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A Medula Espinhal: Estrutura, Funções e Reflexos, Resumos de Anatomia

Este documento fornece uma visão abrangente da medula espinhal, uma estrutura fundamental do sistema nervoso central. Ele detalha a anatomia da medula, incluindo suas diferentes regiões e componentes, como a substância cinzenta e branca. Também explora as principais vias e funções da medula, como a transmissão de informações sensoriais e motoras, bem como a coordenação de reflexos. O documento aborda os diferentes tipos de reflexos, como os monossinápticos e polissinápticos, e explica o mecanismo neural por trás desses processos automáticos. Essa compreensão detalhada da medula espinhal é fundamental para o estudo de condições neurológicas e o desenvolvimento de tratamentos médicos.

Tipologia: Resumos

2024

À venda por 28/08/2024

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karyn-teixeira 🇧🇷

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Anatomia da coluna vertebral
A medula espinhal é uma massa cilindróide de tecido nervoso constituinte do sistema nervoso central (SNC), sendo uma continuação do tronco cerebral
que se estende do forame magno (grande abertura no osso occipital que comunica a cavidade craniana como canalvertebral) atéa regiãodas vértebras
lombares L1 e L2.
A medula espinhal não é uma estrutura isolada, está em contato com diversas outras estruturas, incluindo estruturaóssea: acoluna vertebral.Situa-se
dentro do canal vertebral e durante seu desenvolvimento ocorre uma desproporção entre tamanho da coluna vertebral e medula espinhal, sendo que esta
tem seu crescimento final até os quatro anos de idade, enquanto a estrutura óssea mantém crescimento até os 14 a 18 anos de idade.
A coluna vertebral é dividida em quatro regiões: cervical, torácica, lombar e sacro-coccígea, sendo composta de 8 vértebras cervicais, 12 torácicas, 5
lombares, 5 sacrais e cerca de 1 coccígea.
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Anatomia da coluna vertebral

A medula espinhal é uma massa cilindróide de tecido nervoso constituinte do sistema nervoso central (SNC), sendo uma continuação do tronco cerebral que se estende do forame magno (grande abertura no osso occipital que comunica a cavidade craniana com o canal vertebral) até a região das vértebras lombares L 1 e L 2. A medula espinhal não é uma estrutura isolada, está em contato com diversas outras estruturas, incluindo estrutura óssea: a coluna vertebral. Situa-se dentro do canal vertebral e durante seu desenvolvimento ocorre uma desproporção entre tamanho da coluna vertebral e medula espinhal, sendo que esta tem seu crescimento final até os quatro anos de idade, enquanto a estrutura óssea mantém crescimento até os 14 a 18 anos de idade. A coluna vertebral é dividida em quatro regiões: cervical, torácica, lombar e sacro-coccígea, sendo composta de 8 vértebras cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e cerca de 1 coccígea.

As meninges, em número de três, dura-máter, aracnoide e pia-máter são componentes essenciais para proteção e funcionamento medular. O espaço epidural que separa as poções da dura-máter e aracnoide é repleto de gordura formando um coxim de proteção entre as camadas, abaixo da aracnoide há o espaço subaracnoide repleto de líquor e diretamente em contato com a medula espinhal está a pia-máter.

Anatomia interna da medula espinhal

A medula espinhal é composta por duas porções: a substância cinzenta e substância branca. A grande diferença entre a medula e a região cerebral é que, na medula, a região central é composta por substância cinzenta, enquanto a porção mais externa é composta por substância branca. A substância cinzenta é conhecida como H medular, este que é um resquício da luz do tubo neural, região que agrupa corpos de neurônicos e células gliais. Dentre os marcos anatômicos importantes da substância cinzenta estão os cornos, o primeiro, dorsal ou posterior, corno lateral e corno anterior ou ventral. Os núcleos do corno posterior são a substância gelatinosa, região conhecida como “portão da dor” e, por fim, o núcleo dorsal de Clarke que se situa entre C 8 e L 3 , responsável pela propriocepção inconsciente dos membros inferiores. A substância branca possui os funículos anterior, lateral e posterior.

Vias ascendentes e descendentes da medula espinhal

Diversas vias estão envolvidas no trato medular, sendo elas as vias motoras, sensitivas, autonômicas e outras. Cada uma no seu respectivo espaço anatômico e funcionalidade.

Vias ascendentes

As regiões medulares que captam estímulos periféricos levam as informações ao córtex cerebral para gerar uma resposta que pode ser motora, sensitiva ou cognitiva. Esta que também passa pela medula ao retornar com as informações para a pele ou musculatura e gerar a sensação e/ou ação física. Os componentes dessa via são: fasículo grácil, fascículo cuneiforme, trato espinocerebelar e trato espinotalâmico. Ainda nessas vias estão os fascículos grácil e cuneiforme, sendo eles responsáveis por levar informações sobre sensibilidade tátil (fino e epicrítico), propriocepção e vibração.

O trato vestíbulo-espinhal está relacionado à orientação postural, por exemplo, ao tropeçar algumas posições são conferidas ao corpo como abrir os braços, alargar as pernas e posicionar o tronco para frente. Já o trato corticoespinal anterior é responsável pela motricidade voluntária da região axial, peitoral, de abdome, músculo reto-abdominal e outros. O trato teto-espinhal envolve o reflexo espontâneo de proteção, por exemplo, fechamento dos olhos, sendo uma resposta motora direcionada a proteção.

