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A mensagem e a missão de Socrátes, Resumos de Filosofia

Fundamentação da Ética Platônica e suas digressões no pensamento moderno e contemporâneo.

Tipologia: Resumos

2023

Compartilhado em 31/07/2023

victor-paula
victor-paula 🇧🇷

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EEE Mas quem de nós vai pora aquilo que é aa melhor, é obscuro para todos, exceto para deus. Platão. Apologia de Sócrates. “* A mensagem e a missão de Sócrates No trecho que segue, lemos a autode- fesa de Sócrates no processo contra ele aber- to por Ênito e Meleto, com a acusação de impiedade e de corrupção ces jovens. Nes- ta defesa nosso filósofo apresenta sua vida como a atuação de uma missão que lhe foi confiada por deus e o significado do seu vi- ver filosofando. A mensagem que consta do seu: ensinamento é esta: o homem deve cuidor sobretudo de sua alma e não dos coisas ex- teriores, e esforçor-se paro que sua almo tome-se o mais possível melhor, Na alma, com efeito, está a essência do homem. Eco difundir e praticar esta mensagem Sócrates está convicto de que, longe de danificor os jovens, faz o maior bem pora a cidade; tonto mais que a torefa que os deuses lhe deram é justamente a de incitor os atenienses, es- timulondo-os, exortando-os e comigindo-os, a fim de que cuidem da alma o mais possível. 1. O lugar atribuído por Deus a Sócrates: viver Filosofando Portanto, cidadãos atenienses, porece-me aque não há necessidade de longa defesa para convencer que eu não tenho a culpa que me é imputoda no libelo de acusação de Meleto. São suficientes estas coisos que disse. Mas o que vos dizia no início, ou seja. que contra mim sur- giu em muitos um grave ódio, saibois bem que isso é verdade, € o que me inflige condenação, caso haja condenação, não são nem Meleto nem Anito, 2 sim a calúnia e a inveja de muitos. € estos coisas infligiram condenação a cantos outros homens de valor e creio que a infligirão tom- bém no futuro. E não se espere que parem em mim: . Alguém poderia talvez me dizer: “Então, Sócrates, não te envergonhos de ter-te dedica- do a esta atividade, por causa da qual estás em perigo de morte?” A estes eu poderia responder com justo raciocínio: “Não falas bem, amigo, se conside- DP Terceira parte - A descoberta do homem ras que um homem que possa ajudar, mesmo que pouco, deva levar em conta também o pe-' rigo da vida ou da mortes e não devo, Go con- trório, quando age. olhar apenas para isso, ou sejo, se pode fozer coisas justos Ou injustas, e se os ações dele são ações de um homem bom ou de um homem mau. Se levarmos em conta teu rociocínio, teriam sido pessoos de pouco valor todos os semideuses que morreram em Tróia. E como os outros também o filho de Tétis, o qual, em vez de suportar a infâmia, despre- z0u O perigo a tal ponto que, quando o mãe, que era deusa, disse o ele, que desejovo ar- dentemente matar Heitor. mois ou menos os- sim: filho, se vingores a morte de teu amigo Pátroclo e matores Heitor, morerós também tu, porque ao de Heitor imediotomente seguirá o teu destino”, oo ouvir tais palavras não se preocupou com o perigo e a morte. Po contró- rio, temendo muito mais viver como covarde e . não vingor o omigo. disse: Que zu morra ime- diotamente, logo que tenha punido quem co- meteu o culpo, em vez de permanecer vergo- nhosemente junto às naves curvos, e inútil peso da temo”. Gentão, amigo, pensas que ele tenha se preocupado com a morte e com o perigo?” Assim são as coisas, cidadãos atenienses, conforme a verdade: no lugar em que alguém colocar a si mesmo, considerando-o o melhor, ou em que tenha sido colocado por quem de- tém o comando, justamente aí penso que deva permanecer e enfrentar os perigos, sem levar em conta a morte nem qualquer outra coisa meis que o desonra. €u, portanto, cidadãos atenienses, teria realizado ação terrível se enquanto, de um lado, quando os chefes, que escoihestes pora coman- dar-me, me atribuíram um posto em Potidéia, em Anfípolis e em Delos. permaneci naquele posto que me atribuíram & comi perigo de mor- te, de outro lado, ao contrario, quando o deus me atribuiu o posto, ao menos como afirmei e axreditei, de viver filosofando e submetendo o exome a mim mesmo & aos outros, por medo da morte ou de qualquer outra coisa, tivesse abandonado tal posto. Seria coisa de fato terrível! E então com justa razão ter-me-iam levado ao tribunal, pelo motivo de não crer que os deuses existom, por desobedecer co oráculo, ter medo da morte e estar convicto de ser sébio, sem sê-lo de foto. Com efeito, ter medo da morte, cidadãos, não significa outra coiso que crer ser sóbio, enquanto na realidade não se é: de foto, é crer que se sabe de coisas que não se sobe. Pois, ninguém sabe o que seja a morte e se sto não seja talvez. para o homem. o maior de to- dos os bens; ao contrário, os homens dela têm Scanned by CamScanner