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Guias e Dicas
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A Sociedade Brasileira de Eubiose (SBE) e os Ensinamentos de Hércules, Notas de aula de Turismo

Informações sobre a sociedade brasileira de eubiose (sbe), uma organização espiritualista fundada em 1924 no brasil, e sua relação com os ensinamentos simbólicos dos doze trabalhos de hércules. A sbe foi inicialmente chamada de dhâranâ - sociedade mental espiritualista e posteriormente adotou o nome sociedade teosófica brasileira antes de assumir sua denominação atual. O texto aborda os princípios e etapas do trabalho desenvolvido pela sbe, bem como a importância dos símbolos e mitos de hércules como representações de processos de evolução espiritual da humanidade. O documento também menciona a influência de outros pensadores e movimentos espiritualistas, como a sociedade teosófica de helena blavatsky, no desenvolvimento da sbe. Além disso, são apresentadas informações sobre a estrutura e atuação da sbe, que possui sedes em diversas cidades do brasil e no exterior.

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/04/2024

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REVISTA ONLINE QUADRIMESTRAL DA SOCIEDADE
BRASILEIRA DE EUBIOSE - ANO I – Nº 3
OUTUBRO DE 2012 A JANEIRO DE 2013
Foto: O DEDO DE DEUS - Roncador
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REVISTA ONLINE QUADRIMESTRAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE EUBIOSE - ANO I – Nº 3 OUTUBRO DE 2012 A JANEIRO DE 2013

Foto: O DEDO DE DEUS - Roncador

A filosofia grega nos legou a concepção dos universais, particulares e singulares, que integram o que os estudiosos do conhecimento sagrado denominam de chave filosófica. Ou seja, uma das possibilidades de entendermos as leis que regem os homens, as nações e (por que não?) o universo. Fazendo uso da imaginação criadora, podemos dizer que, do ponto de vista da filosofia e do estudo das religiões comparadas, os universais dizem respeito aos conceitos que se aplicam a toda a humanidade e, numa visão mais elástica, a todos os seres vivos, a toda a natureza e, por extensão, a todo o universo. Quando os conceitos, as abordagens prático- teóricas se aplicam à, apenas, parte da humanidade, do mundo, do universo, ou, até mesmo, de uma determinada cultura ou civilização, aplica-se a noção de particular, que significa parte de. Mas, ainda, existe uma instância que diz respeito a apenas uma pessoa, a cada um dos sete bilhões de humanos de per si. É o singular. O entendimento profundo do que é singular leva à consciência sagrada de si mesmo e a todas as articulações com sua cultura, sua pátria, sua civilização e, em alguns raros casos de iluminação avatárica, até com o universo. As escolas filosóficas, os diversos estágios históricos das ciências em geral, as religiões, mesmo as de caráter mundial, conseguem, do ponto de vista dos seus conhecimentos, vivências e transmissões de suas doutrinas, atingir, apenas, o nível do particular. Mas existiu, existe e sempre existirá algo de profundo, de esotérico, destinado a uma minoria de buscadores da verdade, aqueles que superaram as condições sociais, psíquicas e espirituais das famílias e das culturas em que foram criados, e, por isso mesmo, encontram-se na senda da transformação interna. Para esses, que levaram sua singularidade ao limite do sagrado, está destinado algo que, na Sociedade Brasileira de Eubiose, denominamos de Sabedoria Iniciática das Idades, ou melhor, o universal dos universais, uma oitava acima de todo o conhecimento humano já produzido até os dias de hoje. Essa Sabedoria Iniciática das Idades era transmitida em tempos imemoriais diretamente pelos representantes da Divindade na Face da Terra. Era o tempo da Idade de Ouro, antiquíssimo, presente em lendas e mitos fundadores das civilizações, desde as mais remotas épocas. Pode-se, então, afirmar que, até meados do século passado, todo processo de iniciação aos mistérios sagrados, quer coletivo, quer individual, era um aprimoramento gradativo em busca de reconquistar a sabedoria perdida em várias quedas cármicas, tanto no aspecto individual, como nas expressões civilizatórias. Daí, o mito do paraíso e a expulsão do casal primordial. A Sociedade Brasileira de Eubiose, por sua vez, desde sua fundação, em 1924, revela aos seus membros e a toda a humanidade que vivemos numa época de transição. Os carmas de milhares de anos passados – individuais ou coletivos - estão com seus resgates acelerados. Por outro lado, com a vinda do novo Avatara

  • representante máximo da Divindade entre os homens – a Idade de Ouro deixou de ser uma lembrança perdida na noite dos tempos e tornou-se uma possibilidade concreta de viabilização histórica. E, nesse momento único da história da humanidade, podemos ser pessoas singulares ou “Jivas” – para usar uma terminologia do sânscrito. Na época atual, vários mundos e estados de consciência convivem. Alguns serão deixados para trás, ultrapassados pela marcha inexorável da evolução. Outros, por escolha singular, já estão, de há muito, laborando na construção da Era de Aquarius. EDITORIAL

