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Constataram-se diversos problemas físicos nestes profissionais de enfermagem que a má postura acarreta na realização de suas atividades corriqueiras no hospital ...
Tipologia: Notas de aula
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Gregório Freitas Cardoso Silene Alves Atalla Riciotti
Resumo
Este artigo tem como cerne a reflexão da seguinte questão: Como a intervenção da Terapia Ocupacional por meio da Ergonomia pode favorecer a postura do auxiliar de enfermagem na realização de suas atividades laborais. Constataram-se diversos problemas físicos nestes profissionais de enfermagem que a má postura acarreta na realização de suas atividades corriqueiras no hospital. Neste sentido há necessi- dade de amenizar ou evitar esses problemas que o perturbam, assim a Terapia Ocupacional por meio da Ergonomia contribuiria com um programa preventivo de saúde ocupacional objetivando a melhoria da qualidade de vida desses profissionais e conseqüentemente aumento da produtividade.
Palavras-chave: 1. Terapia Ocupacional, 2. ergonomia, 3. posturas inadequadas
Abstrat
This article centers on showing how the intervention of Occupational Therapy by the use of Ergonomics can help the posture of the assistant nurse in the carrying out of their activities. Many physical problems were found in these professionals caused by bad posture in the carrying out of their daily activities in the hospital. Because of this it is necessary to alleviate or avoid them and in this way Occupational Therapy by using Ergonomics would be contributing to the prevention of an occupational health hazard aiming at improving the quality of life of these professionals and consequently increasing their productivity.
Key words : 1. Occupational therapy, 2. ergonomics, 3. bad posture
Introdução Atualmente, a Terapia Ocupacional está ganhando maior des- taque no auxílio a diversas patologias perturbadoras do organismo humano. Para isso dispõe de inúmeros recursos terapêuticos desde os mais simples até os mais sofisticados, tais como adaptações em um ambiente de trabalho e orientação do uso das posturas corretas.
No ambiente hospitalar muitas vezes o auxiliar de enfermagem, no ímpeto de atender os pacientes entregues à sua responsabilidade, esquece de tomar certas precauções quanto à postura utilizada. Um exemplo bem comum é a postura inadequada no atendimento do paciente acamado. Uma atitude simples como esta poderá acarretar num futuro próximo danos irreparáveis, e muitas vezes o profissional não tem consciência dos problemas que poderão surgir.
Neste momento é muito importante a intervenção do terapeuta ocupacional orientando e esclarecendo os pontos essenciais para que no decorrer de suas atividades profissionais, o auxiliar de enfermagem per- ceba a necessidade das correções das posturas inadequadas. É por meio da Ergonomia que essas posturas podem, aos poucos, serem corrigidas com as orientações corretas, de forma a propiciar um bom rendimento deste profissional e uma melhor qualidade de vida. Certamente o tra- balho será realizado com prazer, numa atmosfera agradável, estando entre os beneficiados em primeiro lugar o paciente que terá um melhor atendimento, os funcionários trabalhando com disposição e a empresa com todos os seus empregados exercendo suas atividades diárias.
Justificativa e objetivos
A escolha deste tema ocorreu em virtude de o acadêmico tra- balhar por vários anos como auxiliar de enfermagem em hospitais e postos de saúde e sentir pessoalmente os problemas decorrentes da má postura durante a realização de atividades laborais. Neste sentido, a partir dos conhecimentos adquiridos na área de Ergonomia, tanto teórico como prático, foi observada a necessidade de analisar essas questões tão pertinentes à prática desses profissionais da saúde. É nítida a necessidade de melhorar a qualidade de vida e as condições de trabalho destes profissionais de enfermagem, facili-
Atividades pesquisadas no trabalho:
Acredita-se que alguns problemas levantados são efeitos de condições ergonômicas inadequadas e aliadas à não conscientização dos auxiliares de enfermagem envolvidos na pesquisa. Esses fatores geram dificuldades que repercutem no desempenho desses profissio- nais, o que pode ser constatado nas tabelas abaixo:
Fatores Biomecânicos e de Saúde
As condições ergonômicas de seu trabalho têm refletido na sua saúde física?
100% Quais problemas de saúde física você já apresentou ou vem apresentando?
Cansaço físico - 85% Coluna - 90% Varizes - 30% Dor de cabeça - 10% Visão - 10% Gastrointestinais - 5% Membros superiores - 30% Membros inferiores - 70% Quais problemas de saúde emocional você já apresentou ou vem apresentando?
Stress - 90% Tensão - 50% Ansiedade - 15% Irritação - 40% Desmotivação - 25% Desânimo - 20% Esquecimento - 25% Insônia - 30% Seu trabalho exigem ritmo acelerado? 80% Fica muitas horas trabalhando na mesma posição? 85% Necessita curvar-se para realizar as atividades? 100% Necessita mudar de lugar ou realizar momentos para realizar as atividades?
100%
Realiza movimentos de torção de coluna durante sua atividade?
100%
Faz desvio/movimento de torção de punho ao realizar atividade?
100%
Já sentiu dor após jornada de trabalho? 100% Já esteve afastado do trabalho por motivo de saúde? 25%
Fatores Psicossociais e Organizacionais
Há rodízio de tarefas no seu setor 95% Cobre colegas ausentes para manter o ritmo de trabalho? 100% Existe controle rígido de produção? 95% Tem outro trabalho ou estuda? 90% Realiza exercícios físicos compensatórios antes e depois das atividades? 0% Você pratica algum exercício físico com freqüência? 80%
Fatores Ambientais
Você considera as condições físicas do ambiente do seu trabalho como:
Excelentes/Boas - 80% Razoáveis - 20% Quais as condições do local do seu tra- balho em relação a:
Refrigeração: Boa - 70% Razoável - 30% Barulho: Boa - 80% Razoável - 20% Espaço Físico: Boa - 90% Razoável - 10% Iluminação: Boa - 70% Razoável - 30% Umidade: Boa - 75% Razoável - 25% Você considera que o relacionamento entre funcionários desta empresa tem:
Muitos conflitos - 20% Poucos conflitos - 80% De modo geral, você considera o relacion- amento com a chefia/superiores como:
Excelente/Bom - 90% Razoável - 10%
Conclusão
As informações adquiridas sobre a postura do auxiliar de en- fermagem no exercício de sua profissão, no atendimento ao paciente acamado, assim como toda rotina concernente a esta atividade, foram fundamentadas em obras de autores consagrados, profissionais espe- cializados e profissionais de enfermagem que com suas experiências e relatos contribuíram para uma melhor compreensão e aprendizado do conhecimento das posturas inadequadas suas causas e conseqüên- cias e a importância da intervenção de tratamento como a terapia ocupacional; da utilização de recursos terapêuticos adequados como adaptações no mobiliário e conscientização postural.
Esses conhecimentos acima descritos associados aos adquiri- dos na observação prática reafirmam a importância da intervenção da Terapia Ocupacional por meio da Ergonomia na diminuição dos fatores que afetam a saúde destes profissionais, contribuindo assim para a melhoria de sua qualidade de vida.
PALMER, Colin. Ergonomia. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1976.
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RICIOTTI, Silene Alves Atalla. Apostila de terapia ocupacional: disciplina de ergonomia. Campo Grande: 2000. (Mimeo)
SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científi co. São Paulo: Cortez, 1993.
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www.ergonomia.com.br.