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A Pedagogia Social como Ferramenta de Transformação Social, Resumos de Pedagogia

Uma visão da pedagogia social como um conjunto de práticas educativas não convencionais, realizadas preferencialmente no âmbito da educação não formal, orientadas para o desenvolvimento adequado e competente dos indivíduos, bem como para dar respostas a problemas e necessidades sociais. A pedagogia social é fundamentada em propostas que buscam a autonomia pessoal e social dos alunos, visando a sua inserção crítica na sociedade. O texto destaca a importância do diálogo e do lúdico como meios pedagógicos para a transformação social, enfatizando o papel do professor como um agente de mudança que deve buscar aproximar o aluno de sua consciência de classe e de seu papel protagonista no meio social. A descrição aborda a visão democrática e emancipatória da pedagogia social, sua relação com os direitos humanos e a necessidade de uma formação docente voltada para a práxis transformadora da realidade social.

Tipologia: Resumos

2024

À venda por 20/08/2024

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PEDAGOGIA SOCIAL
RESUMO
A visão de uma pedagogia social nasceu de uma crescente necessidade de
se mudar os contextos sociais contrários que espelham muitas vezes o
comportamento do aluno em sala e no meio acadêmico. Há uma procura por novas
metodologias ou um novo conceito que assegure uma mudança, ou que traga uma
esperança maior para quem sente com esses contextos adversos, vem sendo o que
a pedagogia social vem buscando com seu conceito. Segundo Gohn (2010) tem
uma visão da pedagogia social como:
Um conjunto fundamentado e sistematizado de práticas educativas
não convencionais realizadas preferencialmente, ainda que não
exclusivamente no âmbito da educação não formal, orientadas para
desenvolvimento adequado e competente dos indivíduos, assim
como para dar respostas a deus problemas e necessidades sociais
(GOHN, 2010).
Caliman (2015) afirma que acrescente de crises sociais que assolam o âmbito
escolar, causando assim um reflexo no aluno dentro da sala de aula, trazendo para
o âmbito escolar um grande desafio que implica em dar novos ares para o aluno fora
do contexto em que vive.
É impossível continuar a caminhada sem rever as práticas pedagógicas que
podem ser abordadas para solucionar esse problema, ou buscar entender o porquê
desse reflexo e o que o pedagogo pode e vem contribuindo nesse aspecto.
(LIBANEO 2010)
A Pedagogia Social consolida a sua base epistemológica nas áreas das
Ciências da Educação. Sua ciência é considerada por possuir um próprio campo de
atuação e a área própria de conhecimento, a Educação Social. A pedagogia social
instiga a capacidade de sonhar com uma realidade mais humana. (LIBANEO 2010)
Consolida-se então, uma nova visão social em construção, onde o pedagogo
tem por finalidade por em ação uma forma de agir e contribuir com práxis como um
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PEDAGOGIA SOCIAL

RESUMO

A visão de uma pedagogia social nasceu de uma crescente necessidade de se mudar os contextos sociais contrários que espelham muitas vezes o comportamento do aluno em sala e no meio acadêmico. Há uma procura por novas metodologias ou um novo conceito que assegure uma mudança, ou que traga uma esperança maior para quem sente com esses contextos adversos, vem sendo o que a pedagogia social vem buscando com seu conceito. Segundo Gohn (2010) tem uma visão da pedagogia social como: Um conjunto fundamentado e sistematizado de práticas educativas não convencionais realizadas preferencialmente, ainda que não exclusivamente no âmbito da educação não formal, orientadas para desenvolvimento adequado e competente dos indivíduos, assim como para dar respostas a deus problemas e necessidades sociais (GOHN, 2010). Caliman (2015) afirma que acrescente de crises sociais que assolam o âmbito escolar, causando assim um reflexo no aluno dentro da sala de aula, trazendo para o âmbito escolar um grande desafio que implica em dar novos ares para o aluno fora do contexto em que vive. É impossível continuar a caminhada sem rever as práticas pedagógicas que podem ser abordadas para solucionar esse problema, ou buscar entender o porquê desse reflexo e o que o pedagogo pode e vem contribuindo nesse aspecto. (LIBANEO 2010) A Pedagogia Social consolida a sua base epistemológica nas áreas das Ciências da Educação. Sua ciência é considerada por possuir um próprio campo de atuação e a área própria de conhecimento, a Educação Social. A pedagogia social instiga a capacidade de sonhar com uma realidade mais humana. (LIBANEO 2010) Consolida-se então, uma nova visão social em construção, onde o pedagogo tem por finalidade por em ação uma forma de agir e contribuir com práxis como um