HÉRCULES E OS DOZE TRABALHOS OU A S.T.B. AS DOZE CASAS ZODIACAIS

Por HENRIQUE JOSÉ DE SOUZA

(Fundador da atual Sociedade Brasileira de Eubiose) Os doze trabalhos de Hércules , painel lateral de um sarcófago da Coleção Ludovise As lendas da antiguidade, cristalizações poéticas dos ensinamentos emanados dos templos, referem- se, com insistência, a um país maravilhoso, na região onde o Sol se põe, isto é, no Ocidente. Os papiros egípcios citam-no como o Amenti , ou melhor, Amen- Ti , o País Oculto, e, também, já particularizando, determinado lugar dessa região maravilhosa, falam da Montanha do Ocidente, como sendo a Mansão das Almas osirificadas, justamente, onde iam viver aqueles que, iniciados nos mistérios, imortalizavam- se e atravessavam o umbral de Ro-sta. Ro-sta dava para a sala de Maat , a deusa da Verdade. Ao passar a essa sala, o Adepto, o Osíris N., defrontava-se com os senhores que rodeiam o Sol do Ocidente, podendo exclamar as palavras que encontramos no Cap. CXVIII de “ O Livro da Morada Oculta ”: “Eu nasci em Ro-sta. Aqueles que estão entre as múmias me dão os encantos favoráveis no lugar sagrado de Osíris. Meu caminho é nas Moradas de Osíris”. Hieroglificamente, era Ro-sta representada pela Cruz Ansata. O círculo dessa cruz é a boca humana, por onde se manifesta o Verbo; o Tau ou a cruz propriamente dita, ou sta, é o caminho pelo qual vai a Mônada, o Peregrino, o Hansa Bramânico, o Cisne Branco do ciclo Bretão ou Arturiano ou dos Cavaleiros do Santo Graal, Grasalis , o Sol Místico, no final das contas. A tradição indiana, ao falar dos Jvatmas , as Centelhas ligadas perenemente ao Espírito Universal, enuncia: “Nesta infinita Roda de Brama, morada de todos os seres, peregrina o Hansa , pensa o Eu, deferência ao Governador ( Shvêtashuatara )”. Foneticamente, podemos ler a Cruz A nsata , de Ankh , ou da Vida, como – Ra e Ta, Ta-ra , a deusa da Sabedoria na Índia; Ro-Ta , o caminho por excelência, ou Ta-Ro , os Arcanos, que, nas suas lâminas, encerram todos os mistérios da Vida. Ro-sta , pois, na linguagem dos hierofantes, era a entrada para a Mansão dos Eleitos, denominada pelos – latinos – Campos Elísios, cujo umbral chamaram de Angus , útero, vereda propriamente dita, onde se verificam as dores do parto. O aspirante à Imortalidade, ao nascer para o Mundo da Verdade, atravessava um portal simbólico, e suas angústias são semelhantes às da maternidade. Por isso diziam os místicos cristãos, referindo-se ao Adepto – O Homem das Dores; e podemos recordar uma epístola de Paulo, o Ungido, aos corintos, quando assevera: “ Sofrereis de dores de parto até que encontreis o Cristo (o Ego Superior, elucidamos nós) no vosso Homem Interno ”. Na Índia, antes de nascer espiritualmente, o candidato, o discípulo, trajado cem vestes brancas ou cândidas, atravessava a Vaca Sagrada, a Vaca de Cinco Patas, emblema da Terra, a Grande Mãe ou Mater-Rhea (da composição dessas duas palavras, surgiu o vocábulo material), Bhumrú ”. A Vaca Pentápoda era toda de ouro puro, o qual vem a simbolizar o mesmo ouro filosofal dos alquimistas. Passando Ro-sta , o Adepto demandava o Amen-Ti, o qual, no plano histórico, só poderia ser atingido pelos homens depois que “ Colombo abrisse a porta de seus mares ”, na ideia de Castro Alves; e, muito antes, todavia, após Hércules ter afastado a Europa da África para abrir o caminho para o mundo ocidental, a terra do mistério, os viajantes desses mares encontraram, na África e nas Canárias, avisos nos quais se proibia a navegação para oeste. O consenso universal, que prestigiou esses avisos foi anulado por Colombo, que, “ com três caravelas, descobriu um reino que não era o seu ” – e

1 º - O Javali de Erimantho - Erimanto é oriundo de “ Heros Mantheia” , que, em grego, quer dizer – o conhecimento do espírito, simbolizado pelo javali. Esse animal aparece, em todas as tradições, como Símbolo da Sabedoria Secreta. Adonis, Thamus e outros iniciadores foram destroçados por javalis. Varaha, o javali, ao contrário, foi quem matou o demônio Hiranyakha , que mergulhara a Terra no abismo das águas. Gautama, o Buda, dizem lendas, morreu de uma indigestão de carne de javali. A alegoria é clara: foi obrigado a desencarnar, como todos os grandes Iluminados, que, em excesso, deram conhecimentos esotéricos à Humanidade. 2 º - O roubo dos cavalos de Diomedes - Diomedes, contração de Dios-Medos , do deus dos medas, dos zoroastros ou guardiões do misterioso Fogo Celeste, que se manifestará com Losuóch , na Idade de Ouro, como o Décimo Avatara de Vishnu, o Kalki Avatara , o cavalo branco das tradições indianas. 3 º - O roubo dos bois de Gueryou , Roubo dos bois solares, ou de Guer-Io , o Senhor de Ísis, representados no Egito pelos bois: Apis e Mnenis. Este outro símbolo se relaciona com o da vaca Pentápoda Brahmânica, no que concerne a Osíris, o aspecto masculino da Divindade; ao passo que Io , a terneira cantada de Ésquilo, é a própria Ísis, sua esposa e irmã. Mais um passo é compreendermos que a Índia é a Mãe da Humanidade e o Egito, seu Pai, porque, se o Sacerdote da Terra de Khemi era a encarnação do poder filosófico e científico, o Adepto Indiano, no seu profundo misticismo, representava a encarnação do Amor, essa característica feminina. SENTIDO INICIÁTICO DOS DOZE TRABALHOS Delineiam-se, assim, os dois caminhos apontados em todos os livros sagrados por nações: Jnana e Bhakti ; isto é, Sabedoria e Devoção, os quais se completam com o do Karma, lei de causa e efeito, bem expresso pelos povos da Ásia Menor. 4 º - O roubo das viaçãs de ouro do Jardim das Hespérides - O termo grego Hesperos ( Hésper ou Vésper) , a estrela matutina e vesperal, Vênus, Lúcifer, Portadora da Luz, Phosphoros , Shukra , de onde vieram, no dizer dos sábios, as altas inteligências cósmicas que deram à humanidade o intelecto, representado na mitologia grega por Prometeu. Esse termo tem patente ligação com Pramanteia , o P ramanta , a Cruz Védica, donde brota Agni , o Fogo Sagrado, o Espirito que anima. Pois, no Jardim das Hespérides , as Atlântidas, as Sete Filhas de Atlas, guardavam os pomos da Árvore da Sabedoria, aquela que os hebreus colocaram no seu Gan-Eden , junto à Árvore da Vida. Ficavam esses maravilhosos jardins na Atlântida, cujos restos, conhecidos como a Ilha de Posêidon, vêm a ser o 4º continente ou o Kusha-Dwipa Purânico. Transplantando os pomos para toda a bacia mediterrânea, Hércules fez que ali florescessem os mais venerados mistérios da antiguidade. Ao simbolismo desse divino roubo (na verdade, uma prodigiosa transplantação de experiências imprescindíveis à evolução humana), prende-se o formidável e capital mistério da queda ou descida no sexo, isto é, a perpetuação da espécie mediante a geração sexual, que a tradição judaico-cristã, ainda, conserva apesar de não a saber interpretar. O “pomo de Adão” atravessado, como diz o povo, na garganta do homem, tem, de fato, relação íntima com o Centro Psíquico Vishuda , situado nessa a América veio a ser para a Humanidade a Aurora da Libertação. Passemos, agora, a estudar os Doze Trabalhos de Hércules em relação com as Doze Casas Zodiacais pelas quais passou simbolicamente a obra da STB - Sociedade Teosófica Brasileira, atualmente, Sociedade Brasileira de Eubiose, completando, ao comemorar seu 12º aniversário, um ciclo astrológico. Nesse caso, a STB vem a ser o Sol. Héracles , o deus solar grego, ou Hércules dos latinos, é derivado do nome sânscrito Hari-Kulas , o Senhor Sol, o Espirito Planetário da Ronda, o Mel- Khalt fenício, que quer dizer, o Senhor da Cidade, em correspondência, ainda, com o Ogma gaulês, nome, que, lido anagramaticamente, vem a dar Mago e o africano caótico Ogam. Simbolizam os 12 trabalhos as provas iniciáticas por que passava o postulante. Passado o Sol pelas 12 casas zodiacais, concluiu um ciclo astronômico, e todos os ciclos secretos se baseiam no Simbolismo de Hércules. A precessão dos equinócios, ao fim de 25.920 anos, marca um ciclo grande, ligado ao mistério das estrelas polares, ou o “ Olho de Druva ”, que vela por sua filha – a Terra.

