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Rede assisntencial , rede cegonha.
Tipologia: Esquemas
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Não perca as partes importantes!
No período de 2011 a 2014, foram estabelecidas de maneira tripartite cinco redes temáticas prioritárias ou linhas de cuidado temático. Essas redes são denominadas Cegonha, Atenção às Urgências e Emergências, Atenção Psicossocial, Cuidados à Pessoa com Deficiência e Atenção às Pessoas com Doenças Crônicas, conforme detalhado por Battesini, Coelho e Seta (2018), que descrevem as redes. A Rede de Atenção à Saúde Materna e Infantil (Rede Cegonha) visa facilitar o atendimento desde o planejamento reprodutivo até a primeira infância, visando aprimorar a assistência e reduzir a mortalidade materna, infantil e fetal. Vinculada ao programa federal Rede Cegonha e a iniciativas estaduais como o Programa Primeira Infância Melhor (PIM), esta rede engloba serviços como o Ambulatório de Gestante de Alto Risco (AGAR) e incentivos para atendimento de alto risco. A Rede de Atenção às Urgências e Emergências (RUE) busca proporcionar acesso humanizado e integral aos usuários em situações de urgência e emergência, tanto em ambientes pré-hospitalares (móveis e fixos) quanto hospitalares. Suas diretrizes são definidas na Portaria GM/MS no 1.600/2011, garantindo atendimento ágil e oportuno. A Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas é estruturada por meio de serviços territoriais, focando em áreas específicas como Serviços Assistenciais em Oncologia e Linha de Cuidado de Sobrepeso e Obesidade, para proporcionar um cuidado coordenado e contínuo às pessoas com condições crônicas. A Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência oferece atenção integral à saúde, desde a atenção primária até a reabilitação, incluindo fornecimento de órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção quando necessário. Esta rede é fundamentada pela Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência (Portaria MS/SAS no 1.060/2002) e permite a criação de Redes Estaduais de Assistência à Pessoa com Deficiência, especializadas em áreas como deficiência auditiva, física, intelectual ou visual. Finalmente, a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), criada pela Portaria GM/MS no 3.088/2011, tem como objetivo acolher e acompanhar pessoas com sofrimento ou transtorno mental, bem como aquelas com necessidades relacionadas ao uso de álcool e outras drogas, dentro do contexto do Sistema Único de Saúde (SUS). Essas redes representam um esforço estratégico para melhorar a qualidade e a abrangência dos cuidados em áreas essenciais da saúde pública brasileira. A implementação eficaz das RAS em âmbito regional depende diretamente da organização das Regiões de Saúde, que desempenham um papel vital nesse processo. No entanto, as atuais regiões de saúde no país necessitam de uma revisão completa para oferecer suporte adequado à criação e governança efetiva das RAS em nível regional. Atualmente, essas regiões enfrentam duas principais deficiências: são estabelecidas com base em critérios político-administrativos e não possuem a escala necessária para sustentar a organização lógica das RAS, englobando todos os seus
componentes essenciais. As regiões político-administrativas foram originalmente criadas durante o processo de descentralização das Secretarias Estaduais de Saúde dentro de seus estados (Mendes, 2014). Essas regiões de saúde, estabelecidas muito antes das propostas das Redes de Atenção à Saúde, tinham o intuito de descentralizar as ações político- administrativas das Secretarias de Saúde. No entanto, a lógica dessas regiões não é adequada para atender às exigências de uma regionalização de saúde capaz de implementar eficazmente as RAS. Para serem eficazes, as regiões de saúde devem ser planejadas com base em critérios e fundamentos específicos, diferentemente das abordagens político- administrativas (Mendes, 2014). Os critérios para o planejamento das regiões de saúde devem incluir: proximidade geográfica entre os municípios, considerações econômicas e sociais, aspectos culturais e históricos, características regionais, predisposição política para cooperação regional, fluxos de atendimento, infraestrutura viária e estabelecimento de redes com seus pontos centrais, conexões e fluxos. Além disso, fatores como escala econômica, disponibilidade de recursos e acesso aos diferentes serviços de saúde são determinantes fundamentais na organização das RAS. Isso ocorre porque as RAS devem ser estruturadas em modelos híbridos que envolvem a concentração de determinados serviços juntamente com a descentralização de outros (Mendes, 2014). O estudo de Peiter et al. (2019) aponta que no tocante às redes temáticas de atenção o termo “Criança” foi o mais significativo. Além disso, foram abordados temas relacionados às redes de atenção à saúde materno-infantil (incluindo o processo de parto e nascimento, prematuros, neonatos e adolescentes), saúde auditiva e atendimento a pessoas com doenças crônicas. Os conteúdos apresentados exploraram aspectos cruciais relacionados ao papel do profissional de saúde, que pode determinar se o serviço de saúde adota uma abordagem fragmentada ou integral no cuidado. Sob a perspectiva das redes temáticas, foi observada uma interação limitada entre os serviços da rede, apontando para deficiências no encaminhamento aos serviços especializados, refletindo um modelo médico- assistencial predominante, centrado em hospitais e na doença, que ainda persiste. Foi ressaltada a urgência de ações que integrem a promoção da saúde às práticas de cuidado, com ênfase no autocuidado e na participação ativa da equipe multiprofissional, dos usuários e de seus familiares para promover um cuidado compartilhado (PEITER et al., 2019). CONSIDERAÇÕES FINAIS Com o objetivo de estabelecer uma rede de saúde integral, é essencial identificar e fortalecer as estratégias importantes estabelecidas no SUS, bem como identificar e resolver os obstáculos, e reconhecer a relevância do sistema de referência e contrarreferência para a integralidade da RAS.