções gerais.

O veneno das abelhas

Quando aplicada em grandes quantidades, o veneno da abelha ao homem é fatal, porém é paradoxal, pois é um consagrado medicamento contra diversos distúrbios, afecções, reumatismos. Mas apitoxina, como é conhecido o veneno, é empregada com sucesso em tratamentos contra nevrites e nevralgias, afecções cutâneas, doenças oftálmicas, na redução da taxa de colesterol do sangue e contra a hipertensão arterial.

Polinização A polinização é a transferência do pólen (gameta masculino da flor) para o óvulo da mesma flor ou de outra flor da mesma espécie. Só após essa transferência é que ocorre a formação dos frutos. Muitas vezes, para que ocorra essa transferência, é necessária a ajuda de um agente. Além da água e do vento, diversos animais podem servir de agentes polinizadores, como insetos, pássaros, morcegos, ratos, macacos; entretanto, as abelhas são os agentes mais eficientes da maioria das espécies vegetais cultivadas. Em locais com alto índice de desmatamento e devastação ou com predominância da monocultura, os produtores ficam extremamente dependentes das abelhas para poderem produzir. Com isso, muitos apicultores alugam suas colmeias durante o período da florada para serviços de polinização. Embora esse tipo de serviço não seja comum no Brasil, ocorrendo somente no Sul do País e em regiões isoladas do Rio Grande do Norte, nos EUA metade das colmeias é usada dessa forma, gerando um incremento na renda do produtor. Dependendo da cultura, local de produção, manejo utilizado e devastação da região, a polinização pode aumentar a produção entre 5 e 500%. Dessa forma, estima-se que por ano a polinização gere um benefício mundial acima de cem bilhões de dólares (De Jong, 2000).

Geléia real A geléia real é uma substância produzida pelas glândulas hipofaringeanas e mandibulares das operárias com até 14 dias de idade. Na colmeia, é usada como alimento das larvas e da rainha. Constituída basicamente de água, carboidratos, proteínas, lipídios e vitaminas, a geléia real é muito viscosa, possui cor branco-leitosa e sabor ácido forte. Embora não seja estocada na colmeias como o mel e o pólen, é produzida por alguns apicultores para comercialização in natura , misturada com mel ou mesmo liofilizada. A indústria de cosméticos e medicamentos também a utilizam na composição de diversos produtos. A China é o principal País produtor, responsável por cerca de 60% da produção mundial, exportando, aproximadamente, 450 toneladas/ano para Japão, Estados Unidos e Europa.

Apitoxina A apitoxina é o veneno das abelhas operárias de Apis mellifera purificado. O veneno é constituído basicamente de proteínas, polipeptídios e constituintes aromáticos, sendo produzido pelas glândulas de veneno nas duas primeiras semanas de vida da operária e armazenado no "saco de veneno" situado na base do ferrão. Cada operária produz 0,3 mg de veneno, que é uma substância transparente, solúvel em água e composta de proteínas, aminoácidos, lipídios e enzimas. Embora a ação anti-reumática do veneno seja comprovada e o preço no mercado seja muito atrativo, trata-se de um produto de difícil comercialização, pois, ao contrário de outros produtos apícolas, o veneno deve ser comercializado para farmácias de manipulação e indústrias de processamento químico, em razão da sua ação tóxica. A tolerância do homem à dose do veneno é bastante variada. Existem relatos de pessoas que sofreram

rápida, pois seus órgãos genitais ficarão presos no corpo da rainha, que continuará a copular com quantos zangões forem necessários para encher a sua *espermoteca, em média a rainha é fecundada por 6 a 8 zangões. Este sêmen, coletado durante o vôo nupcial, será o mesmo durante toda sua vida. Nesta fase a rainha fica na condição de *hermafrodita.

O vôo nupcial que a rainha faz é o único em sua vida. Ela jamais sairá novamente da colméia, a não ser para acompanhar parte de um enxame que abandona uma colméia, para formar uma nova. Ao regressar de seu vôo nupcial, a rainha se apresenta bem maior e mais pesada. Passará a ser tratada com atenção especial por parte das operárias, que a alimentam com a geléia real e cuidam de sua higiene. Se a jovem rainha é, por exemplo, devorada por um pássaro durante seu vôo nupcial, sua colméia de origem fica irremediavelmente fadada à extinção.