que as Valquírias eram a perfeita representação do eterno feminino que corporifica as aspirações nobres, ou seja, a expressão tradicional da própria Sabedoria, veiculada pelas deusas Ísis, Astarteia, Anat, Semíramis, Minerva, Palas Atena, etc. A chave sexual deste símbolo faculta a compreensão da constante luta entre o Homem e a Mulher, permanentemente condicionados à ânsia passional, mas realizando o desígnio oculto da evolução, isto é, praticando sua unificação no Filho, que vem a ser o resultado do choque amoroso. Envoltos nas ondas tumultuárias da paixão, o Homem e a Mulher vão, apesar de tudo, evoluindo até chegarem ao dia da “redenção do pedaço original”, em que eles, harmônicos entre si, desaparecem no Andrógino, devido ao equilíbrio das propriedades solares e lunares de sua tríplice constituição. 7 º - A corça Cerinita – Nas montanhas da Arcádia, vivia a corça Cerinita, galhos de oiro e patas de bronze, consagrada a Ártemis pela ninfa Taigeta. Incansável, desafiava todos os caçadores que a perseguiam. Hércules, durante um ano, por montes e vales, perseguiu-a até os Hiperbóreos. Cansada, a corça retornou sobre seus passos para a Arcádia, onde se refugiou no santuário da deusa. Aí Hércules a alcançou, mas não a matou em atenção aos rogos de Apolo e sua Irmã. A alegoria é clara: a Arcádia, a Arca, onde se conservam as sementes de todo ser vivente, ou seja, os mundos divinos das regiões inferiores, é a mesma terra chamada de Agartha pelos hindus, a Arghya (símbolo da Lua, de onde procedem todos os seres na Terra; hoje se esconde aos olhos obscurecidos dos homens nas invioláveis cidades subterrâneas. Por isso, a corça lunar, já aureolada pelos fulgores do Sol, calca o bronze atlante de que eram feitos os seus cascos; pôde ser consagrada a Ártemis, a Deusa da Pura Luz, à Casta Virgem, que, em tempo algum, conhecera as alegrias do himeneu nem as máculas do amor, representando a própria verdade solar como Taigeta, uma das Plêiades, Mamas ou Amas de Kartikéa , o Salvador, segundo a concepção bramânica, ou melhor, o Chefe dos Guerreiros Celestes – o Akdorge das tradições transimalaias – que virá, cavalgando seu níveo corcel, abrir as portas da cidade de Oiro. Estando a corça Cerinita diretamente ligada à tradição dos atlantes, é patente que Hércules vence no seu sétimo trabalho, o mistério do antigo povo vermelho, cujas relíquias iniciáticas se encontram custodiadas na verdadeira Cidade Eterna (não só por ser eterna, mas também por conter em si a própria eternidade), na Agartha, ou Arcádia, onde, dia e noite, fulguram Apolo e Ártemis, o Deus do Fogo e a Deusa da Luz, expressões da própria Divindade desdobrada, duplicada na maravilhosa e pulquérrima geminação, para consumar o enorme sacrifício da Criação. Esses deuses tinham ( e têm ), em Hércules, seu próprio rebento ou, para jogarmos com um símbolo conhecido no Ocidente, o Verbo feito carne. 8 º - O touro de Creta – Posêidon, o Senhor das Águas, o Netuno latino, ofertou a Minos, Menés, Manu de Creta, um touro, que se tornou furioso, porque o rei não o quis oferecer em sacrifício ao deus. Tornou-se o terror da ilha, até que Hércules o capturou e domou. Evidencia-se, nesse hercúleo trabalho, o furto da lei do Touro, dominante na 4ª sub-raça atlante, a qual tirou seu nome – Torânica ou Turânica – justamente por ter vivido sob o influxo do signo zodiacal de Taurus. Essa lei levantou-se no arrebol da nova raça, nascida na Advarsha , o berço dos árias ou Áries, o Carneiro, e dirigida pelo Manu Vaivásvata até as ubérrimas terras de Sapta- Sindhavas. Até aqui, o símbolo: agora, o seu sentido: em plena raca ariana, Hércules subjuga a tradicional magia atlante, representada no furioso touro, o quaternário inferior. 9 º - A hidra de Lerna – Era filha de Tifon ( Tiphaon ) e de Ecdena ( Echdina ). Hórrido dragão de sete cabeças, habitava os pântanos marginais de Argos; seu hálito era peçonha que envenenava todo o país e matava quem o respirasse. A cada cabeça, que perdia, nasciam-lhe duas. Corresponde, nas teogonias nórdicas, ao dragão Fafner , que guardava os tesouros dos Nibelungos. É o símbolo das forças brutas da Natureza elementar. É a expressão, sintética e medonha, dos monstros apocalípticos da cadeia lunar (antecedente da nossa Terra), ou, mais claramente, os assuras, não-deuses, os deuses sombrios, que, perpetuamente, assediam os que buscam libertar-se dos caucásicos grilhões Hércules e a Hidra de Lerna, de Antonio Pallaiulo (Wikipédia)

