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Este documento discute a importância da enfermagem em cuidados paliativos, baseado na literatura relacionada. Os autores destacam que o enfermeiro é indispensável dentro da equipe multidisciplinar e que sua assistência é de grande importância nesses cuidados. O texto também aborda a evolução histórica dos cuidados paliativos e os princípios que regem essa abordagem de saúde.
Tipologia: Provas
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Não perca as partes importantes!
Itaituba, PA 2019
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado á Faculdade de Itaituba para obtenção de título de Bacharel em Enfermagem Orientadora: Prof.ª Enf. Esp. Karla Santos da Silva Lizardo
Itaituba, PA 2019
Essa conquista é dedicada em primeiro lugar ao meu Deus que em todos os momentos têm estado comigo, ao meu esposo Lucinaldo Pereira, que não mediu esforços para me apoiar em todos os sentidos, ao longo da caminhada cuidou de nossos filhos todas as noites em minha ausência, dedico aos meus filhos Silas Cabral e Ananda Sofia.
A Deus por ter abençoado esses cincos anos de academia dando força e condições para chegar até o final e realizado o sonho.
Ao meu esposo Lucinaldo Pereira pela força e encorajamento que contribuiu para realização de um sonho, obrigada meu amor pela paciência e cuidado que teve ao longo desses cincos anos e ficar acordado até minha chegada em casa após as aulas e estágios.
Agradeço aos meus filhos Silas Cabral e Ananda Sofia que entenderam minha ausência nesses cincos anos.
A minha irmã Vilanir Silva que sem questionar ou impor obstáculos foi minha fiadora durante os cincos anos, me ajudou sempre com os trabalhos, pois era em sua casa onde imprimia meus trabalhos usando seu computador, papel e tinta, minha irmã esteve sempre pronta à me ajudar no que fosse preciso, sacrificando muita das vezes até seu tempo no trabalho ao meu favor, obrigada maninha.
Agradeço aos meus pais Evaristo Cornélio e Maria Angélica, que me ajudaram dando força e em alguns momentos financeiramente, também cuidando dos meus filhos quando meu esposo tinha alguma viagem a trabalho.
Agradeço a minha irmã Alzenir e ao despachante Legaliza que me ajudaram também ao imprimir meu TCC I e TCC II.
È com muita emoção que agradeço a minha amiga Daiane Santos (em memória), ela quem me socorria nas horas de seminários, ornamentando o espaço ou emprestando – me seu material de trabalho, obrigada minha eterna amiga.
Aos meus pastores Antônio Santos e Gerusimar Santos que sempre acreditaram em meu potencial como futura Enfermeira.
A minha sogra e minhas cunhadas, sempre dando – me palavras construtivas. Meu irmão Okacilio Silva e cunhada Fabiana Evangelista com suas palavras e orações.
Ainda que um exército me cercasse, o meu coração não temeria, ainda que a guerra se levantasse contra mim, nele confiaria.
“Salmos: 27:3”
Os cuidados paliativos são definidos segundo a OMS como uma abordagem que visa melhorar a qualidade de vida dos pacientes e de suas famílias que enfrentam problemas associados a doenças que põem em risco a vida. Essa abordagem é feita por meio da prevenção e alívio do sofrimento, pela identificação precoce, avaliação correta e tratamento da dor e de outros problemas de ordem física, psicossocial e espiritual. O enfermeiro, dentro da equipe multidisciplinar, é um dos profissionais que tem maior contato e lida diariamente com o paciente e seus familiares, e, percebendo quanto suas ações interferem na assistência paliativa, surgiu o interesse de pesquisar na literatura a importância da enfermagem em cuidados paliativos, tendo em vista que suas intervenções podem auxiliar ou até determinar o sucesso dessa medida terapêutica. A metodologia utilizada foi a análise de periódicos disponíveis na internet, bem como livros e manuais do Ministério da Saúde, ocorrendo a partir do mês de agosto 2017. As palavras cuidados paliativos foram empregadas como descritores, sendo encontrados mais de 90 periódicos relacionados. Para uso definitivo, foram selecionados os títulos que apresentavam menção aos interesses definidos para abordagem neste estudo, que totalizaram 42. Os resultados encontrados a partir dessa análise apontam que os temas mais abordados dentro dessa temática foram à comunicação, a espiritualidade e a participação da família. A dor nesse contexto paliativo é recorrente e por isso também foi trazida por muitos autores, tendo como principal foco o papel do enfermeiro e toda equipe da enfermagem como primordiais na avaliação e controle da dor, o qual desempenha papel de grande responsabilidade, visto que esses profissionais estão em contato com o paciente e seus familiares por maior período de tempo. Apesar da necessidade constante de melhorias na assistência e inovações sobre aspectos importantes que podem favorecer a implementação das ações de enfermagem e resultar em benefícios para essa terapêutica, a análise dos periódicos foi positiva, mostrando que o enfermeiro é indispensável dentro da equipe multidisciplinar e que sua assistência é de grande importância nesses cuidados.