Uma ocasião grave é quando elas percebem que a mãe de todas já não tem a mesmaenergia. Sendo uma família forte, decididamente não se permite enfraquecer. Então concluem que é hora de chamar à vida uma nova rainha. Numa colméia forte sempre há realeiras em construção: é uma questão de sobrevivência no caso de algum acidente acontecer com a mestra. Sendo esta, porém, prolífica, não é permitido a estas realeiras desenvolverem-se normalmente - a não ser nestas ocasiões especiais. Neste caso, uma rainha cuja energia se acaba é sinal para as realeiras seguirem seu curso. Tendo garantida uma ou mais princesas em formação, é necessário eliminar a velha mãe. Uma abelha comum nunca ferroa uma rainha; ela sequer lhe dá as costas. Assim elas são obrigadas a usar uma tática "sutil". Formam uma bola em torno da idosa senhora e ali a vão sufocando até a morte; e a rainha, compreendendo sua sina, não procura resistir. Terminada esta etapa, começam a nascer as novas princesas. Só pode haver uma rainha na colméia, e a primeira que emerge logo procura as outras realeiras para as destruir. Se duas nascem simultaneamente, lutam entre si, e vence a mais forte. A única sobrevivente segue seu curso normal para se tornar mais uma rainha completa. É interessante que neste momento toda uma família dependa de um único indivíduo para sua sobrevivência.

Outra situação diferente é quando a colméia se torna pequena para a população de abelhas, não há mais espaço para trabalhar. Um grupo de operárias começa a construir várias realeiras onde a rainha é levada a depositar ovos fecundados. Passado o período normal de incubação a primeira princesa nasce, e seu instinto básico força-a a tentar destruir as outras realeiras ainda não abertas.

A rainha também não aceita a presença da princesa, mas as operárias já decidiram que outras princesas devem nascer, e o objetivo não é substituir a mestra, e sim dividir a família em um ou mais enxames; portanto não permitem as lutas naturais.

Depois que as princesas nascem, um grupo de operárias dirige-se aos reservatórios de mel e enchem seus

estômagos até não caber mais uma gota. Este grupo, normalmente bem numeroso, prepara-se para partir. Por algum

mecanismo desconhecido convocam a rainha para a viagem. Logo sai da colméia uma nuvem de abelhas, a rainha

entre elas, e alguns zangões. O enxame não vai muito longe. Pousa em alguma árvore ali por perto, e algumas

abelhas mais experientes, na qualidade de escoteiras, partem em busca de um novo local para habitar.

Quando as abelhas escoteiras retornam, há um "conselho" para decidir qual o rumo a tomar. Uma vez tomada a decisão elas partem para um vôo mais longo. O enxame pode ainda parar outras vezes. Às vezes o local escolhido não agrada ao grupo, que então aguarda por ali, para que nova pesquisa seja feita. Se um apicultor tentar colocar este "enxame voador" em uma caixa, ele poderá ou não aceitar a morada, dependendo das informações trazidas pelas escoteiras.

Enquanto isso, a colméia-mãe pode decidir por lançar outros enxames, desta vez acompanhados por rainhas virgens, ou ficar como está. Esses enxames posteriores ao primeiro em geral são menos numerosos e têm menos condições de sobreviver. É muito comum a colméia-mãe ficar com reduzido contingente de abelhas, chegando aos limites de uma extinção, ainda mais que contam com apenas uma chance de rainha, baseada numa das princesas que ficou.

Quando o grupo encontra o lugar adequado, começa a construção do novo ninho. As abelhas engenheiras escolhem então o ponto mais central do que puder ser chamado de teto; ali formam um bolo compacto e começam a gerar calor usando a reserva de mel que trouxeram no papo. As abelhas que ficaram no centro da bola encarregam-se de produzir cera, e logo é possível visualizar uma fina folha de cera vertical se formando. Em seguida algumas abelhas iniciam a construção dos alvéolos hexagonais, de ambos os lados da lâmina, seguindo uma intricada arquitetura que aproveita todos os espaços e ângulos da melhor maneira possível. Os alvéolos são construídos de forma a terem uma leve inclinação para cima, evitando que o seu conteúdo escorra para fora.

É fascinante observar as abelhas construírem os favos. Encostam-se umas às outras pelas patas e começam a secretar e mastigar pequenas escamas de cera; pouco depois as colocam e amoldam até completar o favo (de cima para baixo).

Os Zangões

A única função dos zangões é a fecundação das rainhas virgens. O zangão é o único

macho da colméia, não possui ferrão e, nasce de ovos não fecundados depositados

pela rainha.