Fisiologia da medula espinhal

A maioria dos nervos espinhais são mistos, ou seja, levam informações tanto sensitivas quanto motoras e passam para as raízes espinhais. A medula é uma estrutura responsável pelos reflexos, ou seja, conferem respostas a estímulos em níveis medulares. Os reflexos das porções de tronco e membros (esqueleto axial e apendicular) são permitidos pela ação sincrônica da medula, enquanto a região de rosto é proveniente do tronco encefálico. Os reflexos podem ser monossinápicos ou polissinápticos, segmentares ou intersegmentares ou reflexos de alça longa. Eles envolvem circuitos que podem chegar até a região de córtex cerebral e modulam os reflexos espinais por mecanismos suprasegmentares. Em um reflexo espinal, a informação sensorial, ao entrar na medula espinal, desencadeia uma resposta sem necessidade de comandos do encéfalo. No entanto, essas informações sensoriais sobre o estímulo podem ser enviadas para o encéfalo. Cada nível medular (C 8 , T 12 , L 5 , S 5 , C 1 ) tem raízes específicas. Os dermátomos são a representação na pele dos segmentos medulares, logo, cada seguimento tem uma divisão cutânea específica.

Formação dos Nervos Espinais

Os nervos espinais são uma parte fundamental do sistema nervoso periférico. Eles emergem da medula espinhal e são responsáveis pela transmissão de informações entre o sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal) e o resto do corpo.

  1. Origem: Os nervos espinais surgem da medula espinhal. Cada nervo espinal é formado pela união de duas raízes: a raiz dorsal (posterior) e a raiz ventral (anterior). A raiz dorsal contém fibras sensoriais (aferentes) que trazem informações do corpo para a medula espinhal. A raiz ventral contém fibras motoras (eferentes) que levam comandos da medula espinhal para os músculos e glândulas.
  2. Divisões: Cada nervo espinal se divide em dois ramos principais após deixar a medula espinhal: o ramo dorsal e o ramo ventral. O ramo dorsal inerva a pele e os músculos das costas.

O ramo ventral inerva a pele, músculos e estruturas dos membros e da frente do corpo.

  1. Número de Nervos: Existem 31 pares de nervos espinais, classificados de acordo com a região da coluna vertebral de onde emergem: 8 pares cervicais (C 1 - C 8 ) 12 pares torácicos (T 1 - T 12 ) 5 pares lombares (L 1 - L 5 ) 5 pares sacrais (S 1 - S 5 ) 1 par coccígeo (Co 1 ) Fisiologia dos Nervos Espinais
  2. Condução Nervosa: Os nervos espinais conduzem impulsos elétricos que permitem a comunicação entre o cérebro, a medula espinhal e o resto do corpo. As fibras sensoriais carregam informações de estímulos externos (como dor, temperatura e toque) para a medula espinhal e cérebro. As fibras motoras transmitem sinais do cérebro e medula espinhal para os músculos, controlando movimentos voluntários e reflexos.
  3. Arcos Reflexos: Os arcos reflexos são vias neurais que controlam respostas automáticas a certos estímulos. Eles envolvem uma resposta direta dos nervos espinais sem a necessidade de processamento consciente no cérebro. Um exemplo é o reflexo patelar (ou reflexo do joelho), onde um golpe no tendão patelar provoca uma resposta imediata de extensão da perna.
  4. Neurotransmissores: A comunicação entre os neurônios é mediada por neurotransmissores, que são substâncias químicas liberadas nas sinapses (pontos de contato entre neurônios). Neurotransmissores comuns no sistema nervoso periférico incluem acetilcolina e norepinefrina, que desempenham papéis cruciais na transmissão de sinais nervosos.
  5. Plasticidade: Embora os nervos espinais tenham uma capacidade limitada de regeneração, eles possuem alguma plasticidade, que é a capacidade de adaptação e reorganização após lesões. Os nervos espinais desempenham um papel essencial na coordenação de funções sensoriais e motoras do corpo. Compreender sua estrutura e função é fundamental para o estudo de condições neurológicas e para o desenvolvimento de tratamentos médicos.

Arco reflexo

O arco reflexo é uma via neural que controla uma ação reflexa, que é uma resposta rápida e automática a um estímulo. Essas ações são importantes para a proteção do corpo, permitindo reações rápidas sem a necessidade de processamento consciente no cérebro. Componentes do Arco Reflexo

  1. Receptor: Um receptor sensorial detecta o estímulo. Esse receptor pode ser um receptor cutâneo, como os receptores de dor ou pressão, ou um receptor em um músculo ou tendão.

Importância dos Arcos Reflexos Proteção Rápida: Os reflexos permitem respostas rápidas a estímulos potencialmente perigosos, protegendo o corpo de lesões. Manutenção da Postura e Equilíbrio: Reflexos posturais ajudam a manter o equilíbrio e a postura corporal. Automatismo de Funções: Alguns reflexos, como os de mastigação e deglutição, automatizam funções vitais, permitindo que ocorram sem pensamento consciente.