Palavras-chave: Cuidados paliativos. Família. Profissionais de enfermagem.
Quadro 1- Produção científica brasileira sobre cuidados paliativos do período de 2000 a 2010.............................................................. 34
Gráfico 1- Distribuição dos Artigos Selecionados..................................... 37
O verbo paliar, deriva do latim palliareoupallium, e significa de maneira geral, proteger, cobrir com capa. No entanto, paliar é mais usado em nosso meio, como aliviar provisoriamente, remediar, bem como adiar, protelar. O cuidado paliativo (CP), é mais que um método, é uma filosofia do cuidar. O CP visa prevenir e aliviar o sofrimento humano em muitas de suas dimensões. Seu objetivo é dar aos pacientes e seus entes queridos, a melhor qualidade possível de vida, a respeito do estágio de uma doença, ou a necessidade de outros tratamentos (STONEBERG, 2006). Em 2002, a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2002), reviu a definição de cuidados paliativos descrita em 1990, atualmente citada como uma abordagem que visa melhorar a qualidade de vida dos pacientes e de suas famílias que enfrentam problemas associados a doenças que põem em risco a vida. Essa abordagem é feita por meio da prevenção e alívio do sofrimento, pela identificação precoce, avaliação correta e tratamento da dor e de outros problemas de ordem física, psicossocial e espiritual. Esse cuidado tem o enfoque nas necessidades, e não nos diagnósticos desses pacientes. A assistência paliativa é voltada ao controle de sintomas, sem função curativa, com vistas a preservar a qualidade até o final da vida, a ação paliativa não possui em intenção de curar, é uma medida terapêutica que se destina a diminuir as repercussões negativas da doença sobre o bem-estar do indivíduo, seja em ambiente hospitalar ou domiciliar. Ela deve ser parte integrante da prática profissional de saúde, independente do estágio de evolução da doença e pode ser prestada já no nível básico de atenção, tanto em casos irreversíveis como em caso de doença crônica progressiva (LIRA, 2009). Um dos objetivos centrais dessa abordagem é acrescentar qualidade de vida aos dias e não dias à vida, o que representa um grande desafio para a equipe de enfermagem, mais diretamente presente nessa situação; uma vez que o objetivo de curar dá lugar às habilidades do cuidar, relacionados a sofrimento, dignidade e apoio. Prestar um cuidado competente, qualificado e diferenciado na fase terminal de um indivíduo é responsabilidade de todos os profissionais de saúde, cada um dentro da área de suas competências. O enfermeiro tem capacitação técnico- científica para realizar o cuidado em questão, uma vez que a estrutura curricular de seu curso exibe disciplinas da área das Ciências Humanas preparando-o para a
Segundo a definição da Organização Mundial de Saúde – OMS (2000), Cuidado Paliativo é uma abordagem que promove a qualidade de vida de pacientes e seus familiares, que enfrentam doenças que ameacem a continuidade da vida, através da prevenção e alívio do sofrimento. Requer a identificação precoce, avaliação e tratamento da dor e outros problemas de natureza física, psicossocial e espiritual. Minayo (2009) relata que cuidados paliativos não se baseiam em protocolos, mas sim em princípios. Não se fala mais em terminal idade, mas em doença que ameaça a vida. Indica-se o cuidado desde o diagnóstico, expandindo o campo de atuação. Não falartambém em impossibilidade de cura, mas na possibilidade ou não de tratamento modificador da doença, desta forma afastando a ideia de não ter mais nada a fazer. Pela primeira vez, uma abordagem inclui a espiritualidade dentre as dimensões do ser humano. A família é lembrada, portanto assistida também após a morte do paciente, no período de luto. De acordo com Mello (2014), cuidados paliativos quer dizer; proteger, amparar, cobrir, abrigar, ou seja, a perspectiva de cuidar, não somente curar mais trazendo a essência da assistência em todas as dimensões psicológicas, sociais e espirituais de pacientes e seus familiares.