Por não possuir órgãos de trabalho, o zangão não faz outra coisa a não ser voar à procura de uma rainha virgem para fecundá-la. Os zangões nascem 24 dias após a postura do ovo e atingem a maturidade sexual aos 12 dias de vida. Vivem de 80 a 90 dias e dependem única e exclusivamente das abelhas operárias para sobreviver: são alimentados por elas, e por elas são expulsos da colméia nos períodos de falta de alimento - normalmente no outono e no inverno - morrendo de fome e frio.

Quase duas vezes maiores do que as operárias, a presença de zangões numa colméia é sinal de que a colônia está em franco desenvolvimento e de que há alimento em abundância. Apesar de não possuir órgães de defesa ou de trabalho, o zangão é dotado de aparelhos sensitivos excepcionais: pode identificar, pelo olfato ou pela visão, rainhas virgens a dez quilômetros de distâncias.

Os zangões costumam agrupar-se em determinados pontos próximos às colméias onde ficam a espera de rainhas virgens. Quando descobrem a princesa partem todos em perseguição à rainha, para copular em pleno vôo, o que acontece sempre acima dos 11 metros de altura. No vôo nupcial, uma média de oito a dez zangões conseguem realizar a façanha - exatamente os mais fortes e vigorosos. Mas eles pagam um preço alto pela proeza: após a cópula, seu órgão genital é rompido, ficando preso a câmara do ferrão da rainha. Logo após, o zangão morre.

As Operárias

A abelha operária é responsável por todo o trabalho realizado

no interior da colméia. As abelhas operárias encarregam-se da

higiene da colméia, garantem o alimento e a água de que a

colônia necessita coletando pólen e néctar, produzem a cera,

com a qual constroem os favos, alimentam a rainha, os

zangões e as larvas por nascer e cuidam da defesa da família.

O corpo de uma abelha melífera divide-se em cabeça, tórax e abdome.

As abelhas possuem na cabeça os órgãos sensoriais que lhe permitem saber o que se passa ao seu redor.

Através dos grandes olhos compostos, podem orientar-se em seus vôos e distinguir as cores das flores.

Nas antenas possuem os sentidos da audição, do olfato e do tato, imprescindíveis quando se encontram na escuridão da colméia. Pelo cheiro podem reconhecer suas companheiras e detectar seus inimigos.

Asas

As abelhas e vespas têm dois pares de asas membranosas bem desenvolvidas, sendo o par anterior maior do que o posterior.

Diferentemente das abelhas, as asas das vespas do grupo Vespidae se dobram longitudinalmente quando em repouso, dando a impressão de que suas asas são bem finas.

Cabeça

Na cabeça estão abrigados importantes órgãos. Na suas duas antenas, por

exemplo, estão localizadas as chamadas cavidades olfativas, órgãos bastante

desenvolvidos, que têm a importante função de captar odores como o de floradas,

por exemplo, por parte das operárias, ou o odor de rainhas virgens, por parte de

zangões. Estes apresentam cerca de 30.000 cavidades olfativas, as operárias de

4.000 a 6.000 e a rainha cerca de 3.000.

Também na cabeça está localizado o complexo sistema visual das abelhas, que é composto por três ocelos, ou olhos simples, situados na parte frontal da cabeça, e de dois olhos compostos, localizados nas laterais da cabeça, que são constituídos por milhares de omatídeos, formando um conjunto de olhos interligados. Apesar de fixos, estes olhos são capazes de enxergar em todas as diferenças - graças ao seu grande número - e a longas distâncias.

Os zangões apresentam 13.000 omatídeos, as operárias cerca de 6.500 e a rainha, 3.000.

Ainda na cabeça estão localizadas três importantes glândulas: as mandibulares, que dissolvem a cera e ajudam a processar a geléia real que alimentará a rainha e as hipofaríngeas, que funcionam do quinto ao 12º dia de vida da operária e transformam o alimento comum em geléia real. Além das glândulas e dos órgãos de sentido, ainda estão situados na cabeça o aparelho bucal e os sacos aéreos, se interligam ao abdômen.

Tórax

o tórax da abelha é formado por três segmentos: o primeiro ligado à cabeça chama- se Protórax: a mediana Mesotórax e o terceiro ligado ao abdômen Metatórax.

Os órgãos de locomoção da abelha estão situados em seu tórax: as seis patas, divididas em seis segmentos, e seus dois pares de asas. Também estão alojados no tórax o esôfago das abelhas e os espiráculos - órgãos de respiração.

