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O sol apresenta ciclos de 11 anos em que seu campo magnético se reorganiza, causando a inversão de polos norte e sul. Essa mudança afeta o espaço até muito além do sistema planetário, induzindo correntes elétricas e ondulações espirais. Observatórios solares monitoram essas variações, como o observatório solar wilcox de stanford, que recentemente observou a reversão do polo norte do sol, indicando que o polo sul também se aproxima dessa mudança. Esse fenômeno tem importância para o estudo do clima espacial, especialmente no centro de previsão do tempo no espaço do programa embrace/inpe, que compila e divulga informações em tempo real sobre o ambiente entre o sol e a terra.
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
Dr. Joaquim E. R. da Costa & Dr. Clezio M. Denardini Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, S. J. Campos, SP, Brasil
O Sol reverte seu campo magnético a cada período do ciclo da atividade solar (aproximadamente 11 anos). O polo norte magnético (região vermelha na ilustração abaixo) passa a ser polo sul magnético (região azul na ilustração abaixo) e vice-versa. Isso acontece quando o dínamo interno do Sol se reorganiza.
Ilustração do polo norte magnético (região vermelha) e do polo sul (região azul) magnético do Sol.
O campo magnético solar também é importante porque ele influencia o espaço no seu entorno até muito além do sistema planetário. Devido à rotação do sol, o campo magnético induz uma corrente elétrica em forma de uma grande folha de corrente espessa e extensa em todo o espaço influenciado pelo campo magnético. Esta folha apresenta ondulações espirais que se amplificam durante a inversão da polaridade solar (veja a ilustração abaixo). A Terra e outros planetas que orbitam o Sol cruzam estas ondulações e sofrem perturbações em suas magnetosferas.
Folha de corrente planetária causada pela rotação do campo magnético do Sol.
Observatórios solares monitoram esse campo magnético solar como, por exemplo, o Observatório Solar Wilcox de Stanford, cujo diretor, Dr. Todd Hoeksema, foi o responsável pela publicação em 5 de agosto passado, no site da NASA, da novidade
observada sobre a reversão do polo Norte do Sol. Sua polaridade magnética já mudou e isso indica que estamos a apenas alguns meses da mudança do polo Sul, também. (veja a figura abaixo).
Variação do campo magnético solar mostrando os últimos quatro eventos de reversão. (fonte: NASA)
Só que este mesmo dínamo interno do Sol também é o responsável pelo reforço do campo nas manchas solares, cuja contagem define o ciclo solar. E esse ciclo é importante porque estas manchas armazenam uma imensa quantidade de energia capaz de ejetar bilhões de toneladas de cargas elétricas e campos em direção à Terra. Então, sempre que a contagem de manchas na superfície solar atinge o seu número máximo, estamos no pico do ciclo de atividade solar, como no caso dos máximos da figura abaixo.
Variação do número de manchas mostrando os últimos três ciclos solares. (fonte: Hathaway/NASA/MSFC)
Portanto, a julgar pelas informações parece que estamos neste exatamente cruzando o máximo de atividade solar. A preocupação que isso traz para o ambiente próximo reside na variação que isso produz no acoplamento que há entre o Sol e a Terra que é estudado e monitorado pela ciência do Clima Espacial, em especial pelo Centro de Previsão do Tempo no Espaço do Programa Embrace/INPE sediado em São José dos Campos (SP).
e Aeronomia) e é membro do Conselho Técnico-Científico do INPE.