2.2 PRINCÍPIOS DOS CUIDADOS PALIATIVOS Os cuidados paliativos baseiam-se em conhecimentos inerentes às diversas especialidades, possibilidades de intervenção clínica e terapêutica nas diversas áreas de conhecimento da ciência médica e de conhecimentos específico (PESSINI, 2005). A OMS em 1986 publicou princípios que regem a atuação da equipe multiprofissional de Cuidados Paliativos, os quais foram reafirmados na sua revisão em 2002. Para Figueiredo (2006), a percepção da morte foi se transformando e tomando uma proporção diferenciada na vida das pessoas. Para nossos antepassados a morte era percebida como uma fase natural da vida. O processo morte – morrer era assistido pelos familiares, permitindo o conforto e a presença dos entes queridos no final.
Segundo Pimenta e Mota (2006), o doente precisa ser visto como um sujeito presente, que não se limita apenas a um leito e a uma patologia, por isso os profissionais de têm que despertar para sensibilidade humana colocando – se a serviço e no lugar do outro, tendo uma reflexão sobre humanização e o cuidado. O profissional deve ter em mente que cuidar pressupõe preocupação, responsabilidade e envolvimento afetivo com o outro.
2.3 ORIGENS DOS CUIDADOS PALIATIVOS Desde sempre o homem assistiu aos fenômenos do nascimento e de morte ao ciclo que ambos assinalam. Neste ciclo o fenômeno de doença é bastante frequente embora o padrão e o tipo das doenças se tenha vindo a modificar ao longo da história da humanidade desta forma a ocorrência da morte após um período de doença foi sendo combatida com sucesso e o fenômeno da cura foi-se impondo no contexto da maioria das doenças agudas. Todos os progressos científicos sociais e humanos do século XX impuseram um aumento da longevidade, mas o fato de passar a viver mais tempo não implicou, no entanto, que se passasse a morrer melhor já que com eles, emerge outro fenômeno, o das doenças crônicas, não transmissíveis passando agora a morte a acontecer com frequência no final de uma doença crônica evolutiva (MESSIAS NETO, 2004). A intensidade de luta pela busca da cura de muitas doenças, a satisfação dos meios utilizados levou de algum modo, a uma cultura de negação da morte, de triunfalismo heróico sobre a mesma, de ilusão de pleno controlo sobre a doença, relegando para segundo plano as intervenções na saúde que, longe de garantir a cura, promovessem um final de vida condigno (MESSIAS NETO, 2006). A morte passou a ser negada e encarada como derrota para muitos profissionais de saúde, como falhanço, e o treino dos profissionais sofreu de algum modo, uma desumanização com menor enfoque nas questões em torno da não cura (CLARK, 2008). Foi nesse contexto que os cuidados paliativos surgiram, do sentimento de impotência comum aos profissionais de saúde face aos doentes reconhecidos como incuráveis e da sua preocupação em lhes prestar cuidados adequados durante o final de vida. Foi desse desejo profundo de não abandonar os doentes em fase terminal à medida que os profissionais de saúde começaram a compreender que
e a promoção do conforto do doente em fase terminal. Considerava fundamentalmente cuidar do doente como um todo, uma vez que é também como um todo que o doente sofre. Atualmente está largamente difundida a filosofia dos cuidados paliativos embora o acesso á prática dos mesmos seja bastante assimétrico em todo o mundo, mesmo a nível europeu(MESSIAS NETO, 2004), baseiam-se no respeito pela pessoa humana e pela sua dignidade e tem como lema colocar sempre a pessoa em primeiro lugar e, portanto colocando a pessoa acima de toda a ciência e tecnologia. O conceito de cuidados paliativos evoluiu ao longo do tempo à medida que essa filosofia de cuidados de saúde foi desenvolvendo em diferentes regiões do mundo. Os cuidados paliativos foram definidos tendo como referência não um órgão, idade, tipo de doença ou patologia, mas antes de tudo a avaliação de um provável diagnóstico e possíveis necessidades especiais da pessoa doente e sua família (PESSINI, 2005).