Os pares de patas diferem entre si, possuindo cada um deles uma função pelicular. No primeiro segmento estão instaladas as patas anteriores, as quais são forradas por pêlos microscópicos e que servem para Limpar as antenas, olhos, língua e mandíbula: no segundo estão inseridas as patas medianas, que possuem um esporão cuja função é a limpeza das asas e a retirada do pólen acumulado nos cestos das patas posteriores, instaladas no terceiro segmento do tórax, e que se caracterizam pela existência das cestas de pólen, pentes e espinhos, cuja finalidade é retirar as partículas de cera elaborada pelas glândulas cerígenas alojadas no ventre.

Abdômen

O abdômen abriga a maioria dos órgãos das abelhas. Nele estão situados a vesícula melífera (que transforma o néctar em mel e ainda transporta água coletada no campo para a colméia), o estômago das abelhas (conhecido como ventrículo), seu intestino delgado, as glândulas cerígenas (responsáveis pela produção da cera), as traquéias ou espiráculos (órgãos de respiração), e órgão exclusivos dos zangões, das operárias e da rainha.

No abdômen dos zangões está localizado seu órgão reprodutor, constituído por um par de testículos, duas glândulas de muco e pênis.

Exatamente na extremidade do abdômen está situada a arma de defesa das abelhas: seu temível ferrão. Para a abelha rainha, o ferrão nada mais é do que um instrumento de orientação, que visa localizar as células dos favos onde irá ovular, ou então de defesa, utilizado para picar outra rainha, que porventura tenha nascido ao mesmo tempo, com a qual travará uma luta de vida ou morte pela hegemonia dentro da colméia. É importante frisar que a rainha só ataca outra rainha, ou melhor, só utilizará seu ferrão contra sua oponente. Outro ponto interessante é que o ferrão da rainha é liso, ou seja, após penetrar e injetar o veneno, ele volta ao seu estado normal, funcionando somente como um oviduto, o que não acontece com as operárias. Essas abelhas têm o seu ferrão com ranhuras (em forma de serrote), que após penetrar em algo mais duro, como a pele do ser humano, fica preso puxando parte dos seus órgãos internos, o que ocasiona a sua morte logo em seguida.

Assim, para as operárias, o ferrão é uma potente arma de defesa. É por meio do ferrão que as abelhas se defendem, injetando no inimigo uma toxina que, em grandes doses, pode ser fatal. Basta dizer que uma pessoa que seja picada por mais de 400 ou 500 abelhas tem morte certa. No entanto, o veneno das abelhas, em doses reduzidas e adequadamente administradas, é empregado em vários países - principalmente na Russia e Estados Unidos - no combate de doenças como o reumatismo, nevralgias, transtornos circulatórios, entre várias outras. A apiterapia já está dando uma substancial contribuição à cura e profilaxia de graves afecções.

E também no abdômen que estão localizados os órgãos de reprodução femininos : vagina, ovários (dois), espermateca (bolsa onde a rainha armazena os espermatozóides dos zangões que a fecundaram ) e a glândula de odor que tem importante papel de possibilitar a identificação entre as abelhas. É por causa deste cheiro característico que uma abelha não é aceita por uma outra colméia que não seja a sua. Cada abelha tem a sua colméia, saindo e retornando preciosamente sempre para o mesmo alvo (entrada do ninho), e também um odor todo característico. Desta forma ela nunca erra de casa, pois se isso acontecer, ela será picada e morta. Esse fato somente não ocorrerá se, na hora do pouso errado, ela estiver carregada de néctar e pólen; neste caso a abelha é muito bem recebida e integrada á família.

Finalmente, no abdômen das abelhas, ainda se localiza o coração, que comanda o aparelho circulatório, formado por vasos, pelos quais circula o sangue das abelhas, chamado hemolinfa que, diferentemente dos animais de sangue quente, é incolor e frio.

CURIOSIDADES Abelha

CURIOSIDADES 01

Desde tempos imemoriais que o homem se apropria do Mel produzido pelas abelhas, quer em cortiços quer em colméias, para uso na sua alimentação direta ou para lhe dar outro tipo de aplicações. Desde os indígenas das Américas, até aos aborígines da Nova Zelândia, passando pro populações primitivas de várias outras regiões, o mel continua a ser considerado um alimento precioso, que por vezes até se reveste de uma importância cultural, certamente também devido à sua raridade. (O Apicultor).

CURIOSIDADES 02

Alimentai-vos de toda a classe de frutos e segui, humildemente, pelas sendas traçadas por vosso Senhor! Sai do seu abdome um líquido de variegadas cores que constitui cura para os humanos.