profissional qualificado, mas tratando assim como ser em que se precisa de um assistencialismo mais humano. Paulo Freire (1983) ainda ressalva que, para ele, os oprimidos deixam de ser uma designação abstrata e passam a ser os homens concretos, injustiçados e roubados. Só na plenitude deste ato de amar, na sua existência, nas suas práxis, se constitui a solidariedade verdadeira, trazendo esse encargo humanista para o profissional na área da educação, ou seja, o pedagogo. Vinculado a uma educação humanista, um possível demarcador de caracteres que se tornariam importantes para a Escola Nova, Pestalozzi é o grande fundador de uma pedagogia de caráter social, pois se apresenta com uma educação para os mais pobres. Revigorou o conceito de formação, fundando uma noção de formação integral com forte preocupação social, levando em conta todo o meio e multiculturalismo presente na sociedade. Para ele, falar em educação popular não significava falar em educação pública. Afirma-se Pestalozzi como fundador da Pedagogia Social justamente por seu trabalho nunca ter tido um caráter escolar. (ARCE 2002). Quando se é abordado o tema Pedagogia Social, significa falar de práticas educativas não formais, que surgiram justamente no século XIX como resposta ao atendimento de pessoas em situação de marginalidade aos olhos sociais. Na realidade dos dias de hoje, segundo PAULA e MACHADO (2009) com a universalização da matrícula escolar, o atendimento de estudantes em situação de marginalidade se junta às práticas de pedagogia escolar. No entanto, cabe esclarecer, quando se fala de Pedagogia Social, fala-se de práticas educativas desenvolvidas de forma extra-escoltar. Pestalozzi procurou estabelecer um “método intuitivo que permitisse realizar sistematicamente a elaboração das intuições sensíveis em idéias”. Para ele, a intuição primeira é o caminho para se chegar ao conceito. Pestalozzi não queria uma educação individual. Pretendia uma educação social, que atendesse seu trabalho de melhorar a situação do povo, que naquela época se desesperava com a crise gritante de desemprego, desigualdade social e de distribuição de renda que se expandia e aglomerava cada vez mais. Para ele a educação é o meio mais produtivo e simbólico para a transformação social e que todas as conquistas é fundamentalmente causadas pela educação. O ponto de justificação e motivação de todo o seu trabalho. (LEIF; RUSTIN, 1968)

sociedade como um ser critico e pensante ou até mesmo onde se põe em oposição aos muitos meios assistencialistas, que por sua vez podem acabar por reprimir, oprimir e monopolizam à determinadas minorias que podem e tem acesso a educação construindo cada vez mais professore e escola com uma visão elitista. Por isso a pedagogia Social vem a se propor com ações pedagógicas que sejam libertadoras e que traga consciência para com sujeitos, grupos e movimentos sociais das camadas excluídas e por sua vez, marginalizada em sociedade, buscando também a valorização da identidade coletiva. O direito a educação abrange e integra a todos de uma forma que seja garantida e que deveria ser implementada a todos em sua características únicas e completa. O discurso dos direitos humanos é um discurso que tem voz, e por seu sentido viável de significados democráticos caminham de mãos dadas nessa ação e construção de uma pedagogia social, trazendo ao movimento legitimidade sendo resguardado por lei e sendo implementados de forma interdisciplinar. (CALIMAN, 2009). A sua visão democrática refere-se diretamente aos agentes protagonistas em atividades e ações solidarias de próprio cunho coletivo para uma mobilização em torno de um prol social, a sua pratica de quebra a paradigmas sociais afim de criar condições adequadas a esse trabalho categorizado como árduo e sutil. Sugere-se então entender o papel da Pedagogia Social além de ser, é sentir o mundo do outro trazendo para as praticas novos méis que possam favorecer isso. E para trazer essa nova qualidade igualitária, o professor deve contar com uma equipe flexível e interdisciplinar que possam com seus projetos trazer a importância adequada para a sua realização. (FREIRE, 1997) Devido a crescente seqüela deixada por políticas publicas mal desenvolvidas, pelo capitalismo exagerado e pelo neoliberalismo, cresceu-se a necessidade de um agrupamento de pessoas excluídas e marginalizadas, já citadas anteriormente. Grupos como esse ganharam muita força pelo seguinte fato de ser uma grande resistência por todo canto. A autora Graciani (2014) pontua o fato de grupos como essas ganhas forças em grandes levantes históricos surgindo como resistências políticas, sociais e com ideologias contrarias a grande massa.