que os cativam à roda dos nascimentos e das mortes. É, no final das contas, a infausta sombra do Mal, que se contrapõe à fastigiosa luz do Bem. Tifon e Ecdena tinham, na hidra de Lerna o produto legítimo de suas naturezas. Para matá-la, Hércules teve o concurso de seu fiel companheiro Iolaos. Este agitou, contra o animal fatídico, o purificador fogo dos archotes, acesos nas trípodes dos templos iniciáticos. Iolaos, a lei de Io, a Lua, Ísis, ou a Sabedoria Iniciática das Idades. Só o fogo sagrado da iniciação espanca as trevas da ignorância. 1 0º - As aves do lago Stymphale – O vale de Stinfale, enquadrado entre altas montanhas, formava uma bacia onde as águas das neves derretidas empoçavam. Nas suas margens, viviam as monstruosas aves, guerreiras de Ares (o deus da destruição, na mitologia grega), as quais lançavam suas penas como dardos e talavam os campos cultivados, repastando-se de carne humana. Seja qual fiar a etimologia e a tradução que lhe deem os mitólogos, para nós, ocultistas, essas são as aves fálicas que se nutrem da carne sacrificada no carnaval do sexo (Carnaval ou “Carne,vale” – Carne, adeus). 1 1º - O leão de Némea – Hércules esmaga, entre seus robustos braços, a fera que apavora os habitantes de Nemeia. Arranca-lhe a pele para cobrir seu próprio corpo, como símbolo do sol, que, no signo zodiacal, está em exaltação; por isso, torna- se invulnerável com os despojos do leão, consoante reza a mitologia. Os leões ardentes são os deuses da mais alta hierarquia criadora. Promana deles o hálito vital que anima todas as criaturas e pode espiritualizar os que a eles se chegam. Astrologicamente, o leão é o signo do fogo. Por isso, “Dhâranâ” (primitivo nome da STB, atual SBE) foi fundada a 10 de agosto, quando as Dez Luzes, as Dez Sefiroth se manifestavam em plenitude, porque à STB fora incumbido o Trabalho Mor de preparar os homens – todas as raças aglutinadas na Terra do Fogo Sagrado ou Brasil – para que o próprio Hércules, já como Maitri, pudesse vir a manifestar-se no sublime dia em que Ele, Rei do Mundo, surja avante de seu reino subterrâneao à frente de seu povo, como vaticinado foi no mosteiro de Narabanchi-Kure , pelo ínclito ser enviado de Shamballah , tal qual se pode verificar no livro de Ossendowski, traduzido em todas as línguas cultas – “Bestas, Homens e Deuses”. 1 2º - Herakles encadeando Cérbero – Finaliza o rosário crucial de seus trabalhos, descendo ao sombrio Tártaro e encadeando Cérbero , o cão de três cabeças, guardião dos reinos inferiores, para mostrar que, na finalização dos “ciclos da necessidade”, todos os homens, já osirificados, habitarão a Terra Interdita. Motivo por que a fraternidade de Kaleb (cão, em árabe), no deserto líbico, situada aos 23º de latitude norte, tem por emblema o cão que resplandece em Sírius. Um dos mais prodigiosos períodos egípcios – o ano sótico - era marcado por Sírius. A fraternidade de Kaleb , aos 23º de latitude norte, trópico de Câncer, já o dissemos várias vezes e o repetimos agora, é uma das mais veneradas pela Grande Fraternidade Branca, porque, dela, nos dolorosos dias em que magos negros prepararam a múmia de Katsbeth (da hoje redimida princesa atlante Kalibet ), saíram os dirigentes da missão em que trabalhamos – Henrique e Helena – ou Pitis e Alef , como, então, eram chamados na linguagem mística. Prepararam-se lá para operar nos planos oculto e histórico, até virem, após lutas cruentas, estabelecer, aos 23º de latitude sul, essa gloriosa Obra redentora. Capricórnio – o trópico em que, atualmente, viceja a Árvore da Sabedoria – está ligado ao profundo mistério dos Kumaras , os deuses que deram o mental ao gênero humano. Tendo, a raça ariana, desenvolvido, como lhe competia, o máximo progresso mental, é claro que a apoteose da obra dos Kumaras deveria ser ultimada pela dos “Gêmeos Espirituais”, na Terra Prometida. Conseguintemente, a Lei da Causalidade exigiu que o Brasil fosse descoberto por quem, através de seu nome, apontasse a representação histórica e oculta dos Kumaras: Cabral. REFERÊNCIA: Dhâranâ nº 13 e 14, janeiro a junho de 1960, ano XXXV

A Sociedade Brasileira de Eubiose é uma entidade sem fins lucrativos, apartidária, de cunho cultural e espiritualista. Seus sócios são livres pensadores. Estruturada como uma Instituição de Ensino, é um Colégio Iniciático , alicerçado na “Gupta Vidhya” ou Sabedoria Iniciática das Idades ou Teosofia, conhecimentos de natureza filosófica, base da Doutrina Eubiótica, revelada pelos seus fundadores, que promove o estudo comparativo das ciências, artes, filosofias e religiões de todos os povos, através dos tempos.

Princípios Eubióticos

O ponto de partida é a transmissão gradual do conhecimento, visando ao autoconhecimento, equilíbrio entre corpo e mente, saúde física e espiritual e comunhão entre o indivíduo e o todo, dependendo do empenho do praticante. Técnica revelada pelo fundador, Professor Henrique José de Souza, que auxilia no desenvolvimento das potencialidades latentes do ser humano. Como profundo conhecedor da natureza humana, o Mestre ajustou o seu método de forma a permitir a qualquer um buscar, verdadeiramente interessado, para fins nobres, tais conhecimentos, e conquistar, ao final, sua “autorealização”.