Nisto há sinal para os que refletem. (Alcorão 16:69).

CURIOSIDADES 03

No mel a natureza concentrou para nós os seus dons mais preciosos. Esta imensa riqueza para o nosso organismo é ainda muito pouco conhecida ou bastante mal apreciada. (E. Tsander).

CURIOSIDADES 04

Os antigos manuscritos Russos são como uma verdadeira enciclopédia da medicina popular através dos tempos. Diversas passagens são consagradas às virtudes curativas excepcionais doMEL, encontrando-se ai mencionadas dezenas de remédios em que o mel figura em lugar destacado.

O mel é o suco do orvalho divino que as abelhas vão buscar as flores perfumadas, e é por isso que há nele o poder de curar muitos males, -- lemos num livro de medicina do século XVII.

Os livros de medicina da época atribuem ao Mel uma influência benéfica sobre as pessoas de todas as idades.

CURIOSIDADE 05

As abelhas têm cinco olhos. São três pequenos no topo da cabeça, que são usados para enxergar melhor dentro da colméia, e dois maiores na frente para uso normal.

Favo de mel de abelhas domésticas com alguns ovos no seu interior.

Favos de mel de abelhas da espécie Apis mellifera com ovos e larvas de zangões.

As paredes dos favos foram removidas. As larvas tem de 3 a 4 dias.

Larvas de zangões

Diferentes estágios de desenvolvimento das

pupas de apis mellifera

vida dessa Abelha responsável pela produção de ovos. Quando a população de uma colmeia se torna

muito grande, as operárias criam uma nova rainha. Alguns dias depois de nascer, ela sai com os

zangões para o voo nupcial. Aí, então é fecundada e os espermatozóides. ficam guardados num

receptáculo no interior do seu corpo – a espermateca. De volta a colmeia, a nova rainha assume seu

papel de reprodutora e a velha rainha sai com uma parte do enxame à procura de um outro lugar para

estabelecer a sua nova casa. Quando a população de zangões fica muito grande, as operárias matam-

nos, pois eles não produzem nada, a sua única função é fecundar a rainha. As operárias executam

todas as tarefas dentro da colmeia. Guardam a entrada da colmeia e protegem a rainha, etc. O tempo

de vida de uma operária é em média, de 45 dias. Após esse período, ela abandona a colmeia indo

morrer longe das outras, para não lhes dar nenhum trabalho. Assim é que é!

Ciclo de vida

Uma colméia de Apis mellifera contém em média 50 a 60 mil indivíduos, sendo a maioria composta por

operárias, alguns zangões e apenas uma rainha. O tempo de vida varia: a rainha vive em média de 2

a 5 anos, o zangão cerca de 80 dias e as operárias de 32 a 45 dias. Todos estes indivíduos sofrem

metamorfose completa, isto é, passam pelas seguintes fases:

Ovo -> Larva -> Pupa -> Adulto

A rainha é a única fêmea fértil, e, depois de fecundada por vários zangões, armazena os

espermatozóides por toda a vida, podendo colocar até 2 mil ovos por dia na altura das flores. Dos ovos

podem nascer operárias (fêmeas estéreis) e novas rainhas, o que vai depender do tipo de alimentação

que a larva recebe. Já os zangões (machos da colmeia), nascem de óvulos não fecundados.

Uma parte das abelhas de uma colmeia, em determinadas condições (colmeia muito populosa por

exemplo), pode abandonar sua morada à procura de novo abrigo e constituem o que se denomina de

enxame viajante.

O enxame é a família migrante composta, via de regra, por uma rainha-mãe acompanhada de uma boa

parte das abelhas operárias e zangões.

Os enxames em geral são mansos, porque estão com as atenções voltadas para a sobrevivência da

família e a guarda da sua rainha. A agressividade é esporádica e ocorre em situações em que as

abelhas se sentem agredidas ou em situação de risco.

As abelhas quando viajam em enxame levam uma reserva de mel nos papos e não conseguem dobrar

o abdómen para aplicar o veneno.

De vez em quando elas pousam para descansar, é quando se amontoam nalgum um canto formando

um "cacho" em torno de sua rainha e se abrigam em locais como coberturas de garagens, árvores e

outros locais. Algumas operárias ficam voando à procura de abrigo definitivo, que lhes ofereça

protecção total, como interiores de telhado, porões, cascas, muros ocos, móveis vazios e abandonados

entre outros. Quando encontra, todas imigram para este local e começam a construção dos favos.