Com esses grupos de fato tomando forma e ganhando força, foi-se criando uma visão errônea e elitista, principalmente de jovens que também compunham esses coletivos. Jovens que por sua vez usavam se de gírias, roupas caracteristicas e de posições principalmente sócio-políticas que eram gritantes buscando passar um ar de resistência e de força coletiva. São grupos e famílias criadas pela crise do capitalismo, que pelo fato da situação de desemprego, desigualdade de classes e de renda começou a se povoar em bairros isolados, e que, para a burguesia são tidos como grupos perigosos para a sociedade. (GRACIANI, 1999) Com a exclusão desses grupos a educação tornou-se elitista e de difícil acesso a essas tribos e grupos, muito por causa de sua extrema agressividade e pelo fato de serem excluídos pela burguesia. Existe uma imensa subordinação social vigente e que desmerece toda essa luta, e faz-se ver um pobre e marginalizado socialmente incapaz de se receber uma educação de qualidade, tanto pela resistência dos mesmos de receber o novo, quanto ao de ir aplicar a pedagogia como um todo. (FREIRE, 1987) O autor Freire (1998) ainda nos ressalva que: O erro é de acreditar na pós-modernidade reacionária segundo a qual, com a morte das ideologias, o desaparecimento das classes sociais, do sonho, da utopia, a administração da coisa pública é questão de pura técnica, desvinculada da política e da ideologia (FREIRE, 1998). A ideologia de massas vem cada vez mais impedindo de que a educação chegue a essas pessoas. Essa ideologia segundo Langon (2003) é transmitida pela mídia de forma que seja objetivamente formadora para o mercado de trabalho e se esquecendo da sua emancipação e autonomia. Esse grupo social tem por consciência uma divida histórica onde se colocavam no mesmo papel de operário, mas nunca se poderia chegar a ser patrão. Contudo, é de se ressalvar a importância dessa pedagogia a fim de que grupos sociais como esses tenham a consciência de cultura e de eles serão os protagonistas da sua própria luta social. O autor Giroux (1997) ainda ressalva sobre a cultura, que:

aluno, para que o mesmo não se sinta excluído ou até mesmo fora do contexto social vigente em sala de aula. Muitas vezes esse contexto social dominante pode causar opressão, ou até mesmo a saída do aluno do âmbito escolar. (FREIRE e SHOR, 1986) Assim como cobra-se um pensar critico sobre a própria consciência individual ou coletiva de classes, o próprio pedagogo social deve ser um condutor dessa autocrítica em que se encontra na sua auto formção ao próprio educando. A autora Maria Stela Santos Graciani (1999), ainda destaca o fato de a pedagogia social não ser uma cobrança apenas pela competência técnica do professor, mas pelo resgate da solidariedade e busca por um compromisso político e social dos seus educandos, na medida em que possa despertar sua auto critica e consciência do seu papel social. Graciani (2014) diz mais, pontua que o educador social deve em sua jornada, propiciar novas condições desejáveis para o desenvolvimento das habilidades cognitivas, afetivas e sociais dos seus educandos. Ainda ressalva o fato de que a sua maior ferramenta para que esse desenvolvimento possa acontecer, o pedagogo social não pode abrir mão da sua experiência social dividida entre a visão humanista e de que o ser humano como um todo e da sua constante formação. Sugerindo que a pedagogia social e o educador social sejam flexíveis e que estejam em constante mudança, não se pode perder a humanização presente em práticas sociais. Paulo Freire (1997) diz que: Demonstramos gestos de solicitude, de solidariedade, de compaixão, de respeito, de consideração, como uma força formadora e auto formadora que podem exercer importantes influências e ter significações em quem está se educando. Partindo dessa, muitos educadores por julgarem o processo de auto formação de grande valor, estão constantemente buscando esse artefato, nessa incluso temas atuais como a diferença, globalização, pós-modernidade e etc. O autor Moreira (1997) diz mais, ressalva a importância do entendimento desses temas como conseqüência de uma desconstrução social tendo em vista uma formação mais humanitária sendo capaz de mediar conflitos sociais que façam com que o pensar crítico saia do papel e seja executado de forma correta não apenas pelos educandos mas que, em primeira instância seja papel do professor.