Colégio Iniciático

A frase “ Spes messis in semine ”, cuja tradução é “a esperança da colheita reside na semente”, expressa uma das principais ideias, que serve de motivação para a Instituição. Isso porque a Sociedade Brasileira de Eubiose, como promotora de várias ações, promove intenso combate a vícios, a maus costumes sociais e a tudo aquilo que possa ser obstáculo à evolução dos seres humanos. Para tanto, abrangendo todas as etapas evolucionais do indivíduo, da infância até a idade adulta. Outro lema, de igual importância dentro da Instituição é “Realização Através do Caráter e da Cultura”, porque de nada vale a uma pessoa, apenas, instrui-se, abandonando outros princípios fundamentais, que acabarão por torná-la de má índole e sem caráter, capaz das maiores atrocidades. Metodologia As etapas a serem seguidas pelo buscador do conhecimento eubiótico estão firmadas no seguinte tripé: Escola: o interessado passa a frequentar uma série de aulas, dadas gradativamente, para que possa entrar em contato com os ensinamentos, refletindo sobre os mesmos; Teatro: etapa que visa à vivência desses ensinamentos na sua vida diária, diuturnamente, aplicando os conhecimentos adquiridos nas suas situações cotidianas, sabedoria prática, exercitando a habilidade de agir acertadamente; Templo : prática de exercícios que promoverão a junção do indivíduo com sua essência; nesta etapa acontece o verdadeiro “religare” do indivíduo com seu Mestre Interno. Quanto mais a pessoa se dedica ao seu autoaperfeiçoamento, mais rápida ocorre a transformação interna no indivíduo, que o capacitará à autorealização. Paulatinamente, surgirão outras três etapas, resultantes do processo: Transformação dos acontecimentos; Superação dos obstáculos; Metástase avatárica, que ocorre, finalmente, quando há o encontro com o “Mestre Interno”, ou com seu “Eu-Superior”. Escola Teatro Templo Transformaçăo Superaçăo (^) Metástase

Como se desenvolve o Curso de

Eubiose?

Os interessados em ingressar na SBE são denominados sócios postulantes e passam a frequentar o curso preparatório, chamado “Peregrino”. Ao final deste, caso queiram, percorrerão mais quatro (4) graus ou etapas. O tempo de duração entre essas etapas pode variar de seis meses a um ano, oportunidade em que se aprofundam os ensinamentos. A transmissão dos conhecimentos aos interessados fica a cargo de instrutores, ou seja, sócios mais antigos da SBE, que, agindo de forma voluntária, doam seu tempo e conhecimento, transmitindo os ensinamentos deixados pelo Professor Henrique José de Souza, que permitem formar uma “visão nova” de suas relações com o mundo e o Universo. Concluídas todas essas quatro etapas sucessivas, com aproveitamento positivo, serão convidados a ingressar na Série Interna, tornando-se, também, sócios efetivos da SBE. Entre outras prerrogativas, o sócio efetivo pode ler os manuscritos deixados pelo Professor Henrique José de Souza, que compõem uma vasta biblioteca de mais de quatro mil páginas, contendo Revelações impressionantes sobre passado, presente e futuro da Humanidade e do Globo Terrestre. Henrique José de Souza. Henrique José de Souza nasceu na cidade de Salvador, no Estado da Bahia, aos 15.09.1883, vindo a falecer na cidade São Paulo, a 09.09.1963. Filho de rica e tradicional família de Salvador, com a morte precoce do pai, empresário teatral e exportador, e, a seguir, a do irmão mais velho, abandonou a faculdade de medicina para assumir a direção dos negócios e o sustento da família. Sem a menor inclinação para os negócios, enganado, acabou por perder tudo com a guerra de 1914-1918, que pôs termo tanto ao comércio, como às trocas culturais do Brasil com a Europa, tendo que dissolver as empresas. Tendo sido iniciado nos Mistérios Iniciáticos no Norte da Índia e no Oeste do Tibete, fez a chamada “fusão espiritual do Oriente com o Ocidente”; pôde, então, aprofundar-se nos estudos de filosofias, religiões e línguas antigas comparadas, de sorte que, em 1916, vamos encontrá-lo radicado no Rio de Janeiro, ocupado com o jornalismo e palestras públicas na sua especialidade e à testa de Samyama, uma escola de filosofia oriental, o embrião de DHÂRÂNA, Sociedade e Revista, que o mesmo criaria anos depois. Dhâranâ é termo sânscrito que designa o sexto passo da ioga de Patânjali (200 a.C.) e consiste na absoluta concentração da mente, perfeito controle do pensamento. Fundou em 1924, na cidade de Niterói, no estado do Rio de Janeiro, a Sociedade Mental e Espiritualista Dhâranâ, com um trabalho, então, muito próximo ao do budismo esotérico, posteriormente, chamada de Sociedade Teosófica Brasileira, nome assumido em 1928, que, de certa forma, homenageava a Sociedade Teosófica, fundada por Helena Petrovna Blavatsky (HPB), que, por sua vez, buscava desenvolver uma doutrina espiritualista na América do Norte, cujo trabalho foi interrompido prematuramente, enquanto o foco do trabalho de Henrique se desenvolvia na América do Sul. Mais tarde, transferiu a sede da, então, STB para a cidade de São Lourenço, no Sul de Minas Gerais. Atualmente, a SBE tem sedes regionais nas maiores cidades do país, em várias outras localidades brasileiras e, também, no exterior: Américas do Sul e do Norte e na Europa. Henrique José de Souza publicou centenas de artigos na revista Dhâranâ e, ainda, quatro livros: O Tibete e a Teosofia (1928-32), em parceria com seu amigo e, também, ocultista Mario Roso de Luna; O Verdadeiro Caminho da Iniciação (1940); Ocultismo e Teosofia (1949), sob pseudônimo de Laurentus; Os Mistérios do Sexo (1965). Mas a grande obra literária do Mestre são suas Cartas de Revelação, escritas de 1924 até 1963, contendo as linhas-mestras do movimento eubiótico e as instruções diretivas da Sociedade Brasileira de Eubiose, projetadas até o século XXI. Estão organizadas cronologicamente e classificadas por assunto, através de exaustivo Índice Remissivo, cerca de 4 mil páginas datilografadas, que se mantêm em bibliotecas reservadas para