2.4 A EQUIPE MULTIPROFISSIONAL EM CUIDADOS PALIATIVOS Pessini (2006) relata que o profissional de saúde deve incorporar competência técnica – cientificam humana e ética, buscando agir com consciência plena, o enfermeiro deve está voltado para sensibilidade do paciente, pressupondo o desenvolvimento de posturas, ao acolhimento, á afetividade e ao respeito. Os dilemas éticos e legais vividos pelo profissional e paciente dizem respeito até quando deve ser constituído o tratamento, com um conceito que varia entre indivíduos. Para Mello (2000), a formação dos profissionais de saúde em cuidados paliativos é restrita, apesar de o cuidado, fora de possibilidade de cura, é rara a inclusão do tema cuidados paliativos. A má formação dos profissionais dificulta os cuidados adequados e afetivos com o paciente e sua família, causando um intenso sofrimento, incapacidade e prejuízos á qualidade de vida dos paliativos. De acordo com Fitch(2006), admitir que apenas porque não há cura e que o paciente se encaminha para o fim da vida, não significa que não há mais o que fazer. Ao contrario, surgem inúmeras possibilidades a serem oferecidas ao paciente e sua família, como sua autonomia, suas escolhas e desejos. Nesse sentido, é cabível destacar que os profissionais de enfermagem evidenciam a valorização da humanização dos cuidados paliativos.
Carvalho e Merighi (2006) aborda a situação das pessoas, especialmente daquelas que são dependentes do serviço único de saúde e que representam a maioria da população, está marcada pelo tormento, elas enfrentam via de regra, demora excessiva para o atendimento, aguardam uma interminável fila de consultas. Diante da percepção dessa realidade as normas estabelecidas pela entidade hospitalar, valorizando a assistência mais humanizada, capaz de oferecer conforto. De acordo com Rodrigues e Zago (2006), a atuação de uma equipe interdisciplinar é resultado do conhecimento da competência de cada profissional e do respeito a essa competência, para que ocorra a interdisciplinaridade, é imprescindível que haja dialogo entre os profissionais e que a comunicação seja clara e franca, mesmo nas situações difíceis ou nos conflitos entre membros.
2.5 O PROCESSO DOS PROFISSIONAIS EM CUIDADOS PALIATIVOS Falar de cuidados paliativos suscita reações inesperadas diante do paciente no fim da vida. Profissionais de enfermagem da clínica médica trabalham muitas vezes com sentimentos angustiantes e desgastantes no decorrer da sua jornada de plantão, surgindo então sentimento de impotência e insegurança na técnica executada diante do sofrimento do paciente. Sentimos que naquele momento os profissionais muitas vezes têm dificuldade e despreparo para lidar com a morte, sendo em equipe ou individualmente, fazendo com que a situação torna-se a cada dia normal (AVANCI, 2009). Dentre os membros da equipe de saúde, os da área de enfermagem costumam serem os mais próximos do paciente e, por conseguinte, de suas famílias. A eles cabe executar as decisões médicas, monitorar os sinais vitais, procederem às trocas necessárias soros, sondas, roupas, além de vir ao leito quando chamados pelo paciente, esse último, muitas vezes em situação de extremo sofrimento e dor. É no profissional de enfermagem que, geralmente, é descarregada toda a raiva; é ele quem acompanha a trajetória dos pacientes no hospital e sofre as consequências da revolta destes (FISCHER et al ., 2007). A retomada da fala de morte traz desconforto devido angustia gerada pela nossa própria morte futura, o cotidiano faz com que se perca o desejo de participar da evolução deste paciente, por motivos camuflados pela convivência com situações de risco, proximidade da morte, demonstra-se uma percepção sutil da fragilidade