Esse papel, pode implicar ainda, em entender que o “upgrade” de sua formação para que possa ser constante auto formadora, esteja ligado diretamente e em processo permanente por meio de interações sociais, primeiro na família, depois se estendendo à interação social. Essa auto formação por parte do professor a missão de poder olhar o outro com olhos empáticos, e de um modo de olhar os seres humanos com humanismo por trás dos olhos de critica e preconceito, procurando novas propostas e projetos nos quais sejam inclusos possibilidades onde seja possível apresentar a essas pessoas que seus limites podem ser superados e podem sempre “ser mais”. (CALIMAN, 2009) É de suma importância que, com essa auto formação, quebre-se essa visão idealista que coloca o trabalho educativo muitas vezes como frágil e incapaz de causar uma visão crítica, de autonomia e independência, sendo impossibilitado de compreender a dinâmica dos mecanismos da sociedade. Para isso, os educadores sociais precisam estar presente dentro na vida de seus alunos, fazendo com que os mesmos sejam serem capazes de serem críticos à sua visão de ser pensante e serem capazes de entender a realidade socioeconômica e cultural de seus alunos, afim de que se possam obter novas proporções de seu conhecimento e suas responsabilidades sociais e profissionais no cenário brasileiro. (GRACIANI, 1999) No âmbito educacional, nas práticas educativas, é existente a necessidade da compreensão por parte do educador ao reconhecer que o ser humano acaba por ser incompleto pelos fatos sociais de opressão e desumanização sofridos na sociedade. É de suma importância que o professor possa levar à práxis em sua didática educacional e que seja transformadora da realidade social de cada um que esteja em contato educacional, afetivo e social com o educador. Paulo Freire (1997) ainda ressalva a importância do professor, em sala de aula, possa ser um construtor atuante de um ser que seja consciente de que sua realidade não está condicionada nem por fatores ideológicos, econômicos ou culturais. O educador dentro de sua práxis deve sempre estar atento a possibilidades e mudanças, principalmente com a indignação por práticas educativas equivocadas e discriminatórias que fazem parte do cotidiano educacional, para que o processo educativo possa corrigir as rotas, acolher corretamente de uma forma igualitária e rever posturas inadequadas para que haja um crescimento significativo do conhecimento. No entanto, é de extrema importância levar em consideração a prática educativa onde o fazer pedagógico hoje é levar em consideração o

profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. (MIOTO, 2009). Com o surgimento da Pedagogia Social, surge junto com ela um paradigma pedagógico, onde se une propostas que sugerem a formação do indivíduo capaz de interagir e transformar sua realidade. Sua proposta de educação consiste em condições lúdicas para que o fazer educacinla ocorra em um espaço de ação, reflexão e debate das dificuldades dos acontecimentos cotidianos de cada um possibilitando assim que o educando possa contextualizar a sua realidade e problematiza-la, a fim de que haja uma criticidade em relação ás circunstâncias pessoais e sociais, tomando a autoria de seu próprio pensar e criando um caminho mediado pelo educador social (GRACIANI, 2014). Ainda pontuando, Graciani (2014) deixa claro que a Pedagogia Social exige um processo intenso da práxis para que o avanço histórico do contexto social seja significativo. Com a construção coletiva do conhecimento favorece momentos de problemáticas interdisciplinares e transdisciplinares possam ser implementadas em conjunto com a metodologia do educador social, para que sejam sentidas em cada grupo, na medida que se originam as necessidades. Dada tal complexidade do trabalho, há uma cobrança de que o educador social seja, de forma educativa participe ativamente do princípio ação-reflexão-ação, formando assim uma educação transformadora que promova uma educação democrática que seja aliada ao rigor científico e um resgate do educando como sujeito capaz de se obter conhecimento. A Pedagogia Social, tem a vantagem de ter como ponto de partida a visão crítica das matrizes culturais dos educandos, para que se possa traçar seus princípios e métodos de trabalho mais próximos da realidade do educando, utilizando seu saber, sua história, seus conflitos, seus valores e crença utilizando do diálogo a oportunidade educativa de poder tocar e interpretar o mundo do aluno construído com fragmentos essenciais da cultura universal. (BRANDT, 2002) Para que haja uma intervenção pedagógica, nesse caso deve ser rigorosa para que haja uma garantia de transformação pelo meio educacional. O pedagogo deve, nesse contexto, garantir essa transformação, para que seja um meio de se libertar das correntes sociais, mas possa ser um mastro de aproximação de grupos sociais e colaborando com programas sociais preventivos que garantam a cidadania e que por sua vez possa ser visualisado como um espírito revolucionário e que

também possa inspirar outros alunos ou até mesmo outros do mesmo contexto social (FREIRE, 1997). Graciani (2014) pontua 4 visões interligadas que poderão nortear a metodologia do educador mediante a Pedagogia Social:  Visão da totalidade: Uma visão que agrupa as dimensões sócio políticas, econômicas e culturais traçando um olhar das práticas sociais do educando.  Visão Holística: Uma visão voltada e integrada ao ser humano. Buscando sua condição pessoal, peculiar e de existência de forma que se o educando está inserido na sociedade.  Visão Interdisciplinar: Uma visão que traga a tona a práxis. Onde a análise de aprendizagens conjuntas tragam uma produção científica de todas as áreas diferentes, afim de que haja uma interação entre disciplinas para esse contexto social do educando.  Visão Heurística: Uma visão de características continua da investigação da atuação para a compreensão das condições históricas produzidas pela realidade social no contexto de tempo e espaço sócio-histórico da sociedade. Tais olhares fazem com que a prática preconceituosa de raça, de classe, de gênero ofende o multiculturalismo e nega radicalmente a democracia. SegundoShor e Freire (1986) há uma necessidade de escolher temas de cultura estudantil que seja da realidade do aluno, que seja diferente de apenas aprender os conteúdos das disciplinas. Ainda ressalvam que: “a pedagogia nos temas e cultura estudantil não endossa o já dado, mas, antes, procura transcende-lo. Isto é, os temas com os quais os alunos estão familiarizados não são jogados como uma técnica manipuladora, para simplesmente, confirmar o status que, ou para motivar os alunos. Esse duplo perigo de confirmação e manipulação existe, porque o material retirado das fontes com quais os alunos estão familiarizados pode, por si só, estimular mais a atenção dos alunos. Mas, então se segue uma provocação crítica ao material e a reação dos alunos? Será que o material e as perguntas abrem um diálogo investigativo, através do qual reexaminamos o tema, até que ele não seja mais o assunto de rotina que antes absorvia a atenção acrítica? Distancionamo-nos do já dado quando abstraímos de seu contexto habitual, até que a percepção que temos dele seja contestada” Estar provocando o aluno a ser crítico e pensante vem de uma jornada constante em sala de aula. O próprio professor deve estar estimulando em aulas,