No oriente, outro épico, o Mahâbhârata (Grande Índia), provavelmente, o mais extenso poema do mundo – 220.000 versos, de autoria de Vyâsa (um Avatara), tem a prerrogativa de ser o mais antigo, cerca de 5.000 anos atrás. No Brasil, Gregório de Matos Guerra (o “Boca do Inferno”) é considerado o nosso bardo inaugurador. Formado em direito em Portugal, foi obrigado a retornar por conta de suas sátiras. Daqui, pelo mesmo motivo, é degredado para Angola e só retorna anos depois, sob duas condições, não pisar em terras baianas e não apresentar seus versos satíricos: “Eu sou aquele que os passados anos Cantei na minha lira maldizente Torpezas do Brasil, vícios e enganos”. Por onde andará a sua reencarnação? Desses remotos tempos para cá, a poesia im- pressa continua a ser um terreno meio inós- pito, um território destinado aos cultos, aos artistas, professores de lite-ratura etc. Por que será, já que reflete profundamente a alma, a cultura de um povo? Várias são as razões, den- tre elas, a de que a nossa educação não valoriza tanto essa joia (não tão) rara e preciosa. Ora, a impressão que temos é que nossos estudantes necessitam conhecer ,da literatura e da poesia, apenas, o suficiente para passar nos exames, no Vestibular, quando, em verdade, UM BICHO CHAMADO POESIA

A

firmam os estudiosos que Homero (um Iniciado), com a sua Odisseia, foi o

primeiro poeta do Ocidente. Seus versos funcionavam como uma cartilha

educadora da nobreza da Grécia Antiga.

ela traz belas lições de vida, de sonho e beleza, de cultura e arte, de uma realidade maior. Não é o artista “antena da raça”? Aquele que, a um passo além, liberto das amarras sócioculturais, indica rumos, captando o futuro? Pois bem, não são valorizados devidamente. Uma dívida, uma dúvida cruel, fruto de nossas imperfeições positivistas. Em geral, estuda- se linearmente, não se prepara a criança, o jovem, para compreender, o sentido da existência, o porquê de estarmos no mundo. São tratados utilitariamente. O aspecto racional é sobrevalorizado. O emocional é deixado de lado. Como se “vencer” na vida dependesse de erudição. Um ser humano integral requer algo mais que inteligência (no mais das vezes, egoística) e a posse de riquezas físicas. Desconhecemos o significado da palavra espírito e sua precedência ao que há de material na vida. Voltando à poiesis (formação, criação), ela está presente em todas as manifestações artísticas, não apenas na literatura, mas também no cinema, teatro, dança, fotografia, artes plásticas. É a questão do olhar, do ver, vivenciar. Da sensibilidade. Ela é uma espécie de ruptura da visão comum, um ângulo obscuro, difícil, profundo, abstrato, às vezes paradoxal, como um “ koan” budista, uma parábola. Foge à lógica rotineira. É essência. Se as palavras definem o universo, os seres e as coisas existentes, a poesia é o imo, o âmago, íntimo das palavrinhas. Daí porque os poetas “brincam” com elas o lúdico é, também, edu- cativo, pedagógico prazenteiramente. Se aten-

LUIS CÉSAR DE SOUZA

tarmos para a antiguidade, veremos que ela possuía essa função, com relação à realeza e às cortes, já que, então, a escrita e a leitura eram um privilégio de poucos. Nos hodiernos dias, todos têm a possibilida- de de aproximação desta “selvagem” lingua- gem. Sim, da Natureza, espontaneidade, da saudável subversão e sedução: o poeta não teme a felicidade almejando-a e buscando-a incessantemente; muitas das vezes, sofre com isso, ao ver um mundo munido de mentiras, embrutecido, empobrecido, ma- terialista, apenas, de seres com dupla face da ignorância e suas ambições traiçoeiras, passageiras. Muitos morreram jovens por viverem inten- samente e, talvez ,não suportarem o peso do mundo: o condoreiro Castro Alves, o poeta francês Rimbaud, o tropicalista Torquato Neto, o irrequieto Cazuza, o cáustico Renato Russo, a camicase Cássia Eller (porta-voz da poesia) e muitos outros. O poeta é um in- conformista. Deveríamos sê-lo, pelo menos, enquanto não tivermos chegado ao nirvana. A música vem popularizando a poesia, hoje em dia e a partir dos menestréis da Idade Média. E grandes letristas estão a nossa mão, na voz de cantores conhecidos do grande público: Fausto Nilo (Fagner, Geraldo Azevedo), Aldir Blanc (João Bosco e vários outros), Vítor Martins (Ivan Lins), Fernando Brant (Milton Nascimento), Ronaldo Bastos, Murilo Antunes, Márcio Borges (Beto Guedes, Flávio Venturini, Lô Borges). E por aí vai. Há questionamentos quanto ao fato de a letra de música ser ou não poesia. Os mais rigorosos dizem que não. A meu ver, sim, evidentemente. O poético está lá, reconhecível, em versos, não importa se publicado em livro ou não. Letra (poema) de poeta. Assim o são os próprios compositores- cantores: Gil, Caetano, Chico Buarque, Chico César, Vinícius, Djavan, Paulinho Pedra Azul, Elomar, Sá e Guarabyra, Edu Lobo, Luiz Melodia, Tom Zé, Raul Seixas, Renato Teixeira, Guilherme Arantes, Adriana Calcanhotto, Herbert Vianna, Zeca Baleiro, Arnaldo Antunes. E bota gente nisso. A música instrumental, então, é a poesia em estado puro. A clássica é recomendada, inclusive, como terapia, para as fobias, como relaxamento, como encorajamento etc.; para as crianças e adultos, a audição de música clássica promove-lhes elevadas energias mentais. Além disso, existem os mantras, medidas canônicas do som, encantamentos, em sons e em palavras. O poeta maranhense Ferreira Gullar, num estilo modernista, verseja: “Onde está a poesia? Indaga-se por toda parte. E a poesia vai à esquina comprar jornal”. Como veem, o bicho-poesia não morde tanto assim, não é grande o perigo. É só ir chegando-se, devagarzinho; a gente acaba gostando. Muito.