fala e a conversa não funcionem com o mesmo o lúdico pode ser um escape. A arte sempre foi vista como meio de se relacionar direta e indiretamente, e por sua vez, como um todo tem ajudado a muitos a terem contato com varias linguagens, seja dramatizando, brincando, desenhando, pintando ou até escrevendo. Essa expressão significativa pode ser liberta e exposta a realidade pelo fato de se haver vivencia entre o aluno e o meio social. Como Perrotti (1991) afirma: Entre nós, a “cultura das ruas” serviu como alternativa literária tanto à rigidez das hierarquias e normas familiares, como ao conservadorismo na escola. Nos grupos informais de rua, nossa infância reelaborava a herança cultural que os adultos lhes transmitiam de forma fechada, filtrando e assimilando apenas aquilo que, segundo a ótica do grupo, ajustava-se aos interesses de seus membros [...]. As crianças faziam as opções, tomavam decisões, resolviam diferenças, se expressavam e criavam. É desse ponto de vista que se pode tirar meios e formas de se trazer para uma criança um mundo expressivo e que ao mesmo tempo tenha um significado para a criança que ali brinca e traz consigo a cultura da vivencia e que se expressa da maneira mais significativa possível. Graciani (2014) diz que essa cultura da ludicidade muitas vezes marginalizada é um meio de resistência da criança aos padrões autoritários e dominante onde a mesma se encontra. A autora ainda pontua que esse sempre foi um lugar libertador e de fuga do “mundo adulto”. Esse mundo “adultizado” para essas crianças pode acabar se tornando o maior motivo transtornos psicológicos, ou até mesmo a perda da sua sensibilidade de ser criança e saber o que é brincar, correr, se divertir e é por esse fato que o professor pode e deve ser uma porta de escape do aluno e buscar trazer-lo o mais afetivamente para perto, a fim de que essas metodologias possam ser aplicadas como um meio de transformação social. (GRACIANI, 1999) Portanto, segundo Graciani (2014) dessa forma o professor sabendo usar de sua didática e trazendo para sala de aula o dialogo como meio de critica e conhecimento da sua realidade e o lúdico como forma de expressão ele trará consigo um lado humano a sua aula, pondo em pratica a pedagogia social onde se busca ao maximo trazer o aluno para mais próximo da sua consciência de classes e saber o seu papel protagonista no seu meio social, seja ele na escola, família, amigos e até futuramente no seu meio vocacional.

A pedagogia social vem de um mastro e aspectos onde a criança é condicionada a marginalidade e por muitas vezes não tem seu espaço de fala. Busca do professor esse papel de ser um mediador dessa criticidade e de trazer uma visão crítica e de qualidade para que seja transformado à sua realidade. Paulo Freire (1997) traz a formação de professores como um novo olhar para essas situações como um todo, trazendo também a proposta de uma auto formação para que não se deixe perder a humanidade dentro de cada professor. O mastro da formação auto crítica e crítico social vem da vontade do professor de buscar trazer para sua sala e para a sua didática. Essa tal auto formação vem de uma busca de comprovar uma visão mais humanista e de trazer métodos de como trazer esse senso crítico e de comprovação que para que essa criança mais pra frente entenda o por que dessa sua diferença social e como ela pode firmar um escape no seu professor. Segundo Graciani (2014;1999) traz também a ideia de uma pedagogia que seja de a ideia mais de se querer buscar o lúdico para mudar a sua ideia de visão social, quando se encara esse tipo de estratégia de busca para uma melhora social para a criança e que ela possa ser o protagonista da sua própria história. Chega-se ao resultado de que para que aconteça essa tal pedagogia um tanto quanto humanista o professor deve se despir de todos os seus preconceitos e começar a ver a criança como um ser humano que carrega dívidas históricas e também carrega o fardo do seu social não ser tão favorecido como os outros. Consolida-se então, uma nova visão social em construção, onde o pedagogo tem por finalidade por em ação uma forma de agir e contribuir com práxis como um profissional qualificado mas tratando assim como ser em que se precisa de um assistencialismo mais humano. Paulo Freire (1997) ainda ressalva que, para ele, os oprimidos deixam de ser uma designação abstrata e passam a ser os homens concretos, injustiçados e roubados. Só na plenitude deste ato de amar, na sua existência, nas suas práxis, se constitui a solidariedade verdadeira, trazendo assim esse encargo humanista para o profissional na área da educação, ou seja, o pedagogo. Pode-se concluir com esta pesquisa a necessidade de abordar o tema Pedagogia Social com os olhos voltados para os menos favorecidos, e buscar encontrar leis que lhe garantam isso. O que foi pesquisado é de extrema importância

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