Augusto e nobre sacerdócio deverá ser o da pena. Pena vendida, pena maldita; seus prejuí-

zos são maiores do que os da peste ou da tuberculose. Entretanto, graças à pena possuímos

toda a história humana. Por ela, nos fazemos conscientes e livres. Por ela, eternos são os

pensamentos.”

(Do livro “Ocultismo e Teosofia”, escrito por Henrique José de Souza, sob o pseudônimo de

Laurentus, em parceria com Mario Roso de Luna.)

REFERÊNCIA: SOUZA, Helena Jefferson de, Pequeno Oráculo, 2a ediçăo, 1995 “

Ilustração das Lentes Gravitacionais comprovam a curvatura da luz no espaço-tempo. Fotos arq. ESA Mais precisamente nesta década, os referenciais acelerados, a que se referia Einstein, são descobertos pelos modernos satélites, observatórios espaciais, ilustrados nas figuras abaixo, e fica mais claro para os cientistas e investigadores perceberem que o movimento acelerado no universo é causador e gerador dos universos estelares finitos. Assim, os buracos negros, habitantes de todos os referenciais explosivos e altamente energéticos, como os pulsares ao centro das supernovas e quasares ao núcleo das galáxias ativas em todas as constelações do céu, manifestam seu movimento helicoidal (circungiratório nas seis direções do espaço-tempo), desviando ou curvando a luz proveniente dos aglomerados distantes de galáxias, comparável ao efeito de grandes lentes, daí a denominação de LENTES GRAVITACIONAIS, encontrada atualmente nas enciclopédias de cultura geral, como a Wikipédia. “Os buracos negros, assim como outros objetos, cuja atração gravitacional é extrema, retardam o tempo devido aos efeitos gravitacionais. As estrelas de nêutrons e buracos negros causam de fato distorção espaço- temporal, relacionada com o efeito de lente gravitacional.”(Wikipédia-buracos negros) Mapa do céu em coordenadas galáticas(Via Láctea ao Centro), posicionando os Quasares e Pulsares e emitindo raios gama , raios cósmicos e raios X. Arquivo de Fotos da ESA, NASA. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS : ENCICLOPÉDIA WIKIPÉDIA : www. wikipedia .org. SOUZA, Henrique José de. CARTA REVELAÇÃO de outubro de 1951 SBE. ESA-AgênciaEspaciaEuropédia – http://www.esa.int/esa-mmg/mmgpl?b=b&type=I&collection=Space% Science&start= 2. NASA – Agência Espacial dos EUA – http://www.nasa.gov/mission_pages/GLAST/launch/gallery-index.html.

Aqui estamos, mais uma vez, dando continuidade a este precioso tema. Conforme acordado anteriormente, estaremos, hoje, abordando os universos do Líder, do Gestor e das Lideranças Formais e Informais.

GESTÃO X LIDERANÇA

Acreditamos ser o campo de atuação da Liderança muitas vezes mesclado e confundido com o da Gestão. Para muitos, torna-se difícil identificar e compreender quais seriam as atitudes relacionadas à Liderança e quais seriam os comportamentos peculiares a um Gestor. Devemos, assim, necessariamente, diferenciar gestão e liderança. A liderança nunca deve ser condicionada à chefia, à gerência ou a qualquer outra função hierárquica formal. Ela, simplesmente, acontece indiferente a esses condicionantes. A liderança, por princípio, não pode ser imposta. Para se ocupar um cargo, não se necessita ser um líder, na verdadeira concepção dessa palavra, assim como um líder não precisa estar em um patamar formal de comando. Na realidade, os líderes devem estar presentes em todos os níveis de associação humana. O líder passa a maior parte do tempo recolhendo e influenciando as pessoas a seguirem suas idéias. Ele se ocupa em transformar objetivos pessoais em metas grupais. Já, o gestor não precisa agir dessa forma, ele, apenas, define e ordena os seus subordinados. O líder atua para o progresso e o desenvolvimento da equipe; o gestor trabalha para atingir suas aspirações. A LIDERANÇA NO TERCEIRO MILÊNIO (Parte III) V

ocê pode medir um líder pelo tamanho dos desafios que ele assume. Ele sempre procura

algo do próprio tamanho. ( John C. Maxwell.)

SILVIO PIANTINO

O líder ouve, com atenção, as ideias dos elementos do grupo, estabelece canais de comunicação; o gestor faz todos ouvirem, com atenção, as suas determinações, ele informa. O líder facilita a ocorrência de críticas, almejando a constante melhora e a excelência nas ações. O gestor é aquele que mais se mostra descontente sempre que questionado, por considerar a crítica como uma afronta, ou não reconhecimento de seu poder. Mesmo com todas essas particularidades, em algumas organizações, ainda se confunde o papel do líder com o do gestor, porém liderar é um processo mais amplo e abrangente. Gerir é, simplesmente, fazer um grupo funcionar para que seja atingido determinado objetivo ou meta. Liderar é a habilidade de exercer influência e ser influenciado pelo grupo, é uma relação recíproca, adequada à consecução de metas comuns a todos os participantes. Portanto, estamos, aqui, tratando de componentes, talvez, complementares, mas categoricamente distintos. Um bom gestor não implica, necessariamente, um bom líder. De forma similar, um líder nato, nem sempre se sentirá confortável em papéis gerenciais. Na verdade, isso ocorreria caso esses papéis tendessem a restringi-lo e limitá-lo. A questão que, imediatamente, emerge é: Um indivíduo pode assumir os dois papéis? Etziomi (1964) inclinou-se para a conceituação de que as competências não são transferíveis e de que há incompatibilidade psicológica entre as duas dimensões. Kotter (1992) partilha de visão

Isso a conduziria às esferas da informalidade, principalmente por se calcar na aceitação espontânea do grupo em questão. Os mesmos Montana e Charnov (1998) definem líder formal como alguém que foi, oficialmente, investido de autoridade ou poder dentro de uma organização. Novamente, tomamos a liberdade de, em parte, discordar por entender que autoridade e poder são dimensões diametralmente opostas Entendemos essa “investidura de poder” como algo imposto de cima para baixo. Seria o domínio sobre determinadas ações ou indivíduos que se recebe junto aos títulos de presidente, diretor, gerente, supervisor, ou qualquer outra designação hierárquica.. Compreendemos poder como algo imposto. Já autoridade seria um valor necessariamente conquistado. Percebemos, assim, que existe a possibilidade de uma nomeação formal. Ou seja, alguém pode ser investido de poder, cuja quantidade e abrangência estão, diretamente, relacionadas à posição hierárquica do cargo em questão. Observamos, ainda, que tratamos aqui de algo decretado pela via descendente, o que não implica, necessariamente, uma aceitação absoluta por parte do grupo a ser dirigido. Portanto, em nosso entendimento, os cargos formais, como aqui descritos, se apresentam mais como uma característica de gestão do que de liderança propriamente dita. Sabemos que os grupos funcionam com leis próprias, e, nesse contexto, é que emergem os líderes informais. Estes não possuem, obrigatoriamente, cargos ou títulos de direção ou comando, mas têm o dom e a capacidade de serem aceitos e seguidos pelos demais. Não se investem de poder, mas, de alguma forma, conquistam autoridade, ou seja, aceitação incondicional, não imposta, oferecida espontaneamente pela base para a cúpula.. Entendemos, ainda, que a posição a ser conquistada, o nível ótimo de atuação, seria a conjugação desses dois aspectos, isto é, a transmutação da liderança formal frente aos valores da liderança informal, e vice-versa, ou seja, a elevação da liderança informal aos patamares decisórios da liderança formal. Teríamos, assim, poder e autoridade, caminhando de mãos dadas. As implicações de tal casamento são evidentes demais para que careçam ser aqui mencionadas. Tendo-se caracterizado as esferas de atuação do líder e do gestor, assim como percebido os aspectos da formalidade e da informalidade, que, a nosso ver, se mesclam com os conceitos anteriores, acreditamos estarmos preparados para adentrarmos a conceituação de alguns modelos clássicos de liderança. Com tal ação, visamos a estabelecer as bases que nos permitirão alcançar universos mais complexos, conforme se desenha a liderança em nossos dias. Bem, aqui, encerramos mais esta etapa. Estaremos, no próximo número, dando continuidade, iniciando uma abordagem dos modelos básicos de Liderança. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: BENNIS, W.;NANUS,Burt. A formação do líder. Tradução de Marcelo Levy. São Paulo: Atlas, 1996 Etziomi, Amitai. Winning Without War. Garden City, N.Y.: Doubleday, 1964 KOTTER, John P, James L Heskett. Corporate Culture and Performance, 1992. KOUZES, J. M. e POSNER, B. Z. Credibilidade. Rio de Janeiro: Campus, 1994. TACK, Alfred. Liderança Motivacional. Editora Siamar,

MONTANA, Patrick J.; Charnov, Bruce H. Administração. Tradução Robert Brian Taylor. São Paulo: Saraiva, 2003.

Quando optamos por peregrinar pelo caminho da espiritualidade, é sinal que almejamos melhores condições existenciais em nossas vidas. Esforçamo-nos para melhorar nosso caráter, costumes, modo de ver a vida, alimentação, inclusive, nossa vida social. Vez por outra, fazemos imenso sacrifício com o objetivo de alcançarmos a harmonia e a felicidade, entretanto, nem sempre alcançamos esse estado d´alma a que tanto almejamos. Nós, no decorrer da vida, ficamos decepcionados com as vicissitudes dela e acabamos por rejeitar o processo em que nos tínhamos empenhado, acabando por achar duvidosos os ensinamentos ou, ainda, no eterno conforto ilusório da autopiedade e do conformismo assumindo que: -“Deus esqueceu-se de nós”. Seja qual for a nossa decepção, a Lei do Karma só estará nos mostrando que houve alguma atitude inadequada em nossa trajetória. O universo foi concebido em possibilidades, portanto, só funciona se tomarmos as atitudes corretas para alcançarmos os nossos desejos dignos, justos e perfeitos. Quando não estamos atuando, as Leis ou Forças do universo mantêm-se em sua transitoriedade iminente. O Universo tem os seus métodos e a Metafísica nos mostra, nos seus caminhos, os pontos nevrálgicos a considerar. Entretanto, algumas instituições vão adulterando esses ensinamentos, naturalmente, sem nenhuma má intenção, com pontos-de-vista atualizados para a sua época. Mesmo assim, acabam por levarem os incautos a cometerem desvios de pensamentos e sentimentos, frustrando suas expectativas, pois não estão fundamentadas na Sabedoria Eterna. Mesmo os conhecimentos ou segredos milenares devem ser, sistematicamente, revistos por conta da própria elevação do Estado de Consciência de cada um. Até porque as Leis de Evolução são as mesmas, entretanto a Consciência, pela experiência vai sofrendo alterações ao longo da vida, por isso é muito comum encontrar diferenças nas escritas e nos panoramas observados. A vida humana vem, através dos milênios, acumulando grandes experiências, tal qual uma instituição acadêmica que prepara os seus alunos gradativamente, até chegar à formatura. Caso contrário, seria como se convencesse um aluno a ficar na mesma série por toda a vida. No sentido de progresso, burilar os pecados capitais deve ser o mesmo fator comum, mas, no sentido de evolução de consciência, deve haver já uma nova regência. É normal que eduquemos, paulatinamente, os nossos filhos com disciplinas e prerrogativas, direitos e deveres, desde recém-nascidos até chegarem à fase da adolescência, ficando as suas melhores possibilidades para serem geridas por eles mesmos em sua maioridade. Nunca esquecendo os conselhos e orientações dos mais experientes. Quando tomamos uma decisão de peregrinar por novos caminhos da espiritualidade, devemos ter consciência da nova tônica de evolução, pois é um passo a mais em direção às grandes possibilidades do Universo.

ELISEU MOCITAÍBA DA COSTA

DESVIOS DA CONSCIÊNCIA